Reajuste do aluguel: IGP-M no contrato, IPCA de fato
Resumo
A edição desta semana traz a realidade sobre o uso do IGP-M, 6 tendências para o mercado imobiliário pós-pandemia e mais. Confira!
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Prezadas leitoras e leitores, esta edição do Imobi Report vem com novidade: uma editoria extra oferecida pela Porto Seguro, que se junta a nós para trazer uma curadoria de conteúdos sobre transformação digital, que os leitores poderão acompanhar nesta e nas próximas edições. Tenham uma ótima leitura!
O IGP-M é o índice de reajuste mais comum nos contratos de locação, tão popular que ficou conhecido como “a inflação do aluguel”. Nos últimos 12 meses, o acumulado do IGP-M foi de 13,02%, até agosto. Isso significa que os contratos de locação indexados pelo IGP-M que completaram um ano, neste mês, deveriam ser reajustados em 13,02%. Um aumento considerável, muito acima da inflação oficial do país, medida por outro índice, o IPCA, que fechou o mesmo período em 2,44%.
Na prática, porém, a realidade é outra. Com inquilinos recorrendo mais à negociação, os reajustes dos aluguéis ficaram muito mais próximos da correção medida pelo IPCA. “O próprio IGP-M traz indicações de que isso está ocorrendo. Um dos preços que compõem o índice é o IPC-M, o índice de preços do consumidor. E, dentro dele, há a rubrica aluguel residencial, que sofreu alta acumulada de apenas 3,09% em doze meses”, conta a Veja.
A culpa é do arroz. E do feijão. E do óleo… Os alimentos da cesta básica, que dispararam de preço, impactam bastante o IGP-M. Assim como os custos dos produtores com insumos e matérias-primas, que respondem por 60% da composição do IGP-M. No UOL, esta reportagem mostra como a disparada dos alimentos pode fazer o aluguel ficar mais caro.
Por falar em indexadores, o Itaú lançou uma opção de crédito imobiliário atrelada ao rendimento da poupança. É algo inédito. A taxa será de 3,99%, mais o rendimento da poupança, o que consolida uma taxa final na casa de 5%. Esse crédito integra um pacote de linhas anunciado pelo banco, que vislumbra “liderar a mudança do crédito imobiliário no Brasil”.
No UOL, é possível encontrar informações sobre qual a renda mínima para financiar imóvel em cada banco.
O mercado de alto padrão segue aquecido. Reportagem da Veja mostra como a taxa Selic baixa e o elevado risco em renda variável fez com que imóveis de luxo se tornassem a melhor opção para quem quer investir neste momento. Já a Exame traz uma lista com seis grandes mudanças que vão afetar o mercado imobiliário a partir de agora.
Levantamento do QuintoAndar mostra os bairros de São Paulo e Rio de Janeiro onde os imóveis residenciais são alugados mais rapidamente – em até duas semanas. Os aluguéis comerciais, por sua vez, seguem em baixa. De acordo com a JLL, a taxa de imóveis corporativos disponíveis em São Paulo chegou a um patamar do início da última década, de 13,6%. E deve aumentar: a vacância projetada para dezembro é da ordem de 20,9%.
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Incorporadoras
Nos lançamentos residenciais, a adoção do home office gera outro efeito: cada vez mais, as incorporadoras estão planejando dar mais espaço a essa atividade em seus lançamentos. No caso da Setin, por exemplo, todos os novos projetos da empresa passarão a incluir, na planta, espaço para que o morador possa trabalhar em casa.
A investida em massa das incorporadoras na Bolsa continua chamando a atenção da imprensa. O recorde de pedidos de IPO por empresas do mercado imobiliário foi tema de matérias do jornal Estado de Minas e do portal Eu Quero Investir nesta semana. O Valor, por sua vez, publicou uma matéria fazendo uma análise mais completa e mostrando como as falhas do passado pesam sobre os IPOs das incorporadoras.
Entre as empresas que devem abrir capital neste ano, chamam atenção aquelas nascidas na era digital, que podem ser consideradas startups, segundo a Exame. A reportagem cita o exemplo da Hausi, que gerencia imóveis da Vitacon para locação, e destaca o fato de que é a primeira vez que empresas como estas tentam o IPO, no Brasil.
