Hora da recuperação: Caixa retoma financiamento de até 80% do imóvel

Resumo
O Governo Federal lançou um novo modelo de crédito imobiliário para ampliar o acesso à moradia da classe média, elevando o teto do SFH de R$ 1,5 mi para R$ 2,25 mi e retomando o financiamento de até 80% do valor do imóvel. A medida moderniza o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, reduzindo gradualmente o depósito compulsório e estimulando a concorrência bancária. A expectativa é financiar 80 mil imóveis até 2026, com juros limitados a 12% ao ano + TR. Para o setor, a mudança aquece o mercado; já bancos privados temem perda de rentabilidade e menor atratividade no crédito de longo prazo.
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O Governo Federal lançou um novo modelo de crédito imobiliário com o objetivo de aquecer o mercado e ampliar o acesso à moradia para a classe média, com renda familiar superior a R$ 12 mil. A medida eleva o teto para financiamentos dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Além disso, a Caixa retoma o financiamento de até 80% do valor do imóvel, percentual que havia sido reduzido para 70% em novembro de 2024. Esta redução na exigência de entrada representa uma oportunidade para o resgate de clientes que não concluíram a compra por falta do capital.É hora de recuperar clientes no CRM. (Imobi Report)
A principal alteração estrutural está nas regras do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), a principal fonte de recursos (funding) para o crédito imobiliário. Atualmente, os bancos são obrigados a direcionar 65% dos depósitos da poupança para o financiamento de imóveis, manter 20% como depósito compulsório no Banco Central e 15% para uso livre. A reforma propõe o fim gradual do depósito compulsório ao longo de dez anos, começando com uma redução de 20% para 15% ainda este ano. (G1)
Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, a mudança permitirá que a Caixa financie 80 mil novos imóveis até 2026, com juros limitados a 12% ao ano mais Taxa Referencial (TR), patamar abaixo da Selic, atualmente em 15% ao ano. A nova regra também visa aumentar a competição, permitindo que bancos que não captam poupança possam emitir instrumentos como LCIs e CRIs para oferecer crédito habitacional em condições equivalentes às de grandes bancos.
Para a Abrainc, a medida é um marco importante que irá facilitar a compra da casa própria pela classe média e impulsionar o mercado imobiliário. Por outro lado, o principal temor dos bancos privados é que o direcionar a totalidade dos recursos da poupança para o SFH, que tem taxas limitadas, o modelo eliminaria a parcela destinada ao Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que não possui limitação de taxas. Em um cenário de juros altos, essa rigidez pode tornar as operações de longo prazo menos atrativas e, paradoxalmente, desestimular a concessão de crédito em vez de ampliá-la. (Globo, Valor)
Vendas e Locação
Movimento de imobiliárias gaúchas pode gerar cerca de R$ 3 bi em vendas. A Suder Negócios Imobiliários está se tornando uma franquia imobiliária da Auxiliadora Predial. Juntas, as empresas somam forças para oferecer um ciclo de negócios completo, atendendo às mais diversas necessidades dos seus clientes. Em números, a Auxiliadora Predial deve alcançar a marca de mais de R$ 2,6 bilhões em VGV neste ano, enquanto a expectativa da Suder é ultrapassar os R$ 150 milhões em negócios. Somadas, as empresas deverão se aproximar da marca de R$ 3 bilhões em vendas combinadas até o final de 2025. (Imobi Report)
O mito do vendedor nato. Em artigo para o Imobi Report, o fundador da JBA, Ilso José Gonçalves, enfatiza que a profissão do corretor de imóveis exige preparo, visão analítica e domínio de ferramentas tecnológicas; além de conhecimentos sobre direito imobiliário e sistema tributário. Na JBA, são realizados, em média, 10 treinamentos mensais para corretores de imóveis do time. Os treinamentos se somam aos encontros dos programas Jornada do Conhecimento e Trilha do conhecimento, voltados à capacitação e atualização profissional. (Imobi Report)
