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News do Imobi: Justiça proíbe QuintoAndar de cobrar taxa de serviço e taxa de reserva de inquilinos
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News do Imobi: Justiça proíbe QuintoAndar de cobrar taxa de serviço e taxa de reserva de inquilinos

09 abr 2024
Última atualização: 04 setembro 2024
Redação Imobi
Redação Imobi
11 min
News do Imobi: Justiça proíbe QuintoAndar de cobrar taxa de serviço e taxa de reserva de inquilinos

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O QuintoAndar não deve cobrar a taxa de serviço e a taxa de reserva dos locatários de imóveis, segundo decisão proferida pelo Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, na semana passada. A sentença foi emitida pela 5ª Vara Empresarial da Comarca da Capital em resposta a uma Ação Civil Pública, ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. 

A juíza substituta, Elisabete Franco Longobardi, observou que essas taxas ferem, inicialmente, o Código de Defesa do Consumidor, por serem consideradas “venda casada” e não possibilitarem a recusa dos serviços – uma vez que constam no contrato de adesão, de forma compulsória. A magistrada afirmou ainda que as cobranças desrespeitam a Lei da Locação, pois a obrigação de pagar as taxas de administração das imobiliárias recai sobre o locador. Nesse caso, o QuintoAndar demanda um encargo extra pelo serviço de intermediação, uma vez que já existe a remuneração paga pelo locador. 

Em caso de descumprimento da decisão, o QuintoAndar está sujeito à multa de R$ 1 mil por infração cometida. Além disso, a empresa foi condenada a pagar o valor em dobro e devidamente atualizado a cada locatário (ou pretendente à locação) que tenha arcado com essas taxas. A juíza ainda concedeu danos morais coletivos, no valor de R$ 200 mil, montante que será revertido ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados.

A taxa de serviço é cobrada mensalmente, no valor equivalente a 2,2% do aluguel. Já a taxa de reserva – que é cobrada para que eventuais outras propostas e visitas ao imóvel fiquem suspensas até que o interessado reúna a documentação necessária ao contrato de locação – corresponde a 10% do valor do aluguel. Invariavelmente, a perda desses valores impacta a receita da empresa. A sentença também abre precedente para que locatários que se sentirem lesados busquem por ressarcimento. Assim, os prejuízos relacionados à decisão podem ser significativos.    

Atualização em 25 de abril de 2024:

A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a sentença que impedia a cobrança das taxas de serviço e de reserva pelo QuintoAndar. Em sua decisão, emitida no dia 24 de abril, o desembargador Adriano Celso Guimarães considerou a relevância da fundamentação apresentada pela empresa, diante do risco de dano grave ou de difícil reparação.

O QuintoAndar emitiu a seguinte nota sobre o assunto:  “O QuintoAndar celebra a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que permite a manutenção dos serviços prestados pela empresa a inquilinos, facilitando a vida de quem busca um lar para morar. Ao manter a remuneração da plataforma digital pelos serviços oferecidos aos seus usuários, a decisão também permite que a empresa siga desenvolvendo e investindo cada vez mais em soluções que introduzem simplicidade, agilidade e comodidades à jornada digital imobiliária, além de reforçar e incentivar a livre iniciativa, a liberdade econômica e o empreendedorismo tecnológico no Brasil”.

Vendas e Locação

São Paulo vendeu 79,2 mil imóveis novos nos últimos 12 meses – crescimento de 12% ante o mesmo período no ano anterior. Segundo pesquisa do Secovi-SP, o Valor Geral de Vendas dessas transações ultrapassou R$ 45,3 bilhões, aumento de 31%. Em fevereiro, foram vendidas 6.600 unidades residenciais novas na capital, número 42% maior do que no mesmo mês de 2023 e 17,8% superior ao registrado em janeiro deste ano. Os lançamentos somaram 4.467 unidades, alta expressiva de 156% em relação ao ano passado e de 54,7% na comparação com janeiro.

R$ 2 trilhões para zerar o déficit habitacional. Esse é o investimento estimado para fornecer moradia às 6,3 milhões de pessoas que vivem atualmente em imóveis inadequados, além de atender à demanda de 6,6 milhões de habitações que irá surgir na próxima década. O MCMV, principal estratégia do governo na área da habitação, prevê orçamento de R$ 394 bilhões até 2026, aquém do necessário para enfrentamento ao problema. Nesta semana, o presidente Lula vai lançar 110 mil casas do MCMV para as populações rural, quilombola e indígena. O governo também pretende apresentar propostas para impulsionar o crédito ao setor imobiliário.

