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[255] Investimento despenca, mas proptechs vislumbram fim do inverno

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O investimento em startups brasileiras teve uma queda significativa pelo segundo ano consecutivo. O recuo anual foi de 42%, com os aportes somando US$ 3,1 bilhões (R$ 15,45 bi) em 2023, segundo levantamento da plataforma Sling Hub com o Itaú BBA. Esse é o pior ano desde 2018.

O decréscimo segue a tendência global de redução de investimentos iniciada em 2022, ligada aos juros altos em todo o mundo, que reduziu o apetite por risco dos investidores. Como consequência, os gestores de fundos de venture capital tornaram-se mais cautelosos, priorizando startups com capacidade de geração de caixa – esse “inverno das startups”, aliás, tem sido tema recorrente aqui no Imobi nos últimos dois anos.

A perspectiva para o futuro próximo ainda é incerta: e depende em parte da situação econômica nos EUA. No entanto, com o Brasil liderando cortes de juros entre as principais economias, pode haver uma revitalização dos investimentos por aqui, especialmente em setores que se beneficiam disso – como é o caso do imobiliário. 

O efeito benéfico da queda dos juros já tem ajudado startups do imobiliário, as chamadas proptechs – como é o caso da Loft, que anunciou em dezembro de 2023 o alcance da linha do break even (equilíbrio entre receitas e despesas). O marco veio acompanhado de um aumento de 30% nas receitas do quarto trimestre, na comparação com o período anterior.

Não por acaso, a redução dos aportes tem sido mais amena no segmento de proptechs e construtechs do que no mercado geral, como indica pesquisa recente da Lavca, a Associação para Investimento de Capital Privado na América Latina. E 9 entre 10 investidores ouvidos pela mesma entidade preveem um cenário mais amigável para captação de recursos de investidores em 2024.

Sendo assim, as proptechs que souberem abraçar as novas oportunidades para seus modelos de negócios, priorizarem a eficiência e seguirem em busca de inovação (olho na inteligência artificial!) terão boas perspectivas de voltar a atrair grande volume de capital. E trocar o ar frio e melancólico pelo reaquecimento do setor. 

Vendas e Locação

O aluguel residencial ficou 1,26% mais caro no País em janeiro, na comparação com o mês anterior, segundo o Índice FipeZap, elaborado a partir de dados de 25 cidades. Em São Paulo, o aumento foi de 0,89% no mês. A maior alta ocorreu em Brasília, de 3,26%, seguida por Joinville (SC), de 2,34%, e Salvador, com 2,32%.

Entregar os leads do imóvel diretamente ao corretor que fez a captação é a estratégia comercial mais adequada? Para algumas imobiliárias, sim. Outras preferem respeitar um critério interno de distribuição, sem qualquer prioridade a quem trouxe o produto à mesa. Confira três passos que podem ajudar a definir um critério próprio para a entrega de leads em sua imobiliária.

No Modo Avião, Rodrigo Werneck, CEO e estrategista-chefe da CUPOLA, bate um papo com Felipe Abramovay, cofundador da Pilar, empresa focada em levar serviços de suporte para imobiliárias boutiques e seus corretores. Hoje a Pilar conta com mais de 100 imobiliárias em sua rede, atuando como uma comunidade para mais de 300 corretores compartilharem seus produtos e gerar negócios. 

Vem aí a primeira edição do Gestão de Vendas Lançamentos, um programa avançado de imersão para sócios, diretores, gestores e líderes de vendas em incorporadoras e imobiliárias que atuam na venda de lançamentos. A imersão será presencial, em São Paulo (SP), nos dias 10, 11 e 12 de junho. As vendas estão a todo vapor: corra para garantir a sua vaga

Dispensar um corretor com performance abaixo da média é a forma mais eficaz de lidar com a baixa produtividade? A resposta não é tão simples quanto parece: há talentos que só precisam de um estímulo adicional. É sobre isso que Alexandre Quero, CEO da Domum Imobiliária, vai conversar em seu painel no CUPOLA Summit 2024. Para conhecer os demais palestrantes já confirmados e adquirir sua entrada, clique aqui.

Representatividade feminina é a base da live do Imobi Report de fevereiro. O encontro “Corretagem em Dupla: Descubra um modelo de atuação que triplica suas vendas” acontecerá na próxima quinta (29), a partir das 11h, com as presenças de Silvana Carvalho, As Gêmeas SC e mediação de Jessica Prates. Não perca essa oportunidade de aprender e se inspirar!

