Imobi Report

Realiza lança proposta de ensino inovadora, que integra cursos de arquitetura e engenharia civil

Todos os dias, novos profissionais chegam ao mercado de trabalho com um olhar próprio e, muitas vezes, inovador. Não é diferente no setor imobiliário e na construção civil. Novos conceitos são uma rotina no segmento, que está olhando mais do que nunca para a sustentabilidade e o BIM, por exemplo.

Diante disso, existe um desafio para o ecossistema imobiliário: propor um equilíbrio entre esta necessária onda de inovação e a importância da experiência de mercado. Para atacar esta lacuna, uma solução disruptiva foi desenvolvida pela Realiza, escritório de arquitetura que cria projetos em todo o Brasil.

A empresa embalou sua expertise de quase 40 anos de atividades em uma proposta de ensino voltada para a formação de profissionais com visão sistêmica. Os pilares são o foco em mercado, BIM, inovação e sustentabilidade.

A ideia é que, por meio de parceria com instituições de ensino superior, seja colocado em prática um novo modelo de graduação para os cursos de Arquitetura e Engenharia Civil. A premissa é entregar para o corpo docente conteúdos e práticas que agreguem a real experiência de mercado para os estudantes.  

“Em nossa trajetória, ficou claro que o ser humano evolui a partir das interações. Todas estas interações acontecem em um palco, que são as nossas cidades e construções. Estes locais podem tornar a qualidade destas interações melhores ou piores, porém, entendemos que isso não tem sido ensinado da forma adequada. É preciso levar em conta as rápidas mudanças do mundo e as diferentes realidades de cada pessoa. Isso precisa ser ensinado desde a juventude, ou seja, há um papel importante da formação acadêmica”, afirma Frederico Carstens, sócio-diretor e CEO de Inovação da Realiza.

De acordo com Carstens, a integração é uma ferramenta essencial para aprimorar a visão dos novos profissionais. Por isso, além de apoiar as faculdades na matriz curricular, a Realiza propõe a unificação entre as turmas de arquitetura e engenharia civil nos três primeiros anos de curso. 

Neste modelo, os alunos conseguem a certificação de Tecnólogo em Construção Civil. Depois desta etapa é que eles poderão escolher qual carreira seguir. Então, ele cursa mais um ano de disciplinas exclusivas e garante seu diploma acadêmico.

 “A integração gera uma troca importante para os alunos desde o primeiro ano da faculdade, além de aproveitar a grade comum de ambos os cursos. Isso também soluciona um dilema típico do processo de formação: temos, no mercado, inúmeros arquitetos que somente no final da faculdade perceberam que queriam mesmo era ter cursado engenharia. O mesmo vale para o oposto. Com o tecnólogo, o estudante tem tempo para conhecer melhor seu propósito”, aponta Carstens.

Meta é democratizar o conhecimento 

A ideia já nasceu com parcerias fortes, como Sinduscon, Sebrae e Plannerly, referência mundial em gestão BIM. Entre os diferenciais, estão o foco em aulas remotas otimizadas, conteúdo gamificado e encontros presenciais com muita interação.

As propostas podem ser implementadas por faculdades de qualquer local do Brasil. A primeira parceria confirmada foi com a Faculdade de Pinhais (Fapi), sediada em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Os alunos que forem aprovados no próximo vestibular de arquitetura e urbanismo já encontrarão os conteúdos construídos em parceria com a Realiza.

“O processo de construção conjunta com o corpo da faculdade durou cerca de três meses. Mas é tudo muito personalizado, avaliamos caso a caso. Trabalhamos conforme a realidade da instituição de ensino e depois damos acompanhamento permanente”, pontua Carstens.

Em relação a custos, ele destaca que a parceria acontece no método “success fee”, ou seja, baseada nos resultados da instituição de ensino e sem a cobrança de um valor prévio. Desta forma a participação percentual da Realiza é definida de maneira conforme o trabalho necessário para a implantação da metodologia. Então, é repassada uma participação sobre as matrículas e mensalidades pagas pelos alunos.

“O nosso ponto de partida é o propósito de apoiar a construção de um mercado inovador. Estamos levando este conhecimento para qualquer instituição de ensino que queira disponibilizar aos seus alunos e a participação financeira é algo que não está em primeiro plano. Isso já fica claro pelo método success fee, ou seja, confiamos muito nos resultados que vão aparecer no futuro. Tivemos propostas de universidades que queriam usar nosso modelo, mas de forma exclusiva. Comercialmente, isso era muito interessante. Porém, entendemos que isso fugiria ao nosso propósito. Queremos democratizar nosso conhecimento com o maior número possível de pessoas”.