#095 Expectativas positivas no mercado imobiliário para 2021
Resumo
Confira os destaques desta semana da curadoria do Imobi: expectativas positivas para o mercado imobiliário, Housi, Metodologia Ágil e mais
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Depois do réveillon, o desejo de um ano melhor é geral. Há previsões e listas de expectativas em diversas áreas, das mais pessoais até os interesses públicos. E no mercado imobiliário não seria diferente. A Exame entrevistou grandes construtoras e afirmou que 2021 será “um dos melhores anos para a construção civil no Brasil”.
Na reportagem, Diego Villar, presidente da Moura Dubeux, afirma que “a demanda por imóveis ficará ainda mais aquecida”. Já Rodrigo Resende, diretor de marketing e novos negócios da MRV, acredita na manutenção da taxa Selic baixa: “Independentemente da pandemia, a taxa de juro continua convidativa para o setor”. Ainda sobre a Selic, André Abucham, diretor-superintendente da construtora Engeform: “A taxa de juro baixa permite melhores condições para a empresa se alavancar e viabilizar negócios que antes não seriam possíveis com patamares mais altos”. Aqui, a matéria na íntegra.
As boas expectativas refletem no mercado financeiro. São muitas as análises que indicam ações de construtoras listadas como bons investimentos para o ano que se inicia. O Banco Inter indica a Tenda, Direcional, Eztec e Cyrela para investir. No Money Times, o banco afirma: “Entendemos que o atual nível de juros e disponibilidade de crédito devem impulsionar o setor nos próximos anos, bem como o acréscimo na renda real das famílias e a ascensão na confiança do consumidor pós-pandemia”.
A imprensa também repercute o mercado de locações. No Estadão, Apê11, Housi e Yuca contam como seus negócios cresceram no último ano. Por falar em Housi, a startup, que já está presente em 15 cidades, pretende expandir sua atuação para mais 40 localidades em 2021, fazendo parcerias com incorporadoras regionais. Em entrevista ao portal Neofeed, o CEO da startup, Alexandre Frankel, conta detalhes de seu plano de expansão e como funciona esse novo modelo de parcerias.
Já com uma análise mais pé no chão, a Agência Brasil traz os desafios que o imobiliário poderá enfrentar neste ano – especialmente no que se refere ao financiamento. Entre os principais fatores, está a incerteza da recuperação econômica e de empregos no país. Para Pedro Seixas, professor da FGV e especialista em mercado imobiliário, o nível do mercado é semelhante ao de 2010. “Existe uma retomada, mas a questão é se esse crescimento será sustentável por causa da renda e do emprego. Do ponto de vista pessoal, quem tem dinheiro deve aproveitar os juros baixos e comprar [um imóvel], mas é diferente de dizer que crescimento é sustentável”.
O Estadão também listou 4 regras que não são muito conhecidas sobre financiamento de imóveis com programas governamentais. São elas: redução de juros para celetistas; subsídio maior para habitantes de metrópoles; prazo do pagamento diferente de acordo com a faixa do comprador; além de regras específicas para cada tipo de imóvel.
Imobiliárias
Segundo estudo da Datastore, publicado em dezembro, há mais de 13 milhões de famílias brasileiras que pretendem comprar um imóvel nos próximos 24 meses.
A imprensa vem destacando o contexto favorável para estas famílias. No Correio Braziliense, especialistas demonstram porque a redução da Selic gera menores taxas no crédito imobiliário, em linha com o discurso das grandes incorporadoras. Já na Exame, entrevistados afirmam que há previsão de que o preço dos imóveis aumente em breve, principalmente por conta da alta nos insumos, o que faria deste o momento ideal para adquirir um imóvel.
Uma pesquisa da Loft traz os fatores que levam as pessoas a adquirirem um novo imóvel. Os três mais citados são: a busca por uma vizinhança tranquila e silenciosa; um local com garantia de segurança 24h e com boas opções de mobilidade; e a fuga do aluguel. Ainda sobre a Loft, o seu fundador, Mate Pencz, assinou um artigo no Valor Investe falando sobre as estratégias que a empresa adotou ao longo do último ano.
