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[135] Imobiliárias se unem contra os impactos da reforma do IR no aluguel
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[135] Imobiliárias se unem contra os impactos da reforma do IR no aluguel

13 out 2021
Redação Imobi
Redação Imobi
9 min
[135] Imobiliárias se unem contra os impactos da reforma do IR no aluguel

A reforma do Imposto de Renda voltou a ser pauta no mercado imobiliário. O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora segue para apreciação do Senado, mas é questionado por especialistas em direito imobiliário. SECOVIs de todo o Brasil se reuniram para apresentar uma nota técnica aos senadores, com alguns dos impactos da tributação proposta sobre lucros e dividendos para investidores PJ em imóveis para locação.

O ponto que está sendo discutido é a tributação sobre a distribuição de lucros e dividendos das empresas, que foi fixado em 15% na fonte. Na nota, é apresentada uma simulação de como a nova proposta do IR poderá resultar em uma elevação da carga tributária de mais de 100%. A nota também traz dados da RAL e RELOCA (redes que congregam mais de 40 empresas do setor) que apontam a representatividade deste cliente: 16% dos locadores são pessoas jurídicas e representam estes 39% dos imóveis administrados.

A preocupação é que, com um aumento tão alto na tributação, investidores podem se sentir desestimulados a continuar investindo em imóveis para locação. Com menos investidores, resulta-se em menos imóveis disponíveis e em um aumento no valor dos aluguéis mensais, afetando também inquilinos.

No Imobi Report, entrevistamos Leandro Ibagy, presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB Santa Catarina. Leandro foi um dos redatores da nota técnica e explica a preocupação das associações, sindicatos e redes com as consequências dessa tributação.


Imobiliárias

Ainda sobre direito imobiliário, o Imobi Report traz uma entrevista com Alexandre Corrêa, vice-presidente Jurídico e de Assuntos Legislativos do Secovi-RJ. Alexandre comenta o caso da imobiliária Reis Príncipe, que foi condenada a uma multa de R$ 100 mil, entre outras penalidades, por cobrar de candidatos a inquilinos taxas pela reserva do imóvel e pelo laudo de vistoria.

Um balanço da Lello Imóveis aponta aquecimento gradual no mercado de locação comercial de São Paulo. O volume de novos contratos firmados na capital, de janeiro a agosto deste ano, cresceu 21% em comparação ao mesmo período de 2020. Segundo a Lello, as salas e conjuntos lideraram o fechamento de novos contratos entre janeiro e agosto, o que representa 32% do total das locações comerciais realizadas no período.

Ainda sobre locação, no Imobi Aluguel desta semana traçamos um panorama sobre a automação dos serviços bancários nas imobiliárias de locação. Às facilidades já consagradas, como a integração dos pagamentos via ERPs, somam-se inovações importantes como a transferência automatizada das comissões dos corretores autônomos. Mas também mostramos os gargalos na relação com os bancos, especialmente os mais tradicionais. O Imobi Aluguel é a série semanal do Imobi Report dedicada à locação que analisa casos concretos, tendências do mercado do aluguel e notícias do segmento.

Estudo realizado pela Casa do Construtor analisa as reformas e cuidados que os brasileiros tiveram com suas casas no último ano: 68% dos entrevistados realizaram algum tipo de reforma em suas residências nos últimos 12 meses. Neste universo, o predomínio se dá na classe AB, com 78%, ante 54% da C. Para os próximos seis meses, mais da metade dos entrevistados pretende realizar mais reformas. A sala de estar/jantar e o quarto aparecem empatados em primeiro lugar nas intenções (35%). Cozinha e banheiro (32% e 30%, respectivamente) vêm em seguida. Ainda de acordo com o levantamento, 71% dos entrevistados contrataram um prestador de serviços e apenas 16% optaram pelo “faça você mesmo”.

Já um estudo da EmCasa aponta que 3 em cada 10 brasileiros desejam mudar de imóvel por conta dos filhos. Quando questionados sobre quais os três aspectos mais importantes para a escolha de um imóvel, os pais destacaram a localização (mencionado por 69%), valor do imóvel (47%) e segurança da região (55%). Proximidade com a escola dos filhos foi lembrado por 14% dos entrevistados.