Alguns IPOs de incorporadoras devem movimentar milhões no mercado financeiro. Este é o caso da Melnick, que pode levantar mais de R$ 766 milhões. No caso da Cury, os valores são ainda maiores – a subsidiária da Cyrela pode levantar até R$ 1,1 bilhão.
Enquanto aguarda um posicionamento da Tecnisa sobre a oferta de fusão, a Gafisa se prepara para voltar ao mercado do Rio de Janeiro, após anos afastada do seu mercado natal.
2020 já é considerado um dos melhores anos para a operação da You. Apesar da pandemia, a incorporadora deve fechar o ano com VGV de R$ 920 milhões, número muito próximo dos R$ 930 milhões de 2019.
A gigante americana Greystar Real Estate está chegando ao Brasil, para explorar a operação de edifícios residenciais construídos para locação. Matéria publicada pelo Seu Dinheiro mostra em detalhes como vai funcionar a operação da incorporadora no país.
Grandes nomes da arquitetura começam a assinar projetos na região central de São Paulo. A área, até pouco tempo atrás degradada, agora vai contar com lançamentos de Isay Weinfeld (que já fez trabalhos para o Grupo Fasano) e Andrade Morettin (autor da sede do Instituto Moreira Salles na Avenida Paulista), em lançamentos da MagikJC para a habitação popular.
Techs
O Cade publicou manifestação favorável a respeito do acordo de aquisição do Grupo ZAP pela OLX Brasil, que ainda deve ser publicada no Diário Oficial da União. Esta é uma decisão preliminar, que ainda depende do parecer do Tribunal Administrativo do Cade para ser oficializada. Por enquanto, ambas as empresas continuam a operar de forma totalmente independente.
Em apenas três meses, a MRV renegociou mais de R$ 21 milhões em dívidas por meio de seu chatbot no WhatsApp. No total, recebeu mais de 1.300 solicitações no período.
Com tanta tecnologia e equipamentos à disposição, ainda há espaço para a fotografia profissional crescer no setor? Matéria publicada no Imobi Report mostra que sempre haverá espaço para bons profissionais. Vai lá conferir!
Vaquinha para aluguel? Tanto o QuintoAndar quanto a Mude.me, startup criada pela Cyrela, oferecem plataformas que se destinam a viabilizar essa possibilidade. É uma forma de amigos ou familiares presentearem inquilinos que estão com dificuldade no pagamento.
Além do home office, a pandemia pode trazer outro tipo de flexibilização dos imóveis corporativos, com escritórios menores espalhados por diferentes áreas, mais próximos das residências de seus funcionários. Pensando nisso, a WeWork está apostando em um novo produto, um cartão que dá acesso a todos os prédios da empresa, em qualquer lugar do mundo.
Transformação Digital
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Como a LGPD pode impactar a inovação e a inteligência artificial nas empresas brasileiras? Em artigo publicado no NeoFeed, Cezar Taurion, especialista em Transformação Digital, chama atenção para o custo que a nova legislação impõe às companhias. Multas e custos de adequação que, segundo ele, podem reduzir de maneira significativa o capital e a capacidade de recuperação das empresas, num contexto de instabilidade econômica. “Ao limitar indiretamente a forma como os dados pessoais são utilizados e ao aumentar os riscos jurídicos para as empresas que estão ativas em IA, regulações como GDPR (e creio, aqui o LGPD) terá um impacto negativo no desenvolvimento e na utilização da IA”, comenta. Em outro artigo, também no NeoFeed, Cezar fala sobre empresas autoajustáveis, nas quais os algoritmos e o machine learning são utilizados para ajustes automáticos em processos e modelos de negócios inteiros. Vale a leitura.
Ainda falando sobre inteligência artificial, esta é a aposta do GRI eCommunity para conectar investidores institucionais, imobiliárias e incorporadoras de 79 países. A plataforma – apresentada pela Exame como “Tinder do mercado imobiliário” – cruza dados dos associados, identifica afinidades e permite o agendamento de um “café virtual”. Desde agosto, quando foi lançada, já foram realizadas mais de mil destas reuniões virtuais e a estimativa do GRI é de que 65% dos grandes negócios institucionais no mercado imobiliário sejam feitos por meio da plataforma.
