Mercado Imobiliário: investir em proptechs será fundamental para driblar dificuldades
Resumo
Parcerias com proptechs podem ser a peça chave para sanar riscos e acertar em cheio o local e o modelo de empreendimento.
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Neste ano teremos acontecimentos que impactarão a economia do país como novos aumentos da Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), Copa do Mundo e, principalmente, as eleições presidenciais. Assim como todo o restante que nos cerca, no mercado imobiliário os reflexos de tudo isso serão sentidos.
Com o panorama de investimentos não muito animador no Brasil, as incorporadoras terão que adotar estratégias que agreguem maior valor a seus imóveis. A solução para sanar essa dor pode partir de diversos âmbitos, principalmente focado em tecnologias que servem para auxiliar as incorporadoras a estarem na frente de seus concorrentes no mercado.
Proptechs como aliada das incorporadoras
O ponto inicial para “virar o jogo” é driblar qualquer potencial incerteza sobre a economia e, no caso do mercado imobiliário, fazer uma análise detalhada dos empreendimentos que serão executados. Para não tirar o pé do acelerador, as incorporadoras devem ser precisas na escolha do negócio que investirão, antes mesmo de comprar um terreno para incorporar.
Para a realização deste estudo minucioso, parcerias com proptechs (startups do mercado imobiliário) podem ser a peça chave para sanar riscos e acertar em cheio o local e o modelo de empreendimento.
Além das que auxiliam no projeto e na viabilidade de um empreendimento, existem também as proptechs que podem ser aliadas das incorporadoras em outras fases do projeto, como na construção, aquisição e, até mesmo, na reta final das obras.
É claro que somente investir em parcerias com startups não irá sanar todas as dores das construtoras e incorporadoras neste ano. Mas por um lado, é a solução que além de acelerar diversas etapas que costumavam levar meses, se apresenta como a mais viável e disponível em todo mercado neste momento.
Focar em negócios diferenciados e com o apoio tecnológico, além de uma boa gestão financeira e, principalmente, focado no consumidor final, pode ser proveitoso para o sucesso das construtoras neste ano.
Outros obstáculos
Além de contar com a tecnologia para driblar algumas barreiras impostas pelo mercado, o setor imobiliário ainda deverá sofrer com a tendência de aumento da Selic. Com isso, os investidores terão outras opções de investimento para escolher, que oferecem rentabilidade, riscos e liquidez distintos dos investimentos em imóveis e incorporações. Ou seja, as opções sobre onde investir vão disputar o investimento imobiliário.
Logo, a disponibilidade de capital para incorporações imobiliárias poderá ter nível de investimento abaixo do que foi em 2021, momento em que a Selic estava bem mais baixa que agora. Afinal, em uma realidade de incertezas econômicas, sociais e políticas, os investidores devem buscar investimentos que ofereçam menor risco.
Por enquanto, o presidente da Caixa Econômica Federal anunciou que os juros para compradores de casa própria não aumentarão, mesmo com a taxa Selic subindo, afinal o sistema financeiro da habitação é lastreado no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) essa situação por si só mantém o consumo imobiliário aquecido, já que a CEF detém mais de 60% dos financiamentos imobiliários do Sistema Financeiro da Habitação do Brasil. O consumo poderá ser reduzido esse ano muito mais pelo comportamento das famílias em função de cenário de incertezas do que pelo custo do capital.
Uma luz no fim do túnel
Mesmo com o cenário não muito favorável ao mercado imobiliário em 2022, a tendência é que em 2023 a situação melhore. Após as eleições presidenciais, o governo a ser eleito tende a focar na retomada econômica do país.
Para isso, se faz necessário novas reduções das taxas de juros em que a equipe econômica eleita deverá ser muito perspicaz para saber qual o momento certo para implementar tais medidas. Diante desta nova perspectiva, o mercado imobiliário poderá ter maiores aportes para acelerar seu crescimento.
A previsão é que em 2023 o mercado imobiliário esteja mais aquecido, afinal taxas de juros tão altas não fazem mais sentido para um país como o Brasil. Partindo deste ponto, as empresas de incorporação imobiliária devem realizar diversas análises estruturadas com muitos dados, informações relevantes e indicadores sobre as inúmeras possibilidades de desenvolvimento de empreendimentos imobiliários afim de acertarem muito mais que o ano de 2021, pois com empreendimentos acertados em sua esteira de desenvolvimento, esse soluço que pode acontecer em 2022 não passará de algo que foi apenas imaginado e jamais sentido, fazendo com que essas empresas cheguem em 2023 tão sadias quanto o momento vivido em 2021.
Apesar do desafio, existem saídas que podem transformar 2022 de um ano “para se esquecer” em um “para se comemorar”. Entre elas a de investir na contratação de serviços oferecidos por startups, pensar em planos de negócios que se adequem à realidade dos consumidores finais e principalmente ter ciência dos obstáculos que serão enfrentados pelo setor neste ano.
Sobre Wagner Dias
Wagner Dias é CEO da Hiperdados, que tem como objetivo melhorar rentabilidade de empreendimentos imobiliários através de ciência de dados, aprendizado de máquina e inteligência artificial.
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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