É uma boa hora para comprar imóvel no exterior? Corretores revelam mercado aquecido
Resumo
Conversamos com profissionais que negociam imóvel no exterior para entender como está a procura de brasileiros por imóveis. Confira.
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Na última semana, o dólar chegou a R$ 4,91 e experimentou seu patamar mais baixo desde junho de 2022. Mesmo voltando a subir, a moeda norte-americana tem girado em nível considerado interessante para muitos investidores. Para o mercado imobiliário, isso resulta em olhares mais atentos para a compra de um imóvel no exterior.
Em solo norte-americano, a sinergia para o investimento chama a atenção. Afinal o dólar é considerado como uma das moedas mais seguras do mundo, ao mesmo tempo em que os imóveis são um ativo de alta resiliência.
O Imobi Report conversou com profissionais que negociam imóveis no mercado dos Estados Unidos para entender o que representa a queda do dólar e como está a procura de brasileiros por imóveis.
Imóvel no exterior: ciclo atual tem aquecimento na procura
A imobiliária LEVEN Real Estate afirma que o mercado de diversas regiões dos Estados Unidos está ganhando competitividade. A companhia é formada pelos sócios Frederico e Yara Gouveia, corretores de imóveis brasileiros que atuam há 25 anos nos EUA.
“Nós tivemos um pico de investidores brasileiros comprando imóveis nos EUA entre 2010 e 2014/2015, quando o dólar estava baixo e a economia brasileira estava bombando. As pessoas tiveram um acesso e um poder de compra muito maior. De lá para cá, esse movimento diminuiu e os brasileiros deixaram de comprar em lugares mais caros como Nova York e Miami e acabaram migrando para Orlando, que tem um ticket mais acessível. Atualmente, esse número aumentou”, explica Frederico.
De acordo com ele, a região de Manhattan, a mais valorizada de Nova York, está com estoque de aproximadamente 7 mil unidades, número considerado equilibrado. O metro quadrado médio em Manhattan para apartamento de revendas (secundários) gira em torno de 14 a 17 mil dólares. Já os lançamentos variam de 20 mil dólares até 50 mil dólares o metro quadrado, dependendo do perfil e da localização.
Oportunidade de ganhos para corretores brasileiros
Gouveia afirma que o investimento em imóveis nos Estados Unidos não é tão complicado quanto pode parecer, mas o ponto de partida é procurar profissionais de confiança que atuam em solo norte-americano. “Já tivemos casos em que o cliente fez a compra sem ao menos ir no projeto, foi feito tudo de forma remota. Enquanto isso, para lidar com a parte financeira, o cliente pode abrir uma conta nos EUA com alguns bancos brasileiros”, destaca.
Frederico também aponta um caminho interessante para o corretor brasileiro que vê oportunidade de oferecer imóveis nos EUA. “É super factível, inclusive temos muitos parceiros corretores do Brasil inteiro que nos mandam clientes, e nós pagamos uma comissão de parceria para eles diretamente no Brasil. E isso é extremamente viável. O profissional acaba crescendo como corretor imobiliário também neste processo, e essa dinâmica tem sido uma boa fonte de negócios”.
Mercado imobiliário da Flórida também é opção visada para compra de imóvel no exterior
Um dos setores mais procurados pelos brasileiros para realizar aplicações é o mercado imobiliário da Flórida. De acordo com Daniel Ickowicz, diretor de vendas da Elite International Realty, consultoria imobiliária que atua há mais de 30 anos nos Estados Unidos, a expectativa é que o mercado da região apresente bom volume de negócios.
Ele avalia que o mercado imobiliário da Flórida vive boa janela de oportunidade para investidores, já que a região registrou a migração de moradores de outras regiões dos Estados Unidos.
“Enxergo que existirão margens para negociações e isso irá movimentar a economia. Especificamente na Flórida, há demanda por propriedades de luxo e existem muitos imóveis para compradores da classe média”, analisa.
Ickowicz também ressalta que diversos brasileiros procuram adquirir residências na Flórida para depois alugarem nas férias, feriados ou períodos mais curtos, o que revela ser uma vantagem para o investidor e para os inquilinos, que, ao colocarem na ponta do lápis, podem gastar menos no aluguel do que com pacotes de hospedagem.
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