Preço dos imóveis acelera. O índice FipeZAP para venda de imóveis residenciais aumentou 0,64% em março, superando os três meses anteriores, com altas de 0,29%, 0,36% e 0,49%. Curitiba lidera com o maior aumento no mês entre as capitais, de 1,99%, seguida por São Paulo, com 0,51%. Balneário Camboriú (SC) reafirma a sua posição como a cidade com o metro quadrado mais caro do país, atingindo R$ 12,9 mil; seguida de perto por Itapema, também em Santa Catarina (R$ 12,76 mil). O quadro contrasta com a realidade das metrópoles marcadas pela insegurança e pela violência. No Rio de Janeiro, áreas como a Praça Seca sofrem desvalorização, evidenciando os impactos financeiros da criminalidade, conforme apontado pelo Secovi local. Além disso, em São Paulo, a proximidade da Cracolândia e da Favela do Moinho influencia o valor das desapropriações de imóveis para construção de um novo centro administrativo estadual.

Variação dos aluguéis. Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), da FGV, aponta para uma desaceleração em março, com aumento de 1,06% (inferior ao 1,79% do mês anterior). Entretanto, no acumulado de 12 meses, a aceleração ficou acima da média da inflação, com alta de 8,48%. Segundo o coordenador do FGV/Ibre, André Braz, essa tendência sugere uma resiliência nos preços dos serviços de locação, particularmente visível em cidades como o Rio de Janeiro, onde o Ivar saltou de 3,63% para 5%. Por outro lado, houve desaceleração em cidades como São Paulo (a taxa caiu de 2,95% para 0,64%) e Belo Horizonte (redução de 6,41% para 3,75%). Barueri é a cidade com o aluguel mais caro do Brasil, com o metro quadrado avaliado em R$ 59,95, segundo o Índice FipeZAP.

No Modo Avião desta semana, você confere o bate-papo com o consultor de imobiliárias João Lacerda. O profissional foi campeão de vendas na Casa Mineira, já formou dezenas de corretores e possui ampla bagagem em gestão de imobiliárias. Além disso, fundou o Instituto RAMPA, que ajudou mais de 1400 clientes em consultorias.

Também já está disponível o episódio desta semana do podcast Vem pra Mesa, do especialista Sergio Langer. O entrevistado é Diogo Westphal de Oliveira, fundador do DWV, marketplace que conecta incorporadoras aos corretores e imobiliárias.

Conversão nas mídias sociais. O Imobi Report entrevistou os mais prestigiados corretores de imóveis do Brasil para uma série especial de conteúdos a partir desta semana. Ricardo Martins, Sophia Martins, Guilherme Wohlke e Guilherme Machado utilizam as mídias sociais para promover suas marcas pessoais e fortalecer relacionamentos com potenciais clientes. Na matéria desta semana, eles contam como e se a exposição nas plataformas digitais converte-se em negócios. E para saber um pouco mais sobre o universo da corretagem, a pesquisa sobre a “Formação dos corretores de imóveis no Brasil”, promovida pela CUPOLA e pelo Ibrep, continua com o levantamento sobre esses profissionais. Se você ainda não respondeu aos questionamentos, participe e contribua com a elevação da educação imobiliária. 

Construção e Incorporação

Corretora se torna influenciadora ao criticar grandes torres. Os vídeos de Tamara Stief, de São Paulo, viralizaram quando ela passou a defender prédios antigos, apartamentos clássicos e a lamentar a transformação da cidade. Ela acredita que os prédios antigos terão mais valor no futuro, contrapondo-se à uniformidade dos modernos. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, vetou o aumento da altura de prédios nos miolos de bairros, previsto na revisão da Lei de Zoneamento da cidade, o que deve ser analisado pelos vereadores nas próximas semanas. O mercado imobiliário pede que os vereadores derrubem o veto, enquanto a gestão municipal afirma que o objetivo é reverter o movimento de estagnação na ocupação em áreas próximas a corredores de ônibus e estações de metrô e trem. 

Falta de mão de obra é desafio à construção civil. Embora as previsões para 2024 sejam otimistas, empresários da construção civil estão preocupados com um possível apagão de profissionais qualificados. Um levantamento do Sintracon-SP afirma que há uma carência de 30 mil trabalhadores da área somente em São Paulo. Para contornar o problema, o Sinduscon-SP defende que é preciso acelerar a industrialização do setor. O envelhecimento da mão de obra e o desestímulo à entrada de jovens na área agravam o panorama atual. No 98º ENIC | Engenharia & Negócios, realizado na semana passada, também foram apontados como desafios à área a urbanização acelerada e o aumento da demanda por moradias. Os empresários ainda abordaram as preocupações relacionadas aos impactos da reforma tributária na construção e no mercado imobiliário.

Sustentabilidade para atrair multinacionais. O setor imobiliário começa a seguir uma tendência global do mundo corporativo, apresentando soluções sustentáveis que visam à diminuição da pegada de carbono. De acordo com a iniciativa Architecture 2030, o ecossistema é responsável por 42% das emissões relacionadas à energia. Com isso, algumas multinacionais assumiram o compromisso de ocupar apenas edifícios com zero emissões até 2030. O Green Building Council Brasil, organização não-governamental que visa fomentar a construção sustentável no país, destaca que a construção de casas sustentáveis no Brasil aumentou 40% em 2023, na comparação com o ano anterior.

