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Incorporadoras adotam estratégias para liberar estoques
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Incorporadoras adotam estratégias para liberar estoques

18 ago 2020
Redação Imobi
Redação Imobi
9 min
Incorporadoras adotam estratégias para liberar estoques

Resumo

Estratégias para liberar estoques que as incorporadoras têm realizado, motivos para se mudar na pandemia e muito mais. Acesse no Imobi a edição completa.

Os números operacionais do segundo trimestre de 2020 das incorporadoras listadas na Bolsa de Valores começaram a ser divulgados. No período, que ainda contempla a crise da Covid-19 e protocolos de isolamento social em muitas cidades, é possível observar o mercado ainda contraído: a Tecnisa teve queda de 28%, a Mitre Realty 37%, a Cyrela 40,4% e a MRV de 34,6%, comparando com o mesmo período em 2019.

Já a EZTec obteve um resultado fora da curva e viu alta de 293% no segundo trimestre. Aproveitando os bons resultados, protocolou o pedido de IPO para seu braço de imóveis comerciais.

Em comum, nos últimos meses, as incorporadoras investiram na venda de unidades prontas em estoque. No Estadão, uma reportagem evidencia as estratégias de descontos, promoções e campanhas que as incorporadoras estão fazendo para “queimar os estoques”.

Para o próximo trimestre, muitos lançamentos estão previstos e agendados, e vão até o final de 2020. A MRV, inclusive, deve apostar nos empreendimentos acima do Minha Casa Minha Vida, segundo o CEO, Rafael Menin, para a InfoMoney.

Em julho, os números já são mais animadores. Segundo dados do Secovi-SP, o mercado imobiliário atingiu 120% da sua meta do mês no estado. No Distrito Federal, o IVV alcançou 11,1% – melhor índice do ano.

Já no Rio de Janeiro, enquanto os terrenos privilegiados estão se esgotando, incorporadoras têm que apostar em espaços icônicos, como Hotel Glória, a churrascaria Plataforma, o Colégio Nossa Senhora da Piedade e o edifício da antiga redação do jornal A Noite. Projetos de retrofit permitem aproveitar as boas localizações e a história da cidade.


Imobiliárias

O movimento de interiorização continua em alta, em meio à pandemia de Covid-19. No Brasil, por exemplo, há uma procura crescente por casas em condomínios de luxo no interior e litoral de São Paulo, fenômeno parecido com o que está acontecendo em outros grandes centros, como Nova York e Londres. 

A Forbes fez uma lista com as três principais razões que motivam as pessoas a se mudarem em meio à pandemia. Entre elas, estão a drástica queda nos preços dos imóveis, a percepção do real valor dos imóveis por seus moradores e o fato de as residências terem se transformado também em escritórios para home office.

Apesar de esta ser uma tendência mundial, especialistas acreditam que ainda é cedo para falar em êxodo urbano efetivamente, pois as áreas urbanas também registraram aumento nas vendas pendentes desde fevereiro, pelo menos nos Estados Unidos.

Outras mudanças chamam atenção, como a busca por casas com piscina nos Estados Unidos, por exemplo. Pesquisas no site Compadd Real Estate mostram que as buscas por imóveis com essa caraterísticas triplicaram por lá. A matéria também apresenta outros dados interessantes sobre os hábitos de compra de imóveis nos Estados Unidos na pandemia.

Morar perto do trabalho segue importante na decisão de compra, com a adoção de um modelo híbrido por algumas empresas no período pós-pandemia. Essa combinação de espaços de trabalho pode incluir o escritório central, a estratégia de trabalho remoto em casa e o novo trabalho perto de casa. Desta forma, os deslocamentos para o trabalho não serão mais diários, mas a proximidade da residência ao local de trabalho vai facilitá-los quando forem necessários.

Os prédios comerciais, portanto, terão seu lugar no “novo normal”. Porém, como as empresas estão repensando suas necessidades em relação aos imóveis, o mercado imobiliário também terá de se adaptar a essa nova realidade. Algumas opções apontadas são a sublocação ou a criação de espaços de coworking. 

