Imobiliária laboratório testa inovações do mercado de locação
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Uma imobiliária que é, também, um laboratório de experimentação. Este é o conceito da CUPOLAB, projeto pioneiro da CUPOLA, que se propõe a testar inovações no mercado imobiliário e sentir na pele o dia a dia da operação imobiliária. A CUPOLAB é uma imobiliária real, que atende clientes reais e atua em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Seu diferencial é que se propõe a testar estratégias, ferramentas e oferecer feedback para os envolvidos, além de promover entregas melhores para as imobiliárias clientes da CUPOLA.
Para funcionar, a CUPOLAB conta com parceiros de peso nas mais diversas áreas, como plataformas de CRM, gestão da locação, atendimento omnichannel, entre outros. No momento, a imobiliária já está em funcionamento, focada na captação de imóveis.
“As startups do imobiliário estão aqui para somar, para nos tirar da zona de conforto. Essas empresas novas e de alto risco devem ser observadas como uma oportunidade de parceria, de aceleração”, afirma o CEO da CUPOLA, Rodrigo Werneck, em artigo publicado ontem. Ele também comentou este e outros temas em entrevista a Sergio Langer, para o podcast Vem pra mesa.
A Facilita, startup de venda de imóveis, recebeu um aporte da Soluti, empresa de certificação digital. Agora, a Facilita entrega um processo 100% digital e que pode levar apenas dois dias. A startup atua, majoritariamente, com imóveis novos e loteamentos.
Quem já realizou sua primeira venda 100% digital foi a MRV. A incorporadora lançou uma plataforma própria que, inicialmente, funciona em Belo Horizonte, mas com previsão de ser estendida para os demais empreendimentos. A plataforma oferece três modos de operação: processo 100% digital e self-service, experiência mista digital e offline e compras online com apoio de um profissional.
Ainda sobre o digital no imobiliário, André Penha, cofundador e CTO do QuintoAndar, assinou um artigo ressaltando as vantagens do aluguel digital. No texto, afirma que “o digital é mais seguro que o papel”.
Imóveis usados chamam a atenção do consumidor, com facilidades como plantas maiores ou mobília inclusa para os que compram para alugar. A venda de imóveis usados na cidade de São Paulo cresceu 10% em 2019, comparada a 2018. Já em Curitiba, são os apartamentos usados de quatro quartos que tiveram a maior valorização. Nos últimos seis anos, a correção de valor deste tipo de imóvel ultrapassou 20%.
Tecnologia
Construtech, proptech, realtechs, contechs, infratechs, greentechs, ufa! Essas são as techs que atuam ou abrangem o nosso mercado imobiliário. Para saber mais sobre cada um desses nomes, o Imobi Explica o significado das startups imobiliárias.
Quando uma startup passa a ser considerada scaleup? A expressão refere-se a uma empresa cujo negócio já mudou de patamar, alcançando a fase de crescimento. Para Bruno Loreto, cofundador da Terracotta Ventures, 2020 será o ano das scaleups no mercado imobiliário. Ele também explica melhor o que define cada momento do negócio. Vale a leitura.
A Loft, startup de iBuyer, lançou um marketplace de reforma de imóveis. Neste novo portal, anunciantes vão poder revender seus imóveis diretamente para terceiros e a Loft entra promovendo melhorias por encomenda dos compradores. Por ora, o serviço funciona somente em São Paulo, com um ano de garantia da obra. Segundo a Época, a startup também deve lançar um braço financeiro, que vai antecipar de 30% a 50% do valor do imóvel aos vendedores.
Uma pesquisa do portal imobiliário britânico Zoopla identificou que os ingleses têm usado mais o Facebook para buscar por imóveis. Entre 2018 e 2019, dobrou o número de pessoas que recorrem à rede social para encontrar sua próxima moradia. A pesquisa também aponta que mais da metade dos corretores de imóveis pretende investir ainda mais nas redes sociais, em plataformas como o próprio facebook, mas também no Instagram e no Twitter. (inglês)Ainda na terra da Rainha, a cada quatro casas, uma está no Airbnb. Este dado é referente a alguns bairros específicos, em cidades como Londres e Edimburgo, na Escócia. Em entrevista ao The Guardian, autoridades britânicas afirmam que não se opõem ao Airbnb, mas que imóveis comprados e usados exclusivamente para aluguel na plataforma deveriam ser considerados comerciais, não residenciais. Um porta-voz da empresa afirmou que está trabalhando junto ao governo para definir regras que funcionem para todos. (inglês)
Além dos governos, a Airbnb também enfrenta crises com seus usuários. No ano passado, após vários incidentes envolvendo festas não autorizadas em imóveis listados pela plataforma, a empresa se viu obrigada a agir para atender proprietários inseguros. Só que a resposta da Airbnb, de sugerir aos anfitriões a instalação de dispositivos de vigilância sonora para prevenção a festas, pegou muito mal entre os hóspedes. A discussão, que passa muito por privacidade, também gira em torno de segurança dos dados, uma vez que não se sabe como esses áudios são armazenados e de que forma podem ser usados pelas empresas. (inglês)
Incorporadoras
As incorporadoras continuam construindo suas trajetórias na bolsa de valores. Entre as últimas empresas que registraram pedidos para IPO, há notícias de quatro que atuam no estado de São Paulo: Pacaembu, One Innovation, You Inc e Cury. A Inter, que, além de SP, está presente em Minas Gerais, também deve abrir capital este ano.
