Startup de coworkings se rende às imobiliárias
Imobi Report

Startup de coworkings se rende às imobiliárias

Após amargar um 2019 com IPO mal sucedido, a pandemia e os reflexos no mercado de home office prejudicaram ainda mais a operação da WeWork, startup de escritórios compartilhados. Em junho, 65% dos coworkings da rede eram ocupados por grandes empresas, mas estas também vêm rescindindo contratos. Então, a nova aposta da WeWork é promover parcerias com o mercado tradicional: nos EUA, a startup está colocando seus escritórios para serem locados por imobiliárias. Em Nova York, é a JLL a responsável. Na Califórnia, o CBRE Group. A comissão é, em média, de 6%.

Ainda sobre home office, 94% das empresas brasileiras aprovam a modalidade, mas 70% pretendem encerrar ou reduzir a prática com o fim da pandemia, segundo dados da Fundação Instituto de Administração.

Até o Governo Federal está reavaliando as locações e vai mapear os imóveis alugados pela União. O objetivo é otimizar as locações, compartilhando o mesmo espaço entre diferentes órgãos, por exemplo.

Em Porto Alegre, o impacto da crise sanitária sobre as locações comerciais foi registrado em reportagem do Jornal do Comércio. Passando por ruas do comércio na capital gaúcha, vazias e com muitas placas de aluga-se. Somente no centro histórico, a vacância do comércio cresceu 16,4% entre maio e junho.

Levantamento da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP apontou que o número de famílias despejadas de áreas irregulares em São Paulo dobrou durante a pandemia. O Conselho Nacional de Justiça recomendou evitar reintegrações de posse durante a crise, já o governo estadual afirma que só foram feitas reintegrações em casos de riscos aos moradores. Um grupo realizou uma marcha na última sexta-feira (30), reivindicando políticas para moradia e a interrupção de despejos durante a crise, em movimento similar ao ocorrido em países como Estados Unidos e Alemanha.

No UOL, duas reportagens jogam luz sobre este assunto. Uma fala sobre as novas favelas de pessoas recém desabrigadas pela pandemia, enquanto outra comenta a campanha Despejo Zero.

O Governo Federal publicou novas condições de acesso a 2 mil unidades do Minha Casa Minha Vida, com foco nos usuários com renda mensal de até R$ 1.800. A novidade é que, antes, os municípios definiam alguns critérios e agora estes estão pré-definidos nacionalmente. Entre os novos critérios estão: viver em uma casa que não seja de alvenaria ou madeira aparelhada, viver em coabitação involuntária, estar em situação de rua, entre outros.

Comprar imóvel com dívida de financiamento é um bom negócio? Esta é a dúvida apresentada pelo Estadão. E a resposta é sim, vale a pena, uma vez que estamos vivendo sob a taxa Selic com os menores índices da história e é possível negociar juros atualizados. Mas o comprador deve ter atenção aos documentos e certidões – e o apoio de um corretor ou uma imobiliária.

Em outra reportagem com foco no comprador final,o jornal traz a dúvida sobre comprar imóvel ocpado por inquilino. Transação indicada para quem quer adquirir como investimento, mas mais complicada quando o novo proprietário pretende usufrui do bem, segundo a reportagem.

Qual o papel da mulher na compra de imóveis? Para responder a essa pergunta, o grupo Mulheres do Imobiliário encomendou uma pesquisa à Behup, startup especializada em comportamento de consumo. Os resultados mostram como as mulheres se comportam durante a jornada de compra.

Metade das entrevistadas afirma buscar imobiliárias e corretores de confiança para assessorá-las na jornada de compra do imóvel. E 55% buscam a reputação da incorporadora do imóvel no qual estão interessadas. Estes dados ilustram a importância de ter boas avaliações nas suas redes, como Facebook e Google Meu Negócio. No Imobi, trazemos algumas dicas de como conseguir avaliações virtuais positivas.

Após as novas regras para o home equity, Caixa lançará uma campanha estimulando que as pessoas façam uso do crédito. Nesta, proprietários de imóveis podem usar o bem como garantia para um ou mais empréstimos, garantindo juros mais baratos do que em outras operações de empréstimo.