A renegociação de aluguéis também continua a ser uma preocupação para o setor. De acordo com dados do Secovi-SP, inquilinos de imóveis residenciais têm pedido de descontos de até 35%, já no caso dos imóveis comerciais, os locatários têm solicitado redução média de 54%. Em junho, alguns inquilinos chegaram a solicitar até 59% de desconto. Por sua vez, o número de ações locatícias protocoladas na cidade de São Paulo chegou a 1.290 em junho, o que representa um aumento de 55,8% em comparação ao mês anterior.

Com a Selic em baixa, é mais vantajoso comprar ou alugar? Apesar de muito já ter sido falado sobre o assunto, este assunto segue em pauta na imprensa. O blog “De grão em grão”, da Folha de S. Paulo, publicou um artigo explicando todos os detalhes referentes ao assunto, que podem servir como argumento na hora de fechar um negócio com um cliente. 

A intenção de compra já é maior do que o interesse por aluguel. Esta é a conclusão de um levantamento da OLX, que apontou que a demanda por compra teve alta de 21% no segundo trimestre do ano, em comparação com o mesmo período no ano passado. Enquanto isso, o interesse por aluguel teve alta de 7%. 

A Caixa retomou o processo de securitização do crédito imobiliário atrelado ao IPCA, que tinha sido suspenso durante a pandemia. De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, os empréstimos atrelados ao IPCA no banco já somam mais de R$ 10 bilhões. Quer entender melhor como é calculado o IPCA e como sua variação impacta o mercado imobiliário? O Infomoney fez um guia bem completo sobre o assunto.

Já o portal Imovelweb lançou uma parceria com a Credihome, para facilitar o acesso a financiamentos imobiliários para seus clientes. A nova plataforma do portal também vai incluir parcerias com outras empresas, como Embracon, Resale, Gebba Investimentos e Leilão Vip, para atender a demandas de consórcio, venda de imóveis retomados, crowdfunding e leilões.

Continuando as comemorações referentes ao Dia do Corretor, o Imobi Report publicou mais dois perfis profissionais que são exemplo no mercado imobiliário, nesta última semana. Um deles é a história da corretora Lea Leal, que trocou a Bahia pela Paraíba e transformou o Bessa em seu “reino”. O outro conta a trajetória de João Paulo Macedo, responsável por abrir as janelas do Estado do Acre para o marketing digital.

Também no Imobi, Allan Santos, corretor da Alpop, conta como ajudar alguém genuinamente, sem interesses comerciais, também pode ajudar na captação de imóveis

Continue acompanhando o portal nos próximos dias, quando publicaremos mais histórias inspiradoras de corretores de imóveis espalhados pelo Brasil!


Techs

No começo do ano, comentamos aqui no Imobi que o Airbnb estava planejando seu IPO para 2020, mais especificamente em março – mês que a crise sanitária chegou com força nos Estados Unidos. Tudo indicava que o plano seria adiado, mas segundo apuração do Wall Street Journal, a oferta deverá acontecer ainda esse ano. A empresa não se pronunciou, mas, em julho, as locações voltaram a crescer na plataforma. Porém, para especialistas, a empresa deveria esperar pelo menos 2 trimestres positivos antes de seguir com o pedido de IPO.

A Vivenda é uma startup de reformas para a população de baixa renda. Oferece kits de reforma (kit banheiro, antiumidade, ventilação e revestimento), de baixo custo e linhas de financiamento sem garantias, com foco nas favelas brasileiras. A startup foi selecionada pelo programa de aceleração da Visa.

Amanhã, a Yuca, empresa de coliving, abre a segunda rodada de investimento por crowdfunding. Na modalidade, a startup deverá reformar e modernizar até 20 apartamentos e os investidores recebem de acordo com a locação dos imóveis.

A Chavi é uma startup paranaense que desenvolveu uma fechadura eletrônica, acionada por smartphone. Além da funcionalidade ser interessante pela tecnologia, é uma boa solução para as imobiliárias fugirem dos claviculários mal organizados.

