[157] ICXP 2022: aquele abraço que o mercado imobiliário precisava
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[157] ICXP 2022: aquele abraço que o mercado imobiliário precisava

22 mar 2022
Redação Imobi
Redação Imobi
8 min
[157] ICXP 2022: aquele abraço que o mercado imobiliário precisava

Resumo

Após um final de semana intenso, podemos falar: o ICXP 2022 promoveu muitas relações e conexões. As fotos do evento já estão no site.

“Construir relações reais” foi o grande propósito que guiou nossa produção do ICXP. Depois de um fim de semana intenso, podemos falar com segurança: promovemos muitas relações, conexões, interações. Depois de dois anos dentro de casa, era claro que as pessoas estavam precisando de contato humano, de um abraço bem apertado. Confira aqui fotos do nosso evento.

Muitos dos conteúdos apresentados e discutidos no ICXP, inevitavelmente, passaram por esse tal de fator humano. Mais do que nunca, as pessoas estão no centro de tudo: o cliente final, o seu colaborador, o líder, o corretor de imóveis. Isso faz com que o tom das relações mude. O outro não é mais seu concorrente, é seu potencial parceiro.

Ter o humano no centro não é sinônimo de um trabalho intuitivo, pelo contrário. Em comum entre diversas palestras, painéis e rodadas de negócio, foi o consenso da necessidade de uma cultura de dados acessível, que faça sentido para o seu time e que promova decisões assertivas. Além disso, foi reforçada em vários momentos a importância de métodos e processos para um fluxo de trabalho organizado e rentável. Thiago Concer, um dos palestrantes e entrevistado pelo Imobi Report, reforçou que a alta performance nas vendas não são achismos, são fruto de técnicas. Não é sobre fazer mais, é sobre fazer melhor.

O palco do ICXP também foi palco de lançamentos e anúncios. A Avalyst levou um dos sócios da startup, o ator e apresentador Márcio Garcia, para anunciar seu novo produto de garantia locatícia. Trata-se da maior garantia do mercado, com 36 meses com a mesma taxa, além de uma remuneração maior para imobiliárias, com porcentagem de até 40% do valor da taxa. Outra vantagem para as imobiliárias parceiras são os cinco aluguéis garantidos, com o maior valor de reposição do imóvel no final do contrato. Saiba mais no portal do Imobi.

Já em painel com os principais marketplaces do setor, a Loft aproveitou a ocasião para anunciar a aquisição do Vista, empresa especializada em software de gestão para imobiliárias. Segundo a Loft, o objetivo é estreitar a relação com imobiliárias. Estamos preparando uma análise completa sobre esta aquisição, aguarde.

Ainda essa semana, nos nossos dois produtos segmentados, Imobi Aluguel e Imobi Alto Padrão, traremos os destaques sobre cada nicho no ICXP. E salva na agenda: na quinta-feira, 31/03, às 11h, nosso time se reúne em live para comentar o evento palestra por palestra, no nosso canal do Youtube.

Incorporadoras

A tensão provocada pela guerra na Ucrânia impacta diretamente o preço dos insumos em todo o mundo. Com matéria prima mais cara, aumenta o custo para a produção e a venda de eletrodomésticos, carros e…. imóveis. Uma das principais siderúrgicas do Brasil, a CSN, já informou que vai reajustar em 20% o valor dos produtos que vende para a indústria a partir do mês que vem. 

A Selic também sofreu nova alta, passando de 10,75% para 11,75%. Por consequência, o financiamento de imóveis fica mais caro, sobe a régua de renda para aprovação de crédito e também cresce o custo efetivo total da operação. Como outros investimentos ganham apelo, as instituições começam a explorar outras modalidades para fechar negócios imobiliários, como é o caso do banco Santander com o financiamento na planta

Seguindo este fluxo, a CBIC informou que a próxima safra de lançamentos já deve contar com valores reajustados. “É inevitável. É impossível ter alguém que absorva um aumento de custo de 20%”, afirmou José Carlos Martins, presidente da CBIC. Entre setembro de 2020 e o final de 2021, o INCC registrou alta acima de 21%, enquanto algumas capitais tiveram aumento inferior a 15% no valor dos imóveis. 

Metade das famílias mais carentes participantes do programa Casa Verde e Amarela está inadimplente. São cerca de 600 mil imóveis populares com parcelas em atraso. Ao mesmo tempo, o conselho do FGTS aprovou o aumento da renda máxima para os beneficiários do Grupo 1, que passa de R$ 2.000 para R$ 2.400 reais

A tentativa de movimentar o programa habitacional integra um “pacote de bondades” que o governo federal vem implantando, de olho na eleição de outubro. E ocorre em meio a críticas do setor, em especial do Grupo MRV, principal agente do Casa Verde e Amarela. Segundo o copresidente da construtora, Rafael Menin, o programa está “totalmente desequilibrado”. Não é de hoje que a MRV vem diversificando a operação. Em 2021, praticamente metade do lucro líquido da empresa foi gerada por novas linhas de negócios.