E para ouvir: o CEO da Mitre Realty, primeira incorporadora a estrear na Bolsa em 2020, deu entrevista ao podcast Banco Imobiliário, da InfoMoney.
O movimento das incorporadoras paulistas na BV é um reflexo de 2019. Só na capital, o aumento de alvarás para construções foi de 29,1% no ano passado.
São Paulo está puxando a recuperação da construção civil no país e foi responsável por 27% das vagas no setor no último ano. Apesar da melhora, ainda há estados que parecem estar longe de conseguir se reerguer. Na Região Norte, em especial, depende-se mais do programa Minha Casa Minha Vida.
Redes de shoppings voltam a investir em empreendimentos mistos. A Multiplan, gaúcha, e a Iguatemi, paulista, têm planos de lançar empreendimentos que unem espaços comerciais, residenciais, escritórios e hotelaria. É uma solução para depender menos da vacância dos shoppings e lojistas e diversificar a receita.
A Monte Carlo brasileira: essa é Balneário Camboriú para Tonino Lamborghini, chairman da marca de automóveis. É lá que Tonino começa seus investimentos no Brasil, com um empreendimento que terá apartamentos na ordem de R$ 15 milhões. Desenvolvido em parceria com a incorporadora de alto padrão Embraed, teve 50% das unidades vendidas em dois meses.
Mundo
Em Nova York, o governo está disponibilizando apartamentos de luxo para residentes de abrigos para sem-teto. Na cidade, já há um programa de incentivo fiscal, no qual incorporadoras devem disponibilizar apartamentos a preços mais acessíveis. Porém, estas exigem que as famílias atendidas se inscrevam em um processo burocrático e muitas vezes esses apartamentos acabam vazios. Para otimizar o espaço na cidade, 200 imóveis que estavam, até então, desocupados, servirão como alojamento para pessoas em situação de rua.
Também nos Estados Unidos, a cidade mais cara do país é Atherton, na Califórnia. Segundo a Zillow, o imóvel mais barato na cidade vale mais de R$ 11 milhões e a renda média anual dos habitantes passa de meio milhão de dólares.
O Coronavírus segue afetando, principalmente, a Ásia. A desocupação de imóveis comerciais em Hong Kong atingiu 4% em janeiro, segundo relatório da JLL. A Associação de Restaurantes de Singapura solicitou um desconto nos aluguéis dos primeiros três meses do ano para os proprietários de shoppings. A hotelaria também sofre. Na Indonésia, apenas a ilha de Bali já registrou 20 mil cancelamentos. Na Europa, mais especificamente na França, a conferência MIPIM sobre imobiliário que deveria acontecer em Cannes foi adiada por causa do vírus.
Estamos de Olho
Quando se fala em cidades inteligentes, sustentabilidade é palavra de ordem. Masdar, a cidade do futuro dos Emirados Árabes, começou a ser planejada em 2008 e deve ser finalizada em 2030. A equipe do City Lab visitou a cidade, que por ora parece fantasmagórica. Projetada para caminhadas, com muitos painéis solares, ventilação natural e zero carbono, teve sua primeira parte concluída. A sensação de vazio se dá pela população que mora ali não passar de 1.300 pessoas, quando a cidade projeta mais de 50.000 habitantes. (inglês)
Na discussão crescente sobre sustentabilidade, Jeff Bezos, CEO da Amazon, anunciou um fundo de 10 bilhões de dólares para cientistas, ativistas e ONGs para “preservar e proteger o mundo natural”. O grupo Colaboradores da Amazon pela Justiça Climática rebateu com uma nota, afirmando que uma mão não pode dar o que a outra está tirando. Segundo eles, para uma mudança efetiva, a empresa deve parar de financiar empresas de petróleo e gás e trocar sua frota para caminhões elétricos. (inglês)
Amazon que lançou seu primeiro supermercado. Investindo no universo offline, a loja não tem pessoas trabalhando e todo o monitoramento é virtual. Pegou muito mal com o sindicato dos trabalhadores de comércio e alimentos, que alegou que a tech é um perigo para milhões de “bons empregos”. Em declaração, afirmou: “A verdade brutal é que a Amazon está focada em uma coisa – eliminar o maior número possível de empregos para enriquecer um multimilionário, Jeff Bezos”. (inglês)
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