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Imobi Report

[158] Caixa reduz taxa de financiamento e governo retoma editais do CVA

Na última semana, em evento da Abrainc, Pedro Guimarães, presidente da Caixa, anunciou a redução na taxa de financiamento imobiliário na linha atrelada à poupança. Com o corte, a taxa fica em 8,97% ao ano, mais TR.

Além disso, o presidente também anunciou uma redução na taxa de juros em uma faixa específica do Casa Verde e Amarela, para famílias que ganham de R$ 2.001 a R$ 2.400. No caso desta, para famílias das regiões Norte e Nordeste, a taxa passa a ser de 4,25% ao ano, enquanto famílias das demais regiões pagam taxa de 4,5%.

Por fim, outro anúncio da Caixa no evento foi da nova linha de crédito para reforma e adaptação de imóveis destinados a famílias e pessoas com deficiência. Também no contexto do CVA, as famílias poderão pedir um financiamento de até R$ 50 mil, com taxa de 4,25% + TR.

Falando em CVA, o governo federal prepara a primeira contratação de novas unidades habitacionais no programa. Serão construídas até 2.450 unidades, previstas para entrega em 2023. A retomada dos editais é a primeira do programa Casa Verde e Amarela que, desde seu lançamento, focou na continuidade de obras contratadas durante o programa antecessor, o Minha Casa Minha Vida, além da concessão de financiamentos. É, também, o primeiro anúncio de um edital para novas unidades habitacionais do governo Bolsonaro – o último havia sido em dezembro de 2018, no governo Temer.

Apesar da falta de novos editais, pesquisa da Abrainc aponta que os empreendimentos enquadrados no CVA representaram 80,2% das moradias vendidas e 57,9% das lançadas em 2021.

Os anúncios da Caixa e do CVA refletiram nas ações das incorporadoras listadas na Bolsa de Valores. O Índice Imobiliário da B3 avançou 3,4%, enquanto o índice amplo Ibovespa teve ganhos de 0,96%.

Incorporadoras

Executivos de grandes incorporadoras se uniram em torno de uma única pauta, na semana passada: cobrar do governo federal medidas que facilitem a importação de materiais de construção. Considerando o aumento da inflação, das taxas de financiamento e do custo dos insumos nos últimos meses, as construtoras temem perder clientes, agora que o poder de compra dos brasileiros tem diminuído tão drasticamente. “Precisamos de solução de custo no curto prazo”, comentou o presidente da Direcional, Ricardo Valadares. 

Matéria publicada pelo Infomoney dá mais detalhes sobre esse cenário, citando os casos da Tenda e da MRV, que tiveram resultados pouco expressivos no quarto trimestre de 2021 por conta da alta dos custos. Por outro lado, a publicação também traz dados de algumas construtoras que conseguiram resultados ainda bastante positivos, apesar da alta dos insumos, como Cury, Plano & Plano, Cyrela e a própria Direcional. 

Apesar do balanço ruim do quarto trimestre do ano passado, a MRV continua seu movimento de diversificação de seus negócios, desta vez apostando alto na AHS. Conforme informações da Coluna do Broadcast, do Estadão, a empresa contratou dois bancos para fomentar o crescimento de sua subsidiária nos Estados Unidos.  

No mercado de alto padrão, a Gafisa deu mais um passo para sua expansão em São Paulo. Nesta semana, a incorporadora firmou uma parceria com a Kinea Investimentos para desenvolver um empreendimento de luxo em São Paulo. O negócio vai movimentar um total de R$ 70 milhões, sendo R$ 40 milhões para compra de um terreno no bairro Itaim e R$ 30 milhões para o financiamento da construção. Na semana passada, a incorporadora já tinha anunciado uma investida no mercado de alto padrão do Rio de Janeiro, com a compra da Bait

Imobiliárias

A região central de algumas cidades está retomando o protagonismo. Este é um movimento que vem ganhando robustez, seja por meio de ações como o retrofit e também por empreendimentos mistos, com unidades residenciais e comerciais. No Rio de Janeiro, a busca pelo Centro fica clara em números. Dados da Loft apontam que a procura por imóveis nesta região dobrou em um mês, e 40% das visitas de imóveis à venda no Centro terminaram em negócio fechado.

Morar em uma região com boa infraestrutura é o principal desejo de quem está querendo se mudar – e, acredite, MUITA gente está de olho em uma nova moradia. Uma pesquisa realizada em São Paulo, capital, aponta que 48% dos entrevistados pretendem se mudar em um futuro próximo. Os dados são de um levantamento realizado em parceria entre o Datafolha e o QuintoAndar, que indica que a qualidade dos serviços ofertados no bairro em que os entrevistados vivem é um dos principais gatilhos para procurar um novo teto.