A Geração Z está redefinindo as prioridades do mercado imobiliário. Segundo o diretor superintendente da APSA e vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, para esse público, a flexibilidade e a experiência de morar superam o desejo pela posse do imóvel. Como resultado, cresce a demanda por aluguel, coliving e unidades compactas que ofereçam serviços digitais e práticas de sustentabilidade. De acordo com a administradora APSA, 30% dos contratos de locação já são fechados por esse grupo, sinalizando que o futuro do setor será cada vez mais centrado na experiência do morador, e não na propriedade em si. (Imobi Report)
Imobiliária impulsiona desenvolvimento da cidade. A Clarim Imóveis, de Campo Largo (PR), participa ativamente de projetos estratégicos, como o City Center Outlet, e integra o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico. Segundo a COO Fabiane Guiraud, a estratégia é unir o crescimento econômico à preservação ambiental, fomentando um ciclo virtuoso onde a geração de empregos impulsiona a demanda por empreendimentos residenciais, fortalecendo a economia local de forma sustentável. (Imobi Report)
Locação em Alta Performance. O novo artigo no blog da CUPOLA esclarece que a gestão de uma operação de locação é comparada a uma maratona, exigindo resistência, estratégia e visão de longo prazo para superar desafios como inadimplência, baixa captação e mudanças tributárias. Nesse cenário, a liderança se torna o pilar fundamental para garantir a consistência e a rentabilidade do negócio. Eventos como a Maratona do Aluguel, focados em capacitação, buscam fortalecer os gestores com estratégias práticas e networking, reforçando que, para além da tecnologia e dos processos, um líder bem preparado é o que define o ritmo e garante o sucesso da operação. (CUPOLA)
Corrida pela IA repete padrões clássicos de bolhas financeiras: trilhões investidos, promessas grandiosas e entregas modestas. Isso é o que aponta o levantamento realizado pela Alpop a partir de diversas fontes. Para o mercado de locação, que começa a adotar IAs autônomas para crédito, risco e gestão de contratos, o alerta é o mesmo: sem separar hype de valor real, o risco é de desperdício massivo e frustração tecnológica. A bolha atual já é 17 vezes maior que a das “dot-com” e quatro vezes a do subprime, com US$ 400 bi gastos em 2025 e projeção de US$ 3 tri até 2028 — mas 95% dos projetos customizados não geram resultados no mundo corporativo. A adoção é alta; a transformação, baixa. (IA Brasil)
Em SP, valor do m² de apartamentos de um quarto supera unidades maiores. O aluguel do m² para apartamentos de um dormitório atingiu um marco inédito em São Paulo, superando, pela primeira vez, a marca de R$ 85. A informação é do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. Esta valorização coloca as unidades menores (incluindo microapartamentos) em patamares muito acima dos imóveis maiores: o valor do m² dos apartamentos de um quarto é 40% superior ao de unidades com dois ou três dormitórios, que giram em torno de R$ 60/m². Apesar do preço alto, a valorização anual desse tipo de imóvel tem acompanhado a média da cidade, crescendo pouco mais de 7% nos últimos 12 meses. No geral, o preço médio do m² para aluguel em São Paulo alcançou R$ 69,5 em setembro, registrando um aumento de 0,5% em relação ao mês anterior. (QuintoAndar)
⚖️ Reforma tributária pode levar anfitrião do Airbnb a virar PJ (Folha)
🗣️ Especulação interfere no preço de aluguéis comerciais (G1)
Construção e Incorporação
O método MRV de formar corretores de alta performance. No episódio do Modo Avião desta semana, o CEO da CUPOLA, Rodrigo Werneck, conversa com o vice-presidente comercial da MRV, Thiago Ely. Eles abordam os bastidores da transformação comercial de uma das maiores construtoras do país. Com uma sólida trajetória na Ambev, Thiago compartilha como está aplicando metodologias de gestão, eficiência e cultura de performance no mercado imobiliário. A conversa explora como esses princípios estão moldando uma nova geração de corretores na MRV. (Imobi Report)
Desempenho das incorporadoras no 3º trimestre de 2025. A Cyrela se destacou com um aumento de 38% nos lançamentos, atingindo um VGV de R$ 3,41 bilhões, impulsionado pelo segmento de alto padrão. A Plano&Plano também apresentou números robustos, com VGV de R$ 2,1 bilhões, um crescimento de 99% na comparação anual. Por outro lado, a Tenda registrou uma queda de 25% nas vendas líquidas em relação ao mesmo período do ano anterior. Em um caso extremo, a PDG Realty viu seu valor de mercado encolher para menos de R$ 300 mil, valor inferior ao de um apartamento do Minha Casa, Minha Vida, evidenciando a polarização do setor. (Valor Econômico, InfoMoney, Money Times, Estadão)
