100+ influentes do Mercado Imobiliário Brasileiro em 2024

Imobi edição 100: no seu email e no Clubhouse
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Imobi edição 100: no seu email e no Clubhouse

09 fev 2021
Redação Imobi
Redação Imobi
8 min
Imobi edição 100: no seu email e no Clubhouse

Resumo

Confira os destaques desta semana da curadoria do Imobi: edição 100 com evento exclusivo no Clubhouse, plataformas precificadoras e mais.

Se você é um ser humano e acessou redes sociais neste fim de semana, por certo ouviu falar sobre Clubhouse. É uma nova rede social, baseada em áudios, em que o usuário pode ter conversas individuais ou em grupo e lançar eventos para pessoas participarem como ouvintes. O Clubhouse foi lançado no ano passado,mas foi em 2021 que ganhou tração. Grandes profissionais do mercado imobiliário brasileiro começaram a aderir à plataforma na última semana e o Imobi Report estreia no Clubhouse hoje, 9 de fevereiro.

Em comemoração à 100ª edição do Imobi Report na sua caixa de entrada, vamos comentar, às 18h30, os principais assuntos que você lerá abaixo. Ao vivo, contaremos com convidados especiais. Para acessar, é só ter a conta no Clubhouse e acessar o aplicativo aqui. Por enquanto, é necessário ser convidado ou entrar na fila de espera do Clubhouse para participar. O aplicativo também é restrito para usuários de iPhone com iOS 13.


Imobiliárias

O mercado imobiliário começou 2021 com muitas novidades, especialmente a chegada de novos players nacionais e internacionais. Mas qual será o impacto dessa movimentação para as empresas já estabelecidas no setor? O Imobi Report preparou um conteúdo exclusivo sobre o assunto, trazendo uma análise aprofundada sobre esse novo cenário. 

Uma das empresas analisadas é a eXp, que anunciou a contratação de Elisa Tawil, colunista do Imobi Report, como especialista de Growth e Onboarding. Em entrevista ao Imobi, ela contou sobre sua carreira e seu programa de capacitação de mulheres para atuar como corretoras de imóveis. A chegada da eXp Brasil também levanta outra reflexão: para evitar a debandada de corretores para se tornarem autônomos, as imobiliárias brasileiras precisam refletir sobre o grau de satisfação de suas equipes. Em artigo publicado no Imobi Report, Rodrigo Werneck, CEO da CUPOLA, fala sobre employee experience e como as empresas já estabelecidas precisam pensar mais em seus colaboradores para que eles não decidam alçar voo solo.

Ainda sobre gestão de equipes, chama atenção a visão da RIOException.
“Jamais vamos ampliar nosso time. Justamente para continuar a escolher nossos clientes e poder atendê-los da melhor forma possível”, afirma Benjamin Cano, sócio da RIOException. A aposta é no atendimento personalizado ao cliente, que poderia ser chamado de “handmaid” ou “tailormaid”.

Quanto vale um imóvel? Certamente, esta é uma das principais dúvidas dos clientes quando procuram um corretor ou imobiliária. Para ajudar proprietários a entender melhor este cálculo, o Estadão publicou um conteúdo explicando quais são as opções para avaliar o potencial de venda de um imóvel

A Forbes publicou uma rica matéria mostrando como a pandemia mudou a relação dos brasileiros com suas casas, a partir de dados de clientes que utilizam o QuintoAndar. De acordo com o levantamento, 73% dos brasileiros passaram a enxergar suas residências de forma diferente e 16,5% decidiram se mudar em plena crise sanitária. Os principais motivos para justificar as mudanças foram a necessidade de ter um escritório em casa (31,8%), o desejo de estar mais próximo de áreas verdes (28,4%) e o aumento da importância de um espaço de lazer em casa ou no condomínio (24,8%). 

O aumento da taxa de vacância dos imóveis é notável. No Rio, segundo a APSA, a quantidade de imóveis residenciais disponíveis para aluguel atingiu 17,6% em dezembro. O índice está há sete meses acima de 10%, patamar considerado aceitável para o mercado. Em São Paulo, o cenário dos imóveis residenciais é similar: levantamento da AABIC aponta que a taxa de vacância chegou a 18% em dezembro, o dobro dos 9% que eram registrados até março de 2020. Entre os imóveis comerciais, a taxa de vacância em São Paulo é ainda maior, de 38%.

E a novela IGP-M x IPCA ganhou um novo capítulo. De acordo com o G1, a Prefeitura do Rio de Janeiro decretou que, nos imóveis em que o locatário é o município, só serão assinados novos contratos de locação quando o índice utilizado para reajuste anual for o IPCA. Para contratos já em curso, o decreto orienta que o gestor público responsável pela locação negocie com o proprietário a substituição de um índice pelo outro. Se a negociação não for possível, deve-se buscar outro imóvel que corresponda ao novo critério. 

A pandemia também gerou mudanças no mercado as garantias locatícias. Segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), a contratação do seguro fiança cresceu 76% em 2020. Até novembro, essa garantia já tinha movimentado R$ 813 milhões. Aqui no Imobi Report, inclusive, já mostramos cinco vantagens do seguro fiança para imobiliárias, proprietários e inquilinos.


Incorporadoras

A vitória de aliados do governo nas presidências da Câmara e do Senado resultou em alta nas ações das incorporadoras listadas na Bolsa. O Índice Imobiliário da B3 (IMOB) avançou 6% desde as eleições no Congresso. Para analistas, o cenário se deve à perspectiva de manutenção de juros baixos.

