[188] Aluguel dispara e gera alerta para imobiliárias
Resumo
O destaque da semana foi a disparada do aluguel que bateu recorde, além de argumentos de venda com a Selic alta e mais.
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O aluguel residencial registra alta recorde no acumulado dos últimos 12 meses. A elevação é de 16%, maior variação desde 2011. Além da reposição da inflação, o aumento tem relação com a estagnação de preços a partir da pandemia e a escassez de imóveis para locação.
O “apagão” de lançamentos entre 2016 e 2020 também influenciou no resultado, já que o déficit habitacional acelerou e chegou à marca de 7,7 milhões de moradias, segundo dados de 2021 da Abrainc. Isso corresponde a cerca de 10% do total de residências no país.
A maior alta do aluguel na década chama atenção por dois fatores. De um lado, preços maiores elevam a perspectiva de rentabilidade para proprietários e imobiliárias. Porém, na outra ponta, há necessidade urgente de aprimorar os critérios para a aprovação de inquilinos.
De cada 10 brasileiros adultos, quatro estão inadimplentes, segundo dados do SPC e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. Na comparação entre setembro de 2020 e setembro de 2021, o número de pessoas que não conseguem honrar suas contas aumentou mais de 11%. O desemprego diminuiu, mas a renda do trabalhador segue em queda, o que liga o alerta para o fechamento de contratos.
Atentas a isso, seguradoras e garantidoras de aluguel estão revisando políticas e sendo mais criteriosas. O movimento também acontece nas imobiliárias, que devem redobrar a atenção para processos como vistorias e a escolha da modalidade de fiança. A figura do fiador, inclusive, pode voltar a ganhar relevância após um período de protagonismo de novos formatos.
Dores de cabeça não podem valer mais que o contrato assinado. A vacância de imóveis não é interessante para ninguém, mas contratos arriscados são um prato cheio para gerar prejuízos e traumas irreversíveis. O momento pede critério e aprimoramento de processos.
Imobiliárias
A alta do aluguel é generalizada e algumas praças importantes apresentam resultados chamativos. São Paulo (SP) é a capital de aluguel mais caro em setembro, enquanto BH acumula alta de quase 20%.
E a locação comercial, como anda em sua região? A nível global, especialistas apontam que imóveis para logística e data center vão bombar. No Brasil, o setor parece recuperar o fôlego. Em Curitiba, a velocidade para a assinatura de contratos está mais rápida do que no período pré-pandemia. O tempo de espera médio calculado em setembro foi de 170 dias, contra 214 dias no mesmo mês do ano de 2017.
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A onda digital que chegou para valer no mercado imobiliário transformou diversos corretores em consultores. Só que não vale apenas mudar de função no crachá e seguir a mesma rotina de antes. A exigência é de mais habilidades técnicas e sociais para, de fato, concretizar essa atualização.
Menos riscos e burocracia para a compra de imóveis. Até pouco tempo atrás, para comprar um imóvel no Brasil era preciso emitir dezenas de certidões para certificar que a situação do imóvel e do vendedor eram legais. Porém, uma mudança na lei dispensa a exigência de algumas certidões e todas as informações passam para uma matrícula, que se torna uma espécie de certidão de nascimento do imóvel.
Calcular a rentabilidade de uma imobiliária é um processo trabalhoso. Isso porque existe uma infinidade de receitas e despesas que entram ou saem do caixa, quase sempre em volume variável. Mas, há técnicas que ajudam a separar as finanças de cada centro de custo. O Imobi Report reuniu dicas de Rafael Aquino, head de tecnologia da CUPOLA, para efetuar o cálculo.
Quais argumentos de venda usar diante da atual taxa Selic? Executivos de startups e especialistas em crédito imobiliário mostram o caminho para convencer o cliente a comprar neste momento de juros mais altos. Confira no Imobi quatro argumentos essenciais para o repertório de negociação.
Um anúncio imobiliário com uma boa foto faz toda a diferença. A atração de usuários passa diretamente pela boa experiência oferecida por meio de imagens digitais, especialmente após a pandemia. Conversamos com Renato Cukier, CEO do FOTOP, para saber algumas dicas de como apresentar as tão sonhadas fotos profissionais.
Retrofit faz renascer uma região deprimida do centro de Porto Alegre. Esta é parte do trabalho de Kleber Sobrinho, dono da franquia da Auxiliadora Predial no Centro Histórico da capital gaúcha. No podcast Modo Avião desta semana, Kleber é o convidado de Rodrigo Werneck, CEO e estrategista-chefe da CUPOLA.
