[141] A guerra fria dos unicórnios do imobiliário tem campo de batalha: Belo Horizonte
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[141] A guerra fria dos unicórnios do imobiliário tem campo de batalha: Belo Horizonte

23 nov 2021
Redação Imobi
Redação Imobi
11 min
[141] A guerra fria dos unicórnios do imobiliário tem campo de batalha: Belo Horizonte

Resumo

No destaque da news de hoje, temos o confronto indireto entre os unicórnios Loft e QuintoAndar que acontece em Belo Horizonte.

Ao longo da Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética disputaram a posição de grande potência mundial. Não através de confrontos diretos, mas por meio de uma corrida armamentista, espacial e tecnológica. A disputa indireta ajuda a entender, guardadas as óbvias proporções, o embate entre Loft e QuintoAndar em Belo Horizonte. A capital mineira é o terreno onde os unicórnios medem forças, aproveitam seus aportes para ganhar alcance no mercado local e testar seus respectivos modelos de negócio.

Vale entender que chamamos de guerra fria pois a estratégia observada é essa: os unicórnios buscam terreno através da aproximação com clientes, imobiliárias e corretores locais, mas sem confrontos diretos. Não é uma relação entre Keller Williams e Zillow, por exemplo, cujos executivos trocam alfinetadas em entrevistas para a imprensa americana.

O QuintoAndar aproveita da aquisição da Casa Mineira, tradicional empresa local, para ofertar parcerias e negócios com as imobiliárias da cidade. Já a Loft aproxima-se de corretores de imóveis, ofertando treinamentos e o listing da startup como solução aos portais imobiliários, que seguem com sua relação estremecida com os profissionais do mercado. De uma forma ou de outra, estes movimentos derrubam o discurso corrente de anos atrás, da tal da desintermediação no mercado imobiliário. Loft e QuintoAndar validam o modelo de atendimento humanizado, com tecnologia como apoio.

Para entender mais o cenário de BH, Rodrigo Werneck, CEO e estrategista-chefe da CUPOLA, viajou até a cidade, conversou com donos de imobiliárias e corretores de imóveis. Trazemos aqui um resumo, mas a análise completa está disponível no Imobi Report.

E para quem quiser se aprofundar no tema, no dia 2 de dezembro ocorre o CUPOLA Conference, direcionado a líderes de imobiliárias. O evento será realizado presencialmente no WeWork Atílio Innocenti 165, em São Paulo, e está com inscrições abertas. Entre os participantes confirmados estão Peixoto Accyoli (RE/MAX), Rodrigo Capanema (Netimóveis) e Admar Cruz (QuintoAndar).


Incorporadoras

6% das compras de imóveis já acontecem totalmente pela internet. Ou seja, a cada 17 compradores, pelo menos 1 fecha negócio 100% por meio do digital. A informação é de um levantamento da Abrainc, que aponta também que o preço médio dos imóveis adquiridos pelo brasileiro é de R$ 240 mil.

E enquanto o governo federal corre para viabilizar o Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família, o orçamento do Casa Verde e Amarela vai sendo drasticamente enxugado. Os recursos destinados ao programa habitacional foram reduzidos de R$ 4,8 bilhões, em 2019, para R$ 2,7 bilhões em 2020, menor valor desde 2012. Para este ano, o orçamento previsto era de R$ 1 bilhão, mas de acordo com a Gazeta do Povo, os desembolsos efetivos somaram apenas R$ 772 milhões até o dia 15 de outubro.

Recém-saída de recuperação judicial, a construtora Viver está aguardando um comprador. De acordo com o Broadcast, do Estadão, a Jive, gestora que conduziu o saneamento da Viver, considera que cumpriu sua missão e já mira parceiros que possam assumir a empresa.

Os flats vêm ganhando espaço como opção de investimento. Em alguns casos, o retorno sobre o valor aplicado chega a 1% ao mês. Com preço médio começando em R$ 150 mil, este perfil de investimento teve aumento de 40% na procura desde o ano passado. 

Reestruturada, a Gafisa recuperou a confiança de investidores e já vê a boa fase estampada nos números. Nos últimos 18 meses, foram R$ 2,5 bilhões em lançamentos. Antes, um período de crise administrativa e dois anos sem nenhum empreendimento lançado.

A paranaense Tecverde, que fabrica casas de painéis com estrutura de madeira, planeja inaugurar duas novas fábricas nos próximos quatro anos. O investimento é estimado em R$ 200 milhões. A empresa deve fechar 2021 com 2 mil casas produzidas e faturamento de R$ 100 milhões. Para o ano que vem, a expectativa é dobrar a produção.

