Portais imobiliários: novos modelos de monetização
Resumo
Rodrigo Werneck comenta em vídeo sobre os novos modelos de monetização dos principais portais imobiliários brasileiros.
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O seu pacote de anúncios nos portais imobiliários ficou mais caro?
Pois é, imobiliárias e corretores de todo o Brasil estão tendo que colocar a mão no bolso e pagar mais para manter seus imóveis em destaque.
O que está provocando isso é a crescente disputa por audiência na internet. Todos se atentaram para a importância do digital.
Com um público online cada vez maior, os portais imobiliários precisam gastar mais e mais para atrair este tráfego qualificado.
E o custo dessa geração de tráfego precisa ser repassado aos anunciantes. Alguém precisa pagar essa conta.
Com isso, o custo de contratação dos portais está se tornando proibitivo. Muitas empresas estão reavaliando a decisão de estar dentro dos portais.
Atentos a esse cenário, os marketplaces estão considerando adotar novos modelos de monetização.
E quais são essas novas alternativas?
Nesta nova fase dos portais, eles estão se tornando transacionais. Isso significa que se a imobiliária ou o corretor de imóveis vender ou alugar a partir do lead entregue pelo portal, as duas partes vão partilhar a comissão gerada pelo negócio.
Sim, o portal passa a ser remunerado com parte da comissão de venda ou da taxa de intermediação gerada pela transação.
A imobiliária ou o corretor têm a possibilidade de escolher essa modalidade, ou então de continuar trabalhando com o pacote de anúncios clássico que sempre contratou.
E vale a pena contratar? Vamos entender como cada um dos portais está encarando essa modalidade transacional.
ZAP+
Nos portais do ZAP+, que são Viva Real, ZAP Imóveis e OLX, esse serviço se chama ZAPway+ e funciona por enquanto apenas na locação.
Quando a imobiliária recebe o lead do portal e faz a locação do imóvel, ela paga entre 10 e 15% da taxa de intermediação ao marketplace.
Imobiliárias que contrataram o ZAPway+ têm percebido uma melhora expressiva na entrega de leads.
Você pode estar se perguntando: vale a pena contratar?
A questão passa pelo cálculo dos resultados diante do atual investimento. Ou seja, qual é o VGL que você está produzindo a partir dos leads entregues pelos portais do ZAP+.
Se você gasta por exemplo R$ 3 mil nos portais para publicar os seus anúncios, e com esse montante você gera um VGL de R$ 15 mil, está gastando o equivalente a 20% do seu VGL com os portais imobiliários.
Nesse cenário, contratar o ZAPway + pode ser um bom negócio, porque você pagará entre 10 e 15%, contra os 20% que está pagando hoje.
Loft
Quem também está trilhando este caminho de partilhar os ganhos da comissão é a Loft, que tem trabalhado com poucas imobiliárias parceiras, sempre empresas de grande porte.
Ao contrário dos portais do ZAP+, a Loft está entregando apenas dados de interessados em vendas, sem entrar em locação.
Outra diferença importante entre as duas empresas é que a Loft vai além da entrega de um simples lead.
Eles entregam à imobiliária parceira o lead qualificado, ou seja, o cliente passa por um pré-atendimento antes e só depois é encaminhado para atendimento do parceiro.
Em troca da geração do lead e da sua qualificação, a Loft fica com um percentual de aproximadamente 20% da comissão.
O modelo ainda é limitado a poucas cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
De novo, a pergunta, vale a pena?
Vale sim, claro. É uma alavanca de crescimento a ser testada, mas que jamais pode levar você e a imobiliária a abandonarem outras estratégias como o site próprio, por exemplo.
O seu site sempre deverá ser prioridade absoluta.
QuintoAndar
Dono dos portais Imovelweb e Casa Mineira, o QuintoAndar também está trabalhando nessa lógica.
Mas, diferentemente da Loft e do ZAP+, o QuintoAndar aposta no modelo clássico de rede imobiliária, em que as imobiliárias trocam imóveis e possibilitam que os times de ambos os parceiros façam a venda dos imóveis captados pela outra empresa.
Nesse desenho, a imobiliária parceira gera os seus leads e pode ofertar imóveis que estão divulgados no site do QuintoAndar.
Se vender, a imobiliária fica com algo como 40% da comissão, e o restante é do QuintoAndar, que cuida também da documentação.
Outra possibilidade é os corretores do QuintoAndar, trabalhando com lead gerado pelo próprio marketplace, venderem um imóvel captado por uma imobiliária parceira.
Nessa hipótese, a imobiliária recebe cerca de 30% pela captação, e o QuintoAndar fica com o restante, também cuidando da documentação.
Ou seja, a imobiliária ganha também um impulso de crescimento que pode alavancar novos negócios, especialmente imóveis de baixa liquidez, que ganham atrativo junto a um time de corretores que não tinham acesso a esse produto.
Da mesma forma, os corretores da imobiliária parceira passam a ter possibilidade de vender os imóveis captados pelo QuintoAndar.
E aqui, vale a pena? É uma alternativa a ser considerada, lembrando sempre que o marketing da imobiliária não pode parar. Você precisa dar sequência ao seu trabalho.
Faça a lição de casa e considere todas as alternativas
Esse é o jogo que está sendo travado pelos grandes portais imobiliários. E talvez o imobiliarista não tenha percebido, mas a disputa pela audiência na internet também lhe diz respeito. Os marketplaces estão buscando alternativas.
E você, corretor ou gestor de imobiliária, quais alternativas está considerando para gerar negócios com um custo de aquisição de clientes mais baixo, e com mais sustentabilidade?
Em primeiro lugar, é preciso entender aquilo que está funcionando hoje. Quais são os canais que estão gerando mais negócios com investimento mais baixo.
É preciso ter essa clareza para se posicionar nesse jogo e então considerar as alternativas: fazer mais parcerias e contratar os marketplaces em modelagens diferentes, desde que sejam convenientes para você.
Tudo certo! Continue acompanhando os nossos conteúdos.
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