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[107] Loft recebe maior aporte já feito a uma startup no Brasil
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[107] Loft recebe maior aporte já feito a uma startup no Brasil

30 mar 2021
Redação Imobi
Redação Imobi
12 min
[107] Loft recebe maior aporte já feito a uma startup no Brasil

Resumo

Nos destaques da curadoria desta semana temos o aporte recebido pela Loft, Imobi Experts - Alto Padrão, cultura data driven e mais. Acesse!

A Loft recebeu um aporte de 450 milhões de dólares, na última semana, em sua quarta rodada de captação. É o maior aporte já recebido por uma startup brasileira. Entre os fundos investidores, destacam-se especialistas em empresas listadas na Bolsa, o que reforça a expectativa por um futuro IPO. Parte desse investimento será utilizado para que a Loft abranja mais imóveis nas praças onde já atua, Rio e São Paulo, antes de partir para a expansão em outras capitais. “Diferente de outros business, em que a territorialidade é o mais importante, o nome do atual jogo imobiliário é densidade”, diz Florian Hagenbuch, fundador e co-CEO da Loft.

Nos últimos cinco anos, o número de fintechs no Brasil cresceu sete vezes, passando de 100 negócios em 2015 para mais de 750 em meados de 2020. Artigo publicado pela Exame mostra que esse crescimento foi impulsionado ainda mais pela busca por melhores condições de financiamento imobiliário, com a queda da Selic, no ano passado. Outros fatores que também contribuíram para isso foram a criação do marco regulatório das fintechs, em 2018, a necessidade de digitalização do mercado e o crescimento do acesso ao big data nos últimos anos. Entre os exemplos de sucesso citados na publicação, estão Nubank e Neon (banco digital), Guiabolso e CrediGO (finanças pessoais), Creditas (empréstimo pessoal garantido) e QuintoAndar (mercado imobiliário). 

Com o propósito de auxiliar incorporadoras na transformação digital, a startup Construtor de Vendas registrou um crescimento de 130% no número de clientes em 2020, devido à aceleração da digitalização no setor por causa da pandemia. Com isso, a plataforma movimentou R$ 38 milhões, referentes à conclusão de mais de 250 mil vendas que passaram por ela. Sediada em Aracaju, a startup é exemplo de sucesso fora do eixo Rio-SP e teve sua trajetória contada em matéria do portal Pequenas Empresas & Grandes Negócios. 

Ainda pensando na digitalização do mercado imobiliário, a cultura de dados surge como uma necessidade cada vez mais urgente para imobiliárias e incorporadoras, para organizar a grande quantidade de informações armazenadas diariamente. A cultura de negócios data-driven é tema de conteúdo publicado no Imobi Report nesta semana. Na publicação, as incorporadoras MRV e RNI e as imobiliárias Infinity e G&G falam sobre suas experiências com inteligência de dados. Além disso, a matéria traz informações valiosas trazidas por especialistas no mercado, como Gustavo Zanotto, da Beemob, Guilherme Werner, da Brain Inteligência Imobiliária, e Joseph Galiano Neto, da Isket. 

Por falar em Beemob, a startup acaba de fechar uma parceria com o Next, banco digital ligado ao Bradesco, para facilitar o acesso a serviços bancários por corretores de imóveis, permitindo abertura de conta corrente e obtenção de cartão de crédito por meio de processo digital e gratuito. 

E mais: em sua coluna no Imobi, Gustavo Zanotto, CEO da Beemob, conta como os grandes varejistas globais utilizam a integração do big data de maneiras únicas: cada um deles usando-o para um propósito distinto e gerando percepções curiosas e criativas a partir dele. Mas questiona, como usar esse conhecimento no imobiliário? Confira a reflexão e o conteúdo completo aqui.

A RE/MAX anunciou a nova empresa do grupo, a G73. A nova empresa terá como foco inteligência de dados para alimentar o site e o aplicativo de busca da RE/MAX nos Estados Unidos. Segundo o CEO, Adam Contos, o objetivo da nova empresa é “coletar dados de várias fontes para nos ajudar a orientar nossas decisões, limpando-os, tornando-os mais completos de forma que apontem em uma direção para futuras ações”.

