[171] Alta nos financiamentos aponta para momento de oportunidades no imobiliário
Resumo
A alta nos financiamentos imobiliários e a indicação de novas oportunidades para empresas do setor foi o destaque da news do Imobi.
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Se um dos termômetros do mercado é o setor de crédito, a alta nos financiamentos indica que o momento apresenta oportunidades para o ecossistema imobiliário. O crédito concedido em maio totalizou R$ 17 bilhões, um crescimento de 49,2% sobre o resultado de abril. Também houve aumento de 58% no uso de recursos da poupança para o financiamento de imóveis neste período.
Os números de maio são os mais expressivos de 2022 até o momento e representam o segundo melhor resultado na série histórica para o mês, segundo a Abecip. Na Caixa Econômica, este foi o melhor mês da história, com R$ 15,6 bilhões financiados – batendo o recorde anterior de R$ 14 bilhões, registrado em agosto do ano passado.
Vale lembrar que 2021 foi um ano mágico para o crédito imobiliário. Foram R$ 255 bilhões financiados, um crescimento de 46% sobre o ano anterior. A projeção para 2022 foi de fechar novamente com números positivos e uma aceleração de 2%, chegando aos R$ 260 bilhões, segundo a Abecip. Até o final de maio, o total financiado ultrapassou a marca de R$ 69 bilhões.
Este movimento vai ao encontro dos bons resultados em vendas do primeiro trimestre, superando incertezas e a escalada da Selic. Os preços do aluguel também apresentam uma recuperação contínua, após estagnação nos dois últimos anos. Em São Paulo, os novos contratos residenciais tiveram alta de 0,4% em maio na comparação com abril, segundo o Secovi-SP.
Outros recortes regionais positivos podem ser constatados em levantamentos como o da HomeHub, no Rio de Janeiro (RJ). A pesquisa constatou aumento de 14% no total de unidades vendidas entre abril. Nesta análise, são considerados 27 bairros que, somados, que movimentam 84% do VGV da cidade.
No Paraná, o mercado de locação registrou aquecimento em maio e o principal destaque ficou com o setor de imóveis comerciais. O LSO ficou em 7,9%, segundo dados do Inpespar, que faz parte do Secovi-PR. Em relação ao início da pandemia, o LSO teve aumento de 5,1 pontos percentuais.
Com resultados importantes nos números do crédito e de negócios fechados em todo o Brasil, apesar da conjuntura macroeconômica desafiadora, o mercado se pergunta: onde estão estas vendas? Como você está sentindo este momento em sua praça?
Imobiliárias
Enquanto isso, o mercado de retomados segue aquecido. O Banco do Brasil está com 2.930 imóveis para venda direta e leilão no site Seu Imóvel BB, até o fim do mês. Segundo o banco, as oportunidades vão de R$ 11,9 mil a R$ 24,1 milhões.
A cultura do data driven vem crescendo no imobiliário. Em entrevista ao Imobi Report, Diego Moeller, co-fundador da Captei, comenta a importância de as imobiliárias orientarem sua tomada de decisões a partir dos indicadores e falou sobre as soluções que a startup oferece para a inteligência virtual. Para ele, a análise sistemática e a capacidade de interpretar os dados trazem preciosos insights e são capazes de gerar novos negócios e oportunidades.
A junção de novas ideias com a experiência constitui um caminho promissor para o mercado imobiliário. No novo episódio do podcast Modo Avião, Rodrigo Werneck conta a história da jovem Caroline Abreu, que ajudou na reformulação de uma tradicional imobiliária do Nordeste. Ela e o pai, Ricardo, trabalham juntos na refundação da imobiliária, numa dinâmica de trabalho muito particular e produtiva, com profundo alinhamento entre eles.
A conservação do imóvel no longo prazo é pouco falada, mas fundamental para locação. Proprietários costumam ser reticentes a gastar com manutenção preventiva, e as imobiliárias fogem dos reparos por gerar desgaste e pela pressa em locar novamente e voltar a obter receitas. O Imobi Report conversou com especialistas para conhecer alternativas que fidelizam os proprietários e mantêm os imóveis em ótimas condições.
Você já ouviu falar em POPs? É a sigla de Procedimentos Operacionais Padrão, espécie de manual que documenta minuciosamente as tarefas dentro de uma empresa. O instrumento tem sido usado por imobiliárias que atuam com locação para elevar a produtividade, padronizar o atendimento e facilitar a transição dentro das equipes, entre outras funções. O Imobi Aluguel desta semana descreve o funcionamento dos POPs e mostra exemplos práticos. Quem atua com locação não pode ficar de fora do Imobi Aluguel, principal canal de conteúdos sobre o segmento do mercado imobiliário brasileiro.
