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O Crescimento “dói”
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O Crescimento “dói”

23 out 2024
Tiago Borba
Tiago Borba
4 min
O Crescimento “dói”

Lembro-me de quando trabalhava em uma construtora e participamos de uma concorrência para a contratação de um grande projeto. Apesar de chegarmos à fase final, não fomos os vencedores. No entanto, as palavras do negociador na última entrevista nunca saíram da minha mente. Naquela ocasião, ele nos disse, com muito carinho, algo mais ou menos assim: “Vocês ainda não estão prontos para nos atender, mas eu tenho certeza de que em breve estarão, porque estão crescendo. Só não se esqueçam de uma coisa: ‘crescer dói’ e, geralmente, dói muito”.

Confesso que essa frase me marcou profundamente, e toda vez que me deparo com um grande desafio, as palavras daquele senhor de cabelos brancos, ditas há mais de 15 anos, ecoam na minha memória.

Para mim, essa experiência pessoal que compartilho com vocês carrega uma lição profunda, que frequentemente surge no caminho do crescimento pessoal e profissional. A frase “crescer dói, e às vezes muito” é uma verdade plena, especialmente em um setor tão desafiador quanto o mercado imobiliário. O crescimento nunca é uma linha reta; ele vem com tropeços, quedas, e exige uma mentalidade forte e vencedora para continuar.

O que aquele senhor de cabelos brancos trouxe à tona é algo que nos conecta diretamente ao chamado Efeito Dunning-Kruger, que descreve o ciclo de aprendizado pelo qual todos passamos. No início de qualquer nova jornada, seja no aprendizado de uma nova habilidade ou na condução de um grande projeto, muitos de nós começamos com uma confiança elevada — o conhecido “pico da estupidez”. Achamos que já sabemos o suficiente e que estamos prontos para qualquer desafio. Mas logo em seguida, a realidade nos confronta com o verdadeiro tamanho da montanha que temos de escalar.

Esse é o momento em que descemos ao chamado “vale da desilusão”. É nessa fase que muitos desistem. Aqui é onde a dor do crescimento mais se faz sentir. É quando as palavras daquele negociador ganham vida: o crescimento dói. Mas é justamente nessa fase que o verdadeiro desenvolvimento acontece. Quem persiste, quem aceita a dor como parte do processo, começa a trilhar o caminho da sabedoria.

No mercado imobiliário, assim como em qualquer outro setor competitivo, enfrentar esses momentos de dor é inevitável. Mas são esses momentos que moldam os grandes profissionais. Cada desafio encontrado, cada vez que você se depara com algo que parece maior do que sua capacidade atual, é uma oportunidade de expandir seus limites.

Assim como uma criança que cai e se levanta inúmeras vezes antes de dar seus primeiros passos com firmeza, nós, como profissionais, também precisamos aceitar essas quedas como parte natural da jornada. Quando você abraça a dor, a incerteza e o desconforto, coloca-se à frente de quem se deixa paralisar por eles.

O sucesso no mercado imobiliário não é medido apenas pelos contratos fechados, mas por quanto você cresceu entre uma negociação e outra. O processo de “subir a montanha” talvez nunca termine — mas é na escalada que encontramos a verdadeira realização.

Por que escolhi compartilhar isso com você?

Porque acredito que, assim como eu, você já se deparou com momentos de profunda reflexão e desafios que testaram seus limites. E, nesses momentos, é crucial parar e perguntar a si mesmo: “Este desafio que estou enfrentando é fruto do meu crescimento ou consequência da minha estagnação?”

Essa pergunta é poderosa, pois a resposta muda completamente a forma como lidamos com o desafio. Se a dor e o desconforto que sentimos são o resultado do nosso desenvolvimento, da nossa busca por sermos melhores, então podemos acolhê-los com ânimo. Isso porque sabemos que, ao final desse processo, estaremos mais fortes, mais capazes, mais preparados. Como já conversamos, crescer dói, mas é uma dor que traz frutos.

Por outro lado, se a dificuldade que enfrentamos vem de uma inércia, de uma estagnação — aquela sensação de estar preso no mesmo lugar por muito tempo —, então é hora de acordar. A estagnação pode ser mais perigosa do que o próprio fracasso, pois nos mantém parados enquanto o mundo ao nosso redor continua evoluindo. E, muitas vezes, é preciso coragem para admitir que não estamos crescendo, que precisamos mudar nossa rota, buscar novos aprendizados, desafiar nossa própria zona de conforto.

A reflexão que quero deixar para você é simples, mas transformadora: analise sempre o motivo do seu desafio. Pergunte-se: estou enfrentando essa dificuldade porque estou crescendo ou porque estou parado? Se for por crescimento, continue com força. Mas se perceber que é por inércia, tome a decisão de se mover.

E, mais do que isso, desejo que você enfrente sempre desafios grandes, que o empurrem para além dos seus limites. Que você experimente aquela dor que gera transformação, porque só assim será capaz de se tornar a melhor versão de si mesmo. Lembre-se: cada dor que vem do crescimento é um presente para sua jornada.

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