Em apenas cinco meses desde seu lançamento oficial, em outubro do ano passado, a startup americana Pacaso já se tornou um unicórnio, apostando na multipropriedade, mais especificamente de casas de veraneio. Desta forma, a Pacaso superou o recorde da Bird Rides Inc, tornando-se a startup que mais rapidamente atingiu o status de unicórnio no mundo. No Brasil, o tempo médio para uma startup se tornar unicórnio é de oito anos. Aliás, os imóveis de multipropriedade foram destaque em conteúdo publicado pelo Imobi Report recentemente.


Imobiliárias

Anote na agenda. No próximo dia 21, o Imobi Report, em parceria com a CUPOLA, promove um evento online sobre o mercado imobiliário de luxo e alto padrão. O Imobi Experts vai reunir especialistas no segmento em palestras e painéis exclusivos. Neste link, é possível fazer sua inscrição gratuitamente e conferir os primeiros palestrantes confirmados. 

Em meio a tantos desafios para as imobiliárias, torna-se ainda mais imprescindível que elas tenham bem definidas as suas metas de gestão, as chamadas KPIs. Para obter resultados expressivos, entretanto, é preciso de pelo menos dois elementos adicionais: transparência e engajamento dos gestores. É o que afirma Greice Nardelli, gerente de produção e sócia da CUPOLA, em entrevista publicada no Imobi Report nesta semana. Confira o bate-papo na íntegra!

De olho nos investidores que buscam renda com locação de imóveis, no pós-pandemia, o Estadão publicou uma matéria para ajudá-los a escolher os produtos. Ouvido pela reportagem, Dário Ferraço, sócio da SF Consultoria Imobiliária, indica que um retorno de 0,7% a 0,8% é um bom indicador para unidades residenciais. Para ele, apartamentos são as melhores opções, enquanto os imóveis comerciais têm um horizonte incerto pela frente, constituindo um investimento de maior risco.

Acompanhando o aumento de leilões de imóveis registrado no ano passado, também percebe-se um crescimento na oferta de retomados no mercado, tendência que já adiantamos aqui no Imobi Report. Com isso, os descontos oferecidos pela Caixa têm aumentado também. De acordo com levantamento da Resale, em parceria com a Exame, o desconto médio dos imóveis retomados colocados à venda tem ficado em 41%. 

O início de 2021 tem sido marcado por uma dança das cadeiras no mercado imobiliário. Nesta semana, a própria Resale anunciou a contratação de Igor Freire como seu novo CRO. Igor já trabalhou em grandes empresas do setor, como Lopes, Tenda, Direcional e Lello, sua última experiência, onde era diretor nacional de vendas.


Incorporadoras

Na imprensa, a alta da Selic e os impactos no mercado imobiliário continuam em pauta. No G1, especialistas indicam que o financiamento imobiliário deve crescer neste ano, mas os juros devem voltar para os dois dígitos em 2022. A reportagem também traz ótimos gráficos que ilustram a expansão do crédito, além de uma tabela que compara as ofertas de cada banco. É um bom material para ter como subsídio para os clientes.

Levantamento da FGV com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI-Construção) caiu 5,5 pontos no mês, segundo a CNI. O indicador saiu de 57,7 para 52,5 pontos, ficando abaixo da média histórica de 53,6 pontos.

Ainda, no Estadão, incorporadoras afirmam que manterão suas metas para o ano. “O cenário é incerto. Estamos acompanhando dia a dia a situação da pandemia. Mas as metas internas estão mantidas”, afirma Miguel Mickelberg, diretor de relações com investidores da Cyrela. Já Flávio Vidigal, diretor de relações com investidores da Tecnisa, comenta que “a visitação no site está potente. Tão logo a cidade permita a reabertura dos estandes, acredito que isso será transformado em venda”. E Eduardo Fischer, copresidente da MRV, diz que apesar da “confusão de curto prazo”, está muito otimista com 2021. “Acredito que teremos um ano ainda melhor e ainda mais forte para a companhia”.

