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4 passos para a organização financeira do corretor de alto padrão

A organização financeira do corretor de alto padrão é um tema sempre necessário, mas que se torna ainda mais importante em momentos de desaquecimento do mercado. Mesmo que as comissões sejam mais altas que a média de mercado, a demanda está longe de ser a mesma dos produtos mais populares.

Os períodos de baixa nas vendas podem ser verdadeiras armadilhas, já que a rotina de trabalho neste segmento exige um investimento considerável. Entre os custos fixos do corretor, estão vestuário, transporte, almoços e jantares de negócios, além da necessidade de frequentar ambientes refinados.

Bancar essas despesas se torna um desafio enorme com o planejamento financeiro desajustado. Por isso, o Imobi Report e Imobi Alto Padrão reuniram quatro passos para o corretor alto padrão estar preparado para enfrentar as fases ruins.

1- Abandone o comportamento de empregado

“Você tem que ter a mentalidade de que está investindo em um negócio, um empreendimento. Pois quando você monta uma empresa, é básico que você tenha um contador, um sistema financeiro e não misture conta jurídica com pessoa física. É preciso chegar ao final do mês com um DRE (demonstrativo do resultado do exercício), para saber quanto sobrou, quanto entrou de dinheiro e quanto foi gasto com alimentação, transporte, entre outros”, afirma Rodolfo Judice Araújo, cofundador e CEO da HomeHub by Judice Araujo, franqueadora imobiliária que atua no Rio de Janeiro.

No enfrentamento da última crise de mercado, entre 2016 e 2019, a Judice Araújo teve perdas de resultado, mas não registrou prejuízo. “É somente a organização que pode evitar o clássico caso do corretor que vai bem por seis meses, enfia uma Mercedes na garagem e quebra suas finanças. Isso há aos montes por aí. Enxergar a realidade nua e crua das finanças pode dar trabalho e gerar desconforto, mas é algo obrigatório”, aponta ele.

Você pode ter acesso a mais dicas sobre a operação da imobiliária em uma live gratuita com Patricia Judice de Araujo Esteves, corretora de alto padrão, sócia da Judice & Araujo e HomeHub. A live acontece via YouTube no dia 2 de junho, às 11h. Clique aqui para se inscrever e receber o link.

2- Adote a visão de longo prazo

Viver com as contas no fio da navalha é um desafio enfrentado por milhões de brasileiros, mas não pode ser a filosofia do corretor de imóveis de alto padrão. O tempo médio para rampagem, período em que o profissional consegue superar a fase de operar no prejuízo, é de pelo menos seis meses. 

Ou seja, antes de entrar neste mercado, é preciso ter recursos para bancar seu custo de vida total por no mínimo um semestre. Depois, conforme as comissões forem entrando, uma nova poupança precisa ser formada. O ideal é que esta reserva dê conta de um ano de despesas.

3- Não dê o passo maior que a perna

O deslumbramento com o mercado de alto padrão pode gerar consequências graves. Se a reserva financeira e os custos de vida não forem equilibrados, a conta chega rapidamente.

No caso de Guilherme Wohlke, que atua em Balneário Camboriú (SC), o início de carreira foi de altos e baixos. Depois de um primeiro ano de grandes negócios, a situação saiu de controle. “Não vendi absolutamente nada no meu segundo ano como corretor. Perdi o rumo“, relata, lembrando que os negócios só foram voltar a fluir no ano seguinte.

A solução foi adequar os gastos à realidade daquele momento, o que incluiu revisar rotinas, cortar gastos com moradia e usar um carro emprestado para trabalhar. No ano seguinte, com a retomada das vendas, as lições aprendidas na prática ajudaram a reorganizar a casa.

4- Aprimore sua mentalidade 

No caso de Guilherme, a solução passou pelo foco nos estudos e a capacidade de se concentrar nos objetivos, mesmo diante da pressão. Ele manteve abertura para seguir estudando e fazendo cursos, mesmo durante a crise.

Porém, o planejamento poderia ter evitado o susto. Na opinião de Rodolfo Judice Araújo, o corretor de imóveis precisa entender que sua renda é variável e saber se prevenir. Ele recomenda o livro “O Homem Mais Rico da Babilônia”, clássico de George Samuel Clason, como uma leitura rápida para desenvolver a mentalidade de empreendedor.

Para cuidar das finanças, os serviços de startups de contabilidade podem ser uma mão na roda e com valores mensais que não ultrapassam os R$ 200. Outra opção de custo acessível são aplicativos de gestão financeira, como o Quickbooks.

A organização financeira do corretor de alto padrão e insights como estes fazem parte dos conteúdos semanais do Imobi Alto Padrão. Para conferir este conteúdo na íntegra, clique aqui e assine o Imobi Alto Padrão. Por menos de R$ 10 por mês, você recebe materiais exclusivos toda semana e ainda tem acesso a um grupo de WhatsApp exclusivo e aberto para networking. Nos vemos lá.