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O desafio intangível de ser uma mulher na construção civil
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O desafio intangível de ser uma mulher na construção civil

03 mar 2022
Susanna Marchionni
Susanna Marchionni
4 min
O desafio intangível de ser uma mulher na construção civil

Empreender é fascinante, ao mesmo tempo que é desafiador. A responsabilidade de carregar não só seus próprios sonhos, mas também os de outras centenas de pessoas que dependem do seu negócio, direta ou indiretamente, talvez seja um dos maiores desafios de ser CEO. Isso, claro, se você for homem. Se você é uma mulher na construção civil nessa posição, o desafio é pelo menos 2 vezes maior. E isso não tem nada a ver com as suas competências ou conquistas. 

Susanna Marchionni_Site
Mulher na Construção Civil

O fato é que o mercado de trabalho ainda enxerga o público feminino com um olhar de desconfiança, como se tivéssemos que provar nossa capacidade e competência para assumir um alto cargo de liderança e mostrar grandes resultados ano a ano. 

Ser uma mulher no ramo da construção civil, um nicho bastante tradicional e masculino, me faz sentir na pele esse desafio. 

Isso, no entanto, nunca me impediu de chegar aonde cheguei e de querer voar mais alto. E essa ousadia é o que tem feito outras mulheres tomarem seus espaços, furando os “clubes de meninos”, muros altos nos quais esbarramos ainda na faculdade. 

Essa luta das que vieram antes de nós, felizmente, vem resultando em mudanças. Segundo dados do IBGE, em 2007, o número de mulheres trabalhando no mercado da construção civil era de aproximadamente 109.006. Em 2018, esse número saltou para 239.242, um aumento de 120% em 11 anos. Isso significa mais mulheres ocupando espaços que vão dos escritórios de engenharia aos canteiros de obras, criando e concretizando projetos e revolucionando o setor. 

Em um desses projetos que nasceram nesse período, visualizo a Planet e toda a força feminina que vem erguendo cidades inteligentes no zero aqui no Brasil. 

Ao longo da minha trajetória, desde a jovem Susanna que queria ganhar o mundo até a mulher que fundou a Planet Smart City, ouvi diversas opiniões sobre quem eu devo ser e como me comportar para que meus méritos não fossem questionados. 

Com o passar dos anos, percebi que outras mulheres, no mundo corporativo ou não, também vivem a mesma cobrança. Mesmo agora, em pleno século XXI, existem barreiras para as mulheres sonharem. 

Ainda que se fale muito sobre sermos o que quisermos, o mundo teima em ditar que devemos ter certa aparência para sermos levadas a sério. 

Ninguém preparou a sociedade para uma mulher de sucesso que se joga, que enfrenta reuniões cheias de regras não ditas, tudo isso imprimindo o seu jeito único, seja em cima de um salto ou com uma roupa esportiva.

Não importa se sua gestão ou sua visão valem milhões ou se sob sua responsabilidade está uma cadeia de stakeholders que são impactados positivamente graças ao seu trabalho. No final do dia, alguém ainda vai questionar as suas escolhas, como casar ou não casar, ter ou não filhos. 

É esse o fardo do empoderamento feminino. Embora aceito pela sociedade, na prática algumas pessoas ainda vinculam a realização pessoal e profissional à presença masculina na vida de uma mulher. 

Não que haja qualquer problema nisso. Afinal, hoje temos mulheres super bem sucedidas que escolheram largar a profissão para cuidar dos filhos. O mesmo acontece com as que decidiram pelo contrário. O que defendo aqui é que existem muitas formas de ser feliz e ter sucesso. E cada mulher deveria ser livre para escolher aquilo que faz sentido para ela. 

Quero deixar claro que sou minha heroína, que me pertenço e amo minhas escolhas, que definitivamente não foram definidas por padrões ou pelo que a sociedade espera. Essa deve ser a tônica que rege as relações humanas, para meninos ou meninas. Cada ser humano pertence a si mesmo e é livre para viver do modo que achar que deve. 

Sonhar e se inspirar é para todos, e sempre digo que o objetivo final deve ser a felicidade, sua realização individual. 

A Planet Smart City é reflexo da garra da garota Susi, é resultado do esforço da Susanna que veio com muitos sonhos e projetos para o Brasil, mas sobretudo é resultado da ambição e visão de uma mulher que nunca aceitou calada um “você não pode” ou “você não deve”.  

Sonhemos alto! 

Sobre Susanna Marchionni

Susanna é a CEO da Planet Smart City no Brasil e co-fundou a empresa em 2015, ao lado de Giovanni Savio, CEO Global. Tem 25 anos de experiência no setor imobiliário e é a força motriz da empresa no Brasil, liderando a disseminação do conceito de cidade inteligente inclusiva no país.

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