[122] 13,3 milhões de residências alugadas: a força da locação
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Dados da Pnad Contínua 2019 indicam que imóveis alugados representam 13,3 milhões das residências brasileiras. Esse dado ilustra como o segmento da locação deve ser olhado com atenção pelo mercado imobiliário. Razão porque o Imobi Report elegeu o aluguel como tema do seu próximo evento, que acontece nesta semana, o Imobi Experts Aluguel.
O maior evento do Brasil sobre a operação de aluguel acontece nos dias 14 e 15 de julho. O primeiro dia é 100% gratuito, ao vivo, e terá uma grande quantidade de conteúdo, com convidados mais do que especiais. Serão dicas e cases reais de imobiliárias que estão rentabilizando suas operações e transformando o mercado de aluguel.
Já no segundo dia, serão transmitidos conteúdos práticos de processos realizados por imobiliárias de locação de alta performance. São atendimentos reais de como fazer captação de imóveis, secretaria de vendas, chamados de manutenção e venda de garantia locatícia. Com o Ingresso Premium, você garante o segundo dia de evento com dinâmicas para treinar o seu time durante 6 meses, além de receber toda a gravação do evento e logins adicionais para sua equipe.
A grade completa com a programação do Imobi Experts já está disponível no nosso site. Acesse e garanta seu ingresso promocional, válido só até hoje.
Imobiliárias
Em junho, o preço dos imóveis residenciais teve um avanço de 0,57%, segundo o Índice FipeZap. A alta é a maior desde agosto de 2014, sem considerar a inflação do período. Porém, no comparativo dos últimos 12 meses, os preços de imóveis estariam 3,36% abaixo da inflação.
Já dados da Abrainc sinalizam alta de 45% na venda de imóveis de médio e alto padrão no primeiro trimestre de 2021, comparado ao mesmo período do ano anterior. Essa foi a primeira alta desde fevereiro de 2020, segundo os dados da associação.
O que buscam os investidores do mercado imobiliário? Preço atrativo, segundo levantamento da startup Apê 11. O estudo aponta que 43% dos interessados buscam imóveis com preços abaixo dos praticados na mesma região; 22% mostram interesse pelas unidades que baixaram de preço nos últimos 60 dias; 18% por remanescentes de incorporadoras; 11% por apês na planta ou em construção e, 6%, por aqueles que precisam de reforma.
Ainda no alto padrão, reportagem da Casa Vogue evidencia como a arquitetura e decoração agregam valor e aumentam o ticket médio de um imóvel. Mas o mais interessante, segundo a reportagem, é sugerir projetos assinados por arquitetos ou designers de interiores de confiança, que possam apresentar a versatilidade do imóvel. Ou seja, o cliente vê o potencial do imóvel, mas pode personalizá-lo conforme sua necessidade.
Em julho, a imobiliária Apsa completa 90 anos de criação, apresentando-se como a nonagenária que ama e entende de novas tecnologias. Na comemoração de aniversário, a imobiliária lançou uma plataforma para gestão de condomínios. O “saas dos condomínios” é por assinatura mensal e busca atender pequenas administradoras, que não têm estrutura para investir pesado em tecnologia e automação de processos.
A Wiz Soluções, que passou 50 anos como corretora de seguros da Caixa, agora passa a avançar para outros negócios. A empresa fechou uma parceria com o Itaú, para oferecer financiamento imobiliário. O acordo, com duração prevista de 20 anos, prevê uma rede de 17.000 pontos de vendas para a distribuição do produto de crédito em todo o país. A estratégia é focar principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Para ajudar os interessados em leilões de imóveis a não saírem no prejuízo ao comprar um imóvel, a advogada especialista em Direito Imobiliário Ana Carolina Osório desenvolveu uma calculadora que permite avaliar a viabilidade financeira do leilão e, após a revenda, avaliar o lucro obtido com a arrematação. A calculadora também consegue simular o aumento do valor do lance de acordo com o seu custo de oportunidade e, assim, ajudar a definir seu lance máximo. A orientação geral da advogada para os interessados em leilões de imóveis é fazer um estudo de viabilidade e que se considere um prazo médio de 8 meses entre o leilão e a revenda.
Num cenário de captação de imóveis cada vez mais acirrada, a imobiliária Pedro Granado, de Maringá, aposta no desenvolvimento de empreendimentos para locação do zero. Em entrevista ao Imobi, Téo Granado, CEO da imobiliária, relata as oportunidades oferecidas por esse nicho do desenvolvimento de imóveis para locação e conta como a operação multiplicou o lucro da imobiliária.