Com a presença de renomados speakers, a One Imóveis de Luxo realiza o “Summit One 2024”, evento que dá start nas comemorações dos dez anos de atuação da empresa no mercado imobiliário de luxo do Brasil e do exterior. O encontro, que engloba debates e tendências deste mercado, ocorrerá na capital gaúcha, de 27 a 29 de fevereiro. Clique aqui para saber mais.

Construção e Incorporação

Vendas sobem, apesar de queda nos lançamentos. A quantidade de imóveis vendidos no Brasil cresceu 1,7% no último trimestre de 2023, apesar da queda de 10,9% nos lançamentos, segundo a Cbic. Destaque para o Minha Casa Minha Vida, com expansão anual de 14,7% nos lançamentos. A previsão da entidade é de estabilidade nos lançamentos e crescimento de 5% a 10% no mercado do MCMV em 2024. 

O governo deseja trocar terrenos de alto valor, mas não adequados para moradia ou órgãos públicos, com o setor privado. Essas transações podem envolver a construção de imóveis para habitação popular, como parte do programa Minha Casa Minha Vida.

FGTS futuro será regulamentado em março e inicialmente beneficiará cerca de 60 mil famílias da Faixa 1 do MCMV, podendo ser estendida a todos os beneficiários. A utilização do mecanismo tem riscos, especialmente em caso de demissão do trabalhador. A Caixa Econômica, operadora do FGTS, ainda definirá as normas operacionais para o novo modelo.

Incorporadoras revolucionam moradia com espaços compartilhados e interativos, como coworking e “Espaço Beleza”, promovendo networking e conforto. Essa nova abordagem desafia conceitos tradicionais e cria ambientes que incentivam a conexão entre moradores, transformando o modo como vivemos e trabalhamos.

Techs

A Virgo, empresa que funciona como “banco de investimento” para médias empresas através de um marketplace para conectar esse público em busca de crédito com investidores institucionais, pretende atingir R$ 8 bilhões em operações para o setor imobiliário. Desde 2019, a Virgo, que tem a XP Investimentos como sócia minoritária, estruturou um total de R$ 4,8 bilhões para o setor, em 216 operações.

A startup holandesa Monumental concluiu sua primeira fachada de prédio em grande escala construída por um robô autônomo, sem intervenção humana. A iniciativa visa diminuir os custos da construção civil e resolver a escassez de pedreiros na Europa. A empresa recebeu um investimento de US$ 25 milhões de empresas de tecnologia inglesas.

A Kenlo, startup de gestão imobiliária, anunciou o encerramento de seu produto de garantias locatícias, o Kenlo Garante, a partir desta quinta-feira (29). “Após uma avaliação cuidadosa, tomamos uma decisão difícil de descontinuar este produto. Estamos ativos para em breve trazer novidades com um novo modelo de negócio e parceiros”, disse a startup em comunicado enviado na semana passada aos seus parceiros. 

Mundo

China sacode mercado imobiliário. O Banco do Povo da China decidiu cortar a taxa de juros do financiamento de longo prazo em 0,25 ponto percentual, mantendo a taxa de curto prazo. A medida visa estimular o mercado imobiliário do País, que enfrentava dificuldades. O corte foi maior do que o esperado, indicando uma postura mais robusta para apoiar a economia real.

Ex-presidente atingido em cheio. A Justiça de Nova York impôs uma penalidade severa a Donald Trump, aumentando sua multa por fraude imobiliária para US$ 454 milhões, com um acréscimo de US$ 100 milhões. Ele é acusado de inflar artificialmente o valor de suas propriedades para obter vantagens indevidas de seguradoras e bancos..

Estamos de olho

São Paulo terá recorde imobiliário ao entregar 818 condomínios em 2024, quase o dobro do ano anterior. Os prédios de médio padrão lideram, representando 36% das novas implantações, com média de R$ 15,2 mil o m². O aumento pode ser explicado pela redução da taxa de juros em relação aos anos anteriores.

A compra de um prédio na Faria Lima por R$ 1,5 bi, maior transação envolvendo um único edifício no país, coloca o Itaú como um dos maiores proprietários de empreendimentos de alto padrão em São Paulo e levanta debates sobre o poder corporativo e a influência dos bancos no mercado imobiliário nacional.