E no podcast desta semana, o editor do Imobi Aluguel, Carlos Simon, recebe o advogado Rodrigo Dias, integrante do Conselho Jurídico do Secovi-SP, para falar dos efeitos sobre o setor imobiliário da eventual aprovação do projeto de lei do Senado que propõe a desoneração do Imposto de Renda sobre a atividade de locação. Para o Secovi, o projeto vem em boa hora para ajudar a fomentar o setor.
Incorporadoras
Desafios e oportunidades também surgem para a construção civil. A tarefa mais dura segue sendo lidar com a alta dos preços dos insumos. A alta registrada em maio, de 2,17%, foi a maior índice desde junho de 2021. No intervalo de 12 meses, o aumento acumulado foi de 15,44%. E apesar de o setor ter passado pela pandemia com estabilidade, a média salarial caiu, conforme dados do IBGE que refletem de 2020 em relação a 2019.
No Rio de Janeiro, a pressão por conta dos preços dos insumos tem feito com que as construtoras refaçam orçamentos e pisem no freio. O Sinduscon-Rio mostrou que o aumento dos materiais terá impacto entre 6% e 15% no valor dos imóveis a serem lançados.
No cômputo geral, os lançamentos de imóveis cresceram no início deste ano. E algumas tendências ganharam espaço. As mudanças nas leis municipais ajudaram no boom de imóveis compactos de luxo em capitais Brasil afora. Entre outras facilidades, o rooftop também tem ganhado destaque, com a ideia de oferecer áreas de lazer em ambientes compartilhados. Outro item indispensável é o espaço exclusivo para delivery de mercadorias.
Alguns destes diferenciais são reflexos diretos da pandemia, inclusive a ideia de incorporadoras em construir condomínios com ares de vila. Os imóveis são uma opção para clientes que buscam espaços amplos e próximos à natureza, mas sem deixar os grandes centros urbanos.
Os juros devem continuar altos na construção civil, pelo menos até o ano que vem. A estimativa é do BofA, que prevê que o Brasil encerre 2023 com juros em 10,5%. Atualmente, o patamar é de 13,25%. Com os juros lá em cima, as ações das incorporadoras ainda vão sofrer. Analistas do BofA dizem que dificuldades estão previstas à frente, com a taxa de juros como principal vilã da construção no próximo ano e com a inflação também fazendo pressão.
O sistema de moradia por assinatura é uma das apostas de um empreendimento multiformato que foi lançado em Itapema (SC), prevendo VGV de R$ 300 milhões e gerenciamento dos flats feito pela Housi. A cidade catarinense, que fica na região de Balneário Camboriú, tem um dos maiores índices de valorização do metro quadrado no Brasil. A ideia é favorecer a vida do cliente, mas acima de tudo a do investidor.
Espaços otimizados para trabalho remoto nos imóveis de alto padrão agora são prioridade, principalmente após a pandemia, que obrigou muitos a trabalharem a partir de casa e todos a pensarem no assunto. Acompanhando essa tendência, incorporadoras começaram a oferecer flexibilidade e personalização nas plantas de imóveis. Isso é o que contamos no Imobi Report, trazendo o depoimento de construtoras que oferecem alguns diferenciais para a otimização do trabalho remoto.
E no Imobi Alto Padrão, o tema da vez é o posicionamento e apresentação de corretores e imobiliárias. A primeira impressão deixada para o cliente é decisiva para atrair e fidelizar clientes, por isso o trabalho de branding está ganhando relevância entre os profissionais do imobiliário. Na edição desta semana, vamos trazer insights e dicas sobre temas como identidade, apresentação pessoal e virtual. Clique aqui para assinar o Imobi Alto Padrão.
Branding também é a bola da vez da próxima live gratuita do Imobi Report e Imobi Alto Padrão. Nosso papo será com Renan Ferreira, diretor de design e gestor de novos negócios no Cartograma Branding. Com 16 anos de experiência na área, ele já projetou marcas, produtos e serviços para mais de 120 empresas nacionais e internacionais. Conheça boas práticas e tenha insights que podem elevar seu nível de apresentação e atuação como corretor ou imobiliária. Inscreva-se gratuitamente clicando aqui.
Techs
A Loft anunciou a contratação de um novo COO. O executivo Marcel Regis chega à empresa com foco na gestão de custos, priorizando investimentos que tragam mais retorno e atendam às expectativas de retorno dos investidores. Até aqui, essa foi uma das mais importantes jogadas no processo de reestruturação do unicórnio.
O QuintoAndar chegou ao México como Benvi, nova marca internacional da proptech. A escolha pelo país é motivada pelo tamanho e similaridade entre com o mercado brasileiro, em tópicos como burocracia, garantias financeiras complexas e cadeia fragmentada.
A Alpop captou R$ 7 milhões em sua primeira rodada de negociações, liderada pela Smart Money Venture. Com isso, a startup, que apoia informais e negativados a fecharem contratos de aluguel, vai lançar dois novos produtos: um para o proprietário e outro para o inquilino. A fintech já acumula 1.610 contratos ativos, com 129 imobiliárias de 70 cidades, espalhadas por 20 estados.