Por falar em locação, o Imobi Aluguel desta semana projeta o futuro dos portais imobiliários, cuja eficiência vem sendo colocada em xeque num momento em que o usuário evolui movido por experiências digitais melhor amarradas. “A salvação do business ‘portais’ pode estar em serviços que fazem parte da jornada de compra e locação de imóveis. Afinal, um grande ativo eles continuam tendo: o tráfego. O que falta é acertar a mão na entrega às imobiliárias”, diz o relatório, assinado pelo CEO da CUPOLA, Rodrigo Werneck. O cenário projeta para o futuro um portal em que o visitante poderá agendar visitas, contratar seguros ou financiamento e assinar contrato numa única plataforma, na qual as imobiliárias exibirão o seu estoque de imóveis sem pagar por isso.
Para garantir acesso à análise completa, que será publicada nesta quarta (14), clique aqui. O Imobi Aluguel é o primeiro relatório de inteligência do país focado exclusivamente em locação. Além do tema principal, o conteúdo traz notícias ligadas ao segmento da locação e indicadores atualizados. A produção é da equipe de jornalistas do Imobi Report, com o know-how da CUPOLA, maior consultoria para gestão de imobiliárias do Brasil.
Incorporadoras
O mercado imobiliário ficou um pouco mais tranquilo em relação à reforma tributária após uma reunião de representantes do setor com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet, o ministro informou que pretende tratar a reforma com neutralidade e sem sanha de arrecadação. Jafet ainda disse que os representantes do mercado de imóveis se comprometeram a enviar sugestões concretas ao ministério nos próximos dias, a serem avaliadas pelo ministro.
O aumento de custos na construção civil segue galopante e registrou a maior alta em 26 anos no Brasil. De janeiro a junho, o aumento foi de 9,73%, enquanto nos últimos 12 meses o acumulado superou os 17%. O reajuste ocupa o segundo lugar histórico – só fica atrás do índice de 1995, que foi de 25%. Os números são do INCC, Índice Nacional de Custo da Construção, calculado pela FGV.
A construtora Cury atingiu um VGV recorde no último trimestre. Com sete empreendimentos lançados no período, o total ultrapassou os R$ 686 milhões – aumento de 120% na comparação com o mesmo período do ano passado. No primeiro semestre como um todo, foram 13 empreendimentos lançados e VGV de R$ 1,3 bilhão, o que representou alta de 172% no comparativo.
De olho na classe média, a Cury também volta a erguer empreendimentos para esta fatia do mercado. A iniciativa acontece após uma década de foco total ao público do Minha Casa Minha Vida – agora Casa Verde e Amarela. O objetivo é ampliar o portfólio, sem precisar expandir para além das praças atuais, em São Paulo, Rio e Campinas. A estratégia busca aproveitar o momento de oferta de financiamentos a juros baixos.
Quem também está com uma previsão robusta de VGV é a Trisul. Depois de lançar oito empreendimentos em 2020, são 11 estimados para 2021, impulsionados pela aposta na adoção de técnicas ágeis e sustentáveis para a entrega das obras. O total é de 1,4 mil unidades e VGV de aproximadamente R$ 2 bilhões.
A Tenda definiu uma meta ousada para as vendas e quer que 50% dos negócios fechados venham por meio de indicação boca a boca. O índice atual da construtora é de pouco mais de 13%. A Tenda já oferta R$ 400 para quem faz indicação bem sucedida, mas deve ir mais fundo na política de envolver clientes e funcionários. O objetivo é atingir a meta no período de 5 anos.
Falando em metas, a Viewco espera apresentar seus dois lançamentos do ano neste segundo semestre. O VGV é estimado em R$ 490 milhões. De acordo com Moni Lati, sócio-diretor da incorporadora, os lançamentos só não saíram no primeiro semstre porque as licenças não saíram a tempo.
Com custos maiores para erguer empreendimentos, a Setin está tirando o pé do acelerador. De acordo com Antonio Setin, presidente da incorporadora, a falta de insumos e mão-de-obra fez a empresa decidir por reduzir o número de lançamentos neste ano. O planejamento para 2021 era de promover seis lançamentos, com VGV de R$ 900 milhões; após reorganização, são quatro lançamentos previstos e um VGV de R$ 650 milhões.
Quer saber mais sobre BIM? Um decreto assinado pelo governo federal em 2018 prevê que, a partir de 2021, todos os projetos e construções de órgãos governamentais devem utilizar BIM na sua execução. Confira mais sobre este conceito em artigo do Imobi.
Techs
As startups imobcentric chegaram para colocar as imobiliárias no centro do negócio e oferecer soluções inteligentes, tanto para facilitar o trabalho das empresas como também para oferecer um serviço ainda melhor aos clientes. É o caso da CredPago, referência em garantia de aluguel, que usa tecnologia e inovação para apoiar milhares de imobiliárias e simplificar o mercado. Confira no Imobi iniciativas que fazem parte desta revolução do mercado.