No NeoFeed, a série de entrevistas Conexão CEO sabatinou outro copresidente da MRV, Rafael Menin. Na entrevista, ele analisa como o trabalho que a incorporadora vem fazendo é para alongar a relação entre cliente e empresa. “Queremos estar presentes na vida do nosso cliente não mais por dois, mas por 20 anos, e propiciar que ele possa percorrer toda a sua jornada de moradia dentro da MRV&CO”, afirma.

Já Renan Sanches, CFO e diretor de relações com investidores da Tenda, participou de uma live do InfoMoney na última semana. Sanches comentou mais sobre a estratégia da incorporadora de investir em casas pré-fabricadas para atender ao setor de moradia popular.

Em outra live, também do do InfoMoney, quem participou foi Emilio Fugazza, CFO e diretor de relações com investidores da EzTec. A incorporadora alcançou a margem bruta mais alta do setor em 2020, 40% acima de sua média histórica. Para o executivo, a recuperação foi rápida devido aos lançamentos em bairros estratégicos de São Paulo e região metropolitana, além da atuação no programa Casa Verde Amarela.

Na Forbes, reportagem esmiúça os planos da You, Inc. para 2021. A incorporadora, que desistiu do IPO em 2020, pretende lançar R$ 1,1 bilhão em empreendimentos e talvez retomar o processo de ingresso na B3 este ano. “Adiamos o nosso IPO e estamos acompanhando o mercado neste momento. Mesmo outras companhias que estão acessando o mercado estão encontrando dificuldades, vamos aguardar o melhor momento para a retomada, que está prevista para este ano, mas tudo vai depender da movimentação de mercado”, explica o CEO e fundador Abrão Muszkat.

A abertura de novos hotéis para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada de 2016 gerou uma superoferta de quartos no Rio de Janeiro. Com a pandemia, esse cenário se agravou e hotéis estão passando por retrofits para dar lugar a apartamentos residenciais. O Estadão conta mais sobre o Hotel Novo Mundo, que foi reformado pela Uliving e do Hotel Glória, capitaneado pelo fundo imobiliário do Opportunity. A Bait incorporadora também demonstra interesse em cerca de cinco hotéis do Rio: “Os hotéis têm mais área construída do que seria permitido para um prédio convencional e via de regra estão muito bem localizados. Pode fazer um residencial com muito mais VGV”, afirma Henrique Blecher, presidente da incorporadora.

Em São Paulo, a partir de amanhã (31), os novos prédios construídos na capital deverão dispor de sistema de recarga de carros elétricos. A exigência vale para projetos de empreendimentos comerciais e residenciais registrados na prefeitura a partir desta data. A lei também determina que a medição do consumo de energia elétrica, utilizada para cada carro, deve ser individualizada. Porém, estão dispensados da regra empreendimentos construídos a partir de programas habitacionais públicos ou subsidiados com recursos do governo.

A Caixa divulgou que encerrou 2020 com queda de 37% em seu lucro nominal, comparado a 2019. Mas no crédito habitacional, o ano encerrou com uma alta de 9,8%. O banco, que ainda detém quase dois terços de participação no mercado habitacional, concedeu R$ 317,7 bilhões com recursos FGTS e R$ 193 bilhões com recursos da poupança. 


Mundo

A Nova Zelândia é considerada o país que melhor lidou com a pandemia do coronavírus. E o pós-pandemia por lá apresenta uma escalada nos preços dos imóveis. O preço das casas aumentou 23% em 12 meses e a primeira-ministra Jacinda Ardern anunciou um pacote de ações com objetivo de reverter os problemas de oferta e demanda de moradias. Em 2020, mais de 15 mil pessoas que já possuíam cinco ou mais propriedades no país compraram mais imóveis, dificultando o acesso a compradores de renda mais baixa e mais jovens. Além de subsídios, o pacote de benefícios inclui isenção fiscal e incentivos para construção de novos empreendimentos.

Na Califórnia, nos Estados Unidos, está sendo construído o primeiro bairro todo impresso em 3D. Um terreno de cerca de 20 mil metros quadrados será transformado em uma comunidade com 15 casas. Os responsáveis são as empresas Palari, de desenvolvimento imobiliário sustentável, e Mighty Buildings, de tecnologia de construção. Assim que a obra começar, a entrega deverá ser rápida: as impressoras têm capacidade para fazer uma casa de 107 metros quadrados em menos de 24 horas. Os imóveis terão preço inicial de 595 mil dólares para o modelo básico, até 950 mil para uma configuração de duas residências com atualizações, como churrasqueira, fogueiras ou banheiras de hidromassagem.

