“Inverno das startups” tem efeito reduzido no mercado imobiliário
Resumo
Mapa produzido pela Terracotta Ventures revela aumento no número de startups imobiliárias. QuintoAndar e Loft também mostram resiliência.
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As startups e empresas de tecnologia vêm enfrentando dificuldades há algum tempo por conta da restrição na captação de investimentos. No entanto, especificamente no mercado imobiliário, o cenário é menos desfavorável e o número de novas companhias ativas vem crescendo.
Proptechs e construtechs, como são chamadas as startups focadas em soluções para os segmentos imobiliário e construtivo, somavam 1.068 empresas em todo o Brasil no final de 2022, o que representa um crescimento de 11,8% no comparativo com o registrado no ano anterior. A mortalidade destas startups também caiu significativamente, ficando em 5,2%, contra 11,9% computados em 2021.
Esta é uma das conclusões 7º Mapa de Construtechs e Proptechs, divulgado pela Terracotta Ventures, empresa de venture capital nos mercados imobiliário e de construção civil.
A maior parte das startups presentes no mapa ainda está buscando ampliar sua participação de mercado. Porém, algumas companhias de atuação consolidada também atravessam momento positivo.
Resiliência é simbolizada pelo momento da Loft
Um exemplo da resiliência do setor de tecnologia no mercado imobiliário foi dado recentemente pela Loft. A companhia anunciou um aumento de 40% em sua receita no acumulado de 12 meses encerrado em março de 2023, na comparação com igual período diretamente anterior.
De acordo com Marcel Regis, COO da Loft desde junho de 2022, o crescimento se deve a diversos fatores, como o aumento da eficiência operacional, foco da equipe e ajustes de custos – as verticais de reformas e de aluguéis curtos foram encerradas . “Fizemos um trabalho de priorização, com um forte aumento do nosso foco no segmento B2B”, complementa Regis.
Entre os destaques aparece o total de transações fechadas com intermédio das imobiliárias parceiras da Loft, que teve um crescimento de 85% no primeiro trimestre de 2023. Também chamou atenção o avanço da CredPago, vertical de garantia locatícia da Loft, que superou a marca de 250 mil contratos fechados e presença em 600 cidades.
QuintoAndar: expansão focada em parcerias
O QuintoAndar, por sua vez, também segue em expansão. A Rede QuintoAndar, que conecta imobiliárias e corretores, completou um ano de atuação com parceria com 300 imobiliárias e 68 mil novos anúncios únicos gerados neste período.
A Rede QuintoAndar, por sinal, anunciou esta semana uma nova parceria, desta vez com a Rede Inova Imóveis, plataforma nacional de compartilhamento de imóveis e capacitação de imobiliárias, que passará a publicar imóveis de compra e venda na plataforma do QuintoAndar. Inicialmente a parceria começa na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Juntas, as marcas somam mais de 50 mil imóveis disponíveis em BH e 30 milhões de acessos mensais.
De acordo com a General Manager do QuintoAndar, Thais Galli, o modelo incrementa o fechamento de negócios e gera mais liquidez ao mercado imobiliário. “Os imóveis trazidos para a Rede QuintoAndar pelas imobiliárias parceiras se beneficiam de uma nova visita a cada 5 minutos”, afirma.
Janela de oportunidade para startups e investidores
A atuação dos unicórnios reforça um momento de oportunidades para o setor de tecnologia no imobiliário. Na avaliação de Bruno Loreto, managing partner da Terracotta Ventures, há espaço para mais startups embarcarem.
“A reprecificação nos múltiplos dos ativos trouxe boas oportunidades para entrar em negócios promissores, em condições mais equilibradas, e, cuja perspectiva de longo prazo sofre pouco efeito do atual panorama de mercado”, afirma Loreto.
Ele aponta que está aberta uma janela de oportunidade para soluções inéditas. Ou seja, apesar das dificuldades do cenário macro, as startups que apostarem em iniciativas para digitalização do setor podem encontrar um caminho próspero.
Para os investidores, vale ficar de olho, em especial, nas empresas que estão no início de trajetória, conhecidas como early stage, para aportes Anjo, Pré-seed e Seed. “O investimento em empresas early stage mira o longo prazo”, pontua Loreto.
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