Como o isolamento social afeta a família brasileira

Resumo
Mudanças que a quarentena tem causado em nossa realidade, dicas para ações no Dia do Corretor de Imóveis e muito mais. Acesse o Imobi e confira.
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Que a quarentena está mudando as dinâmicas dentro de casa, não é mais novidade. Mas o isolamento social está provocando mudanças, também, no formato das famílias. Há os filhos da quarentena, em gestação. E há também famílias que estão repensando os planos de crescimento. Aproveitando o Dia dos Pais do último domingo, a Folha de S. Paulo entrevistou alguns que estão repensando a vinda do segundo ou terceiro filho. O isolamento social evidenciou a dificuldade de criar uma criança sem rede de apoio – longe dos avós, da escola, das atividades extras. Significa, também, a necessidade de um quarto a mais na casa. Em alguns casos, esse quarto já virou escritório.
E as incorporadoras, como mudam os projetos em andamento? A Tegra, por exemplo, está revendo apartamentos e áreas comuns dos novos empreendimentos. O diretor executivo de Negócios da Tegra, Thiago Castro, afirmou ao Estadão que o isolamento social “despertou a necessidade de otimizar espaços internos”. Mas, segundo ele, “a demanda por áreas comuns existe e continuará existindo, pois representam mais segurança do que espaços como clubes e praças, que são frequentados por um número maior de pessoas em ambiente menos controlados”.
Segurança, em tempos de crise sanitária, significa higiene, saúde. A pandemia evidenciou estas demandas, que podem ser unificadas em um único conceito: saudabilidade. A saudabilidade é considerada o próximo passo da sustentabilidade e os novos empreendimentos devem levá-la em consideração. Explicamos mais sobre o tema no Imobi Report.
Outros aspectos da vida em casa, infelizmente, custam a mudar. Quando foi instituído o isolamento social, o número de feminicídios no país saltou 22,2% (entre março e abril), enquanto o número de denúncias caiu. Muitas mulheres não conseguem pedir ajuda enquanto confinadas com seus agressores. O Grupo Graiche, que atua na administração de condomínios, lançou uma campanha logo no início da quarentena: disponibilizou canais de denúncia, inseriu um botão de socorro nos canais da empresa e divulgou uma cartilha sobre violência doméstica para os condomínios que administra.
Como muito do cenário pós-quarentena, o formato do trabalho continua incerto. O home office é um tópico de “ame ou odeie”: há quem tenha um cômodo para trabalho dedicado na lista de desejos de casa e há quem não vê a hora de voltar para o escritório. O tema é pauta na Época.
É que voltar para o escritório é mais complicado do que parece. Há as medidas básicas, como uso de máscaras e álcool gel, mas há as estruturais: optar por ambientes arejados, sem ou com pouco uso de ar-condicionado, distância mínima de dois metros entre funcionários e, de preferência, uso de barreiras físicas entre as mesas.
É nesse contexto que surgem novas ideias para o escritório. Profissionais do Turismo, por exemplo, apostam na migração do home office para o road office. E os hotéis estão atentos a essa nova tendência, na qual os profissionais poderiam trabalhar de qualquer lugar, não necessariamente em suas casas, e já trabalham com o conceito de room office também.
Em coluna publicada pela Gazeta do Povo, opresidente da Birmann SA, Rafael Birmann, relembra o livro “Cidades Mortas”, de Clifford Simak. Escrito em 1952, é uma distopia do que estamos vivendo: “o autor previa a morte das cidades pelo barateamento das terras (agricultura tinha se tornado hidropônica), do transporte (todos usavam helicópteros com energia atômicos) e pelas reuniões virtuais praticamente ilimitadas (tipo Zoom e Teams, só que muito mais avançadas). As reuniões virtuais eram praticamente iguais ao que aprendemos a chamar, nesses dias de pandemia e isolamento, de reuniões presenciais. Por tudo isso, e algumas coisas mais, as cidades deixaram de ser ‘necessárias’, e daí, morreram.”
