#098 eXp Realty chega ao Brasil e mira corretores de imóveis profissionais – e visionários
Resumo
Confira os destaques desta semana da curadoria do Imobi: entrevista com presidente do Cofeci, apartamento na planta e mais.
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Depois de um ano de crescimento, iniciando operações em países como Índia, África do Sul, México e França, a eXp Realty dá continuidade ao seu plano de expansão mundial e chega ao Brasil em fevereiro. O pré-lançamento da eXp Brasil acontece na terça-feira, dia 2, quando a imobiliária digital norte-americana vai apresentar detalhes de sua operação no Brasil. O Imobi Report se antecipou e trouxe uma entrevista exclusiva com Ernani Assis, managing director da eXp Brasil, que contou a história da empresa e os planos da organização para o mercado brasileiro.
Com operação 100% digital, a eXp Realty já conta com mais de 42 mil corretores no mundo. No Brasil, a expectativa é alcançar a marca de 3 mil ou 4 mil corretores no primeiro ano, abrangendo todos os estados brasileiros. “Nós temos uma classe de corretores autônomos que tem muitas condições no dia a dia, inclusive para o crescimento do seu próprio negócio. A gente vai ser mais um player. Não viemos aqui pra assustar nenhuma imobiliária tradicional, muito menos competir com outras plataformas digitais. A gente vem trazer uma proposta de valor e a gente busca um corretor visionário, aquele que tem sede por tecnologia e sede também por empreendedorismo. Esta é uma plataforma construída para corretores de imóveis profissionais”, afirma Ernani.
Imobiliárias
A taxa de vacância de imóveis corporativos em São Paulo chegou a 19,3% no último trimestre de 2020. Já no Rio de Janeiro, a vacância foi de 33,17%. Do total das devoluções de imóveis, cerca de 90% foram de empresas de pequeno e médio porte, que aderiram ao home office e têm menos fôlego financeiro para atravessar a crise sanitária.
Um levantamento da startup EmCasa mostra que varanda e sol da manhã continuam sendo fatores prioritários na pesquisa por um imóvel. Dados apontam que 75% das buscas são por apartamentos, especialmente aqueles entre 60m² e 100m². Sol pela manhã (41%), varanda (36%), piscina (18%) e academia (9%) estão no topo da lista de desejos dos compradores.
Duas tradicionais imobiliárias gaúchas uniram forças: na última semana, a Crédito Real, de Porto Alegre, adquiriu a carteira de locação da Taperinha, de Santa Maria. O movimento é mais um passo do crescimento da Crédito Real, que passa a ter a maior carteira de locação do Rio Grande do Sul, em direção ao interior do Estado.
Você já ouviu falar em arquitetura emocional? Se não, o Imobi explica. Esta é uma corrente da arquitetura que pretende promover estímulo do espaço e interação com os moradores, de forma que priorize os sentimentos das pessoas, a exploração das sensações e a promoção do bem-estar.
Se, lendo sobre arquitetura emocional, você se lembrou de home staging, trazemos uma segunda reportagem só sobre o tema. Entrevistamos profissionais que atuam com home staging e que utilizam técnicas que misturam arquitetura emocional e neurociência, de forma a trabalhar os cinco sentidos dos possíveis compradores e acelerar o fechamento de negócios.
Incorporadoras
De acordo com a Caixa, o orçamento do FGTS para financiar o setor de habitação em 2021 será de R$ 33,5 bilhões. No último ano, havia sido de R$ 48 bilhões.
A Caixa planeja que o aplicativo Caixa Tem, lançado para promover o acesso ao auxílio emergencial, não caia em desuso e possa se transformar em um banco digital. Assim, pretende transformá-lo em um marketplace e permitir que pessoas físicas o utilizem para contratar crédito imobiliário, para participar do Casa Verde e Amarela.
Falando em Casa Verde e Amarela, a partir de fevereiro, os municípios poderão aderir ao Programa de Regularização Fundiária e Melhoria Habitacional, novo braço do programa habitacional que regulariza imóveis e os reforma para garantir moradia digna. O objetivo é ultrapassar 100 mil imóveis regularizados até o fim do ano.
A Infomoney traz uma matéria bem completa que resume o último ano e as perspectivas para 2021 no mercado imobiliário. Danilo Igliori, economista chefe do Zap+, diz que “iniciamos um novo ciclo de alta, que pode ser visto nos resultados do final de 2020 e nos IPOs de construtoras. Mas é um ciclo diferente daquele visto no pré-pandemia. Vejo um aquecimento ainda meio desequilibrado”. Já Alberto Ajzental, coordenador do curso de Desenvolvimento de Negócios Imobiliários da FGV, afirma não ver grandes sobressaltos em oferta ou em demanda. “Com países aprendendo a vacinar suas populações e com o governo brasileiro fazendo sua lição de casa na economia, o setor deve voltar a acelerar”. Os especialistas também falam sobre um possível aumento no preço dos imóveis e também na taxa Selic, que encontra-se no seu momento historicamente mais baixo.
Os números das construtoras no 4° trimestre de 2020 começaram a ser divulgados. O Valor realizou um levantamento com prévias operacionais da Cyrela, Direcional, Even, EZTec, Helbor, Melnick, Mitre, Moura Dubeux, MRV, RNI Negócios Imobiliários e Tenda. O resultado é um crescimento de 2,9% no VGV lançado em 2020 e de 11,3% nas vendas líquidas.
A Cyrela teve um aumento de 106% nos lançamentos e de 34% nas vendas líquidas comparado ao mesmo período de 2019. A Lavvi teve recorde de lançamentos e vendas na prévia operacional do 4º trimestre. Quem também bateu recorde de vendas foi o Grupo Patrimar, que chegou à marca de R$ 730 milhões em VGV. Já a Gafisa teve o melhor desempenho anual desde 2016 e, para este ano, pretende dobrar seu VGV.
