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O que é neuroarquitetura? Conheça 6 maneiras de tornar o espaço de trabalho mais produtivo

Aproveitamento de espaços e da luminosidade, aliando senso estético aos aspectos estruturais e econômicos de uma obra, não são mais as únicas habilidades exigidas dos arquitetos. Uma tendência crescente no desenho de plantas, especialmente nos espaços de trabalho, é a aplicação da chamada neuroarquitetura.

A neuroarquitetura pode ser resumida como o estudo do impacto do espaço físico sobre o bem-estar e a produtividade.

“Mais que uma questão de estética, dedicar tempo e atenção à decoração de um espaço importante melhora a saúde mental. E o resultado desse trabalho, ou seja, a ambientação apropriada, impacta diariamente no bem-estar e aumenta a produtividade”, afirma a arquiteta e urbanista Rafaela Costa, da Criare Campinas.

O estudo de como os ambientes influenciam o comportamento humano se desenvolveu de forma mais estruturada a partir de 2003, com a fundação da Anfa (sigla em inglês para Academia de Neurociências na Arquitetura), nos EUA, entidade que reuniu neurocientistas e arquitetos para avaliar como espaço físico impacta o cérebro humano.

De acordo com Danilo Duarte, CEO da startup Conecta Reforma, focada em melhorar a experiência da reforma, a procura por projetos arquitetônicos com aplicação da neurociência se popularizou também em imóveis residenciais durante o isolamento provocado pela pandemia. “Depois do mercado corporativo, foi a vez das pessoas entenderem a necessidade de um espaço funcional que transmita conforto corporal e mental. Há impacto inclusive à noite, durante nosso sono”, afirma.

Confira abaixo 6 cuidados que contribuem para tornar o espaço de trabalho mais acolhedor, tanto na empresa quanto no home office, dentro dos princípios da neuroarquitetura. 

Iluminação e climatização

A produtividade no trabalho é influenciada também pela luminosidade. “As luzes brancas, chamadas de ‘frias’, deixam o cérebro mais alerta, enquanto as amarelas, ou ‘quentes’ são mais relaxantes e podem até dar sono. O ideal é aproveitar ao máximo a iluminação natural e completar com luminárias, pendentes e perfis, fazendo a luz ‘decorar’ o ambiente. Ainda é mais barato que uma reforma”, explica a arquiteta Rafaela Costa.

Natureza

A aproximação com a natureza proporciona sensação de bem-estar e relaxamento. Por isso, a utilização de plantas no espaço interno é um dos maiores destaques da neuroarquitetura. Outro exemplo é o design biofílico, que utiliza elementos naturais/vivos, como padrões que remetem a madeira e às pedras e fazem a conexão com o exterior.

Cores

A neuroarquitetura usa estrategicamente as cores a seu favor, criando cenários capazes de intensificar emoções. Assim, uma parede areia ou verde ativa mais memórias relacionadas à natureza. Os tons amadeirados, terrosos e mais quentes criam um ambiente acolhedor e humanizado. Já as cores vibrantes, como tons de verde e azul, ajudam a nos manter despertos e criativos, sem pesar no ambiente

Privacidade

O home office ideal não fica anexo aos cômodos mais barulhentos da casa, nem tão isolado a ponto de manter-se em silencia absoluto, causando relaxamento extremo e obrigando a pessoa a se levantar e deixar o escritório para interagir com a família.

Ergonomia

Em ambientes de trabalho, a escolha de móveis adequados é fundamental, especialmente para quem tende a passar horas no ambiente laboral. É recomendável que mesas, cadeiras e bancada tenham a altura correta e, de preferência, regulagens para se ajustar ao tipo físico de cada pessoa.

Organização

O local de trabalho precisa ser aconchegante e estimulante, para evitar distrações, facilitar a rotina e evitar o estresse ocasionado pela bagunça. O ideal é usar mobília de apoio, com gaveteiros, organizadores de mesas, quadros e lousas, que permitem que os materiais fiquem ao alcance das mãos, com privacidade e ordem.

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