“Usualmente ficamos focados na solução do problema de hoje, sem perceber que o problema em si pode mudar. Às vezes, experimentamos a inversão da matriz problema-solução, quando a própria solução pode passar a ser um problema.” A frase é de Frederico Pompeu, sócio do BTG Pactual responsável pelo BoostLAB, em artigo publicado na Exame. Ele destaca a adaptabilidade, ou seja, a capacidade de adaptação às mudanças como fator fundamental para a sobrevivência dos negócios.
Gratuita para as imobiliárias, a Plek concentra diversas modalidades de garantia locatícia, incluindo a Porto Seguro, primeira empresa integrada à plataforma. A ferramenta permite análise instantânea do cadastro do cliente e pode ser integrada ao CRM da imobiliária.
A cada quatro empresas, apenas uma espera investir mais em soluções de gerenciamento e análise de dados, no curto prazo. A conclusão é de uma pesquisa realizada em junho de 2020, pelo IDC Brasil. A mesma pesquisa indica que a grande maioria das empresas (quase 90%) mais bem pontuadas no pipeline de análise dados também têm melhores índices de tomada de decisões. Os dados constam em artigo assinado por Paulo de Godoy, country manager da Pure Storage no Brasil, que analisa o impacto do cenário atual na transformação digital das empresas.
Um cartão de visita digital. Esta é a proposta da tecle.me, uma plataforma que unifica todos os seus meios de contato disponíveis (WhatsApp, Instagram, Facebook, Twitter, LinkedIn, telefone, e-mail etc), por meio de um único link. Além de facilitar a vida do cliente, que pode escolher o canal de contato de sua preferência, a ferramenta também fornece estatísticas para monitorar a performance de cada canal e qual tem mais aderência com o público. Especialmente interessante para corretores autônomos.
Mundo
Brasileiros estão investindo mais em imóveis nos Estados Unidos. De acordo com levantamento publicado no Valor Investe, a venda de imóveis para brasileiros em Orlando, cidade da Disney, cresceu 38% entre maio e agosto deste ano. A maioria desses compradores adquiriu as propriedades como investimento, para modalidade de locação de curta temporada.
Na Europa, o verão foi marcado por uma nova modalidade de turismo, por causa da pandemia. Muita gente que conseguiu viajar nesse período optou pelos motorhomes para fugir de aeroportos e hotéis.
Comunidades de tiny houses estão se espalhando pelo mundo. Conheça algumas das localidades onde os moradores apostaram nesse tipo de residências, mais compactas e sustentáveis. Outra opção sustentável é a casa contêiner, cuja construção pode ser até 30% mais barata do que as residências feitas de alvenaria. O Estadão mostra detalhes.
Estamos de olho
O lado feminino do mercado imobiliário. Este é o nome de uma pesquisa que busca mapear diversos aspectos sobre a presença das mulheres no mercado imobiliário no Brasil. “Queremos saber quem somos, onde estamos e qual o lado feminino deste gigante setor”, afirma Elisa Tawil, idealizadora do movimento Mulheres do Imobiliário e uma das realizadoras da pesquisa. O projeto é uma iniciativa de Raquel Trevisan, diretora da imobiliária Taperinha, com apoio de pesquisadoras da Datastore. O questionário da pesquisa está disponível neste link. Acesse e compartilhe com sua equipe.
Embora muitas imobiliárias tenham voltado a trabalhar presencialmente, os eventos do mercado imobiliário continuam sendo realizados de forma remota, para evitar aglomerações. Isso aconteceu com o próprio Conecta Imobi On, conforme mostramos na semana passada, mas a agenda de lives e encontros online continua ao longo do mês. Confira a seleção que fizemos de eventos virtuais marcados para o mês de setembro.
Outra matéria publicada no Imobi Report nesta semana faz uma análise sobre o perfil de compra de imóveis por millenials. Eles não compram por que não querem ou por que não têm dinheiro? Veja o que especialistas dizem sobre o assunto.
Foi aprovada, nesta semana, a suspensão do pagamento das parcelas de financiamento habitacional para a população de baixa renda. A medida, tomada em função da pandemia de Covid-19 no Brasil, foi autorizada pelo Conselho Curador do FGTS e tem validade de 120 dias. Com isso, o Fundo pode deixar de arrecadar R$ 3 bilhões no período.
Você sabe dizer em detalhes o que pode motivar uma ação de despejo? Para esclarecer essa dúvida, o Estadão publicou uma matéria bem completa sobre o assunto durante a semana. Vale a pena conferir.
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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