Imobiliárias
Você sabe qual o papel do dono de uma imobiliária? Se pensou em vender imóveis, talvez seja preciso rever um pouco seus conceitos. No Imobi, Rodrigo Werneck, CEO da CUPOLA, reflete sobre a importância que a gestão de pessoas ganha em tempos de crise.
Está chegando o Dia do Corretor de Imóveis. Para comemorar, o Imobi traz dois conteúdos exclusivos: conheça a história inspiradora de Isaías, o corretor-corredor que leva uma vida corrida, literalmente. Trazemos também cinco dicas de como acertar na comemoração com corretores da sua imobiliária..
Pesquisas registram o que o mercado já estava sentindo: os brasileiros estão comprando imóveis mesmo durante a pandemia. Em São Paulo, a busca por imóveis residenciais cresceu 26% em junho, e 57% têm interesse na compra, segundo dados da Imovelweb, com destaque para a preferência por casas. Dados positivos nos últimos dois meses do Secovi-SP também reforçam a retomada.
Já a Abecip aponta que 70% dos financiamentos dos primeiros seis meses deste ano foram para compra de imóveis usados. Em junho, as operações de construção ou aquisição foram 33,5% superiores a maio e a instituição se mantém positiva, prevendo um crescimento de 12% na busca de financiamento de imóvel por pessoas físicas até o final do ano.
Muitos afirmam que o crescimento na compra de imóveis se dá pela taxa Selic estar em um dos seus menores valores na história – na última semana, o Copom cortou a taxa novamente, para 2%. Mas, para Bruno Gama, CEO da CredHome, o novo corte não deve provocar mais alterações no mercado imobiliário. Afirmou para a Istoé: “os players de crédito imobiliário já estão operando com taxas mínimas a partir de 6,95% ao ano e, se fizerem alguma movimentação no sentido de redução, deve ser pequena e pontual”.
Incorporadoras
Há um movimento de requalificação do Centro de São Paulo pelo mercado imobiliário. No segundo trimestre de 2020 foram concedidos 10 alvarás de prédios residenciais na região, 150% a mais do que no mesmo período do ano passado. Mobilidade, conexão e acesso à cidade são as principais vantagens apontadas pelo público que adere ao centro. Mas, segundo especialistas, para que sua revitalização seja efetiva é preciso o apoio estatal, tanto com benefícios de taxas, quanto na preocupação com segurança e projetos sociais.
No primeiro semestre, a quantidade de galpões alugados no estado de São Paulo foi equivalente a 76% de todo o ano de 2019. Segundo a consultoria NewMark Knight Frank, as locações atingiram 394 mil metros quadrados, aquecidas pelo comércio eletrônico.
O primeiro financiamento do Santander Brasil à construção para pessoa jurídica, em um processo 100% online, com assinatura e registro digital do contrato foi fechado com a construtora Patriani. Com isso, houve redução de 50% no prazo do processo em relação ao que costumava acontecer antes, com o modelo físico.
A incorporadora You Inc cancelou sua estreia na Bolsa. A desistência acontece cinco meses após a empresa protocolar pedido de registro de seu IPO. Os pedidos de reserva já tinham superado o valor de R$ 489 milhões, quase metade do R$ 1 bilhão que planejava levantar. Este é o mesmo valor que a incorporadora Yuny também quer levantar em IPO. O prospecto acaba de ser protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O número de lançamentos em São Paulo caiu pela metade em 2020 por causa da pandemia de Covid-19, de acordo com dados do Secovi-SP. No caso das vendas, a redução foi de 14%. Mesmo assim, incorporadoras têm apresentado resultados expressivos. Este é o caso da Tenda, que registrou, no segundo trimestre deste ano, um aumento de 28,4% no número de vendas em comparação com o mesmo período do ano passado.
Techs
Em julho, foram mais de 50 investimentos, fusões e aquisições envolvendo startups no Brasil. Destas 20,5% são construtechs, perdendo o pódio só para as fintechs.
A Beemob, plataforma de parcerias imobiliárias, acaba de anunciar seu novo CEO. Gustavo Zanotto, referência no mercado imobiliário em marketing e inovação, cofundador do Café Imobiliário e entusiasta do ecossistema de proptechs, assume o cargo na startup.