Lista da Forbes conta com 46 magnatas da construção. O setor marcou presença na lista de bilionários da publicação. Entre os mais ricos do segmento, quem lidera o ranking é Diane Hendricks. Aos 77 anos, a empresária acumula um patrimônio de US$ 20,9 bilhões. Ela é presidente da ABC Supply, fornecedora de insumos para o setor. No ranking geral, ocupa a 92º posição. Também figuram na listagem o investidor e dono da Orascom Construction, Nassef Sawiris, com patrimônio de US$ 8,8 bilhões, e Anthony Bamford, um dos donos da JCB, fabricante de equipamentos de construção, com patrimônio de US$ 7,5 bilhões.

Techs

IA para otimização do marketing imobiliário. A Arbo Superlógica lançou um produto que faz uso de inteligência artificial para aperfeiçoar e agilizar o marketing digital das imobiliárias. A plataforma chamada “Inteligência de Marketing” evidencia as características fundamentais para atração de leads qualificados, levando-se em consideração parâmetros do Google e boas práticas de marketing. A plataforma ainda traz a produção de peças para anúncios em redes sociais e ferramentas de avaliação de cada anúncio, entendendo o potencial de performance de cada listing. O objetivo da plataforma é conferir agilidade e simplificar as rotinas de marketing das imobiliárias, além de gerar valor a todos os envolvidos. 

Chatbot esclarece dúvidas sobre produtos financeiros. A Loft lançou um chatbot que também utiliza inteligência artificial para auxiliar os executivos de venda da empresa a tirarem dúvidas das imobiliárias sobre fiança locatícia e outros produtos financeiros da CredPago. A ferramenta deve reduzir o tempo dessas consultas de 15 minutos para 1 minuto.

Inovação para o mercado imobiliário no SXSW. Artigo assinado pelo managing partner da Terracotta Ventures, Marcus Anselmo, destaca as similaridades e diferenças entre Brasil e EUA na implantação de inovações no mercado imobiliário. De acordo com o executivo, ambos os países enfrentam desafios na escalabilidade de tecnologias. Além disso, a tendência de residência como serviço, já consolidada nos EUA, mostra potencial para crescimento no mercado brasileiro. 

Mundo

Arranha-céu em Taiwan com amortecedor sísmico. O sistema é composto por um pêndulo de 5,5 metros e 660 toneladas, que ocupa dois andares. Esse dispositivo absorve as oscilações provocadas por tremores, como o que ocorreu na ilha na semana passada. Em alguns vídeos que viralizaram, o prédio aparece movendo-se, mas sem afetar sua estrutura.

Primeira queda, em uma década, no preço dos imóveis na Europa. Conforme dados divulgados pelo Eurostat, os preços dos imóveis residenciais diminuíram 0,3% na União Europeia e 1,1% na zona euro em 2023. O mercado alemão foi um dos mais impactados, com queda significativa de 8,4%. Essa tendência de queda reflete uma mudança no cenário econômico e pode ter implicações importantes para os setores financeiro e imobiliário no continente.

Guerra em Gaza completa seis meses, com 88 mil construções afetadas. Dados da ONU indicam que 35% das edificações na região foram destruídas ou danificadas no conflito. Prédios residenciais, hospitais, escolas e sedes de veículos de imprensa estão entre os locais atingidos. O governo israelense nega ataques contra civis.

Estamos de olho

“Built to suit”.  Esse modelo contratual aplica-se às operações em que uma parte deseja ocupar o imóvel para desenvolver suas atividades operacionais (o contratante), mas o imóvel demanda investimento para a ocupação desejada, geralmente realizado pelo proprietário (a contratada). A segurança jurídica desse tipo de locação depende de atenção. Estabelecer limites claros para revisão contratual e ter transparência sobre os valores envolvidos é fundamental para garantir a integridade do negócio.

Locatária será indenizada por vazamento. A Elmo Engenharia, responsável pela construção do imóvel, foi condenada a indenizar a locatária. O vazamento causou danos nos móveis e aborrecimentos à inquilina. A empresa argumentou falta de legitimidade da locatária para processá-la, mas o TJDFT considerou que era dever da inquilina conservar o imóvel. A indenização foi fixada em R$ 5,36 mil por danos materiais e R$ 3 mil por dano moral.

Empresa planeja crescer 30% com investimento em condomínios universitários. A Share Student Living decidiu apostar em modelo popular no exterior: o Student Living. Os conjuntos residenciais são exclusivos para estudantes, construídos próximos à universidades, com área de estudos, academia e gerência de operações próprias.

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