Por que os consumidores não estão aderindo às smart homes? Esta foi a pergunta que o Inman fez para a Wyze Labs, uma empresa de tecnologia para casas inteligentes americana. Na entrevista, são citados três principais pontos problemáticos: preço alto, dificuldade com o uso, não existência de um ecossistema inteligente completo. Mas parece que isso está, aos poucos, mudando. Já falamos sobre o assunto lá no Imobi.


Mundo

Acompanhando a tendência de migração para longe dos centros urbanos, que já mostramos, muitos proprietários de imóveis estão querendo vender seus imóveis em Manhattan. No entanto, especialistas indicam que quem realmente quiser se desfazer de seus bens vai ter de abaixar o preço para conseguir vender.

O mercado de locação em Manhattan também está em baixa. De acordo com as avaliadoras Miller Samuel e Fouglas Elliman Real Estate, a taxa de vacância de julho subiu ao recorde de 4,33% – no final do mês, havia 13.117 apartamentos disponíveis para aluguel, maior número registrado desde 2006.

Em outras regiões, o maior impacto é o despejo. Alguns exemplos são os Estados americanos de Ohio e Geórgia, onde as ações de despejo estão crescendo. Repórter do The New York Times, Binyamin Appelbaum faz um paralelo da atual situação com a crise imobiliária de 2008, em artigo publicado pelo Estadão no Brasil.

Na Espanha, são os preços de locação que estão caindo. Segundo levantamento do El País, em julho, o valor de aluguel de imóveis teve redução considerável nas seis maiores cidades do país – Madri, Barcelona, Valência, Sevilla, Zaragoza e Málaga, algo que não acontecia desde 2013.

Clientes que estão comprando imóvel pela primeira vez comemoram a baixa dos preços. Pesquisa da Resolution Foundation, no entanto, mostra que deve haver uma desaceleração de médio prazo no mercado imobiliário, após um boom de curta duração. Matéria completa sobre o assunto foi publicada pela BBC. 

Os arquitetos, por sua vez, estão repensando seus projetos ao redor do mundo, para adaptá-los às novas necessidades das famílias. Para Andre Brumfield, diretor da empresa multinacional de design Gensler, com sede em Chicago, a “flexibilidade é fundamental”. Para ele, é preciso pensar em formas que permitam que uma família fique junta, mas também tenha seus momentos de privacidade dentro de uma mesma unidade. 

Na era da Covid-19, uma novidade deve substituir os spas e salas de meditação nos condomínios e edifícios residenciais de luxo: um serviço de atendimento de saúde que funcione 24 horas por dia para atender os moradores.


Estamos de Olho

Está chegando o Conecta Imobi ON! Será entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro. Na semana passada, foram anunciados os nomes de Amyr Klink e Domenico De Masi entre os keynote speakers. As inscrições seguem abertas.

Em Londres, um novo distrito criativo está sendo construído. O Design District terá 16 edifícios e sua inauguração está prevista para 2021, em Greenwich. Segundo a arquiteta Hannah Corlett, responsável pelo plano diretor do empreendimento, este deverá ser “um distrito de design construído para essa finalidade, por criativos e para criativos”.

Na última edição, falamos sobre o conceito de “road office”, a migração dos escritórios de dentro de casa para qualquer lugar com acesso à internet. Pois bem, o turismo também começou a falar sobre o “resort office” – trabalhar com a sua família com o bônus de uma vista bonita.

Ainda sobre turismo, uma pesquisa da Decolar aponta que os brasileiros pretendem voltar a fazer viagens nacionais entre outubro e novembro.

Para quem não pretende viajar esse ano, mas deve curtir um sofázinho nos feriados e finais de semana, selecionamos 11 filmes e séries que trazem lições importantes para quem trabalha no mercado imobiliário. Alguns deles não abordam especificamente o setor, mas trazem lições interessantes para quem trabalha na área.

Também no Imobi, na última semana, o cronista Celso Alves nos leva a ter um outro olhar sobre a visão semiperiférica das janelas do nosso dia a dia, sejam as que nos dão a visão da rua da frente ou a que nos leva a viajar o mundo sem sair do isolamento social.

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