inman connect
Imobi Report

#99 Destaques da cobertura do Inman Connect

Na última semana aconteceu o Inman Connect January, um dos principais eventos do mercado imobiliário, promovido pelo Inman, portal americano especializado. O Imobi esteve presente para fazer a cobertura e trazer os destaques para nossos leitores. Confira!

Participamos, na semana passada, da nossa primeira cobertura de evento do ano, do Inman Connect. A experiência evidenciou as dores e as delícias dos eventos virtuais: nossa equipe acompanhou aqui do Brasil, em pleno home office, enquanto muitos palestrantes e hosts também abriram seus escritórios e suas casas. Por outro lado, mais de um participante comentou a saudade que sente de um evento presencial, de fazer um bom networking e participar de um happy hour.

Por trás de uma webcam, uma das grandes discussões do Inman Connect foi acerca da ascensão das novas tecnologias, portais e ferramentas que dão mais autonomia ao cliente final e que poderiam, ao mesmo tempo, deixar o corretor de lado. Vimos alfinetadas entre grandes players, como CoStar, Zillow, Redfin e Keller Williams.

Mas o consenso entre os painelistas é que o boom tecnológico, principalmente motivado pela crise sanitária, deve ser aproveitado em favor dos profissionais do mercado imobiliário. Marki Lemons-Ryhal, que ministrou um workshop sobre como melhorar sua comunicação em vídeo, abriu sua fala com a seguinte lembrança: “A tecnologia por si só nunca vai substituir um corretor. Porém, um corretor que usa tecnologia irá substituir um corretor que não o faz”.

O papel do consultor foi reforçado: é importante que o profissional do imobiliário entenda seu papel como agregador de soluções para seus clientes, ouvindo, respondendo e buscando solucionar suas dores. Nick Bailey, CCO da RE/MAX, por exemplo, corroborou afirmando que uma lição que podemos tirar de 2020 é de que “o corretor é e continuará sendo um importante fator nessa equação”. 

O evento trouxe, em vários momentos, a lembrança que o lado humano no mercado imobiliário é intrínseco ao negócio, do corretor de imóveis ao cliente final. Assim, enquanto caminhamos (se tivermos sorte) para o final da pandemia, devemos lembrar que não há inteligência artificial que substitua um bom e simpático atendimento.

Para conferir nossa cobertura na íntegra, acesse aqui.

Imobiliárias

Enquanto as negociações para o reajuste do aluguel se intensificam e o IGP-M acumula alta de 25,71% em 12 meses, a imobiliária Lello passou a adotar o IPCA nos novos contratos. Segundo a diretora jurídica Moira de Toledo Bossolani, a mudança é uma medida emergencial para “manter os contratos de aluguéis, atendendo às necessidades de locadores e locatários, já muito afetados pela pandemia”. Para os contratos que já estão em vigência, a recomendação continua sendo a negociação.

Já no imobiliário comercial, o valor médio de locação registrou queda de 0,13% em dezembro. O preço médio de venda do segmento recuou 0,46%, de acordo com o Índice FipeZap. Já a vacância em imóveis comerciais em São Paulo fechou 2020 em 38%, segundo a Aabic.

Dados da inGaia evidenciam a boa onda dos imóveis usados. Houve crescimento de mais de 50% nas vendas em 2020, em comparação ao ano anterior. O volume de propostas também aumentou em 18%.

No último ano, a Loft teve um aumento de quatro vezes no número de visitas a apartamentos. A carteira de clientes proprietários também viu grande aumento ao longo de 2020, e agora figura em cerca de 10 mil imóveis disponíveis no site do unicórnio.

Na última edição do Imobi, trouxemos uma entrevista exclusiva com Ernani Assis, managing director da eXp Brasil, que contou a história da empresa norte-americana e os planos da organização para o mercado brasileiro. Nesta terça-feira (02), às 19h, acontece a live em que a eXp vai apresentar o seu modelo de negócios. Para participar, acesse aqui.

Incorporadoras

Apesar de muita gente estar procurando imóveis maiores por causa da pandemia, há quem defenda que os apartamentos compactos ainda têm espaço no mercado e não estão com os dias contados. Um dos defensores dos compactos é Alexandre Frankel, é claro. Em entrevista à Exame, o fundador da Vitacon e CEO da Housi afirma que há motivos para as pessoas desejarem morar em regiões centrais, o que faz com que elas continuem procurando esses imóveis. “Morar perto do trabalho pode não ser mais essencial, mas as pessoas ainda querem fazer tudo a pé para evitar o transporte público cheio”. 