Perspectivas para o multifamily no Brasil. Este é o tema da última edição do podcast do Imobi Aluguel, que debate o crescimento, por aqui, de um mercado pujante lá fora, o de fundos de investimentos imobiliários especializados em locação para renda.
O Imobi Aluguel desta semana discute o modelo das esteiras digitais, inaugurado há exatamente um ano no Brasil com o lançamento do ZAPWay+. Falamos sobre os avanços dessas plataformas que digitalizam a jornada da locação e sobre dificuldades a serem vencidas para elas finalmente conquistarem a confiança das imobiliárias.
Na negociação entre corretores e seus potenciais clientes, não é só na escolha de palavras que a comunicação acontece. A postura, o tom de voz, os gestos e olhares muitas vezes se encarregam de dizer o que está nas entrelinhas. Na edição desta semana do Imobi Vendas, trouxemos dicas práticas de como corretores e gestores de vendas podem conduzir a negociação sem negligenciar o que vai além do verbal.
No Vem Pra Mesa,Sergio Langer recebe João Pimenta, diretor da Casa63, imobiliária de Palmas (TO) – cidade que vive forte valorização imobiliária. Pimenta fala no podcast sobre a parceria com incorporadores e como vem capacitando sua equipe para atuar no mercado de alto padrão.
Incorporadora
Dez conteúdos focados em capacitar o mercado e alavancar os resultados no segmento de imóveis novos, construção e incorporação. Foi o que promoveu o IC Lançamentos, evento ao vivo e gratuito realizado pelo Imobi Report e pela CUPOLA na última semana. Clique aqui para conferir um apanhado geral do que foi abordado em cada palestra.
Trabalhadores com contas vinculadas ao FGTS cuja renda familiar mensal não ultrapasse R$ 2,4 mil poderão usar os depósitos futuros — ou seja, os valores que seus empregadores ainda vão depositar em suas contas — para amortizar ou liquidar dívidas resultantes do financiamento imobiliário. De um lado do mercado, a análise é de que a estratégia pode ser um “convite a dar passo maior que a perna”.
Dobrar a meta. Em solenidade de abertura do Construa Minas, na semana passada o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais, Renato Michel, ressaltou a meta de pelo menos dobrar o percentual da construção civil no PIB brasileiro, que hoje é de 2,6%. O evento reuniu representantes de entidades e órgãos públicos, empresários e profissionais da cadeia produtiva da construção civil.
Bons olhos para o Brasil. A SPX Capital tem planos ambiciosos para sua vertical que atua no desenvolvimento e gestão de ativos imobiliários, com perspectiva de quintuplicar o valor dos ativos sob gestão nos próximos cinco anos. A empresa atualmente avalia se é o momento propício para investir no Brasil, além de mirar também nos Estados Unidos e Reino Unido em 2023.
Os resultados do terceiro trimestreainda serão marcados por custos para as construtoras, apesar do alívio no ambiente inflacionário beneficiar o gasto com insumos. O site da Forbes Brasil antevê que os balanços tendem a ser fracos, principalmente para as empresas com foco na baixa renda. Alta dos juros e aumento das commodities figuram entre as razões. Por outro lado, as construtoras voltadas para a alta renda serão beneficiadas.
A Cyrela vem navegando bem o cenário de juros e inflação em níveis altos. Após registrar lucro de R$ 151 milhões no segundo trimestre, na prévia de seu balanço do terceiro trimestre, a incorporadora acumula R$ 5,22 bilhões em vendas contratadas no ano, uma alta de 32%. Em entrevista à Exame, Elie Horn, fundador da construtora, fala sobre os altos e baixos encarados pela empresa decorrentes dos ciclos econômicos enfrentados no país.
Antes sequer do início das obras, um empreendimento em Balneário Camboriú (SC) atingiu 239 unidades vendidas em menos de dois meses após o lançamento. A grande procura ocorre, principalmente, pela estimativa de grande valorização até a entrega das chaves. A projeção é de que os 447 apartamentos à venda do Parque Camboriú, com valores de R$ 389 mil até R$ 1,1 milhão, ao menos dupliquem de valor até 2027.
Techs
Laços fortalecidos. A Auxiliadora Predial ampliou a sua parceria com a startup Loft e agora as duas empresas, que já atuam juntas no Rio Grande do Sul, estendem a combinação de negócios a São Paulo, onde o grupo gaúcho é dono da Neon Imóveis.
