[159] Vazamento de dados e golpe do falso boleto deixam imobiliárias em alerta
Resumo
O destaque de hoje foi um alerta às imobiliárias, que devem se atentar ao vazamento de dados e ao golpe do boleto falso de aluguel.
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O recente vazamento de dados de uma grande rede imobiliária acendeu o alerta do mercado: é preciso tomar medidas preventivas, principalmente no contexto da LGPD. No caso específico do risco de exposição de dados de forma proposital por funcionários e ex-colaboradores, os grandes aliados das imobiliárias são as empresas de software. Alguns dos principais fornecedores – Kurole, Universal, Kenlo e Vista – garantiram à reportagem do Imobi Report que seus sistemas são seguros e contêm todos os recursos para impedir que um membro mal intencionado da equipe consiga sequestrar informações sensíveis (ou que, pelo menos, seja responsabilizado caso haja o vazamento).
O fator humano, entretanto, é determinante nesses casos. Por isso, também é importante que as imobiliárias se resguardem juridicamente, utilizando principalmente um termo de confidencialidade para garantir que seus funcionários estejam cientes de sua responsabilidade sobre os dados da empresa. É o que grandes redes imobiliárias, como Netimóveis e Sh Prime Imóveis, estão fazendo. Outros cuidados recomendáveis são treinar as equipes e adotar medidas para evitar ataques de hackers.
Ainda no âmbito digital, outro problema que tem atormentado imobiliárias brasileiras é o golpe do falso boleto de aluguel. Para ajudar as empresas a se proteger desse tipo de fraude – que causa muito transtorno quando o inquilino é ludibriado e acaba pagando o aluguel para quadrilhas virtuais -, o Imobi Report publicou um conteúdo com seis dicas para evitar o golpe, trazidas por um famoso escritório de advocacia especializado em direito digital.
E, se nesse mercado cada vez mais digitalizado, surgem novas preocupações, também há espaço para oportunidades de negócios. Esta é a razão pela qual a ABMI quer se aproximar cada vez mais dos unicórnios, conforme afirmou o novo presidente da entidade, Ricardo Abreu, em entrevista do Imobi Report. O conteúdo faz parte da estreia da nova coluna do portal, “De mudança”, dedicada à publicação de notas sobre movimentações do mercado imobiliário e outras informações de bastidores.
O segmento de tecnologia no mercado imobiliário, inclusive, está com novidade. Seis grandes marcas do setor estão se unindo para lançar uma nova plataforma de soluções de ponta a ponta (end-to-end) para os clientes. Formada por Brasil Brokers, CrediMorar, Desenrola, Abyara, Bamberg e Convivera, a NEXPE pretende ocupar até 10% de market share até 2026.
Imobiliárias
Com a escalada das taxas de juros e a redução do poder de compra dos brasileiros, os imóveis usados têm atraído cada vez mais a atenção dos paulistanos, assim como a possibilidade de alugar em vez de comprar. É o que mostra um levantamento do Creci-SP, que aponta que as vendas de imóveis usados cresceram 30,97% e a locação de imóveis residenciais aumentou 36,36% em fevereiro, na comparação com janeiro.
Em Brasília, que tem um dos custos de vida mais altos do País, o valor por metro quadrado na locação nos dez bairros mais caros da cidade fica entre R$ 22,77 e R$ 51,99. Na venda, os valores variam de R$ 5.294 a R$ 13.081 por metro quadrado. Os dados são de fevereiro e fazem parte de um levantamento do DataZAP+, publicado pela revista Casa e Jardim.
Após 12 meses elaborando uma grade curricular mais alinhada aos novos desafios do mercado imobiliário, o Ibrep lança um novo curso de TTI, para capacitação de profissionais que estão ingressando no setor. O lançamento oficial do novo curso acontece hoje, às 19h, e contará com a participação de Guilherme Pilger, que vai contar sua trajetória até se tornar um corretor de imóveis de alta performance.
Os contratos de aluguel com vencimento em abril e que usam o IGP-M como indicador terão reajuste de 14,77%. Este foi o acumulado do índice nos últimos 12 meses. No mês de março, o aumento foi de 1,74% em relação a fevereiro.