Falando na proptech, a EmCasa anunciou expansão para o interior paulista e para a região metropolitana de São Paulo. Até então, a startup atuava apenas nas capitais do RJ e de SP. As novas cidades fazem parte de um plano de crescimento da EmCasa que prevê, entre outras coisas, faturamento de R$ 50 milhões em 2021, e R$ 1 bilhão em vendas transacionadas.

A Veja conta a história de jovens que deixaram empregos “tradicionais” pela carreira de corretor de imóveis de luxo. O que os tem atraído? “Rotina flexível, bons pagamentos e uma dose de ostentação”, afirma a reportagem.


Incorporadoras

Um crescimento de 61% no número de lançamentos e de 25% no total de vendas. Este é o balanço de 2021 apresentado pela Abrainc, em comparativo com o ano passado. Os resultados são os melhores de toda a série histórica, iniciada em 2014.

No Fórum Brasileiro das Incorporadoras, organizado também pela Abrainc, o vice-presidente de habitação da Caixa, Jair Mahl, reiterou a projeção do banco de liberar R$ 130 bilhões em financiamentos imobiliários ainda este ano e sinalizou que o ritmo de contratações deve ser mantido em 2022.

Atender 35 milhões de brasileiros em 20 anos é a meta da MRV, destacada pelo seu presidente, Rubens Menin. De acordo com ele, o objetivo da companhia é manter a ponta no segmento popular, com renda de 3 a 10 salários mínimos.

Empreendimentos que atendem a terceira idade começam a ganhar espaço no mercado e pintam de novo aqui na newsletter. Em São Paulo, um lançamento focado na qualidade de vida e longevidade traz facilidades como espaços para pilates e fisioterapia. Na Europa, o senior living também está em plena ascensão e cresceu quase 40% em cerca de um ano.

Os studios estão batendo recordes de lançamento em São Paulo, o que levanta dúvidas sobre uma possível saturação do modelo. Até o final do ano, a cidade deve contar com até 70 mil unidades do formato, marcado pelo espaço enxuto e, no máximo, uma vaga de garagem.

Ex-funcionários da Direcional Engenharia denunciaram abusos trabalhistas por parte da empresa. De acordo com os relatos, a companhia os colocou para trabalhar como corretores, mas sem registro profissional. Isso fez com que alguns ex-colaboradores estejam respondendo pessoalmente a processo por exercício ilegal da profissão.

Um fundo de investimentos imobiliários de R$ 530 milhões deve ser lançado em breve pela BR Properties. Segundo seu presidente-executivo, Martín Andrés Jaco, o fundo será inicialmente composto por ativos próprios, de torres comerciais.


Techs

Quem trabalha em imobiliária sabe que tempo é dinheiro: ao receber um lead, o ideal é responder rapidamente. Pensando nisso, a C2S desenvolveu uma ferramenta de captação de leads completa, mas muito simples de usar para promover maior usabilidade. Fernando Vallocci, sócio-fundador da empresa, deu uma entrevista ao Imobi Report explicando a importância do timing na jornada imobiliária.

A CashMe, fintech da Cyrela, está entrando na disputa pelo financiamento imobiliário. A empresa afirma que quer buscar e atender um nicho de clientes que não têm acesso às linhas de crédito tradicionais. Juliano Bello, cofundador da CashMe, explica que não são exatamente os clientes negativados, mas sim casos complexos. “É aquele que o banco não consegue entender e avaliar, como quem tem renda ou mesmo residência fora do Brasil e quer comprar imóvel aqui”, conta o executivo para a Valor Investe. Outros perfis são profissionais com renda composta majoritariamente por remuneração variável e com salário fixo baixo, bem como as aquisições de imóveis por três ou quatro pessoas – financiamento mais complexo, que os bancos costumam evitar.

A Housi, startup que nasceu para administrar os imóveis da Vitacon, já tem 130 mil imóveis em sua plataforma. E os planos são ainda maiores: a expectativa é reunir mais de 200 mil studios, apartamentos e quartos de hotel na plataforma, que se apresenta como “moradia sob demanda”.


Mundo

O maior expoente da crise chinesa é a Evergrande, mas todo o mercado imobiliário local enfrenta dificuldades desde o ano passado. A má fase é atribuída às medidas adotadas pelo governo chinês para controlar o mercado imobiliário e reduzir os riscos da ampla oferta de crédito. Só que o remédio foi amargo demais: o setor registrou queda de 36% nas vendas no último ano.