Um novo jeito de buscar e encontrar imóveis. Assim é como se define a imoveistock, proptech que tem como proposta revolucionar a forma de angariar imóveis para imobiliárias e também para quem está buscando vender ou alugar um imóvel. Desde o início das operações, a startup já movimentou mais de R$ 11 milhões em volume de vendas e cerca de R$ 700 mil em comissionamentos.
Casas em 3D já são realidade na região do sul da Califórnia, nos EUA, onde uma startup decidiu dar um novo significado para moradias sustentáveis. A Azure tem como base de seu modelo de negócios fazer casas a partir de materiais impressos em 3D, com base em plásticos reciclados. A ideia é acelerar o tempo de construção do imóvel, trazendo também maior sustentabilidade para o processo.
Atenta às demandas do mercado imobiliário e à evolução da tecnologia blockchain, a Kodo Assets, uma plataforma de tokenização, anuncia seu projeto de tokenização de imóveis comerciais no Brasil. Em resumo, o objetivo é fracionar um empreendimento em inúmeras e pequenas partes digitais, os quais podem ser vendidos a diversas pessoas por um preço unitário relativamente baixo, democratizando o acesso a esse tipo de investimento.
Mundo
Com baixíssimo prazo de “aviso prévio”, inquilinos do Catar estão sendo obrigados a desocupar suas moradias, pois os proprietários estão alugando-os por um preço mais alto durante a Copa do Mundo. De acordo a Agência France-Presse, muitos moradores do país estão enfrentando o problema, com os proprietários se recusando a renovar seus aluguéis.
Com seus imóveis de alto custo e a área metropolitana mais populosa do mundo, Tóquio é conhecida há muito tempo pelas pequenas acomodações. Mas novos apartamentos estão ultrapassando os limites da vida normal. A imobiliária Spilytus vem liderando a investida em direção a espaços cada vez menores. Ela opera apartamentos “caixas de sapatos” de até 9 metros quadrados desde 2015 e, com mais de 1.500 moradores hoje em seus cem prédios, a demanda permanece forte.
O novo ano letivo português, que começou em setembro, tem sido marcado pela escassez na oferta de casas para estudantes universitários. O problema é sentido com mais força em Lisboa e no Porto. Nos últimos 12 meses, houve um recuo de cerca de 80% na oferta particular de quartos para estudantes.
Sete palácios, 10 castelos, 12 casas, 56 chalés e 14 ruínas antigas. A coroação oficial de Charles 3º será apenas em maio, mas o novo monarca britânico já herdou um portfólio imobiliário digno de um rei: US$ 25 bilhões (R$ 129 bilhões). É mais da metade do total do império agora controlado pelo soberano (US$ 42 bilhões).
Estamos de Olho
Há alguns dias, o influenciador e humorista Eddy Júnior expôs os ataques racistas que recebeu de uma vizinha de prédio. Foram diversas ofensas e acusações que desencadearam ameaças verbais. Entre debates sobre impunidade e discriminação racial, o caso chamou a atenção para o papel dos condomínios em situações de agressão. O Estadão mostrou o que diz a lei sobre o assunto, o papel que cabe aos condomínios e o que fazer em casos de agressão.
Para além do espelho d’água da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, foco das principais ações do poder público nas últimas décadas, especialistas apontam que o problema ambiental começa nas nascentes dos mananciais que abastecem a lagoa. Hoje, praticamente todas elas estão ameaçadas, sendo a especulação imobiliária o principal motivo.
Mais de 57 milhões de crianças vivem em áreas urbanas no Brasil. No entanto, em decorrência das gritantes desigualdades sociais e econômicas do país, uma parcela muito pequena usufrui de uma cidade que zela pelo seu desenvolvimento. Artigo de Octavio Pontedura, sócio da imobiliária Refúgios Urbanos, discute no Imobi Report como construir cidades pensando no desenvolvimento saudável das crianças.
Após quase 50 anos de serviços prestados ao turismo carioca, o antigo InterContinental, em São Conrado, é mais um hotel que vai ser transformado em condomínio residencial. O caso está longe de ser isolado: pelo menos nove estabelecimentos hoteleiros conhecidos da cidade seguem o mesmo caminho. Juntos, estes dez hotéis que passam ou passaram por processo de retrofit darão lugar a 1.575 novas residências.
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