Na corrida no fechamento dos balanços do 4T, a Cury se destacou entre as construtoras presentes na B3. Em um ranking formulado pelo portal Seu Dinheiro, também aparecem Cyrela, Plano&Plano e EZTec. O principal desafio das empresas foi encarar a aceleração do preço dos insumos e a consequente desconfiança do investidor em relação ao futuro próximo do setor.

E pipocou neste final de semana a informação de que a Gafisa teria fechado a compra da Bait. A construtora é focada no alto padrão e foi protagonista da transformação recente deste segmento no cenário carioca. Liderada pelo executivo Henrique Blecher, a Bait apostou em inovação e conquistou grande sucesso em vendas.

Imobiliárias

Após dois anos de pandemia, período em que os valores de aluguéis precisaram ser renegociados algumas vezes, devido aos impactos financeiros que recaíram sobre os orçamentos das famílias brasileiras, nota-se um movimento de recomposição de valores de locação. Em entrevista ao UOL, o economista Paulo Picchetti explica que, passado esse período de turbulência por causa da Covid-19, os proprietários de imóveis agora estão tentando compensar os descontos cedidos, o que tem causado altas consecutivas nos valores dos aluguéis, observadas por meio do IVAR. “De um lado, os proprietários estão vendo agora espaço para reajustes e, de outro, os inquilinos têm mais condições de pagar”, resumiu. 

Pesquisa do Secovi-SP mostra que o tempo de locação de imóvel residencial na capital paulista segue com prazo dilatado, outra consequência direta da pandemia no mercado imobiliário. De acordo com a Folha de S. Paulo, que publicou um resumo da pesquisa em seu site, até 2019, o tempo esperado para assinatura de contrato variava de 17 a 44 dias. Agora, essa espera é de até 83 dias. 

Que o mercado de Santa Catarina está em alta, não é novidade para ninguém. Mas, nesta semana, isso ficou ainda mais evidente com duas notícias veiculadas na imprensa. A primeira delas, publicada no portal NSC Total, que trata da escassez de imóveis para locação em Florianópolis, devido à grande demanda na cidade. A outra, destaque no portal R7, mostra como a ascensão do mercado imobiliário em Balneário Camboriú levou a cidade ao posto de segundo metro quadrado mais valorizado do país

Apesar de ser uma operação complexa, o built to suit tem atraído cada vez mais interessados por trazer vantagens não só para proprietários e inquilinos, mas também para imobiliárias. No Imobi Report, trazemos uma entrevista com o gerente de locações da Raul Fulgêncio, imobiliária de Londrina (PR) que está apostando nessa operação como diferencial no mercado imobiliário. Confira!

Estamos de olho

No mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, a Crediall, fintech de crédito imobiliário, lançou um novo produto: uma linha de crédito voltada para mulheres, que oferece suporte jurídico e financeiro totalmente gratuito, com cashback e taxa de juros menor que 8%.

Ainda sobre a data, Kariny Martins, diretora de atendimento e sócia da CUPOLA, assina um artigo no Imobi Report. Kariny reflete sobre como as mulheres são maioria das interessadas nos estudos sobre Comunicação Não-violenta – e isso não é um problema, a questão são os motivos que nos levam a isso. A CNV é uma ótima ferramenta para dar voz às mulheres e ouvidos empáticos aos homens do setor imobiliário.

Na Folha de S. Paulo, reportagem analisa como o “quarto de serviço”, conhecido também como quarto de empregada, está entrando em desuso, mas ainda é comum nos imóveis de alto padrão. A reportagem entrevistou especialistas para comentar o caráter segregador que o cômodo tem e como promover uma mudança junto aos clientes. 

Iniciativas de moradia popular foram destaque na imprensa nesta semana. O jornal O Globo publicou uma matéria mostrando que a construtora MagikJC se juntou ao Grupo Gaia, que reúne empresas de securitização, e à Din4mo, empresa de fomento ao empreendedorismo de impacto, para levantar um empreendimento para moradia acessível no centro de São Paulo. Batizada como Projeto SOMA (Sistema Organizado de Moradia Acessível), a iniciativa já captou R$ 14,5 milhões. 

Já matéria publicada pelo Infomoney mostrou que o governo federal vai oferecer imóveis da União para construtoras que queiram utilizá-los para empreendimentos voltados a famílias de baixa renda em áreas urbanas. O programa habitacional Aproxima será destinado a famílias com renda bruta mensal de até cinco salários mínimos (R$ 6.060), e os imóveis deverão estar localizados em área urbana consolidada, com malha viária, organizada em quadras e lotes predominantemente edificados e com serviços e infraestrutura urbana existentes.

Em Petrópolis, um mês após os deslizamentos que terminaram em tragédia na cidade, deixando 233 mortos e 4 desaparecidos, as famílias que perderam suas casas continuam sem ter onde morar. É o que mostra uma matéria especial da Agência Brasil, que revela as consequências a médio e longo prazo da tragédia que ocorreu na cidade. De acordo com a reportagem, ainda há 685 pessoas desabrigadas, vivendo em igrejas, escolas ou acolhidas temporariamente na casa de familiares. E não há perspectiva de resolução desse problema tão cedo. 

Contribua. Confira uma lista com dicas de locais e projetos para ajudar as vítimas de Petrópolis.

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