Outro destaque da Exame nesta semana é uma matéria sobre a Bait, da qual já falamos aqui no Imobi, apresentando detalhes do principal lançamento da empresa em 2020, o Atlântico Bait. Para a revista, o segredo do sucesso da incorporadora está nos sócios da companhia, que vieram da gestora Galt Capital, da família Klabin. Os fundadores da Bait são os irmãos David e Amanda Klabin, Eduardo Tkacz, marido de Amanda, e o economista Henrique Blecher, atualmente CEO da empresa. 

A revista também elencou algumas tendências que vão impactar as construtoras e incorporadoras em 2021. Seriam elas: parceria com startups, fuga do mercado de São Paulo, fundos imobiliários e novas moradias para as classes baixas. O assunto também foi pauta da revista Casa e Jardim, que listou cinco tendências de 2020 que devem se manter em 2021 no mercado imobiliário, já que a pandemia ainda não acabou: busca por mais espaço, área para home office, novos refúgios longe dos grandes centros urbanos, implantação de coworkings nos empreendimentos e atendimento virtual. 

Especializada em projetos habitacionais populares, a construtora mineira Emccamp desistiu de seu IPO. Já a Gafisa continua com seus planos de expansão, passados seis meses desde sua reestruturação financeira, e fala em aquisições. 

Os financiamentos para compra e construção de imóveissomaram R$ 123,97 milhões em 2020, um crescimento de 57,5% na comparação com 2019. Com isso, o crédito imobiliário bateu um recorde histórico e atingiu seu maior patamar em 27 anos. Para o portal SpaceMoney, os principais motivos que contribuíram para esse crescimento foram a queda dos juros e a busca por imóveis maiores. 

Para 2021, a expectativa é positiva, principalmente devido à comercialização de novos lançamentos, um estoque que ficou represado no ano passado. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, por exemplo, espera um crescimento de mais 15% no crédito imobiliário para este ano. Um ponto de atenção é a manutenção dos juros em um patamar de cerca de 6,9%, que é a expectativa da Abecip. Já Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP, disse para o Valor Investe: “Tenho convicção de que o preço dos imóveis vai subir em 2021, mas é difícil citar quanto”. A carga tributária do Casa Verde e Amarela, maior do que a do Minha Casa Minha Vida, também preocupa.

Aprovada em consulta feita aos cotistas no final de 2020, a cisão do fundo imobiliário Grand Plaza Shopping (ABCP11) está sendo questionada na Justiça pela Cyrela Commercial Properties (CCP). A medida já acarretou prejuízo aos investidores e deixou a porta aberta para novas perdas.

Por falar em FIIs, os fundos que enfrentaram dificuldades em 2020, como shoppings e escritórios, estão sendo considerados boas oportunidades de negócios neste início de ano. 

Techs

Em fevereiro, a LGPD completa 6 meses em vigor – mesmo período que falta para as sanções previstas pela lei começarem a ser aplicadas. É agora que a água começa a bater na cintura, e as empresas estão acelerando os processos de readequação de armazenamento de dados. No Imobi, trazemos cases de empresas e incorporadoras que estão se adequando à lei. Confira!

Em 2019, a WeWork passou um dos maiores vexames do ano. A rede de coworkings tentou lançar seu IPO, mas o processo de entrar na bolsa de valores acabou evidenciando buracos na operação, como altas dívidas e a má gestão do até então CEO, Adam Neumann. Em 2020, pré-pandemia, Sandeep Mathrani assumiu o cargo, com sua especialidade no mercado imobiliário. Mas, com a pandemia, veio o isolamento social e o home office, que diminuíram a demanda das pessoas por coworkings, afetando diretamente o negócio. Agora a WeWork tenta, de novo, ingressar na bolsa, mas de outro jeito: através de uma Special Purpose Acquisition Company (SPAC) – quando uma empresa capta recursos no mercado de capitais para fazer aquisições no prazo de até dois anos, tornando-as públicas. O Neofeed relembra o histórico da WeWork e explica como a empresa pretende lançar suas ações.

Mais um player novo no mercado. Até março, o mercado imobiliário brasileiro deve conhecer a Fast Sale, uma plataforma de venda de imóveis que promete fechar o negócio em até 60 dias. A Fast Sale conectará proprietários a corretores cadastrados na plataforma. Os proprietários contam com anúncio gratuito, avaliação do imóvel e fotos tiradas pela equipe da empresa. Corretores têm acesso aos imóveis cadastrados na plataforma para realizarem a venda. 

