[124] Vacinação aquece mercado de escritórios, mas retorno presencial é incógnito
Resumo
O destaque da edição de hoje da nossa news trata sobre a flexibilização do ambiente de trabalho nos escritórios em decorrência da pandemia.
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Na década de 1970, Cléo Galante lançaria a música que viria a ser trilha sonora no programa do Sílvio Santos: “não sei se vou ou se fico, não sei se fico ou se vou”… Corta para 2021 e a música está embalando reuniões de diretorias e RHs. Vale voltar para o presencial ou melhor continuar com a equipe remota? O que fazer com os escritórios?
Não há resposta única. Nos últimos dias, dados apontam que a vacinação em massa e a perspectiva de recuperação do PIB fazem com que a demanda por escritórios volte a aumentar. Segundo a consultoria SiiLA, foi a primeira vez, desde o início da pandemia, em que a diferença entre o total de áreas contratadas e devolvidas (a chamada absorção líquida) ficou positiva. Apesar da demanda estar aumentando, há projetos novos sendo entregues, o que mantém a vacância no setor.
Essa é uma discussão global. Países como os Estados Unidos, cuja boa parte da população está vacinada, estão voltando para trás na ideia de trabalhar 100% presencial. As novas variantes do coronavírus, como a Delta, sinalizam que o trabalho remoto ou, pelo menos, híbrido, pode continuar sendo a realidade de muitas empresas.
O problema é que o home office não funciona para todo mundo. Há uma dificuldade na socialização entre colaboradores, distrações em casa e, inclusive, questões técnicas. Devido à legislação de Saúde e Segurança no Trabalho, empresas brasileiras preocupam-se em como garantir o bem-estar dos colaboradores quando eles não estão no escritório. No Imobi, trazemos uma reportagem que conta como uma grande empresa e uma pequena imobiliária estão optando pela jornada híbrida, tendo os colaboradores em casa e o escritório físico como um ponto de encontro da equipe. Também entrevistamos um especialista no mercado de coworkings, que podem ser uma solução para as empresas que não querem mais ter uma única grande laje.
Também no Imobi, considerando a nova dinâmica de trabalho remoto, entrevistamos especialistas em segurança de dados e compilamos 9 dicas para proteger os dados da sua imobiliária e combater fraudes e golpes no trabalho remoto.
Imobiliárias
A RE/MAX Brasil registrou, no início deste ano, seu melhor semestre. O VGV da empresa foi R$ 2,78 bilhões, duas vezes e meia maior que o mesmo período em 2020. Este é o quarto ano que a RE/MAX apresenta recorde sucessivo de faturamento e expansão da rede.
Alguns dados sobre o mercado imobiliário de São Paulo foram divulgados na última semana. Segundo o Imovelweb, o preço de venda de imóveis na capital teve crescimento de 2,2% no primeiro semestre de 2021, fechando o período com média de R$ 9.359/m². Já levantamento da AoCubo aponta que, no primeiro semestre, a venda de apartamentos novos cresceu 95%, na cidade de São Paulo e na região metropolitana. Por fim, dados do Secovi-SP apontam que o preço do aluguel registrou leve alta de 0,2% em junho, em relação a maio.
Já em Curitiba, a venda de apartamentos novos teve alta de 58% nos primeiros cinco meses de 2021, comparado ao mesmo período de 2020. Os dados são de uma pesquisa da Ademi-PR em parceria com a Brain.
No Rio de Janeiro, o setor do mercado imobiliário que passou bem pela pandemia e segue ainda mais quente é o de altíssimo padrão. Segundo levantamento da consultoria imobiliária Judice & Araujo, a venda de imóveis residenciais na Zona Sul teve alta de 86% entre os meses de janeiro e junho, na comparação com o mesmo período do ano passado. No Leblon, bairro mais valorizado da cidade, o crescimento foi de 41%.
Falando em alto padrão, a Glamour traz o case de uma imobiliária boutique super nichada: a Luciana Mantel é uma empresa focada em imóveis para publicidade, cinema e eventos. Sabe aquela cozinha linda, de comercial de Peru de Natal? É a especialidade de Luciana. Com a tendência de eventos mistos e maior demanda por estúdios, a busca pela empresa cresceu 150% na pandemia.
Dados da Credihome apontam que o número de financiamentos imobiliários fechados no primeiro semestre deste ano saltou 254%, em relação ao mesmo período do ano passado. Apenas em junho foram 848 contratos, somando R$ 314 milhões, no maior volume mensal desde a criação da Credihome, em 2018. Em entrevista para o Valor Investe, Bruno Gama, presidente da empresa, avalia que, ainda com a alta da Selic, as taxas de juros devem continuar competitivas.