Um condomínio estimado em R$ 3 bilhões e com apenas 39 apartamentos. Não, você não leu errado: este é o faraônico projeto do Somnio, um iate residencial com estrutura seis estrelas. O luxo parece não ter limites para quem embarcar no investimento, que deve ter unidades a partir de R$ 60 milhões. Assinado por uma construtora da Noruega, deve ficar pronto em 2024 e vai contar, entre outros ítens, com 10 mil rótulos em sua adega. 


Imobiliárias

Na última semana, foram as imobiliárias que começaram a divulgar seus resultados do último trimestre. O Grupo Lopes divulgou o VGV total de R$ 3,9 bilhões, atingindo 81% da prévia operacional projetada para 2021. O Grupo destaca as atuações nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste, que aumentaram o VGV intermediado em 145%, 77% e 48%, respectivamente, quando comparado ao mesmo período do último ano. A CrediPronto, fintech de crédito imobiliário da Lopes, teve alta no volume financiado de 97% comparado ao 3º tri de 2020, atingindo o equivalente a R$1,7 bilhão.

A RE/MAX também divulgou ótimos resultados. O VGV anunciado foi de R$ 1,72 bilhão, aumento de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2021, pela primeira vez, o Brasil ficou em primeiro entre os mais de 120 países nos quais a companhia atua. Em entrevista para o Valor Econômico, Peixoto Accyoli, presidente da RE/MAX Brasil, comenta os resultados e mantém pé no chão para 2022: “A Remax continuará crescendo, mas vivemos um momento de muita incerteza política e teremos uma eleição polarizada”.

O home office está afetando a locação de imóveis por temporada. No litoral, imobiliárias e proprietários relatam que já alugaram seus imóveis em contratos a longo prazo e, com as festividades chegando, estão faltando residências para suprir a demanda da temporada.

Por falar em movimento, um grande afluxo de novos contratos é esperado para a alta temporada de locação, que vai de janeiro a março. A maior demanda é aguardada para cidades com pólo universitário, com o retorno das atividades presenciais. O Imobi Aluguel, série do Imobi Report especializada em locação, conta como as imobiliárias estão se preparando para o período de vacas gordas e fala sobre o risco de faltar imóveis para locar. 

Para assinar o Imobi Aluguel basta clicar aqui – você pode experimentar gratuitamente por 7 dias. O assinante também tem acesso a uma seleção das principais notícias sobre o segmento e a um grupo de WhatsApp com 150 gestores de imobiliárias e startups para networking e troca de informações estratégicas sobre o negócio da locação. 

O mercado imobiliário entrou em um novo ciclo e, na opinião de alguns especialistas, a fase de bonança absoluta passou. Estão pesando na balança a alta dos juros, da inflação, a desaceleração do crescimento e a incerteza fiscal.

A Ademi-PR premiou profissionais, imobiliárias e incorporadoras de destaque em 2021. Entre as premiações entregues, a Laguna foi eleita incorporadora do ano e a JBA levou o troféu de melhor imobiliária. 

A variação negativa dos FIIs não reflete a realidade do mercado. É o que afirma o sócio da Mauá Capital, Brunno Bagnariolli, empresa responsável pela gestão de dois fundos. A companhia colheu bons frutos com uma estratégia defensiva na chegada da pandemia, trocando fundos de tijolo por CRIs, Certificados de Recebíveis Imobiliários, especialmente indexados à inflação.

Nesta quarta-feira (24), às 19h, a Captei promove a live “Indicação como estratégia de captação para 2022”. Diego Moeller, co-founder e CCO da startup, recebe Kadu Arruda, diretor da Kadu Imóveis, e Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli, para compartilhar as melhores práticas e estratégias para escalar captações para locação e venda. Inscrições gratuitas aqui.


Techs

Na última semana, foram as imobiliárias que começaram a divulgar seus resultados do último trimestre. O Grupo Lopes divulgou o VGV total de R$ 3,9 bilhões, atingindo 81% da prévia operacional projetada para 2021. O Grupo destaca as atuações nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste, que aumentaram o VGV intermediado em 145%, 77% e 48%, respectivamente, quando comparado ao mesmo período do último ano. A CrediPronto, fintech de crédito imobiliário da Lopes, teve alta no volume financiado de 97% comparado ao 3º tri de 2020, atingindo o equivalente a R$1,7 bilhão.

A RE/MAX também divulgou ótimos resultados. O VGV anunciado foi de R$ 1,72 bilhão, aumento de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2021, pela primeira vez, o Brasil ficou em primeiro entre os mais de 120 países nos quais a companhia atua. Em entrevista para o Valor Econômico, Peixoto Accyoli, presidente da RE/MAX Brasil, comenta os resultados e mantém pé no chão para 2022: “A Remax continuará crescendo, mas vivemos um momento de muita incerteza política e teremos uma eleição polarizada”.

O home office está afetando a locação de imóveis por temporada. No litoral, imobiliárias e proprietários relatam que já alugaram seus imóveis em contratos a longo prazo e, com as festividades chegando, estão faltando residências para suprir a demanda da temporada.

