Os preços vão subir. Portanto, o momento de comprar imóvel é agora!
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Pretende comprar um imóvel novo nos próximos meses? Aqui vai uma dica de ouro: faça isso agora! Não espere o melhor momento, pois você não conseguirá mais os mesmos preços e as mesmas taxas de juros praticadas hoje. Vou explicar as razões da minha afirmação. O primeiro argumento é que o aumento dos insumos básicos da construção civil já chegou à casa dos 30% em números acumulados no último ano. Só o aço, por exemplo, mais que dobrou de preço em 2020. Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que regula e acompanha essa alta, registra crescimento acumulado de 15,26% nos últimos 12 meses. E a expectativa é que os valores continuem a subir, sendo turbinados pelo aumento das tarifas de energia já informado pelo governo.
É um efeito que começa com a alta das commodities, dos serviços e em seguida da mão-de-obra. O resultado dessa união de fatores é que a viabilidade dos lançamentos imobiliários feita em 2020 com previsão de lançamento para o primeiro semestre desse ano já está defasada. Para as construtoras, a saída foi fazer revisões nos projetos, considerando novos cenários e balizadores. E com isso, o número de lançamentos foi abaixo do esperado para o primeiro trimestre de 2021. E qual é o reflexo para o mercado? Ora, o ritmo de crescimento de venda de imóveis novos no país não está sendo acompanhado pelos lançamentos. Como consequência então haverá uma diminuição do estoque disponível.
Apesar de o número de lançamentos no primeiro trimestre ter sido melhor que no ano passado (28.258 unidades, superando as 27.244 de 2020. Diferença de 3,7%, segundo dados da CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção), a venda aumentou 27,1% (41.831 unidades comercializadas em 2020 contra 53.185 de 2021). Considerando a média de vendas, o estoque atual acabaria em quase nove meses, frente à média anterior de quase 12 meses. Isso significa que os próximos empreendimentos vão sair do forno já com nova precificação e um crescimento real do metro quadrado para o consumidor.
Também é importante considerar que a Selic (Taxa Básica de Juros) teve três aumentos desde março, chegando ao patamar de 4,25%. As mudanças desse indicador impactam em diversas taxas, entre elas os juros dos empréstimos, dos parcelamentos e dos rendimentos, entre outros. Para ficar bem claro, aumentando a Selic, os juros também sofrem reajustes, fazendo com que o financiamento da produção fique mais caro para as construtoras, bem como o crédito imobiliário para o cliente.
Juntando o real aumento dos imóveis e dos juros, será que o leitor que chegou até aqui ficou convencido de que estamos no último momento de compra com preços antigos e com taxas menos abusiva? Fica a reflexão!
Por Sylvio Pinheiro, diretor da G+P Soluções, consultoria especializada em práticas e técnicas construtivas e de gestão.
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