A exemplo da capital alemã, a Espanha deve impor restrições ao mercado de aluguel. O governo espanhol apresentou um projeto de lei que procura controlar esses valores. Entre as medidas há um limite de reajuste de aluguéis por proprietários de mais de dez imóveis residenciais, além de um auxílio que visa facilitar a saída de jovens adultos da casa dos pais.

Convivendo com o êxodo de moradores do centro para o subúrbio desde o início da pandemia, Nova York se vê diante de uma conta que não fecha. O aluguel mais caro dos EUA afastou de vez os inquilinos de menor renda, que são justamente os que têm empregos que não permitem o trabalho remoto, como entregadores e motoristas.


Estamos de Olho

Olho aberto para os segmentos de logística, empreendimentos corporativos pós-pandemia, residencial de renda e alto padrão. Estas são as tendências do imobiliário apontadas pelos executivos de duas gigantes do setor, a Tishman Speyer e Brookfield.

A normalização do trabalho remoto já faz o home office evoluir para “anywhere office”, ou seja, ter seu escritório não apenas em casa, mas em qualquer lugar. Porém, ao mesmo tempo em que essa realidade vai ganhando espaço nas empresas, os contratos de locação e moradias de curto prazo continuam em um modelo engessado. Diante disso, cresce o debate sobre a necessidade da flexibilização dos contratos de aluguel.

Moradias em pleno contato com a natureza, arte e tecnologia. Estas são algumas premissas do conceito de Sociedade 5.0. Trata-se de um modelo sustentável no qual a transformação digital é uma ferramenta para aumentar a qualidade de vida das pessoas, deixando-as mais felizes e confortáveis.

O dilema entre progresso e preservação histórica está a pleno vapor em São Paulo. Mais de 3 mil imóveis foram demolidos nos últimos três anos em bairros tradicionais da cidade. Saem prédios antigos e casas, entram torres de alto padrão. Apesar de próximos da nata estrutural da cidade, os novos imóveis não devem abrigar um grande número de habitantes, situação que fomenta outro debate mais profundo, sobre adensamento populacional e a verticalização das grandes cidades. Na Folha de S. Paulo, reportagem conta o caso de uma lanchonete tradicional na rua Pinheiros que está sendo convidada a se retirar. Segundo os entrevistados, o prédio está sendo sondado e visitado por funcionários da startup Yuca.

Ryan Serhant, corretor de imóveis americano e queridinho por muitos por conta de sua atuação nas redes sociais, assinou um artigo para a Forbes americana (em inglês). No texto, Serhant dá a dica nº. 1 que todo corretor de imóveis deveria saber: invista na sua marca pessoal. Destacamos: “É pela sua marca que você é conhecido. É a soma de sua pegada digital, sua aparência, sua ética de trabalho, suas habilidades, suas conexões, suas paixões, sua personalidade – tudo que faz de você, quem você é. É a razão pela qual um cliente seleciona VOCÊ – e é por isso que construir minha marca pessoal tem sido meu segredo de sucesso nº 1”.

No Imobi Explica dessa semana, Denis Levati e Ana Clara Tonocchi convidam Renato Ferreira, head comercial da CBL para discutir sobre o mercado de loteamentos abertos. A conversa abordou a importância do gestor comercial e de uma formação multidisciplinar para a função, além de estratégias de vendas e relacionamento adequadas ao cliente e à região que uma empresa atende. Se você quer um spoiler, Denis assina um texto no Imobi com destaques da entrevista, mas o podcast já está disponível na íntegra e vale o play. Já na última ediçãodo Semana Imobi, tratamos sobre a síndrome do burnout, trazemos eventos de incorporação e comentários sobre o setor.

E no Vem pra Mesa, Sergio Langer recebe Gustavo Favaron, CEO do GRI Club. O executivo ingressou no GRI em 2010 com a missão de expandir o negócio para o mercado brasileiro, ainda a partir de Londres. O GRI é uma plataforma de relacionamento para CEOs do mercado imobiliário, incluindo shoppings, hotéis, prédios comerciais, galpões, infraestrutura.

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