No Imobi Aluguel desta semana, analisamos as plataformas de gestão para imobiliárias. Os CRMs e ERPs, letrinhas essenciais para o relacionamento digital com o cliente e para o gerenciamento de processos internos, respectivamente, podem ser insuficientes para lidar com novas demandas das imobiliárias, que precisam cada vez mais de agilidade, integração de sistemas e métricas de dados. Explicamos as consequências e as alternativas fornecidas pelo mercado, como os gestores de leads e as ferramentas omnichannel.
O Imobi Aluguel, primeiro relatório de inteligência do país focado exclusivamente em locação, é publicado todas as quartas-feiras pela equipe do Imobi Report e com o know-how da CUPOLA, maior consultoria para gestão de imobiliárias do Brasil. Além do tema principal, o conteúdo semanal traz uma entrevista exclusiva em áudio, notícias ligadas ao segmento e indicadores atualizados. Deguste o Imobi Aluguel por 7 dias de forma gratuita e já obtenha acesso à edição de amanhã (28), clicando aqui.
Quando se trata de imobiliárias de aluguel, não há um treinamento tão completo e imersivo quanto o Aluguel Master, que está chegando a sua quarta edição. Uma metodologia exclusiva que já ajudou mais de 120 imobiliárias de todo o Brasil a se organizarem e melhorar sua rentabilidade. Faça sua inscrição e seja o próximo case de sucesso.
Incorporadoras
A subida de preços dos materiais continua gerando desdobramentos. A alta é recorde e afeta não só quem está realizando reforma ou construção, mas também quem comprou na planta e paga financiamento. Em todos os casos, a saída é fazer novos cálculos e renegociar. A indústria do aço está em reorganização e vai aumentar a produção nacional do insumo em 14% para atender o mercado interno – que, apesar dos percalços, segue aquecido. Para se ter uma ideia, o valor gasto nos cartões de bandeira Visa com materiais de construção cresceu quase 40% no primeiro trimestre deste ano.
Modernizar processos é uma ação obrigatória para superar momentos de adversidade. Este é o ponto-chave destacado por Rodrigo Osmos, que comanda a incorporadora e construtora Tenda. Na visão do executivo, as proptechs têm a missão de alavancar o nível de produtividade do setor e tirar processos tradicionais da estagnação.
Reorganizar também é a palavra da vez para a Viver, antiga InPar. A construtora viveu uma grave crise e saiu recentemente de uma recuperação judicial. A empresa criou um braço, chamado Solv, para tocar obras que havia deixado para trás. No momento, está dando andamento a 18 construções que estavam paralisadas, em Goiás, Minas Gerais e Pernambuco.
Novos tempos, novas soluções. As incorporadoras estão atentas aos efeitos da pandemia no mercado imobiliário e alguns componentes dos lançamentos se revelam como tendências. Entre os novos itens de série em ascensão, estão ambientes projetados para home office, entradas privativas para escritório e telões para acompanhamento de aulas virtuais. Também estão pintando por aí elevadores dedicados para delivery, ambientes inteligentes com sistemas de automação e novas tecnologias para dispensar o uso de chaves.
Techs
Temos mais um ser místico e alado surgindo por aí? A EmCasa, startup de compra e venda de imóveis, recebeu um aporte de R$ 110 milhões. A rodada foi liderada pela Globo Ventures (que volta a investir no imobiliário, após a fusão do ZAP Imóveis e do Viva Real, em 2017), Igah Ventures, Flybridge, monashees, Maya Capital, Pear Ventures, NBV e ONEVC. Com o investimento, a empresa pretende expandir a operação para o país, saindo do eixo Rio-São Paulo e competindo com os já conhecidos unicórnios. O Estadão traz uma perspectiva bem interessante sobre como a EmCasa faz parte da terceira geração de proptechs: “Enquanto as proptechs de primeira 1ª geração, como Viva Real e Zap Imóveis, digitalizaram os classificados de imóveis no início da década passada, as empresas de 2ª geração, como Loft e QuintoAndar, turbinaram o uso de algoritmos na experiência com o cliente (…) Na crista da 3ª geração, a EmCasa aposta em um modelo híbrido de plataforma: usa algoritmos para customizar a experiência do cliente na busca pelo imóvel dos sonhos, mas, simultaneamente, contrata corretores em regime fixo de trabalho e investe na formação desses profissionais para torná-los mais eficientes nas vendas”.