As empresas não estão preparadas para a complexidade da reforma tributária. Durante o evento Incorpora 2025, o presidente do Secovi-SP, Ely Wertheim, afirmou que os empresários ainda não dimensionaram a dificuldade de adaptação às novas regras do IVA, que entram em fase de teste em 2026. A avaliação consensual é que o cronograma de adequação já está atrasado, o que pode gerar prejuízos significativos a curto prazo devido à complexidade na operacionalização de novas regras, como o redutor de ajuste. (UOL, Folha)
Descompasso entre empresas e poder público nos loteamentos urbanos. O setor de loteamentos, responsável por cerca de 80% das áreas urbanizadas no Brasil segundo a Aelo, enfrenta desafios históricos e conjunturais. A falta de parceria com o poder público no passado resultou em desordenamento urbano, enquanto o cenário atual de juros altos dificulta o financiamento de obras, já que o segmento não tem acesso a recursos da poupança ou do FGTS. Para contornar o problema, as loteadoras têm recorrido cada vez mais ao mercado de capitais, por meio da emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), e a parcerias com construtoras para viabilizar o financiamento aos compradores de terrenos. Essa nota foi produzida com a curadoria do CUPOLA Vision, clube de negócios imobiliários para quem quer vender para investidores. (Estadão, Valor Econômico)
😯 Maior projeto do país terá 80 mil moradores até 2030 (Estadão)
🥷 Construtoras burlam veto a Airbnb em condomínios (UOL)
🧱 Novos arranha-céus criam ‘muros’ na paisagem de SP (Folha)
🏖️ Efeito Balneário Camboriú valoriza cidades vizinhas (Estadão)
Estamos de olho
Grupo habitação cresce em setembro. Após recuar 0,90% em agosto, o grupo Habitação registrou uma forte alta de 2,97% nos gastos das famílias brasileiras em setembro, o que representa o maior resultado para o mês desde 1995 (quando subiu 4,51%), segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo IBGE; esse significativo aumento em Habitação foi o principal responsável pela taxa do IPCA do último mês, contribuindo com 0,45 ponto percentual para a inflação geral de 0,48%. (UOL)
Suspeito de lavagem de dinheiro usou a Faria Lima para ocultar imóveis. No centro da investigação que apura um esquema de lavagem de dinheiro para o PCC, a Receita Federal descobriu que Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, tentou esconder R$ 57 milhões em imóveis através de manobras financeiras com gestoras da Faria Lima; especificamente, 22 propriedades — incluindo casas de alto padrão, armazéns, postos e motéis em São Paulo — foram vendidas “no papel” por uma empresa ligada à esposa de Mourad para o Fundo de Investimento Imobiliário Los Angeles, administrado pela gestora Reag, que agora também é alvo de investigação junto com o Primo por ocultar este vasto patrimônio imobiliário. (UOL)
Embaixadas se desdobram para locar imóveis para a COP30. A proximidade da COP30 está gerando um aquecimento sem precedentes no mercado de aluguel por temporada em Belém (PA). Com a rede hoteleira sem vagas, embaixadas de países como China, Noruega e Dinamarca estão alugando apartamentos e até prédios inteiros para acomodar suas delegações. A alta demanda inflacionou os preços, com diárias de apartamentos de três quartos chegando a R$ 12 mil. O movimento cria um mercado paralelo e leva moradores a desocuparem seus imóveis temporariamente para gerar uma renda extra durante o evento. (UOL)
🔧 Governo lança programa de reforma com crédito de até R$ 30 mil (InfoMoney)
🏘️ Moradia popular deve estar no centro da inovação urbana (Valor Econômico)
🔨 Construção off-site já é usada em 64,5% dos processos no Brasil (Estadão)
🌃 Moradores da Vila Mariana temem avanço dos empreendimentos (UOL)
Agenda
A CUPOLA e a CredAluga realizam a Maratona do Aluguel 2026. O evento online e gratuito foi desenhado para preparar imobiliárias para a alta temporada de locação de janeiro e fevereiro. O encontro acontece no dia 23 de outubro de 2025, a partir das 9h, e contará com a entrega de conteúdos práticos e o lançamento de um plano de treinamento de 8 semanas focado na performance de locação. Participe e garanta que sua equipe esteja pronta para maximizar os resultados do início do ano. (Maratona do Aluguel)
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