O mercado imobiliário está passando por uma verdadeira revolução. E ela deve passar por três etapas, de acordo com Florian Hagenbuch, CEO da Loft. Para ele, essa revolução deve contemplar uma atuação focada no cliente (com precificação que garanta uma oferta justa e tempo de venda assertivo), ampliação do conceito de solução integrada (oferecendo reforma, decoração, crédito e outros produtos necessários para quem está de mudança) e acompanhamento dos clientes em outras etapas do consumo imobiliário (resolvendo problemas de transação ou relacionados a outros tipos de consumo, além da compra/venda).

Incorporadoras

A pandemia tem nos feito repensar os imóveis, normalmente pela perspectiva dos moradores. Mas e quanto à necessidade de espaço para os funcionários dos condomínios? Incorporadoras já estão fazendo alterações em seus projetos, para incluir vestiários na entrada dos edifícios, algo que já vinha ocorrendo e tende a se intensificar. Em alguns projetos, até mesmo o banheiro de empregada volta a ser contemplado. Outras mudanças devem atingir as áreas comuns dos edifícios, com possibilidade de substituição dos salões de festa por pequenos estúdios, com infraestrutura para uso como home office.

As pessoas continuam procurando imóveis maiores e mais afastados de centros urbanos. Mas será que essa tendência vai sobreviver quando a pandemia chegar ao fim? Esta matéria do Estadão indica que sim!

Os jovens, pelo menos, continuam priorizando a localização central, com boa rede de transporte público e de serviços próxima, mesmo que signifique morar em apartamentos de um quarto só. Levantamento do Grupo ZAP aponta que 48% dos indivíduos pertencentes à chamada geração Z (nascidos a partir do início dos anos 1990) que responderam à pesquisa dizem que o mais importante é que o imóvel esteja localizado perto do local de trabalho

Silêncio. Este passa a ser critério para priorizar imóveis no momento da busca. Reportagem publicada pelo Estadão mostra que há vizinhos incomodados com o barulho das crianças, agora que elas passam o dia inteiro em casa porque as escolas estão fechadas. As mães, por sua vez, reclamam da falta de empatia dos vizinhos. E as administradoras de condomínios precisam rebolar para agradar a todos.

Os estandes de vendas em São Paulo reabriram no começo de junho. Desde então, até 19 de julho, incorporadoras paulistas já movimentaram cerca de R$ 1,3 bilhão, segundo dados da Abrainc.

Com o mercado apresentando sinais de retomada, incorporadoras que tinham adiado os planos devem fixar seus IPOs ainda esse ano. Somados aos demais setores, é o ano com mais novas ofertas desde 2007. São 8 construtoras estreando na Bolsa: a Riva 9, You Inc, Lavvi, Plano & Plano, Nortis, One Innovation, Melnick Even e a Cury.

Ainda sobre investimentos, o que vale mais: comprar um imóvel ou alugar e investir o dinheiro? Não há uma resposta única, há investimentos que rendem mais do que a valorização de um imóvel, mas que são mais arriscados. E há o fator psicológico: pessoas que prefiram a segurança da casa própria. Todos argumentos importantes de se ter à mão na hora de atender um cliente.

Techs

O QuintoAndar está expandindo seus negócios. A partir de agora, começa a trabalhar com venda de imóveis no Rio de Janeiro. Por enquanto, o serviço estará disponível nas zonas sul e central da cidade, com imóveis avaliados entre R$ 150 mil e R$ 3 milhões. O serviço também é oferecido desde o início do ano em São Paulo. Até então, a empresa atuava somente no segmento de aluguéis residenciais. Futuramente, o plano é levar a operação para mais de 30 cidades onde o QuintoAndar atua.

Na pandemia, o QuintoAndar pagou R$ 1,3 milhão por indicações de imóveis. A remuneração é feita pelos programas IndicaAí, voltado para o público geral, e Parceiros da Portaria, para porteiros síndicos e zeladores. No total, o unicórnio já gerou R$ 2,2 milhões em renda extra desde o início do ano.

E já tem startup se especializando em soluções para manter o distanciamento social nos condomínios. Este é o caso da gaúcha OHTEL! Smart Communities, que desenvolveu recursos como a biometria facial, que dispensa a necessidade de identificação biométrica com toque em superfície leitora, e o smart market, que possibilita o comércio de bens e serviços entre os condôminos, além da assembleia virtual.