A Plano & Plano não apresentou resultados tão positivos. A receita líquida da incorporadora teve alta de 25% no ano, mas ainda figurou 37% abaixo das expectativas. A Helbor também teve resultados abaixo do esperado. Os lançamentos de 2020 foram menos da metade dos realizados em 2019.
Os fundos imobiliários se destacaram como formato de investimento no último ano. O número de investidores na modalidade bateu recorde em 2020, com um crescimento de 82%. Por outro lado, a rentabilidade da modalidade atingiu o menor percentual da década, cerca de 5%.
Mundo
Nos EUA, o mercado imobiliário de alguns estados sofreu mais do que outros com a pandemia. Como acompanhamos no Imobi, o de Nova York foi um deles, uma vez que muitos habitantes da big apple repensaram suas moradias devido aos aluguéis caros e altos preços por metro quadrado. Porém, com o final do ano e o início da vacinação, este movimento começou a virar. A cidade fechou dezembro com números positivos: 34,5% mais compras de imóveis concluídas do que no mesmo período de 2019.
Ainda nos Estados Unidos, em 2020, o número de vendas de imóveis usados chegou ao maior nível desde 2006.
Por que você deveria diminuir seus esforços para construir uma marca pessoal e investi-los em parcerias? Este é o questionamento de Alex Craig em sua coluna no Inman (em inglês). Há um contexto prévio a ser considerado: nos EUA, a modalidade de corretores independentes é comum e eles trabalham com o marketing próprio, investindo em páginas em redes sociais, sites e anúncios online e offline. A premissa de Craig é que, para ter uma marca bem sucedida, não basta uma logo e um guia de marca, mas sim toda uma construção de branding que demanda tempo e/ou dinheiro. Estados americanos também estão aderindo a leis mais rígidas relativas à transparência com o consumidor. Para o autor, então, corretores deveriam colocar mais esforços em encontrar parceiros ou imobiliárias que melhor se encaixem nos seus valores de trabalho.
Falando em Inman, nesta semana acontece o primeiro Inman Connect do ano. A equipe do Imobi cobrirá o evento e trará os destaques em nosso portal. Fique atento.
Estamos de Olho
O grupo Mulheres do Imobiliário lançou o Amazonita Clube, um novo centro de estudos do setor. O think tank divulgou os resultados de sua primeira pesquisa, com 98 profissionais do mercado imobiliário, sobre as tendências para 2021. A primeira delas é o desenho de novos formatos de apartamentos, com espaço para escritórios dentro do lar e/ou nas áreas comuns do edifício, além de áreas adaptadas para limpeza e estocagem de itens que chegam pelo comércio eletrônico. A segunda é a continuidade no avanço da digitalização das empresas, desde o atendimento virtual até a assinatura remota de contratos. O terceiro ponto mais citado é a perspectiva de redução da área de sede demandada por companhias, devido à popularização do home office.
Em tempos de pandemia, todo mundo tem se perguntado sobre como se proteger do coronavírus, inclusive dentro de nossas próprias casas. Em artigo publicado no Estadão, o químico Daniel Minozzi, que também é mestre em Ciências de Materiais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), mostra que é possível ter uma casa anticovid com produtos já disponíveis no mercado, que utilizam a nanotecnologia para inativar o vírus. Em Portugal, a Habitat Invest até lançou uma certificação para contemplar edifícios que disponibilizam plano de contingência próprio para combate à Covid-19, a co/vida20.
Por falar em Covid-19, Armando Castelar, coordenador de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, disse em entrevista ao Estadão que os juros baixos terão efeito limitado na recuperação da economia, em caso de uma nova onda da doença no Brasil. Ele estima que a Selic feche 2021 em 3,5%.
O que não pode faltar na casa dos millennials? Matéria publicada na Casa Vogue mostra que indivíduos nascidos entre o início da década de 1980 e meados dos anos 1990 priorizam itens que valorizam o bem-estar quando estão equipando e decorando suas casas. Para quem não se lembra, já tratamos a respeito dessa geração aqui no Imobi, mostrando qual a relação deles com suas casas no que se refere à intenção de compra de imóveis.
Na última semana, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos apresentou à Presidência da República uma proposta para que o governo estude com a iniciativa privada alguns modelos para implantação do aluguel social. As avaliações possibilitarão a estruturação de projetos-piloto, que serão selecionados pela Secretaria do PPI e Ministério do Desenvolvimento Regional.
Você sabe o que é gentrificação? Para esclarecer dúvidas sobre esse assunto, a Folha de S.Paulo publicou um artigo do engenheiro civil Claudio Bernardes, presidente do Conselho Consultivo do Sindicato da Habitação de São Paulo, no qual ele analisa o assunto e nos ajuda a compreender os efeitos e causas da gentrificação.
Em entrevista à CBN Curitiba, o promotor de justiça e coordenador regional do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo do MP-PR, Alexandre Gaio, falou sobre as consequências da venda e compra de lotes irregulares. De acordo com ele, os lotes clandestinos podem gerar impactos ao meio ambiente e também na esfera do direito do consumidor, trazendo prejuízos diretos para o comprador. Vale a pena ouvir a entrevista para entender melhor o assunto.
Dando continuidade ao assunto da Comunicação Não-Violenta, Kariny Martins fala como “os sentimentos não respeitam horário comercial”, em seu mais recente artigo publicado no Imobi Report. Com isso, a consultora especialista em marketing imobiliário, que também é sócia e gerente de contas da CUPOLA, chama a atenção dos leitores para a violência verbal que pode ocorrer no ambiente corporativo.
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