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Pesquisa do Amazonita Clube retrata efeitos da pandemia sobre profissionais do setor imobiliário
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Pesquisa do Amazonita Clube retrata efeitos da pandemia sobre profissionais do setor imobiliário

21 ago 2021
Redação Imobi
Redação Imobi
4 min
Pesquisa do Amazonita Clube retrata efeitos da pandemia sobre profissionais do setor imobiliário

Resumo

Efeitos da pandemia da Covid-19 para profissionais do setor imobiliário tem sido intenso e tende a durar, mostra pesquisa do Amazonita Clube.

O impacto da pandemia da Covid-19 para os profissionais do setor imobiliário tem sido intenso e tende a durar, mostra uma nova pesquisa do Think Tank Amazonita Clube, núcleo estratégico do grupo Mulheres do Imobiliário. O estudo ouviu 129 pessoas ativas no mercado entre os dias 2 e 18 de julho e constatou que, para a maioria, a carga de trabalho aumentou, a remuneração se manteve ou subiu, e a carreira está em evolução. Na vida pessoal, a saúde mental aparece como o maior ponto de atenção.

Quase 88% dos consultados pela pesquisa ‘Impactos da pandemia sobre os profissionais do mercado imobiliário’ do Amazonita Clube são mulheres. Apesar da predominância feminina, os dados permitem identificar um conjunto de diferenças nas realidades experimentadas pelos diferentes gêneros. 

Mulheres do Imobiliário

Destaques do estudo

Os números da sondagem deixam clara a dimensão dos  impactos da pandemia: 86% dos respondentes dizem tê-los. Esse é um aspecto compartilhado em medida praticamente igual entre homens e mulheres.

Por outro lado, quando se trata de forte impacto, as mulheres se manifestam mais. Há uma diferença de quase dez pontos percentuais nesse quesito ao se compararem as respostas de mulheres e homens, o que mostra que as profissionais do setor foram amplamente afetadas pela pandemia.

Em que dimensão a pandemia de Covid-19 impactou sua vida profissional?


Entre todos os profissionais ouvidos Entre as mulheres Entre os homens
Não impactou 14,0% 14,2% 12,5%
Impactou um pouco 40,3% 38,9% 50,0%
Impactou fortemente 45,7% 46,9% 37,5%

O tempo dedicado ao trabalho aumentou para a maioria dos profissionais do setor, como narram cerca de 61% dos ouvidos pela enquete. Apesar de, entre os homens, esse aspecto ser ainda mais presente (aproximadamente 69% dos respondentes), as mulheres que agora se dedicam ao trabalho por ‘muito mais tempo’ representam mais do que o dobro da fatia masculina que revela o mesmo. 


Na comparação com o período pré-pandemia, você agora trabalha:


Entre todos os profissionais ouvidos Entre as mulheres Entre os homens
Muito menos tempo 6,1% 7,1% 0,0%
Menos tempo 12,3% 12,4% 12,5%
A mesma quantidade de tempo 20,7% 20,4% 18,8%
Mais tempo 36,2% 33,6% 56,3%
Muito mais tempo 24,7% 26,5% 12,5%

A maioria diz que sua remuneração se manteve (38%) ou até aumentou (33,3%) no decorrer da pandemia do novo coronavírus. Por outro lado, quase 29% viram seus proventos diminuir no período. Entre os homens ouvidos, a fatia que reporta queda de renda é menor (na casa de 19%). Destaca-se que as maiores reduções de remuneração aconteceram entre as mulheres (30,1%) em comparação com os homens (18,8%), o que reforça que a pandemia impactou ainda mais as mulheres no aumento da jornada de trabalho e na diminuição da renda. 


Na comparação com o período pré-pandemia, a remuneração do seu trabalho está:


Entre todos os profissionais ouvidos Entre as mulheres Entre os homens
Muito menor 9,3% 10,6% 0,0%
Menor 19,4% 19,5% 18,8%
Igual 38,0% 36,3% 50,0%
Maior 27,1% 26,5% 31,3%
Muito maior 6,2% 7,1% 0,0%

A maioria (aproximadamente 66%) dos entrevistados para a pesquisa relata ter recebido apoio de suas empresas na pandemia, em diferentes intensidades. Entre os homens, esse suporte é mais reportado (87,5%). A jornada múltipla feminina de trabalho ainda pode estar invisibilizada pelas empresas e a diferença nos percentuais de apoio pode ser um reflexo disso.

A análise das executivas e empreendedoras do Think Tank Amazonita Clube a respeito do período identificou um aumento da procura feminina por cargos com melhores remunerações, especialmente entre as gerações mais jovens. O grupo também confirmou, a partir das experiências em suas respectivas empresas, que um significativo volume de mulheres buscou os caminhos de apoio corporativo oferecidos na pandemia.

A maior parte dos profissionais (cerca de  67%) afirma que sua carreira está em evolução durante o período da pandemia. Por outro lado, segundo 7%, houve retrocesso. 

Um pouco menos da metade dos ouvidos diz que continua no mesmo cargo ocupado antes da pandemia e 10% revelam promoção recente – movimento mais citado pelas mulheres do que pelos homens (10,6% versus 6,3%). Na amostra, as demissões, relatadas por 6,2%, todas foram mulheres. Além disso, quase 11% sinalizam ter aberto um novo negócio, com predominância de respostas femininas nesse quesito.


Em termos práticos, o que ocorreu na sua carreira durante a pandemia?


Entre todos os profissionais ouvidos Entre as mulheres Entre os homens
Fui demitida/o/e 6,2% 7,1% 0,0%
Continuo no mesmo cargo 45,7% 42,5% 68,8%
Troquei de emprego 14,7% 14,2% 18,8%
Fui promovida/o/e 10,1% 10,6% 6,3%
Abri um novo negócio 10.,% 11,5% 6,3%
Estou em Transição de Carreira 12.,% 14,2% 0,0%

Uma fatia expressiva dos consultados (47%) indica que os desafios para conciliar as vidas pessoal e profissional aumentaram. Entre as mulheres, esse tipo de resposta é mais prevalente. Para um grupo um pouco menor, de 41%, os desafios seguiram parecidos.

A imensa maioria (cerca de 94%) reconhece que houve impactos da pandemia sobre a vida pessoal. 

A saúde emocional parece ter sido o elemento mais afetado na vida pessoal, conforme 41%. Esse ponto é muito mais lembrado pelas mulheres (43,4%) do que pelos homens (25%). Em seguida, aparecem a harmonia familiar e a divisão de tarefas (20,1%).

Os efeitos da pandemia, para mais da metade da amostra, tendem a ser de médio e longo prazos. Outros 38% apontam para impactos limitados ao curto prazo.

A amostra consultada para a pesquisa do Amazonita Clube  é composta por 87,6% de mulheres e 12,4% de homens e está distribuída entre diversos ramos de atuação no setor imobiliário, o que indica diversidade e representatividade real do mercado. Entre os homens ouvidos, houve maior concentração no segmento de gestão (aproximadamente 44% do total dos respondentes masculinos).

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