A pandemia também beneficiou (e muito) a Log Commercial Properties. A empresa de galpões logísticos registrou recorde de locações no segundo trimestre do ano. Com isso, obteve lucro líquido de R$ 21,9 milhões no período, o que representa um crescimento de 33,4% em comparação com o segundo trimestre do ano passado.

Outro assunto em alta em tempos de pandemia são as smart homes. Uma equipe do portal TechTudo testou algumas soluções propostas para esse tipo de residência, como lâmpadas inteligentes, smart plugs, sensores de presença, entre outros dispositivos conectados.

Quer saber mais sobre as smart homes? A equipe do Imobi mostra como a IoT (Internet das Coisas) vai revolucionar as formas de morar e como a tecnologia 5G vai impactar ainda mais o futuro das obras e dos imóveis.

Embora a data de vigência da LGPD ainda seja uma incógnita, é preciso estar preparado para se adaptar a ela. “É preciso ter em mente que um processo completo de adaptação à LGPD demora de 6 a 8 meses para implantação e amadurecimento”, afirma o advogado Carlos Alexandre Perin, especialista na Lei Geral de Proteção de Dados. Ele explica como as imobiliárias devem se preparar para essa nova realidade.

Mundo

Não é só no Brasil que as incorporadoras estão mudando seus projetos para atender a novas necessidades. Quarta maior incorporadora do Reino Unido em valor de mercado, a Taylor Wimpey anunciou que está estudando mudanças no layout de seus imóveis, já considerando que muitos profissionais devem continuar em home office mesmo quando a pandemia acabar.

Está prevista para 2026 a inauguração dos edifícios pré-fabricados mais altos do mundo. Com 56 andares, as duas torres do empreendimento Avenue South Residences estão sendo construídas em Singapura. A técnica utilizada é a PPVC, sigla para Prefabricated Prefinished Volumetric Construction (Construção Volumétrica Pré-Fabricada e Pré-Acabada, em tradução livre). Com isso, a construção é feita por meio de vários blocos, que chegam prontos ao local, com impermeabilização, ladrilhos, pinturas, vidraças, armários, encanamentos e instalações elétricas.

Como é ser anfitriã do Airbnb na pandemia? A proprietária de uma casa em Menorca, na Espanha, conta como o público que tem demonstrado interesse em seu imóvel mudou completamente, após perder várias reservas programadas para o verão europeu.

Estamos de Olho

Neste fim de semana, o mercado imobiliário brasileiro se despediu de dois nomes importantes: Alberto Fernandes e Plínio Gonzaga, fundadores das imobiliárias Beira-Mar, de Brasília, e Gonzaga, de Curitiba, respectivamente. Aqui, deixamos nosso respeito por Alberto e Plínio e sentimentos às famílias.

No UOL, destaque para o projeto Arquitetura na Periferia, um grupo de mulheres que se ajuda e ensina a reformar, construir e fazer manutenção de imóveis. A matéria conta a história de mulheres que fizeram o revestimento, reboco, instalações elétricas e até de esgoto das suas casas.

Com a pandemia da Covid-19, o setor do turismo foi um dos mais afetados e está se reinventando para sobreviver. A Folha de S. Paulo conta a história de dois hostels em São Paulo. Um transformou a cozinha em delivery de açaí. O outro passou a atuar como coliving.

Barbados, no Caribe, passou a oferecer um novo visto: um visto de home office. Para quem quiser morar e trabalhar remotamente em uma ilha paradisíaca por um ano, o custo é de cerca de R$ 10 mil por pessoa.

No portal Inman, cinco dicas para criar e contar a história da sua marca (em inglês): estabeleça seus principais valores, comunicando claramente sua persona aos seus clientes; escolha três palavras vencedoras e use-as (como ousado, dinâmico, criativo); crie uma história em 30 segundos, um discurso curto pode ser o trampolim da sua marca; para que seu storytelling seja autêntico, você precisa vivê-lo e incorporá-lo na sua realidade; comprometa-se com a positividade. Essa última é uma dica para marca, mas também para pessoas: melhore seu mindset e espírito.