O Imobi Aluguel fala essa semana sobre alternativas que as imobiliárias estão adotando para reduzir a dependência dos leads que chegam pelas grandes plataformas. Tem gente rompendo contrato e declarando independência desses poderosos canais de anúncios. Mas o tom mais indicado é o de equilíbrio: os portais seguem sendo úteis, desde que a imobiliária não deixe de investir nos meios próprios de divulgação.
Para acessar esse texto (que será publicado amanhã) e os demais conteúdos dedicados exclusivamente ao mercado da locação, assine o Imobi Aluguel, série semanal produzida pela equipe de especialistas do Imobi Report.
Incorporadoras
Mesmo com 50% de inadimplência entre os beneficiários da faixa 1 do Casa Verde e Amarela, nenhum imóvel dessa fatia programa foi retomado até o momento. Isso porque, de acordo com a Caixa, a negociação da dívida é prioridade e a decisão sobre possíveis despejos não cabe ao banco, mas ao Ministério do Desenvolvimento Regional. Entre os beneficiários com renda de até R$ 2 mil, são mais de 580 mil famílias com pagamento em atraso.
Inflação e aumento dos insumos fazem parte da realidade do mercado. Apesar disso, a Cury manteve uma margem líquida de 17%, afirmou Ronaldo Cury ao Infomoney. Entre as estratégias de sucesso está o foco em faixas mais altas de programas habitacionais, com resiliência maior para o repasse de aumentos.
Os esportes de areia são os novos queridinhos nas áreas de lazer de alto padrão. Agora, mais segmentos podem ser atendidos com quadras para prática de beach tennis e futevôlei, entre outras modalidades. De olho nessa tendência, a construtora Danpris está projetando espaços esportivos na área comum também em imóveis para famílias de renda mais baixa (de até R$ 6 mil).
A MRV fechou a venda de um empreendimento milionário na Flórida, Estados Unidos. O condomínio Coral Reef foi negociado por US$ 50,4 milhões, com recebimento líquido de US$ 26,9 milhões e lucro rruto de US$ 19,2 milhões. A operação aconteceu por meio da AHS Residential, subsidiária americana da companhia mineira.
Depois de sofrer nove altas seguidas – e que não devem parar por aí -, a taxa Selic acima de dois dígitos tem desdobramentos variados no mercado. Os reajustes impactam primeiramente nas linhas de crédito oferecidas pelos bancos, mas também devem afetar os imóveis na planta, pelo custo de matéria prima e mão de obra. No âmbito dos investimentos, os fundos imobiliários também são influenciados, pois ganham a concorrência mais acirrada das aplicações de renda fixa. Neste caso, o trunfo dos FIIs está no longo prazo, por conta dos contratos atrelados ao IGPM e IPCA.
Em São Paulo, o bairro da Pompéia vive um processo de verticalização. São diversos canteiros de obras com novíssimos empreendimentos sendo erguidos, contrastando com as moradias tradicionais que resistem no bairro da zona oeste. O processo acontece na Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana da futura Estação Sesc-Pompéia, área que envolve 21 quadras.Entre os moradores da região, corre o debate entre descaracterização do bairro versus o progresso trazido pelas obras.
Techs
A Trisul está entrando no segmento de home equity, por meio de uma parceria com a fintech LendMe, que já movimentou R$ 25 milhões em crédito pessoal com garantia de imóvel, desde a sua criação, em 2019. A transação foi contada em detalhes pela Coluna do Broadcast, do Estadão.
Outra startup criada em 2019 foi destaque no portal PEGN nesta semana. Trata-se da fintech Minha Casa Financiada, que oferece crédito a obras imobiliárias e já movimentou R$ 27 milhões desde a sua criação. Em entrevista ao portal, o engenheiro civil Vinícius Motta conta a trajetória da empresa e fala sobre sua parceria com outros players, como Banco Inter, Cyrela e Creditas.
Uma parceria com a BikeGo vai permitir que os moradores de imóveis da Housi possam utilizar o compartilhamento de bicicletas oferecido pela empresa. O serviço já está disponível nas unidades da Bela Cintra, Paulista e Faria Lima, mas deve ser estendido a outras em breve.
