4 motivos para entender a escalada do crédito imobiliário no alto padrão
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Mesmo com a recente alta dos juros, aumentou o interesse pelo crédito imobiliário no alto padrão. É claro que o impacto da subida da Selic no período de 12 meses – saindo de 2% para 10,75% ao ano – é maior para clientes do segmento econômico. Afinal, se o Custo Efetivo Total (CET) da compra do imóvel fica mais alto, a renda necessária para contratar o financiamento também aumenta. Mas, no caso do alto padrão, essa lógica não representa uma ameaça.
Para o cliente de alto padrão, a maneira de lidar com o atual momento é totalmente diferente. Em muitos casos, este comprador ainda terá um bom dinheiro em caixa mesmo que faça a compra de um imóvel à vista. Ele não se preocupa em gastar mais com o crédito se o dinheiro que ele tem investido estiver com rendimento superior aos juros do financiamento.
Tendo em vista esse contexto, para o corretor de imóveis entender e aproveitar melhor a escalada do crédito no alto padrão, o Imobi Report fez uma lista de quatro motivos para apostar fichas neste modelo de transação. Saber vender o crédito pode ser o caminho para encaminhar mais negócios.
1. O crédito imobiliário no alto padrão dá mais liquidez para a carteira do cliente
O cliente de alto padrão está sempre de olho em duas coisas: liquidez e rendimento. Assim, caso não consiga descontos que justifiquem comprar um imóvel à vista, ele pode financiar e manter recursos em caixa para distribuir em outros investimentos.
“Para este cliente, o mercado financeiro acaba sendo mais rentável do que os juros do crédito imobiliário, que são os mais baratos que existem. Entre aplicar o dinheiro 100% na compra de um imóvel e encontrar produtos financeiros com maior retorno, este cliente prefere a segunda opção. Há oportunidades com o CDI em 13% ao ano na renda fixa, além de investimentos com bons retornos na Bolsa, com a renda variável”, ressalta Roberto Nascimento, cofounder e head de Imobiliárias da Kzas Krédito, assessoria de crédito imobiliário.
Ele também aponta que, em uma eventual queda da taxa Selic, quem conseguiu um financiamento com uma taxa maior pode se beneficiar com a portabilidade. Apesar de o cenário atual indicar alta, o cliente investidor fica com essa janela de oportunidade aberta caso o mercado vire.
2. Aos poucos, o cliente tradicional está migrando para um novo modelo de compra
É fato que os clientes conservadores, em sua grande maioria, preferem fazer a compra à vista. Trata-se de uma questão cultural. Entretanto, com a flexibilidade cada vez do mercado de investimentos, o investidor tradicional também já começa a olhar para a diversificação.
Para não se afastar do universo dos imóveis, o cliente pode alocar recursos em fundos imobiliários – famosos pelo cartaz da “segurança do tijolo e a liquidez dos fundos de investimento”. Uma opção inovadora para investir são os tokens imobiliários, que estão chegando com tudo ao Brasil e prometem democratizar os investimentos no setor.
O Imobi Report levou ao ar dois conteúdos especiais de introdução à tokenização imobiliária e mercado de criptomoedas. Vale a pena conferir.
3. Construtoras estão oferecendo financiamento direto com juros menores
De olho no público de alto padrão, algumas construtoras já estão ofertando imóveis com financiamento direto. A promessa é de agilizar a concessão de crédito, reduzindo a burocracia e também o custo final da operação.
Em Balneário Camboriú (SC), uma das cidades expoentes do alto padrão no Brasil, a Phacz e a FG Empreendimentos estão entre as construtoras que apostaram nesta nova frente. Para o cliente, mais facilidade e economia. Para a construtora, mais diversificação de receitas e sustentabilidade financeira.
“Das minhas 20 últimas negociações, apenas 3 utilizaram financiamento bancário. Nos negócios acima de R$ 5 milhões, não houve nenhum financiamento por banco, mas houve grande adesão ao financiamento direto com a construtora. Os prazos são flexíveis e geralmente negociados para 12 meses até 36 meses”, relata Hélio Capelanes Junior, corretor de imóveis especialista em altíssimo padrão na região.
4. Apesar da alta dos juros, o financiamento deve manter boa fase em 2022
O crédito imobiliário registrou R$ 255 bilhões financiados em 2021, recorde na série histórica da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). No comparativo com 2020, a negociação de crédito para a compra de imóveis novos teve crescimento 98%, enquanto os usados registraram aumento de 66%.
A Caixa Econômica, líder no segmento e responsável por 70% dos financiamentos, prevê mais um ano de muito crédito na praça. O banco até corrigiu a projeção de concessão de crédito de 2022, R$ 150 bilhões para R$ 155 bilhões.
Em janeiro, a Caixa registrou aumento de 100,7% no crédito concedido na comparação com o mesmo mês de 2021. Sinal claro de que, mesmo com o reajuste da Selic, os ventos do crédito seguem soprando.
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