Conciliar os horários da imobiliária com aqueles em que o cliente está disponível, por vezes, pode ser uma tarefa difícil. É aí que mora a importância de automatizar o atendimento do seu negócio. O Imobi conversou sobre o tema com Eduardo Barcellos, CEO da Sohtec, empresa gaúcha que faz a automatização desse processo e oferece uma esteira de contatos para imobiliárias.
Também no Imobi, Aline Borges, especialista em SEO da CUPOLA, assina um artigo sobre como a nova atualização do Google pode afetar o tráfego do site das imobiliárias. Aline traz as novidades no mecanismo de busca e dá várias dicas de como melhorar o ranqueamento do site.⠀
O tema SEO Imobiliário será pauta de um workshop gratuito promovido pela CUPOLA. A transmissão será realizada nesta quarta-feira (28), às 15h, e trará técnicas que vão ajudar o site a ficar melhor posicionado nas buscas. Estarão presentes, além da própria Aline Borges, Aline Pavezi, head de mídia digital e sócia da CUPOLA, Mateus Toignal, designer especialista em sites imobiliários, e Arthur de Oliveira, gerente de suporte da Rocket Imob. As inscrições estão abertas e são gratuitas.
A partir de agosto, condomínios poderão sofrer multas e sanções administrativas se não se adequarem à LGPD. Por exemplo, condomínios com tecnologias de biometria, reconhecimento facial e identificação de placas de veículos integradas aos sistemas de segurança deverão ter regras claras e consentimento dos proprietários dos dados para não terem problemas.
A Lei Geral de Proteção de Dados também é o assunto da 5ª edição da FixLive. O encontro mensal, promovido pela Fix, trará dois especialistas no assunto: Adílio Santos, consultor e especialista em LGPD, e Grazielly Ribas, gerente jurídica na Auxiliadora Predial, com moderação de Thais Sterenberg, CMO e sócia da Fix. Os participantes vão explicar como as imobiliárias devem se preparar, quais os desafios desse processo, vantagens de se adequar à lei, como proteger dados e a maneira correta de evitar multas. O evento é online, gratuito e acontece esta quinta-feira, às 19h. Inscrições abertas.
Mundo
10%: esta é a supervalorização do preço dos imóveis nos países ricos, de acordo com a Oxford Economics. A estimativa é de que os valores tenham aumentado 40% nos últimos 10 anos, em 14 países pesquisados. Segundo o estudo, os mercados que apresentam maior valorização são Holanda, Canadá, Alemanha, França e Suécia.
Sabemos que as maiores riquezas estão concentradas em poucos países. Mas você sabe qual é a cidade do mundo com maior presença de ultra-milionários? Ela fica nos Estados Unidos e tem nome latino: San Jose, na Califórnia. Quem circula pelo local se depara com inúmeras casas imponentes, fato explicado pelo bolso da população. San Jose tem 1 milhão de habitantes e estima-se que 1 a cada 727 moradores possui uma fortuna superior a US$ 30 milhões. E falando em riqueza…
O Vaticano revelou, em um documento totalmente inédito, que é dono de mais de 5 mil imóveis. Apesar do grande número de posses, a Santa Sé explica que só 14% delas estão alugadas a taxas de mercado. Segundo o balanço financeiro, cerca de 40% das propriedades são instituições, como escolas, conventos e hospitais, e as demais estão alugadas com descontos – a maior parte para funcionários da igreja.
Estamos de olho
Não cansamos de falar sobre efeitos da pandemia no mercado e aqui está mais um: a necessidade de mais parques logísticos. O crescimento do e-commerce está fazendo com que diversas empresas busquem oportunidades de local para montar suas centrais de operação.
Os fundos imobiliários também seguem com ótimo fôlego. Contornando a crise, as cifras no setor tiveram crescimento de 44% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa é fechar 2021 com alta acumulada superior a 10%.
O debate geracional é intrigante e cíclico, inclusive no mercado imobiliário. As características favoritas na hora de escolher e organizar o lar variam bastante conforme a idade, trazendo alguns tópicos inusitados. Entre as tendências mais recentes da geração Z, por exemplo, está a preferência por banheiros na cor pêssego. É… E será que entrar num banheiro desses daqui a 20, 30 anos causará uma sensação parecida com a que temos hoje ao encontrar banheiros com louça marrom, ou azul-bebê?
Fique antenado! Curta a última edição do podcast Semana Imobi, em que nossa equipe debateu a pauta sobre a alta dos materiais de construção, construção 5.0 e muito mais. Não deixe de conferir também o Vem pra Mesa, que traz uma entrevista com Denys Brito, sócio-fundador da DF Casa Imóveis.
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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