Apresentando-se como potencial concorrente do AirBnb, a VHC está expandindo suas atividades no Brasil e nos Estados Unidos. A empresa de locação e administração de residências faz parte do CVC Corp, maior grupo de viagens da América Latina, e está buscando parceiros estratégicos e incorporadores para sua nova empreitada, com o objetivo de passar de mil unidades disponíveis até o final do ano.
Mundo
Uma possível nova bolha imobiliária nos EUA. Este é o cenário apontado por pesquisadores do Fed de Dallas, ligado ao sistema de bancos centrais dos Estados Unidos. Segundo os especialistas, entre outros fatores de descompasso observados no mercado americano, a relação preço-aluguel subiu mais do que a renda disponível per capita nos últimos cinco trimestres.
Em Portugal também estão ocorrendo aumentos relevantes. Desde 2014, o preço da habitação no país cresceu em média 6% ao ano. O período de maior aceleração vem desde o final de 2017, afetando principalmente os mercados de Lisboa e Porto. Por lá, outros sinais também reforçam a formação de uma bolha, como a fome por compras da alta renda e vendedores sustentando preços elevados, na ânsia de faturar.
Estamos de olho
Vamos aos podcasts! No Semana Imobi, Michel do Prado, editor-chefe do Imobi Report, recebe Rodrigo Arend, jornalista do Imobi e editor do Imobi Alto Padrão, para falar sobre as pautas deste nicho que foram destaque na semana: as ruas mais caras de São Paulo, a parceria entre Gafisa e Kinea Investimentos e a primeira “imobiliária boutique” do Norte do Brasil, em Palmas (TO).
Já no Modo Avião, o CEO da CUPOLA, Rodrigo Werneck, conversa com Felipe Balzan, CEO da Plaza Imóveis, imobiliária de Chapecó (SC) que passou por um reposicionamento, virou gestora de investimentos de seus clientes, lançou seus próprios empreendimentos e alcançou um VGV de R$ 700 milhões em um ano. E no último episódio do Vem Pra Mesa, Sergio Langer recebe Dayanne Costa, corretora que atua em Miami e Nova York, e Thiago Granato, corretor de alto padrão e luxo em São Paulo.
Surfar em pleno bairro do Morumbi? Este é o projeto que pode ser tirado do papel já no ano que vem pela JHSF, incorporadora que tem foco na alta renda. Não é um “piscinão” qualquer: a praia de ondas artificiais deve funcionar num esquema de clube de luxo. Devem ser apenas 200 vagas no primeiro momento, exigindo um pagamento de R$ 800 mil para se associar e mais R$ 21 mil por ano de taxa de manutenção. Entre os planos futuros para o espaço estão a construção de um residencial de alto luxo, quadras esportivas e um shopping aberto ao público.
Já em Florianópolis, um empreendimento com forte pegada ecológica deve ser entregue até 2025 na Praia Mole. Trata-se do condomínio-boutique Yrupá, da GND incorporadora, que vai contemplar uma passarela pública até a Lagoa da Conceição. O condomínio vai contar com telhado verde de mais de 6 mil metros quadrados, contribuindo com o conforto térmico e a biodiversidade, além de reunir plantas nativas, ornamentais e também o plantio de ervas para chás.
Já em mercados menores e periféricos, o alto padrão enfrenta mais desafios para se estabelecer. Isso porque a circulação de renda é menor e os profissionais de vendas, muitas vezes, precisam ser os responsáveis pela criação de um novo nível de consumo local. No Imobi Alto Padrão desta semana, traremos alguns cases de mercados em que o alto padrão e luxo são fenômenos recentes. Você pode conhecer estas e outras páginas que estão sendo escritas agora pelo mercado assinando o Imobi Alto Padrão. Clique aqui para saber mais – com direito a teste grátis de sete dias.
Em artigo publicado pelo Imobi Report, Elisa Tawil alerta para o risco de síndrome de Burnout em profissionais que optarem por manter o home office ou modelo híbrido como modalidade de trabalho, principalmente mulheres. O transtorno já foi objeto de estudo por pesquisadores da área e passou a ser considerado um fenômeno ocupacional a partir de janeiro deste ano.
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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