Em contraponto às notas anteriores, para o jornalista Leão Serva, a moradia flexível é tendência e a posse do imóvel próprio deixa de ser um desejo para os brasileiros. Em entrevista exclusiva ao Imobi Report, Serva conta mais sobre o livro “Como Viver em um Mundo Sem Casa”, assinado por ele e por Alexandre Frankel, fundador da Vitacon e CEO da Housi. Destacamos: “A sociedade é plural e ela comporta diversos comportamentos. Mas o interessante a se ressaltar é o aspecto do desapego, e isso não quer dizer que a pessoa não terá a propriedade de uma casa, mas que ela deixará de ter uma relação, digamos, biunívoca [com uma única finalidade] com a sua moradia. As pessoas têm agora uma relação de liberdade com a propriedade, o que te coloca mais próximo da ideia de um investidor do que de um morador de imóvel. Se você tem um dinheiro, pode investir em um imóvel tendo em vista que hoje você vai morar nele, amanhã pode colocá-lo para alugar e no outro dia você vai vendê-lo. O imóvel não é mais, necessariamente, a moradia na qual a gente nasce, cresce, vive e morre, como acontecia no passado”.
Techs
A utilização da metodologia ágil por grandes empresas foi tema de reportagem publicada ontem no Valor Econômico. Além de explicar como funciona a divisão de trabalho por squads, a matéria traz exemplos de algumas corporações que adotaram esse modelo, que começou com as startups, como a Tenda. Para quem não se lembra, a metodologia ágil já foi assunto no Imobi Report, que trouxe um conteúdo detalhando o funcionamento da metodologia ágil e como ela pode ser aplicada em empresas do mercado imobiliário.
Muito tem se falado sobre transformação digital nos últimos tempos, mas como preparar sua empresa para esse movimento? Em artigo publicado no Imobi Report, Denis Levati fala sobre o assunto e mostra que é preciso priorizar processos antes de adotar novas tecnologias. Mas, se você tem dúvidas especificamente sobre big data, o artigo certo é do Gustavo Zanotto, no qual ele esclarece diversas questões relacionadas ao assunto, mostrando como aplicá-lo no mercado imobiliário e por que a qualidade dos dados é tão importante no setor.
Mundo
Com o esvaziamento dos escritórios em Manhattan por causa da pandemia, as construtoras que atuam na região já pensam em novas soluções para reaproveitamento desses imóveis ociosos. Prevendo que o modelo home office permaneça por muito mais tempo – ou seja até definitivo -, as empresas estão considerando a possibilidade de transformar os espaços utilizados antes como escritórios em apartamentos residenciais ou unidades hoteleiras.
Ainda que os escritórios não sejam extintos definitivamente, certamente haverá uma mudança de comportamento em relação ao espaço de trabalho no período pós-pandemia, principalmente com a substituição de grandes sedes empresariais em filiais menores e mais espalhadas. E o NY Times traz uma análise sobre o assunto, mostrando como essa tendência já vinha de alguns anos atrás, muito antes de se cogitar falar em pandemia e coronavírus.
Ainda nos Estados Unidos, no Estado de Nova York foi aprovada uma lei que estende a proibição de despejos na região. Desta forma, os proprietários ficam impedidos de despejar inquilinos por pelo menos 60 dias.
Estamos de Olho
Em São Paulo, a retomada dos prédios comerciais é vista com otimismo. A expectativa é de que as empresas retornem às suas sedes tão logo tenha início a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Estado. Por outro lado, muito tem se falado em jornada híbrida e espaços para encontros ocasionais, em substituição aos tradicionais edifícios corporativos. Ainda não se sabe o que deve prevalecer, mas o mercado imobiliário brasileiro deve acabar acompanhando algumas tendências internacionais.
O coliving foi o modelo de moradia escolhido por duas grandes estrelas nacionais do TikTok. Pequena Lo e Vittor Fernando impulsionaram suas carreiras na rede social com vídeos curtos de humor, sempre relacionados a pequenos detalhes do cotidiano e agora acabaram optando pela moradia coletiva, até como forma de se aproximar de públicos interessados em seus trabalhos. Nos Estados Unidos, isso já é comum e existem até mansões que hospedam influenciadores locais. Mundialmente, a rede social também tem conquistado adeptos entre arquitetos e designers.
Com um aumento de 85% nas buscas por imóveis no Google, nos últimos cinco anos, torna-se imprescindível para qualquer imobiliária estar presente nessa ferramenta de busca, principalmente com anúncios especializados. Pensando nisso, a coordenadora de mídia, conteúdo e Inbound da CUPOLA, Aline Pavezi, traz cinco dicas do que não pode faltar no seu planejamento de campanha no Google Ads, em artigo publicado no Imobi Report. Vale a leitura!
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