As ruas mais caras de São Paulo são essencialmente residenciais. Segundo dados da Loft, mais de 90% dos imóveis nestas localidades, de metro quadrado acima de R$ 18 mil, são apartamentos usados como moradia. A amostragem indica que, quanto mais valorizada a rua, maior a chance de ela ser exclusivamente composta por residências. Na rua mais cara da cidade, a Seridó, no Jardim Europa, há apenas um imóvel com registro comercial: um spa exclusivo para moradores de um dos prédios…

Vitória (ES) registrou a maior valorização imobiliária do Brasil nos últimos 12 meses. A capital capixaba ficou em primeiro lugar no ranking do FipeZap, que avalia dados das 50 maiores cidades do país. A aceleração nos preços foi de 22,45%, enquanto a média brasileira ficou em 5,71%. Completam o top 3 Maceió (AL) e Goiânia (GO), que tiveram valorização de pouco mais de 17%.  

Mercado emergente, Palmas (TO) vê despontar negócios imobiliários focados no luxo e alto padrão. De olho neste segmento, a Maya Negócios Imobiliários está inaugurando uma unidade na orla da Praia da Graciosa e se posicionando como boutique de imóveis.

Praticidade é importante para o cliente de alto padrão, que valoriza um bom espaço para poder trabalhar de casa. Os modelos de trabalho remoto e híbrido, impulsionados pela pandemia, tornaram obrigatórias facilidades neste sentido dentro de casa. Na edição desta quinta-feira (31), o Imobi Alto Padrão traz cases de empreendimentos com soluções voltadas à otimização do home office. Para assinar o Imobi Alto Padrão, clique aqui – a primeira semana é por nossa conta.

Qual é o nicho de mercado da sua imobiliária? Mesmo sem se atentar a isso, a grande maioria das imobiliárias atua em um nicho específico. Felipe Bacichette, proprietário da Santa Ilha, imobiliária que encontrou seu mercado no sul da ilha de Florianópolis (SC), diz que o nicho deve ser o propósito da empresa. Em entrevista ao Imobi, ele fala sobre a trajetória da imobiliária e as maneiras de evitar que a segmentação ofereça riscos ao crescimento da empresa.

Manter uma boa relação com o cliente de alto padrão exige jogo de cintura no offline. Quando falamos desse setor do imobiliário, o maior desafio não é chegar até ali, mas sim conseguir se manter. Para conhecer estratégias a respeito, o Imobi conversou com Isaias Mazzotti, proprietário da Mazzotti Imóveis, de Balneário Camboriú (SC)  e Renan Borba, da Infinity, que atua em Torres (RS). Os dois fortaleceram a rede de contatos e conquistaram resultados investindo no relacionamento fora do digital.

O Imobi Aluguel dessa semana aborda uma guerra travada abaixo da linha dos unicórnios: empresas de softwares de gestão, seguradoras e corretoras de seguros imobiliários estão disputando o coração (e o bolso) das imobiliárias, cruzando as fronteiras entre um segmento e outro. De um lado, criadores de CRMs e ERPs têm induzido a contratação de determinadas garantias; de outro, corretoras e seguradoras dão o contragolpe e oferecem soluções digitais de forma gratuita, de modo a valorizar seus produtos principais. O texto será publicado nesta quarta (30) na plataforma restrita a assinantes do Imobi Aluguel.

Nesta quarta-feira, 30, a partir das 11 horas, assinantes do Imobi Aluguel poderão assistir ao webinar exclusivo com Raquel Queiroz Braga, advogada na área de locações urbanas, criadora do Movimento Locações de Excelência e palestrante do ICXP 2022, que falará sobre o papel da imobiliária do futuro como consultoria de investimentos em imóveis. Clique aqui e saiba como ter acesso à primeira e única série de conteúdos do mercado imobiliário brasileiro dedicada exclusivamente à locação. 

Techs

A Terracotta Ventures, que tradicionalmente lança seu mapa de proptechs e construtechs, lançou mais um guia de startups: o mapa de real estate fintechs. Foram listados 121 novos negócios que impactam a parte financeira do mercado imobiliário brasileiro – players de financiamentos imobiliários, seguros, garantias locatícias, relação com investidores, entre outros.