Na última semana, divulgamos um conteúdo do Imobi Report com as 10 tendências para o mercado imobiliário em 2021. Entre elas, está a reinvenção dos escritórios e a manutenção do home office. Na mesma semana, a Windows divulgou o estudo 2021 Work Trend Index com o título “A próxima grande disrupção é o trabalho híbrido – estamos prontos?”, na qual traz caminhos para o trabalho remoto. Vale a leitura (em inglês).

E o tema do trabalho híbrido e remoto também foi reportagem no The New York Times. Cerca de 90% dos trabalhadores de escritório de Manhattan estão trabalhando remotamente e empresas estão optando por jornadas híbridas e espaços físicos menores. Inclusive, o prefeito Bill de Blasio está exigindo que os cerca de 80.000 funcionários municipais da cidade voltem a trabalhar presencialmente no início de maio, em parte como um sinal para outros empregadores de que preencher os prédios de Nova York é a chave para sua recuperação.


Estamos de Olho

Em artigo publicado no Imobi Report, Denis Levati reforça a importância de se reconhecer a gravidade da pandemia de Covid-19, após ele mesmo ter se contaminado com o coronavírus, ficando internado durante todo o mês de fevereiro. Denis fala sobre como as empresas do setor devem se adaptar para tomar os cuidados necessários na prevenção da Covid-19 e propõe uma reflexão sobre o pós-Covid. 

O êxodo urbano provocado pela pandemia continua sendo pauta na imprensa. Nesta semana, a revista Crescer publicou uma matéria contando a história de quatro famílias que decidiram deixar grandes cidades durante esse período e listando aspectos que são importantes levar em consideração no momento de optar por uma mudança como essa. Vale para entender as motivações deste perfil de cliente.

Para quem quer se manter bem informado sobre tudo o que está rolando no mercado imobiliário, além da leitura da nossa news e dos conteúdos publicados no Imobi Report, uma ótima opção é ouvir podcasts sobre o setor. Recomendamos o “Vem Pra Mesa”, no qual Sergio Langer entrevista especialistas do mercado – nesta semana, o convidado é Bruno Sindona, CEO da Sindona Incorporadora. 

O próprio Imobi tem seu podcast, o “Semana Imobi”, que comenta as notícias mais lidas a cada edição semanal. E tem também o “SambukaCast”, apresentado por Lucas Krasucki (Grupo Luka) e Gabriel Zaupa (Samburá Imóveis). No mais recente episódio, um bate-papo com Kleber Sobrinho, da Recons, que também já deu entrevista para o Imobi Report recentemente.

Em Porto Alegre, a Prefeitura do Município está enfrentando dificuldades para dar continuidade a um programa de aluguel solidário para moradores de rua. A proposta do Programa Moradia Primeiro é que proprietários aluguem seus imóveis para pessoas que estão no sistema da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), com garantia de pagamento por parte do Executivo Municipal. Porém, poucos proprietários têm manifestado interesse em participar. 

Já em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, a única favela do município vai receber, nos próximos três anos, o apoio de um projeto inédito no país, o Favela 3D (Digna, Digital e Desenvolvida). A iniciativa propõe regularizar a área, construir casas e melhorar a infraestrutura, além de criar ferramentas sociais como programas de capacitação e empreendedorismo para dar autonomia financeira aos moradores e tornar a comunidade autossustentável.

Após um ano de pandemia, o ArchDaily traz uma reflexão crítica sobre os avanços do mercado imobiliário nesse período, por meio da publicação de um artigo escrito pela pesquisadora Leijia Hanrahan, de Nova York, e traduzido por Vinícius Libardoni. Para a pesquisadora, o avanço tecnológico do mercado imobiliário beneficia apenas uma pequena parcela da população, enquanto que para as classes mais baixas há uma precarização dos espaços habitáveis, especialmente em países mais pobres ou emergentes, como o Brasil, além do aumento dos despejos.

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