Lições de “O Aprendiz” para o mercado imobiliário brasileiro

O filme O Aprendiz, em cartaz nos cinemas, retrata a trajetória do agora reeleito presidente dos EUA, Donald Trump, no mercado imobiliário norte-americano, expondo diversos aspectos que merecem reflexão para quem atua no Brasil. Desde a importância de uma administração de locação eficiente até os desafios da credibilidade, visão de longo prazo e a relevância de se ter um conselheiro para a tomada de decisões, a história de Trump traz paralelos importantes para imobiliárias e investidores no Brasil. 1. Administração de Locação: Desafios com Locatários No filme, Trump é visto administrando seus próprios imóveis, cobrando aluguéis e enfrentando dificuldades com locatários problemáticos. A gestão de inadimplência é um ponto de atenção recorrente também no Brasil, em especial nos momentos de crise econômica. Imobiliárias devem adotar práticas profissionais e estratégicas de gerenciamento que minimizem o impacto da inadimplência, e isso passa por não deixar de fazer uma análise própria e criteriosa do perfil dos locatários. Além disso, é fundamental criar e fortalecer uma relação de confiança com locadores e locatários, mediante canais estruturados de diálogo aberto e recorrente, inclusive e principalmente nos momentos sensíveis. 2. Credibilidade e o Impacto Devastador de Práticas Discriminatórias Um dos pontos críticos retratados no longa é o problema judicial suportado pela empresa da família Trump por suspeitas de discriminação na seleção de locatários. No Brasil, a Lei do Inquilinato traz normas protetivas aos inquilinos. A Constituição e o ordenamento jurídico como um todo, de forma clara, proíbe práticas discriminatórias. Nesse contexto, as imobiliárias precisam estar atentas e revisar suas práticas de atendimento. A situação vivida pelo protagonista evidencia que práticas discriminatórias comprometem a reputação da empresa e afastam investidores, como ocorreu inicialmente com a Trump Tower. A reputação é um ativo intangível que, se comprometido, pode afastar investidores, prejudicando negócios a longo prazo. 3. Visão de Longo Prazo: Investindo em Regiões Menos Acreditadas Claramente, Trump teve visão ao investir em uma região de Nova York que, naquela época, se mostrava como pouco promissora. No Brasil, a visão de longo prazo também pode ser aplicada ao investir em regiões emergentes, como áreas periféricas, centros históricos em revitalização e bairros em desenvolvimento. Apesar dos riscos iniciais, essas áreas podem oferecer retornos promissores para quem estuda e analisa o potencial de crescimento. No entanto, essa aposta exige planejamento e estratégia para sustentar o investimento até que o esperado resultado se realize. 4. Gerenciamento de Riscos: A Importância de Ter os Pés no Chão Apesar do sucesso de Trump, seu excesso de confiança o levou a assumir projetos além de sua capacidade financeira, acreditando que “tudo o que ele tocava virava ouro”. No mercado imobiliário brasileiro, em especial no campo da construção civil, esse é um erro comum entre empreendedores que, ao se animarem com o potencial de ganho, acabam expandindo seus negócios de maneira excessiva e desorganizada, metendo os pés pelas mãos. Para evitar esse tipo de problema, é essencial que os agentes do mercado imobiliário cuidem de análises bem-feitas de viabilidade do produto em cada mercado, antevejam riscos jurídicos e tenham uma conservadora previsão de fluxo de caixa. Avaliar os riscos específicos de cada empreendimento e evitar o endividamento excessivo são práticas saudáveis e garantem que esses empreendedores estejam no jogo de longo prazo que é o mercado imobiliário. 5. Ter Conselheiros como Pilar Estratégico O advogado Roy Cohn é mais que um assessor legal para Trump; ele atua como um verdadeiro conselheiro estratégico, orientando-o em decisões importantes. A verdade é que grandes empreendedores sempre contam com opiniões de confiança, nunca estão sozinhos. No Brasil, em razão da complexidade do sistema imobiliário, a presença de um conselheiro especializado é peça-chave para o sucesso no setor imobiliário. E aqui a questão não é só legal, vai além disso. Compartilhar decisões estratégias com pessoas que tenham experiência e possam visualizar o cenário sob perspectivas diversas traz mais sustentação e confiança para novos negócios. Essa é uma lição fundamental do filme, reforçada do início ao fim. Conclusão “O Aprendiz” nos oferece questões importantes para quem é empreendedor no mercado imobiliário, destacando a importância de uma administração de negócios de forma ética e transparente, planejamento e visão de longo prazo, além do valor da figura do conselheiro. No contexto brasileiro, isso pode ajudar imobiliárias e investidores a construírem uma reputação sólida, maximizando o potencial de seus investimentos, de forma sustentável. Mais do que isso, a produção mostra que o mercado imobiliário é um setor de oportunidades, mas também de riscos significativos, e responsabilidade e prudência são decisores para uma trajetória de sucesso duradouro. https://open.spotify.com/episode/2O8tudnWEmayiJMzeP92wd?sisaCTK1JpRsuFvKvCwJjekQ

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