A CashMe, fintech da Cyrela, vai passar a oferecer uma nova modalidade de empréstimo com foco em condomínios. O objetivo será oferecer um fundo para que prédios residenciais possam financiar reformas, obras e novas demandas dos moradores. Na nova modalidade, o pagamento deve ser diluído nas taxas condominiais.
Cyrela que se destacou no Top Imobiliário 2020. Após se classificar em quinto lugar no ano passado, a Cyrela levou os prêmios das duas principais categorias – construtora e incorporadora. A premiação, que chega à sua 27ª edição neste ano, foi criada em 1993 pelo Estadão, em parceria com a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).
Mundo
Para investidores que querem expandir sua carteira para outros países, o Estadão sugere a Argentina como uma boa opção de investimento imobiliário. Por integrar o Mercosul, a compra de imóveis dos hermanos não é tão burocrática. Além disso, lembra a reportagem, o investidor pode ter como clientes outros brasileiros que estejam fazendo turismo no país ou cursando ensino superior. Isso porque a Argentina não exige vestibular, o que atrai estudantes brasileiros, notadamente nos cursos de Medicina.
No Reino Unido, a cada 10 cidadãos, pelo menos 1 deve continuar trabalhando remotamente após o fim da pandemia. O home office permanente fez com que a procura por casas no interior tenha aumentado em 125% em junho e julho. Os ingleses não querem ir tão longe e dão preferência para as cidades satélite – que têm imóveis mais baratos, mas com a facilidade de não estar tão longe dos grandes centros.
Ainda na Inglaterra, o Estadão traz a gentrificação para pauta e conta a história da Nour Cash & Carry vs Taylor McWilliams. A Nour é uma mercearia tradicional do Brixton Market, que recebeu uma notificação de despejo em janeiro, após 20 anos de funcionamento no local. A surpresa veio após o mercado ter sido adquirido por Taylor McWilliams, multimilionário e DJ nas horas vagas. Depois de muitas manifestações e uma petição assinada por mais de 55 mil pessoas na internet, um acordo foi firmado e a Nour foi realocada para outro local dentro do Brixton Market. McWilliams alega que “a intenção nunca foi fechar o estabelecimento, mas mudá-lo de lugar para que fossem realizados os reparos”.
Se antes da pandemia da Covid-19, já existiam os grupos de “preparadores”, ou seja, pessoas organizadas para um possível apocalipse, esse movimento se intensificou. Isso fez com que a demanda de bunkers e refúgios para milionários aumentasse em até 400%. Já mostramos em detalhes um deles aqui no Imobi, vocês lembram?
Estamos de Olho
A prorrogação da desoneração da folha de pagamento pode sofrer uma nova reviravolta em breve. O Congresso pode derrubar o veto presidencial, que barrou a redução de impostos sobre a folha a partir de 2021. O problema é que ainda não há uma data agendada para a votação e, enquanto isso, os setores impactados, inclusive a construção civil, ficam na indefinição.
Apesar de ainda não ter sido anunciado oficialmente, mais novidades do “novo Minha Casa Minha Vida” vêm à tona. Informações preliminares indicam que os mutuários da chamada faixa 1, com renda mensal de até R$ 1,8 mil, possam renegociar suas dívidas com a Caixa. O objetivo é evitar que o beneficiário perca sua moradia em caso de desemprego ou perda da renda.
Sem políticas públicas que contemplem a prevenção à Covid-19 em áreas de maior vulnerabilidade social, as próprias favelas estão se organizando no combate ao novo coronavírus. Algumas comunidades estão criando campanhas de comunicação, cadastro para famílias receberem cestas básicas e produtos de higiene, entre outras ações.
Um novo hotel gerido como multipropriedade acaba de ser inaugurado pela Rede Mabu. O My Mabu tem modelo fracionado, que permite a aquisição do mesmo apartamento junto com outras pessoas. O empreendimento do Mabu está localizado em Foz do Iguaçu (PR).
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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