“Uber” da arquitetura: é como a CNN chama a OneHelp, startup de arquitetura e decoração. Através de uma única plataforma, clientes finais podem contratar pacotes que se encaixem na sua necessidade e bolso: desde projetos de arquitetura para um único cômodo, como o pacote máximo, que inclui todos os profissionais necessários para reformar uma casa.

Ao abraçar a tecnologia de vez, uma boa perspectiva é de trabalhar em um modelo híbrido que combina o físico com o virtual, em busca de melhor produtividade. Gustavo Zanotto, colunista do Imobi, traz uma reflexão que indica que os investimentos em tecnologia nos próximos anos serão focados em ferramentas que ofereçam vínculos digitais mais fortes. Confira.

Um artigo de Maximillian Diez, do Conselho de Mercado Imobiliário da Forbes, defende que a tecnologia de realidade virtual e imersiva deve chegar com força no mercado imobiliário. Um dos fatores a serem superados é a acessibilidade necessária para fazer uso da tecnologia, mas, segundo ele, mesmo depois que a pandemia diminuir, iremos incorporar o VR da mesma forma que tornamos as reuniões online e as mídias sociais parte integrante de nossas vidas”.

Mundo

O mercado imobiliário dos Estados Unidos está passando por um movimento similar ao brasileiro, com baixas taxas de juros impactando positivamente o cenário. Em 2020, a Federação Nacional de Corretores de Imóveis divulgou um aumento de 5,6% na venda de imóveis usados em relação a 2019. 

Os proprietários e investidores de imóveis em Nova York penam com vacância e aluguéis atrasados. Já Toronto, no Canadá, também vive um êxodo urbano, o que fez a vacância duplicar no último semestre de 2020, ante o mesmo período de 2019. O aumento de 132% na oferta de imóveis fez os aluguéis despencarem – o valor médio da locação de um apartamento de um quarto caiu quase 17% em relação ao ano anterior.

A Ikea, gigante sueca de móveis, entrou oficialmente no mercado imobiliário. Mas começou pequena, com tiny houses. A marca se juntou com outras três para lançar a BOHO XL/IKEA, um trailer de 17 metros quadrados que já vem decorado, além de ter os próprios painéis de energia solar. Com móveis feitos de materiais reciclados e madeira de reflorestamento, já está à venda nos Estados Unidos a partir de 47 mil dólares – e é uma gracinha.

Estamos de Olho

Volta e meia, a relação dos millennials com suas casas volta a ser assunto na imprensa. Nesta semana, o portal MSN publicou uma matéria listando os “cinco itens que não podem faltar no apartamento da geração Y”, forma de definir as pessoas nascidas entre 1980 e 1995. Os elementos citados na lista são: varanda gourmet, cinema em casa, cozinha americana, horta vertical e iluminação de LED. Para quem não se lembra, a relação dos millennials com seus lares já foi assunto aqui no Imobi Report, inclusive. 

Com a Covid-19, a preocupação em deixar os imóveis mais saudáveis tem ganhado ainda mais força. Pensando nisso, o Green Building Council Brasil (GBC) criou a certificação de interior residencial, programa que dá um selo de qualidade para moradias que têm estrutura, móveis e equipamentos sustentáveis. O aquecimento no setor de certificações também já foi pauta aqui no Imobi Report

Em sua coluna de janeiro no Imobi, Elisa Tawil explica como “equilíbrio” será a palavra do ano. Ele deverá ser encontrado nas lideranças das empresas e uma das maneiras de alcançá-lo é através da liderança Shakti. Essa visão faz referência à energia feminina (presente em todos nós, independentemente do gênero), que resgata características como empatia, confiança e abertura.

Ainda sobre Elisa, o grupo Mulheres do Imobiliário lançou o programa Mulheres do Imobiliário Capacita: uma capacitação com bolsa integral para mulheres do Sul e Sudeste. Nesta segunda-feira (1), o Imobi entrevistou Elisa através de uma live no Instagram, que já está disponível como IGTV. Se você perdeu, é só acessar.

Você está preparado para a entrega da Dimob? Para auxiliar imobiliárias e corretores com a Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias, a CUPOLA promove, no próximo dia 10, um workshop gratuito sobre o assunto, no qual serão tratados os temas: entendendo a Dimob; controle e organização; cobrança pelo serviço prestado; equipes envolvidas na declaração; multas e como evitá-las.