Vinéia Koche, CEO da startup Test Drive do Imóvel, é a entrevistada da semana do podcast Vem Pra Mesa. Corretora de imóveis há 12 anos, ela conversou com Sergio Langer sobre a atuação da startup, pela qual os compradores podem testar o imóvel por 12 meses antes da compra. Ela licencia esse modelo, que já está em operação em São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Tocantins e Pará.
O metaverso começou a ser explorado pelas imobiliárias que estão buscando novas formas de comercializar seus empreendimentos. Uma das empresas que já mergulhou no novo mercado é a eXp Realty, imobiliária digital que atua Brasil afora. Entre as apostas da empresa está a de abrir possibilidades de negócios por meio da nova plataforma com liberdade geográfica e atendimento rápido.
Mundo
Os brasileiros que buscam por imóveis nos EUA têm visto o Texas como uma nova possibilidade. Segundo a consultoria BT7 Partners, o número de transações imobiliárias dos clientes brasileiros subiu de 98, entre janeiro e maio do ano passado, para 126 neste ano. A Flórida continua como favorita nos números, mas o Texas já superou Nova York. Outro investimento que vem chamando a atenção de brasileiros é no setor multifamily: o Brasil está entre os países que mais investem neste segmento no mercado americano.
Quem está de olho no mercado de Nova York é a companhia RBR Asset, que busca US$ 100 milhões para investir em imóveis na cidade. A ideia da empresa é comprar pequenos prédios, conhecidos como brownstones, reformá-los para depois alugá-los ou vendê-los. A gestora já vendeu oito dos 40 prédios que tem e espera comprar mais 40 para continuar com os investimentos.
As vendas de moradias usadas nos EUA caíram 3,4% em maio. A queda é o nível mais baixo desde junho de 2020, momento em que as vendas ainda sentiam os efeitos do lockdown.
Os juros imobiliários norte-americanos merecem atenção quando o assunto é a possibilidade de desaceleração da economia. O número de novos imóveis têm caído desde a máxima em 15 anos, o que já preocupa especialistas do setor.
Hospedar-se no cenário de Friends é uma realidade no Brasil. A ideia é de uma fã de carteirinha da série, que decidiu recriar em Porto Alegre (RS) o apê da Mônica, que fica originalmente em Nova York. Com isso, agora é só reunir os amigos e passar uma noite fazendo parte da sitcom americana.
Estamos de Olho
A “Maldição de Musk” vai vingar? Na última edição do podcast Semana Imobi, Michel do Prado, editor do Imobi Report e Rodrigo Arend, jornalista do Imobi, falaram sobre o polêmico tweet do trilionário Elon Musk, insinuando que o mercado imobiliário seria próxima vítima da crise global. Outros assuntos de destaque foram a contratação do novo COO da Loft e as venture capitals como investidores do imobiliário brasileiro.
As casas inusitadas no Airbnb vêm se tornando cada vez mais populares. Por conta disso, a plataforma vai premiar 100 participantes com US$ 100 mil cada, para que possam transformar ideias malucas em realidade. As inscrições vão até 22 de julho e as propostas serão analisadas por originalidade, viabilidade, sustentabilidade e a experiência que o espaço vai proporcionar aos hóspedes.
Um projeto brasileiro de mini casas no chamado Bosque Encantado, em Sorocaba (SP), é uma novidade para quem quer se hospedar e ter uma experiência diferente. São casas que têm entre 9 e 12 metros quadrados, mas que prometem oferecer uma experiência sem tanto aperto assim.
O projeto que permite transformar imóveis comerciais em residenciais foi aprovado na Câmara dos Deputados e segue para sanção presidencial. A medida pode contribuir para a revitalização de regiões centrais das cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo. Na prática, o projeto moderniza o Código Civil brasileiro e tira a burocracia da mudança dos perfis dos condomínios.
Aumentou o número de casas em favelas durante a pandemia. Em São Paulo, por exemplo, entre 2019 e 2022 foram 6 mil novos domicílios nessas comunidades, conforme os dados da prefeitura. Destas casas, 5.100 casas foram construídas entre 2021 e 2022.
Um hotel de luxo com uma galeria é o lançamento da HAUT Incorporadora Design, pernambucana que estreia em São Paulo. A ideia é que o hotel seja um hub de entretenimento, arte, design, arquitetura, moda, cultura e gastronomia único no país. O investimento é de mais de R$ 8 milhões.
Uma cobertura em construção no Rio de Janeiro foi vendida por R$ 42 milhões. A unidade faz parte de um lançamento que ocupa a última casa derrubada na orla do Leblon. O apartamento duplex tem 501 m² e o prédio já tem 80% das unidades vendidas.
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