Na última semana, foi a vez da Folha de S. Paulo publicar uma reportagem sobre terrenos no metaverso. O conteúdo reúne especialistas nos lotes virtuais e explica que a semelhança entre o mercado imobiliário real e virtual é a especulação – ou seja, investidores estão adquirindo enquanto as plataformas são novidade, com a esperança que esses terrenos valorizem no futuro. Bruno Hora, cofundador da InvestSmart, afirma que “a compra de terrenos e imóveis nos metaversos faz sentido para empresas e artistas, (…) que podem lucrar com a exposição de suas marcas e garantir um espaço caso as plataformas realmente se popularizem no futuro. Para pessoas comuns, ter uma casa própria no metaverso fará sentido quando as plataformas forem espaços no qual acontecerão eventos que hoje estão na vida real, como reuniões, aulas e encontros”.

E já tem imobiliárias digitais. Everyrealm atua na compra de terrenos virtuais em plataformas como The Sandbox, Somnium Space e Decentraland e recebeu uma rodada recente de investimentos de mais de R$ 300 milhões. Entre os investidores, está o marido do fim de semana, Will Smith.

Mundo

Kristie Wolfe é uma lenda do Airbnb. Ela foi a responsável por construir alguns dos imóveis mais icônicos listados na plataforma, como uma casa na árvore da selva no Havaí, uma batata em Idaho e uma casa de hobbits em Washington. O Hypeness listou alguns de seus imóveis disponíveis na plataforma.

Outra gringa em destaque na imprensa na última semana foi MacKenzie Scott, ex-mulher de Jeff Bezos. A filantropa doou 436 milhões de dólares para a instituição de caridade americana Habitat for Humanity. A ONG se dedica à construção de moradias populares, principalmente em comunidades negras.

Estamos de olho

Já se passaram mais de dez dias desde o ICXP 2022 e ainda estamos conectados a tantas emoções vividas ao longo dos três dias de evento. No portal do Imobi Report, é possível conferir galerias de fotos do ICXP 2022 para matar as saudades – ou conferir quem esteve presente no evento. 

Para relembrar os destaques da primeira edição do Imobi Conference Experience, também vamos realizar uma transmissão ao vivo nesta quinta-feira (31), com a presença de especialistas da CUPOLA que vão comentar os conteúdos do evento. Comandada por Michel Prado, editor-chefe do Imobi Report, a live vai contar com a participação de Camila Gasparini, coordenadora de conteúdo, Samara Camargo, coordenadora de design, Fernanda Oliveira, coordenadora de mídia, e Enzo Fontana, analista de mídia na CUPOLA, além de Carlos Simon e Rodrigo Arend, jornalistas do Imobi. 

E se você quer um spoiler da live, Camila, Samara, Fernanda e Enzo foram os convidados do Semana Imobi, podcast do Imobi. Michel recebeu o quarteto que participou ativamente no ICXP 2022, cobrindo os conteúdos do evento.

Quem também fez um balanço do ICXP foi Sergio Langer, no podcast Vem pra Mesa. Além de participante, Langer foi palestrante no evento e comenta seus destaques nos conteúdos apresentados.

Ainda em áudio: no Modo Avião, Rodrigo Werneck recebe Matteo Gavazzi, fundador da Refúgios Urbanos. A Refúgios levou a estratégia de atuação em nicho a um novo patamar e atua exclusivamente com imóveis de carga arquitetônica relevante.

O mês das mulheres está acabando, mas a gente sabe que o empoderamento feminino no mercado imobiliário precisa continuar sendo pauta, não só no mês de março, mas em todos os outros meses do ano. Afinal, o setor ainda tem muito o que avançar em relação a essa agenda. Nesta semana, dois movimentos importantes foram destaque na imprensa, o Mulheres no Imobiliário e o GRI Women in Real Estate Brazil Committee (Comitê Brasil das Mulheres do Real Estate), que foram mencionados em coluna na Folha de S. Paulo

Inclusive, durante o mês de março, o Imobi Report fez a sua parte, dando espaço e voz para as mulheres do mercado imobiliário, com a publicação de um artigo por semana escrito por mulheres. No artigo desta semana, Mariliza Fontes, que é CEO e fundadora da Rio8 Incorporações e Construções, conta sua experiência em subir o Pico da Bandeira, fazendo um paralelo com o mercado imobiliário ao mostrar como a determinação e a força são características quase imperativas para mulheres que querem conquistar seu espaço no setor. Antes dela, passaram pelo Imobi, neste mês de março, Kariny Martins, sócia e diretora de atendimento da CUPOLA, Susanna Marchionni, CEO da Planet Smart City, e Aretha Duarte, montanhista e empreendedora socioambiental que palestrou no ICXP 2022. 

Atraso tecnológico é o principal motivo para as prefeituras estarem perdendo a oportunidade de arrecadar mais com o IPTU. Apesar do grande número de obras entregues em todo o Brasil e a facilidade trazida pelos drones, falta a muitas cidades a condição de organizar processos e executar o aerolevantamento.