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Projetos abertos e segurança: uma equação que funciona
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Projetos abertos e segurança: uma equação que funciona

18 mai 2022
Susanna Marchionni
Susanna Marchionni
4 min
Projetos abertos e segurança: uma equação que funciona

Resumo

Susanna Marchionni relembra que o conceito de “muros altos” como sinônimo de segurança está ultrapassado e que vai muito além disso.

Segurança é um tema importante no Brasil. Importante para tudo: na hora de escolher onde morar, se vamos ou não para determinado lugar. Às vezes, é motivo para não percorrermos uma curta distância a pé. O fato é que esse tema é uma preocupação de todos, principalmente em um contexto em que a violência é pauta constante. 

Nesse cenário, o “normal” é vermos muros altos, cercas elétricas, grades e inúmeros dispositivos de segurança. O resultado? Ruas menos movimentadas, espaços públicos vazios e, ironicamente, uma localização bem menos segura. 

Essa tem sido nossa realidade há tanto tempo que não enxergamos que a solução pode não estar nos muros, nas cercas ou na exclusão de uma parte da sociedade. 

Em um momento em que cada vez mais se fala em cidades inteligentes, pessoas hiperconectadas, inovação e equipamentos smart, ao mesmo tempo insistimos nas mesmas medidas de segurança de dez, vinte, trinta anos atrás. 

Então, como podemos falar de futuro, evolução do conceito de cidade se ainda criamos esses projetos pensando somente em quem está dentro dos limites dos muros? 

Não há como falar em conceito “smart” pensando apenas na tecnologia. Ainda mais quando pensamos na tecnologia como o fim, não como um meio, uma ferramenta para beneficiar as pessoas e a sociedade por igual. 

Isso é especialmente verdade quando falamos de soluções de segurança. E isso não é só teoria. Na Smart City Laguna, a primeira cidade inteligente inclusiva do mundo, isso tem sido aplicado na prática. 

Mas. para que isso seja compreendido, é preciso que se entenda o conceito de cidade inteligente inclusiva. 

Para além do alto padrão de infraestrutura, inovação digital e social, esses projetos são pensados para atender todas as classes sociais. Ou seja, os serviços ao redor, como campo de futebol, biblioteca, cinema, ateliê de costura e tantos outros estão à serviço da comunidade, não somente dos moradores “por trás dos muros”. Até porque esses muros não existem. 

É natural que você queira ver o seu condomínio conservado, bonito, com os equipamentos funcionando. Isso pode se estender para a sua rua, que você quer ver arborizada, limpa, segura. Ou seja, quando algo é seu, você quer cuidar daquilo. 

E esse é o sentimento dos moradores da Smart City Laguna e das pessoas das comunidades vizinhas, que também utilizam as soluções inteligentes da cidade e participam da programação do hub de inovação, que inclui cursos de capacitação, atividades culturais e muito mais. 

Ok, entendo que este é um dos aspectos, mas existem outras soluções de segurança que vêm tanto do planejamento urbano quanto dos equipamentos tecnológicos, por exemplo: 

  • O conceito de mix funcional, que permite a criação de um ambiente equilibrado devido à presença de áreas residenciais e comerciais distribuídas de forma harmoniosa pela cidade. Dessa forma, é possível estimular o fluxo constante de pessoas nas ruas em diversas faixas de horário, aumentando o nível de segurança naturalmente. 
  • As ruas sem saída (ou “cul-de-sac”) são uma solução implantada nas áreas residenciais, fazendo com que haja uma interferência mínima do tráfego perto das casas, reduzindo o fluxo de carros e aumentando a segurança.
  • O Planet App, nosso aplicativo próprio e gratuito para moradores e visitantes, permite acesso às câmeras da cidade, localizadas em pontos estratégicos, além do botão SOS, que quando acionado em caso de perigo, envia a geolocalização do usuário para até 5 contatos cadastrados no aplicativo. 

Todas essas soluções estão apoiadas no pilar fundamental do projeto de cidade inteligente Planet: a inclusão social. Os espaços abertos proporcionam oportunidade para todos e geram o que considero o mais importante: o senso de pertencimento, ou seja, o envolvimento dos moradores e das pessoas do entorno. 

Isso gera impacto social positivo e revoluciona verdadeiramente a forma de morar nas cidades. Trocamos os muros e portarias por inclusão e tecnologia, pois acreditamos que a verdadeira segurança vem do pertencimento e integração das pessoas, seja qual for sua classe social, afinal, todos nós somos parte da cidade, de um jeito ou de outro. 

Somente quando percebermos que a segurança é um direito de todos é que teremos sociedades inteligentes e oportunidades mais justas. Esse é o segredo dos países mais seguros e desenvolvidos do mundo que, agora, temos a oportunidade de colocar em prática. 

Sobre Susanna Marchionni:

Susanna é a CEO da Planet Smart City no Brasil e co-fundou a empresa em 2015, ao lado de Giovanni Savio, CEO Global. Ela tem 27 anos de experiência no setor imobiliário e é a força motriz da empresa no Brasil, liderando a disseminação do conceito de cidade inteligente inclusiva no país. Susanna é responsável pela expansão da empresa no Brasil nos próximos anos.

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