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Proptechs esperam 2024 melhor: conheça 3 empresas com potencial de crescimento

Depois de um ano desafiador, 2024 tende a ser mais promissor para as proptechs – as startups com foco no mercado imobiliário.

Em 2023, o mercado de protechs no Brasil captou um volume de recursos 32% menor que no ano anterior, segundo dados da Lavca, a Associação para Investimento de Capital Privado na América Latina. Em todo o território latino-americano, a tesoura foi ainda mais expressiva – 60% a menos que em 2022. 

Considerando todos os setores econômicos, a redução foi de 58% no volume de investimentos e de 46% na quantidade de rodadas nos três primeiros trimestres de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022.

Porém, o Relatório Anual das Techs na América Latina, divulgado no final do ano passado pela Lavca, sugere um cenário mais amigável para captação de recursos de investidores  em 2024 – percepção compartilhada por 89% dos investidores ouvidos pela entidade.

O Imobi Report traz três exemplos de proptechs emergentes no mercado brasileiro, que pretendem surfar esse momento mais favorável em 2024. Confira: 

Toki: eficiência na gestão de obras

Criada a partir da experiência de seus fundadores no setor de construção civil, a construtech Toki nasceu como solução para otimizar o gerenciamento de obras, com foco em eficiência.

O produto principal da Toki é um aplicativo, cujo desenvolvimento contou com diversas rodadas de pesquisa com engenheiros, arquitetos e clientes finais, para identificar quais seriam as principais dores desse público. 

A primeira fase do app traz funcionalidades como lembretes de tarefas pendentes, relatórios fotográficos do andamento da obra, gestão financeira, check-lists de execução de atividades, repositório para arquivamento de projetos/informações da obra e conteúdos educativos para ajudar na gestão técnica e administrativa da empresa. 

“Nesta primeira fase iremos disponibilizar funcionalidades que julgamos ter maior aderência e por consequência uma utilização mais imediata dos usuários, para depois lançar no aplicativo ferramentas mais complexas”, explica Danilo Duarte, CEO e cofundador da Toki.

O aplicativo, disponível nas versões IOS, Android e web, será lançado em quatro etapas. A Toki prevê lançar as demais fases ainda este ano, levando em consideração o crescimento da plataforma e os feedbacks dos usuários.

Investimento – Os recursos iniciais para desenvolver o aplicativo foram realizados com capital captado com investidores. A empresa projeta novas rodadas de captação de recursos para desenvolver outras funcionalidades do app e intensificar investimentos em marketing e time.

Os valores das assinaturas no lançamento terão o valor inicial de R$ 197 a R$ 247, a depender do nível de utilização da plataforma e das funcionalidades contratadas. “Os usuários também terão a vantagem de poder testar a plataforma por 60 dias gratuitamente antes de optarem por um plano de assinatura”.

“Nossa ideia é que no futuro, a plataforma seja uma grande ferramenta social, um ambiente colaborativo, com envolvimento direto dos usuários, trocas de experiências, contratações de serviços, e fóruns de discussão”, finaliza .

MyDoor: surfando destinos de alto padrão

A MyDoor é uma startup de residências de alto padrão em destinos de lazer e que atua diretamente na venda de casas compartilhadas com no máximo 8 cotas. Por uma fração do valor tradicional, é possível comprar o imóvel. Além de aproveitá-lo para uso próprio compartilhando das despesas de manutenção, os proprietários podem rentabilizá-lo por meio de aluguéis de temporada. 

A plataforma da MyDoor também é responsável pela gestão da propriedade, decoração e manutenção.

Com mais de 20 casas disponíveis para venda na plataforma, a startup está presente no litoral da Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará, além do litoral e interior de São Paulo, oferecendo residências em diferentes destinos, seja na praia, campo ou montanha. 

Amfi: tokenização de imóveis já é realidade

Startup especializada na tokenização de ativos, a AmFi participou em 2023 da primeira operação de financiamento imobiliário com a tokenização de um imóvel real. 

O objetivo do projeto é eliminar barreiras para que mais pessoas possam comprar um imóvel de forma mais simples e eficiente, e adquiri-los de forma fracionada. 

Toda a estrutura do financiamento da operação foi realizada pela AmFi com uma Cédula de Crédito Bancária tokenizada – um instrumento que traz formalidade e segurança jurídica para o trabalho. Os investidores da operação, por sua vez, adquiriram os tokens representativos e podem acompanhar em tempo real a performance de tudo que acontece.