Após adiar a abertura de seus estandes em 2020, por causa da pandemia, a incorporadora paulistana Tarjab prevê retomar o lançamento de até cinco empreendimentos neste ano, podendo ultrapassar os R$ 400 milhões em VGV – ante R$ 150 milhões em 2019. A companhia também decidiu rever os projetos, considerando novas demandas do mercado, como o aumento da quantidade de dormitórios em algumas unidades, por exemplo. 

Todos os 446 lotes de um condomínio foram vendidos em apenas seis horas após o lançamento, em Santa Maria (RS). Trata-se de um novo núcleo urbano, que será construído na BR-392, com grande potencial de crescimento. O empreendimento vai ocupar uma área de 39 hectares e será construído pela Idealiza Urbanismo, que nasceu no Rio Grande do Sul, transferiu sua sede para São Paulo, mas retornou ao estado de origem para lançar esse projeto. 

Um grupo de investidores de Ribeirão Preto se uniu para montar um portfólio de 22 flats para locação, localizados no centro financeiro de São Paulo. Através de uma gestora, o grupo loca os imóveis pelo Airbnb e Booking. Com rendimento mensal de cerca de R$ 2 mil por unidade em 2020, o grupo agora planeja montar um fundo imobiliário, captando de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões para chegar até 230 flats na carteira. 


Mundo

O Reino Unido vive um grande êxodo. Em 2020, houve a maior queda populacional desde a Segunda Guerra Mundial, principalmente motivada pela saída de imigrantes. Em Londres, a situação é mais grave em razão do aumento do desemprego e o preço dos aluguéis, o mais caro da Europa.

Toronto, no Canadá, também vivencia o êxodo e a busca por pechinchas. A oferta de imóveis para alugar na cidade mais que dobrou no último trimestre de 2020, comparado ao mesmo período de 2019. O aumento de 132% fez com que o valor dos aluguéis despencassem de 15% a 17%.

Nos EUA, o movimento é de migração interna. Millennials endinheirados estão apostando em casas de luxo em cidades menos badaladas, como Aspen, Colorado, Austin e Texas, áreas que oferecem uma “qualidade de vida completa”. Um relatório da Sotheby’s sobre luxo global em 2021 aponta que “o trabalho remoto permitiu que a geração mais jovem subisse um degrau na escala da habitação em cidades menores e mais acessíveis”.


Techs

O escritório de arquitetura e engenharia OSPA lançou a plataforma PLACE, serviço de cálculo do valor de terrenos com foco no desenvolvimento imobiliário. O algoritmo do PLACE se baseia em três fatores: potencial construtivo (a partir do Plano Diretor), avaliação de mercado e expectativa de taxa de retorno para o incorporador, na média de 60%. Em fase beta, a plataforma está disponível apenas para a cidade de São Paulo. 

Após uma queda drástica em seu volume de negócios, no início da pandemia, a Loft recuperou-se e teve um crescimento de mais de 28 vezes entre 2019 e 2020, puxado por uma mudança no perfil da base de clientes, que passou a contar com alta adesão de pessoas com mais de 50 anos. Em entrevista à Forbes, o cofundador Mate Pencz comentou a mudança: “Muitas pessoas [concluíram] que, agora que estão fazendo compras de supermercado online, consomem no Mercado Livre e pagam contas por um app, podem pensar em procurar por sua próxima casa na internet também”. 

Em parceria com o Banco Inter, a Localiza e a Órbi Conecta, a MRV inova mais uma vez e vai oferecer neste ano 30 mil bolsas de estudo para um programa de formação em Tecnologia da Informação para desenvolvedores, ao longo de 2021. Com isso, a incorporadora pretende contribuir para diminuir o déficit de mão de obra qualificada na área. 

Uma startup brasileira está começando a fazer nome no Vale do Silício. Trata-se da FAB Homes, que já levantou R$ 11 milhões para construir casas sustentáveis de alto padrão na região. Criada há dois anos, pretende arrecadar outros R$ 30 milhões até o final de 2021 para expandir sua operação. 


Estamos de Olho

Quem nunca visitou um imóvel tão ruim que precisou compartilhar com todos os colegas de trabalho? Em Nova York, o corretor Cameron Knowles usou o TikTok para viralizar o “pior apartamento” da cidade. Por um aluguel de 1.650 dólares, o imóvel não tem banheiro, cozinha ou móveis – apenas uma geladeira e armários. O banheiro é dividido com os outros moradores do andar do prédio. O preço é salgado por conta da localização, no bairro West Village.

Você já ouviu falar em arquitetura hostil? O tema ganhou visibilidade na última semana, em razão do episódio em que pedras foram instaladas sob um viaduto para impedir a presença de moradores de rua. A reação foi bastante negativa e uma matéria publicada pela Casa Vogue explica. “Na contramão de uma cidade acolhedora e sociável, a arquitetura hostil está aí para afastar”.

O planejamento urbano deveria ser pensado para reduzir a desigualdade e promover a equidade nas cidades, afastando-as da arquitetura hostil. No entanto, historicamente, observa-se exatamente o contrário: o planejamento urbano contribui para agravar as desigualdades em vez de mitigá-las. Esta é a opinião de Anthony Ling, arquiteto e urbanista com MBA em Stanford, fundador do Caos Planejado, publicação digital sobre urbanismo. Em artigo publicado na Veja desta semana, ele explica sua tese e traça um breve panorama histórico sobre o planejamento urbano no Brasil. Vale a leitura.

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