Cidades inteligentes: o presente e o futuro são colaborativos
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A velocidade com que o mundo tem se desenvolvido nas últimas décadas acelerou o processo de urbanização e concentrou as pessoas em espaços não planejados. Como resultado desse processo, temos os temidos, mas conhecidos problemas das grandes cidades como deslocamento lento, altos níveis de poluição e crescentes índices de violência.
Mas dentro desse processo, que graças às tecnologias tem se tornado ainda mais acelerado nos últimos anos, muito se fala sobre o replanejamento ou a construção do zero das chamadas cidades inteligentes. Muitos podem vê-las como um desafio, mas os caminhos que já percorri dentro do mercado imobiliário no Brasil e no mundo me fazem vê-las como uma grande oportunidade.
E aí, você pode me perguntar: “Que oportunidades esse conceito oferece?”. Para as cidades já construídas, repensar infraestrutura e distribuição de serviços, por exemplo, é algo que influi diretamente na melhoria de vida das pessoas, na otimização de recursos e, consequentemente, reduz os problemas da urbanização acelerada. Para os novos projetos imobiliários, essa é a oportunidade de reconstruir o conceito de moradia, passando a olhar menos para as construções e mais para as pessoas.
Apesar de parecer ousado, discordo totalmente do pensamento que as cidades inteligentes são projetos com foco na tecnologia, na conectividade e exclusivos para um nicho de mercado. E isso não quer dizer que essas facilidades não devem estar presentes, mas que as cidades inteligentes só são verdadeiramente possíveis com comunidades inteligentes.
E como criar comunidades inteligentes? A resposta, para mim, é simples: investir em compartilhamento. Pouco importa se você mora em um apartamento de 50m² ou em uma casa de 200m², em uma cidade inteligente, todas as pessoas têm acesso a serviços e oportunidades.
Em espaços compartilhados dentro de comunidades integradas, todos são responsáveis pelo funcionamento e pela manutenção dos espaços e serviços. E se você pensa que essa é uma realidade distante, já existem cidades no Nordeste em funcionamento dentro desse conceito.
Sobre Susanna Marchionni
Susanna é a CEO da Planet Smart City no Brasil e co-fundou a empresa em 2015, ao lado de Giovanni Savio, CEO Global. Tem 25 anos de experiência no setor imobiliário e é a força motriz da empresa no Brasil, liderando a disseminação do conceito de cidade inteligente inclusiva no país.
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