Carnaval é tempo de cidade em festa!
Resumo
Em artigo no Imobi, Octavio Pontedura, sócio da Refúgios Urbanos, fala sobre como o Carnaval é o tempo de repensar os espaços urbanos.
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O Carnaval é praticamente um sinônimo de Brasil.
Famoso pelo mundo todo, faz parte de nossa identidade mais profunda, arrasta multidões e se espalha por todas as cidades do país.
Aqui em São Paulo, que já foi chamada de “túmulo do samba”, o Carnaval é atualmente a maior festa do calendário da cidade. Tão grande e famoso quanto as mais tradicionais festas de Salvador, Recife, Olinda e Rio de Janeiro.
Dos inúmeros “bloquinhos” – tão ecléticos e diversos quanto a própria cidade – ao desfile das Escolas de Samba, milhões de pessoas saem às ruas por todos os bairros e regiões para celebrar com muita alegria ao som de samba, marchas, MPB, Pop, eletrônico e até rock…o Carnaval de São Paulo é mesmo a cara da cidade!
Como corretores de imóveis, somos também agentes de microtransformações locais e regionais. Observar e buscar compreender a dinâmica da cidade, tendências e consequências de tudo que nela ocorre deve estar em nosso radar sempre.
Mas o que isso tem a ver com Carnaval?
Ora, é um momento em que as cidades brasileiras se transformam em verdadeiras arenas e palcos, com desfiles de escolas de samba, blocos de rua e outras manifestações culturais.
É quando o uso do espaço urbano toma uma dimensão completamente distinta do “normal”, com as ruas tomadas de gente e cumprindo sua função mais primordial: receber e abrigar a vida do cidadão individual.
As ruas, praças, parques e todos os espaços públicos devem ser entendidos como uma extensão de nossas casas. É nossa sala de estar coletiva.
E nela, idealmente, deveríamos conviver em harmonia e cuidar por ser também um pouco de cada um de nós.
Em meio a toda a festa e celebração pelas ruas, está igualmente a oportunidade de questionar a cidade e seus espaços de convívio, principalmente em relação à mobilidade, acessibilidade, segurança e tantos outros aspectos que desafiam a harmonia de nossas “salas de estar”.
O Carnaval de rua, por ser catártico e intenso, pode ser um ponto de partida para repensar, para além da festa em si, o papel dos espaços públicos.
Sobre como é importante que esses ofereçam, a todo o tempo, qualidade a quaisquer atividades individuais e coletivas, da festa popular ao prosaico caminho do trabalho.
Enquanto estamos participando, assistindo, evitando ou vivendo o momento de celebração mais brasileiro que temos, podemos sim olhar o Carnaval como um estímulo para fomentar cidades mais inclusivas, seguras, sustentáveis e, claro, festivas.
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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