Por falar em movimento, um grande afluxo de novos contratos é esperado para a alta temporada de locação, que vai de janeiro a março. A maior demanda é aguardada para cidades com pólo universitário, com o retorno das atividades presenciais. O Imobi Aluguel, série do Imobi Report especializada em locação, conta como as imobiliárias estão se preparando para o período de vacas gordas e fala sobre o risco de faltar imóveis para locar. 

Para assinar o Imobi Aluguel basta clicar aqui – você pode experimentar gratuitamente por 7 dias. O assinante também tem acesso a uma seleção das principais notícias sobre o segmento e a um grupo de WhatsApp com 150 gestores de imobiliárias e startups para networking e troca de informações estratégicas sobre o negócio da locação. 

O mercado imobiliário entrou em um novo ciclo e, na opinião de alguns especialistas, a fase de bonança absoluta passou. Estão pesando na balança a alta dos juros, da inflação, a desaceleração do crescimento e a incerteza fiscal.

A Ademi-PR premiou profissionais, imobiliárias e incorporadoras de destaque em 2021. Entre as premiações entregues, a Laguna foi eleita incorporadora do ano e a JBA levou o troféu de melhor imobiliária. 

A variação negativa dos FIIs não reflete a realidade do mercado. É o que afirma o sócio da Mauá Capital, Brunno Bagnariolli, empresa responsável pela gestão de dois fundos. A companhia colheu bons frutos com uma estratégia defensiva na chegada da pandemia, trocando fundos de tijolo por CRIs, Certificados de Recebíveis Imobiliários, especialmente indexados à inflação.

Nesta quarta-feira (24), às 19h, a Captei promove a live “Indicação como estratégia de captação para 2022”. Diego Moeller, co-founder e CCO da startup, recebe Kadu Arruda, diretor da Kadu Imóveis, e Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli, para compartilhar as melhores práticas e estratégias para escalar captações para locação e venda. Inscrições gratuitas aqui.


Mundo

Nos EUA, o aluguel teve aumento médio de 10% no período de 12 meses. Entre setembro de 2020 e setembro de 2021, as cidades que tiveram maior avanço foram Miami, com 25%, Phoenix, com 19%, e Las Vegas, com 15%.

Em Manhattan, o destaque é a venda de apartamentos. O volume de negócios no terceiro trimestre foi o maior em 32 anos, com 4.500 unidades vendidas, quase o triplo do mesmo período do ano passado. Os apartamentos de luxo (acima de US$ 4 milhões) chamaram a atenção, com avanço de 132% sobre o volume registrado no ano anterior.

Um bairro inteiro criado a partir de impressões 3D. O projeto deve sair do papel – ou melhor, das impressoras – a partir de 2022. Serão 100 casas com até 279 metros quadrados e custo estimado em pouco mais de R$ 1 bilhão. Apesar da demora para a impressão de todas as peças, que pode chegar a dois anos, a construção 3D promete ser mais ágil e econômica do que obras convencionais ou pré-fabricadas em madeira.

E a crise imobiliária na China começa a apresentar seus desdobramentos pelo mundo. O setor de imóveis responde por quase 30% das riquezas produzidas no país, logo, sua retração impacta na economia como um todo. Para o Brasil, a porta de entrada deste impacto é o minério de ferro, que tem menos demanda com a desaceleração da construção civil chinesa.


Estamos de olho

Inscrições abertas para o maior treinamento do Brasil para diretores, líderes e gestores de imobiliárias e incorporadoras. É a segunda edição do Gestor de Vendas, treinamento promovido pela CUPOLA. Alcance a alta performance na venda de imóveis com a mentoria e orientação dos líderes de mercado.

Um projeto de lei pretende taxar aluguéis de Airbnb e passagens internacionais. A cobrança seria de 7% sobre os valores do app e de US$ 18 para os embarques. A proposta já está na pauta de votação da Câmara dos Deputados.

Um fundo imobiliário está tirando famílias de baixa renda de cortiços para que possam viver em casas reformadas e compartilhadas. O fundo, chamado de Fica, faz um processo de seleção das famílias interessadas em São Paulo. O projeto foi possível após dez simpatizantes da iniciativa emprestarem o dinheiro para o Fica, com um retorno de 4% ao ano.

A MRV&CO abriu processo seletivo para o seu primeiro programa de trainee voltado para pessoas negras. As inscrições podem ser feitas até 12 de dezembro.

E vamos aos podcasts. Confira no Semana imobi comentários sobre nosso conteúdo da Batalha de BH, além das percepções da geração Z sobre o mercado e soluções inovadoras de proptechs. No Vem Pra Mesa, o papo é com Elisa Tawil, idealizadora e fundadora do movimento Mulheres do Imobiliário e também colunista do Imobi Report.

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