Mercado de trabalho e imobiliário pós-pandemia
Resumo
As transformações que a pandemia causou no mercado de trabalho, impactaram diretamente o mercado imobiliário. Como se adaptar?
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Mesmo italiana, mas brasileira assumida de coração, sou apaixonada pelo olho no olho e pela troca de energia que só a presença das pessoas nos proporciona. Por isso, confesso que adoro trabalhar presencialmente. Mas no contexto da pandemia e com os avanços tecnológicos, percebemos o home-office ganhando espaço no mercado de trabalho e se consolidando como uma modalidade fixa de trabalho das menores às maiores empresas no Brasil e no mundo.
Com a chegada da pandemia no Brasil vimos as pessoas que possuem casas na praia, na serra ou no interior decidindo se mudar temporariamente ou permanentemente para esses lugares com o objetivo de desfrutar da tranquilidade, da segurança e do conforto de estar longe dos centros urbanos. Realizando as tarefas de qualquer lugar, a proximidade do trabalho deixa de ser uma prioridade e dá lugar à qualidade de vida. Seria esse o nosso “novo normal”?
Passando por uma transformação tão significativa, vejo o mercado profissional impactando diretamente o mercado imobiliário, e nesse contexto, ouso dizer que as cidades inteligentes inclusivas são a resposta esperada.
Em localizações estratégicas, a poucos minutos de pontos turísticos e das capitais, esse novo modelo fica perto o suficiente para quem precisa se deslocar em alguns dias da semana e distante o suficiente para fugir dos problemas urbanos comuns, como os engarrafamentos, que são fruto do crescimento sem planejamento.
As cidades inteligentes são planejadas com soluções adaptadas aos lugares escolhidos para recebê-las usando a tecnologia, a sustentabilidade e a infraestrutura de qualidade em favor das pessoas. E quando o foco está nas pessoas, o desafio é pensar muito além dos muros das casas. Com conexão de qualidade, Wi-Fi em áreas comuns, espaços coworking e aplicativos que facilitem a interação, os usuários controlam as tecnologias, e não o contrário.
Com mais tempo em casa, a inovação social também se apresenta como ponto importante para fazer a diferença dentro das cidades inteligentes. Soluções de lazer, espaços e equipamentos compartilhados permitem que não seja mais necessário se desconectar ou se distanciar de casa no tempo livre ou aos fins de semana para relaxar, porque tudo que é preciso está perto. A economia de tempo e dinheiro de deslocamento, por exemplo, vira a possibilidade de um passeio de bicicleta no fim da tarde ou uma pizza com a família na sexta-feira. O respiro que qualquer pessoa precisa ao fim de um dia de trabalho!
Você pode estar pensando que esse modelo inovador é um bom plano para o futuro, não é mesmo? Mas isso já é uma realidade no Brasil. Em São Paulo, no Ceará e no Rio Grande do Norte, cidades e projetos verticais inteligentes já se apresentam como opções reais e, além de tudo, acessíveis.
Com esses exemplos, acredito que é possível repensar adaptações importantes, e dentro de qualquer realidade, compreender o quanto as tecnologias tornam a vida mais prática, sem esquecer que as pessoas são, na verdade, o centro de tudo.
Sobre Susanna Marchionni
Susanna é a CEO da Planet Smart City no Brasil e co-fundou a empresa em 2015, ao lado de Giovanni Savio, CEO Global. Tem 25 anos de experiência no setor imobiliário e é a força motriz da empresa no Brasil, liderando a disseminação do conceito de cidade inteligente inclusiva no país.
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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