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ESG: o futuro está diretamente ligado às empresas de grande porte
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ESG: o futuro está diretamente ligado às empresas de grande porte

18 fev 2022
Susanna Marchionni
Susanna Marchionni
4 min
ESG: o futuro está diretamente ligado às empresas de grande porte

O assunto do momento é ESG. Quem investe está preocupado em apostar em empresas que estão alinhadas com boas práticas de meio ambiente, sociais e de governança. E por isso as organizações no mundo inteiro estão buscando se adaptar o mais rápido possível.

E que bom que o assunto está em pauta! É nossa responsabilidade pensar no impacto de nossas ações e, mais do que isso, entender que até nossas pequenas decisões podem transformar a vida de uma comunidade inteira para sempre. 

Desde 2020, nós da Planet Smart City trabalhamos com um comitê em Londres que trata exclusivamente desse assunto, um dos meus maiores orgulhos nesse desafio de transformar a forma de morar no mundo. 

E agora, estamos em processo de certificação do GRESB, o maior time internacional de pessoas que avalia o impacto dos projetos nessa temática que é tão importante. 

Quando falo que este é um dos meus maiores orgulhos em minha trajetória como co-fundadora e CEO é porque entendo que eu e, principalmente, a Planet, pela dimensão de seus projetos, temos essa responsabilidade. 

É claro que todos têm o dever das boas práticas ambientais, sociais e de governança, mas o futuro do impacto está diretamente ligado às empresas de grande porte. E por que digo isso? Simples: a governança de uma empresa custa caro, é preciso ter escala para conseguir custear ações do início ao fim.  

Manter um time focado nas práticas ESG, que trata de toda a burocracia junto a entidades governamentais, que mapeia a procedência dos materiais utilizados, de cada fornecedor, de como a região será afetada com seu projeto daqui a cinquenta, cem anos… Tudo isso requer investimento que compreendo que os pequenos não têm o capital necessário para sustentar. 

Fala-se muito de que aderir a práticas mais verdes reduz o custo no longo prazo, o que definitivamente é verdade, no entanto, o investimento inicial custa caro. 

É por tudo isso que digo e repito: as grandes construtoras podem – e devem – aderir às práticas ESG, principalmente em nosso setor, que é responsável por quase 50% do uso dos materiais no mundo todo e cerca de 20% das emissões de carbono. 

Pensar em minimização de resíduos, uso consciente da energia e estar atento às mudanças climáticas não é só necessário, é absolutamente urgente. Não é algo que vai afetar algumas gerações à frente, é algo que vai afetar diretamente nossos filhos.

E por esse motivo, uma empresa quando cria projetos da magnitude da Planet não pode não pensar no futuro. Como líder de tudo isso, entendo que cada pequena decisão minha pode mudar para sempre a vida de uma criança. E a cada conversa que tenho com meus pares, meu maior desejo é que essa mensagem seja compreendida. 

Mas até agora só falei sobre meio ambiente. E os outros aspectos? 

Quando falamos de social, de diversidade, igualdade de gênero é um dos assuntos que mais me tocam. Como mulher inserida em um cargo de liderança na construção civil, um mercado dominado por homens, esse é um assunto que me sensibiliza profundamente e que sinto os efeitos diariamente. 

Mas principalmente porque a Planet pensa muito além da construção de casas, nosso fim é sempre o mesmo: impactar positivamente a vida das pessoas. 

E, particularmente, eu amo trabalhar com pessoas. Cada mudança para melhor que fazemos, cada solução tecnológica, nosso cuidado com o impacto ambiental é sempre pensando em como tudo isso vai transformar vidas, dentro e fora do escritório. E vou além: dentro e fora dos limites das smart cities. 

E finalmente, a governança, que não é simplesmente tratada nos relacionamentos fora da empresa, com nossos clientes e fornecedores. A governança significa impactar vidas de pessoas, mas começando de dentro, do escritório, e então para obra e, finalmente, para a comunidade. 

Desde que vim para o Brasil, longe de tudo o que eu considerava a minha casa, o meu time tem sido a minha família, por isso, meu interesse é não somente mudar a vida de quem compra uma casa ou um terreno, mas também de quem acreditou nesse projeto e está comigo todos os dias tornando esse sonho realidade. 

É por isso que prefiro pecar pelo excesso do que pela falta quando digo: ESG não é algo abstrato ou uma preocupação para o futuro. ESG é o agora e nós, realizadores de grandes projetos, temos o dever de carregar essa responsabilidade. 

Amanhã, como você quer que a sua empresa seja lembrada? E daqui a dez ou vinte anos, como você acha que as pessoas vão lembrar do seu negócio? 

Sobre Susanna Marchionni

Susanna é a CEO da Planet Smart City no Brasil e co-fundou a empresa em 2015, ao lado de Giovanni Savio, CEO Global. Tem 25 anos de experiência no setor imobiliário e é a força motriz da empresa no Brasil, liderando a disseminação do conceito de cidade inteligente inclusiva no país.

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