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Até quando vamos construir alto padrão para uma única classe social?

Morar em um bairro tranquilo, em uma casa confortável e com toda a conveniência necessária é o sonho de qualquer pessoa. Esse é um tipo específico de “luxo” a que todos deveriam ter acesso: a qualidade de vida. 

Enquanto estamos inseridos em nossa bolha, é comum pensarmos que esse é o típico pensamento brasileiro, onde as coisas de qualidade só estão acessíveis para as classes mais abastadas. Posso dizer seguramente que não. 

Recentemente, a Disney anunciou que quer criar uma comunidade residencial, projetada pela equipe dos parques Disney. 

O projeto Storyliving by Disney, de fato, parece um sonho: a proposta traz o conforto e a beleza de um grande resort aliados ao charme e à energia calorosa de uma pequena cidade. Entre as inúmeras opções de lazer que os moradores terão acesso, o destaque é para um oásis artificial de águas cristalinas, bem no centro da cidade. 

Com tudo isso, o local certamente carregará algo de fantástico, embora a comunidade não necessariamente tenha seus prédios inspirados em obras da empresa. Ainda assim, o condomínio terá visitação aberta para turistas que adquirirem o ingresso de visita, que poderão desfrutar de atividades de entretenimento Disney o ano inteiro. 

O projeto é assinado pela construtora DMB, que já executou outros projetos de luxo nos Estados Unidos e terá capacidade para cerca de 1.900 casas em sua primeira comunidade. 

Para além da questão lúdica de morar em um empreendimento da Disney, esse tipo de moradia, com lazer e toda a conveniência dentro da comunidade, ainda é algo que se pensa para as classes mais altas. O corte ainda é para quem pode pagar e pagar muito, mesmo nos EUA, a terra das oportunidades. 

Aqui no Brasil, especificamente no Ceará, no entanto, existe uma comunidade que está quebrando esses paradigmas. 

Imagine só, casas bem planejadas, feitas para famílias viverem com conforto, ruas com infraestrutura de alto padrão, com piso intertravado, resistente ao tempo e às chuvas. 

E, além disso, equipamentos de lazer em diversos pontos estratégicos, academia ao ar livre, bicicletas compartilhadas e vários espaços e serviços também compartilhados. 

A Smart City Laguna é um projeto que a Planet Smart City construiu do zero em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, e contempla tudo isso e muito mais. 

No Hub de Inovação, logo na entrada da cidade, é possível desfrutar de entretenimento e serviços gratuitos à disposição da comunidade, como biblioteca, cinema, espaço saúde e uma série de cursos e eventos que acontecem semanalmente. 

No centro de tudo isso, duas lagoas artificiais dão o nome “Laguna” ao projeto e fazem parte do equipamento de lazer da cidade inteligente. 

No entanto, existem algumas grandes diferenças que separam a Smart City Laguna do Storyliving by Disney, e não estou falando do entretenimento lúdico. 

Não existe ingresso para visitar a Smart City Laguna, nem para entrar no Hub de Inovação, muito menos para participar dos cursos e eventos que são promovidos mensalmente. Qualquer pessoa da comunidade, moradora ou não, pode se qualificar, aprender uma nova habilidade, um novo idioma e buscar oportunidades melhores.

As casas também são acessíveis para quem deseja morar com mais qualidade de vida, afinal, esse luxo, todos deveriam conseguir bancar. É não só gratificante, mas também emocionante ver cada pessoa recebendo as chaves e realizando um sonho que antes achavam não ser possível.  

Quando vejo esses e outros projetos de encher os olhos como o da Disney, me pergunto: até quando vamos projetar qualidade de vida apenas para as classes mais altas? Até quando vamos destinar a infraestrutura de alto padrão somente para uma classe social? 

Quando percebermos que a verdadeira segurança não está nos muros altos e nas cercas elétricas, e sim na inclusão e na oportunidade, independente da classe social, aí sim teremos ruas seguras, vizinhanças mais tranquilas.

A Planet Smart City não constrói pensando em classe social. Costumo dizer que construímos para classes de A a Z. Infraestrutura não tem classe social, assim como lazer, educação ou qualidade de vida também não têm.

Quando algo é de todos, todo mundo quer cuidar e zelar por aquilo, seja uma quadra de esporte, um equipamento de lazer ou um simples livro. E vou além: quando alguém se sente parte de algo, parte de uma comunidade (ainda que não more ali de fato), aí sim podemos falar em uma terra de oportunidades. 

Uma cidade inteligente vai muito além da tecnologia presente em seus equipamentos. Ela deve estar presente, sim, mas como um meio para beneficiar um fim, que deve ser sempre o mesmo: as pessoas. 

Essa é a missão dos projetos da Planet e nossa responsabilidade como provedores de habitação.