Demanda por crédito imobiliário do Itaú continua aquecida, apesar da Selic alta
Resumo
Thales Ferreira Silva, diretor do Itaú Unibanco fala sobre os planos da empresa em facilitar o crédito imobiliário residencial em 2022.
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Não é só a Caixa Econômica Federal que continua com uma grande procura por financiamento imobiliário neste início de 2022, apesar da alta da Selic. De acordo com Thales Ferreira Silva, diretor do Itaú Unibanco, a instituição também tem observado uma demanda aquecida neste primeiro mês do ano. Para o executivo, ainda que haja perspectiva de eventuais novos aumentos na taxa básica de juros, este ainda é um bom momento para solicitar o crédito imobiliário do Itaú – e, principalmente, os clientes sabem disso.
No último ano, só nos três primeiros trimestres de 2021, o Itaú concedeu mais de R$ 35,6 bilhões, de janeiro a setembro de 2021, em crédito para pessoas físicas. Porém, a instituição ainda não divulgou os números referentes ao último trimestre do ano, quando a Selic teve sua maior alta. Procurado pelo Imobi Report para comentar sobre o impacto do aumento da taxa no crédito, Thales detalhou as estratégias do banco para manter o financiamento imobiliário do Itaú acessível para os clientes, mesmo com a recente correção da taxa de juros. Confira a entrevista completa:
Imobi Report: O que o Itaú tem feito para continuar com crédito imobiliário acessível para todos e não perder clientes para outros bancos que eventualmente possam oferecer tarifas mais baixas?
Thales Ferreira Silva: Nosso propósito principal é auxiliar na realização de sonhos dos nossos clientes, com proximidade e apoio durante toda a jornada de um financiamento imobiliário, para cada momento de suas vidas. Neste contexto, oferecemos taxas competitivas com relação ao mercado de crédito imobiliário e realizamos um trabalho constante de escuta ativa dos clientes, para entender suas necessidades e propor as melhores soluções. Nos primeiros nove meses de 2021, por exemplo, o Itaú Unibanco concedeu mais de R$ 35,6 bilhões em crédito para pessoas físicas adquirirem imóveis, volume praticamente três vezes superior ao montante concedido pelo banco no mesmo período de 2020 e um crescimento muito acima do mercado.
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Imobi: Quais estratégias têm sido utilizadas para alcançar esses objetivos? Quais as novidades do Itaú no que se refere ao crédito imobiliário?
Thales: Estamos avançando na digitalização de nossos produtos e serviços, desde o momento da contratação até o pós-venda, sendo que o cliente conta com o suporte de consultores especializados e a possibilidade de uso do FGTS na entrada e na amortização do financiamento. Outra novidade foi o lançamento recente do “Pula Parcela”, que permite aos clientes adimplentes pularem até duas parcelas a cada 12 meses, serviço que pode ser muito útil para momentos de imprevistos ou necessidade de alocar a renda, ao auxiliar na organização financeira e permitir mais autonomia e flexibilidade para o dia a dia dos clientes.
Imobi: O que os bancos podem fazer para evitar que o crédito imobiliário se restrinja a um grupo cada vez menor de pessoas, deixando de fora uma parcela da população que efetivamente precisa de financiamento para comprar um imóvel?
Thales: O Itaú tem se consolidado como uma referência neste mercado, conquistando a primeira posição entre os bancos privados, pois sempre buscamos ajudar os brasileiros, de todos os grupos da sociedade, a realizarem o sonho da casa própria. Para isso, oferecemos uma jornada simples e rápida, com preços competitivos e produtos para todos os perfis de pessoas. Queremos continuar buscando as melhores soluções e liderando a transformação do setor, por meio de produtos disruptivos e cada vez mais digitalizados. O “Pula Parcela” é um exemplo prático de nossa busca por soluções centradas no cliente, pois tangibiliza de forma muito clara o novo posicionamento do Itaú, que reforça como o banco é feito com os clientes, ou seja, com foco total em desenvolver soluções que ajudem de fato a vida das pessoas, principalmente daquelas que precisam de condições diferenciadas para conseguir acesso a crédito.
Imobi: Com a perspectiva de um aumento ainda maior da Selic nos próximos meses, daria para dizer que esse início de ano ainda é um bom momento para solicitar crédito para financiar imóveis?
Thales: Eventuais altas na taxa básica de juros podem impactar o mercado imobiliário e encarecer os financiamentos de modo geral, a médio prazo, mas o que estamos observando é que a demanda por novos empréstimos continua bastante aquecida e que este continua sendo um bom momento para solicitar crédito. Acreditamos que 2022 será um ano ainda positivo para o setor e vamos continuar apoiando nossos clientes na realização desse sonho.
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