O QuintoAndar agora está em todas as regiões do Brasil. A proptech chegou ao Norte do país e, com o início da atuação em Belém e Manaus, passa a funcionar em 42 cidades. O executivo-chefe de operações da startup, Thiago Tourinho, comemorou a boa aceitação do modelo e a expansão nacional.
O Triider está comprando a operação brasileira da Habitissimo. A transação amplia para mais de 1 milhão de usuários o ecossistema da Juntos Somos Mais, joint venture entre as gigantes Votorantim, Gerdau e Tigre que comprou o Triider, aplicativo que conecta clientes e profissionais para pequenas reformas. O valor do negócio não foi divulgado.
A startup mexicana Casai terá um fundo imobiliário próprio. A empresa lançou recentemente a proposta de aluguel de casas inteligentes no Brasil e contará com parcerias de peso no país. A gestora será a Navi Capital, que administra R$ 9,1 bilhões em fundos, com distribuição pela XP Investimentos.
A venda de loteamentos tem um número limitado de soluções inovadoras. Uma delas é o InstaCasa, empresa de tecnologia que oferece aos clientes a oportunidade de visualizar construções nos lotes avaliadas para compra. Em entrevista ao Imobi, o fundador do InstaCasa, Maurício Carrer, fala sobre o leque de opções oferecidos pela proptech e as oportunidades deste segmento.
E foi lançado o Instituto Vivenda, marco que consolida a transformação da Vivenda em uma holding. A startup social, que antes era uma executora de obras, passou a integrar iniciativas que unem a cadeia da construção civil. Segundo Fernando Assad, cofundador da Vivenda, o instituto vai trabalhar com a disseminação de conhecimento dentro das universidades, para atrair arquitetos interessados na causa.
Mundo
O preço dos aluguéis disparou nos Estados Unidos. No primeiro semestre deste ano a alta foi de 9,2% em média, segundo o Apartment List. O aumento pressiona o orçamento de famílias de baixa renda, justamente quando a maioria dos contratos de aluguel são renovados.
A movimentação de preços, que também atinge o mercado de compra e venda, faz com que especialistas indiquem esperar até o ano que vem para fazer a compra de imóveis.
A montanha russa de preços agita o mercado e também as redes sociais. O Buzzfeed americano fez uma lista com 10 vídeos do TikTok que fazem piada com o tema, satirizando a dura realidade com pitadas de desespero. Se é na crise que talentos surgem, os americanos estão bem servidos.
Estamos de olho
A KPMG, empresa de serviços em auditoria, fiscalização e consultoria, realizou um levantamento analisando a retomada dos 40 principais setores da economia brasileira após um ano do início da pandemia da Covid-19. Sobre o mercado imobiliário, especificamente, o estudo aponta que o setor deve se “transformar para reemergir” e levanta 7 prioridades, que listamos: promover mudanças nos modelos de negócios; apostar em um modelo operacional com foco em inovação, agilidade e eficiência; ficar atento às mudanças de hábitos dos investidores; buscar uma estratégia lean; rever as estruturas e formas de trabalho, com aumento da flexibilidade na relação com os funcionários; revisão e reavaliação da estrutura de capital; fortalecimento da política de gestão de riscos e ESG.
No Valor Econômico, a editoria À Mesa com o Valor entrevista Roberto Loeb, um dos mais conceituados arquitetos brasileiros. O veículo tem paywall, mas se você assina, vale a leitura. Loeb critica projetos habitacionais tipo Minha Casa Minha Vida, agora Casa Verde e Amarela; propõe uma “reurbanização humana” – sensíveis interferências na cidade para facilitar a comunicação entre pessoas; sugere mudanças no mundo urbano pós-pandêmico; comenta seus projetos favoritos e ainda compartilha um sushi com sua esposa e com a jornalista Maria da Paz Trefaut, que o entrevistou.
Na Rádio USP, Raquel Rolnik explica como o boom imobiliário na pandemia não cessa a crise habitacional brasileira. Na entrevista, a professora explica que o “crescimento que tivemos no mercado, no ano passado, tem muito mais a ver com a dinâmica do mercado financeiro do que com a do mercado residencial” e cita as altas vendas para investidores e no setor de alto padrão.
E se você gosta de conteúdos em áudio, recomendamos dois podcasts: o Semana Imobi, que conta com a participação dos jornalistas que produzem o Imobi Report, comentando as notícias mais quentes; e o Vem pra Mesa, podcast de Sergio Langer que, nesta semana, entrevista Ana Flávia Moreira, corretora de imóveis especializada no segmento econômico.
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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