Adeus à comissão padrão de 6% nos EUA
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[258] Adeus à comissão padrão de 6% nos EUA

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A programação do CUPOLA Summit 2024 já está disponível! O evento contará com sete keynotes no palco principal, 3 palcos simultâneos com mais de 60 palestras e paineis, além de 12 rodadas de negócios. A curadoria da CUPOLA selecionou conteúdos inéditos para Gestores de Imobiliárias, Incorporadores, Corretores de Imóveis e Times de Marketing. Entre os destaques, estão o estrategista global de tecnologia imobiliária Mike DelPrete, a futurista ganhadora de quatro leões em Cannes, Beia Carvalho, o CEO do Rock in Rio, Luis Justo, além de Dafna Blaschkauer, autora best-seller com mais de 25 anos de experiência em posições de liderança em empresas como Nike, Apple e Microsoft. E vem mais novidades por aí! Garanta o seu ingresso!

Este episódio aprofunda a grave crise pela qual a NAR está passando. Deu no New York Times. Em agosto do ano passado, o então presidente da associação, Kenny Parcell, renunciou ao cargo após denúncias de assédio sexual. Sua substituta permaneceu apenas quatro meses no cargo, tempo suficiente para amargar a primeira derrota judicial neste caso antitruste, que ganhou novo capítulo nesta última semana.

Além da comissão padrão aplicada nas transações, a ação questiona a obrigatoriedade de que os imóveis sejam listados nos MLS (Multiple Listing Service). Os MLS são sistemas de listagem que permitem aos corretores de imóveis compartilhar informações sobre propriedades à venda, indicando a comissão oferecida (parte dos 6%) ao corretor que trouxer o cliente comprador. O entendimento é de que esse sistema gerou um estímulo para que corretores direcionem seus clientes às propriedades que pagam comissões mais altas.

Se aprovadas pela Justiça americana, as mudanças devem inaugurar uma nova era do mercado imobiliário. Com a possibilidade de praticar comissões menores que 6% – e sem a divulgação do percentual oferecido ao corretor do comprador – especialistas avaliam que haverá uma redução generalizada no preço dos imóveis, que traz embutido o valor da comissão. O que, por sua vez, deve gerar a debandada de uma parcela expressiva de corretores do mercado, espacialmente novos profissionais que foram atraídos justamente pela perspectiva de altas comissões. A reportagem do New York Times menciona que até um milhão de corretores norte-americanos podem deixar a profissão.

US$ 100 bilhões por ano. É a estimativa do volume total de comissões pagas a corretores nos Estados Unidos. A expectativa é de que esse número caia para, pelo menos, U$ 50 bilhões. Com isso, deve-se observar uma grande transformação nos formatos de parceria entre os vendedores.

Aqui no Brasil, também há mudanças no horizonte do corretor. Na próxima semana, o Imobi Report publica uma série de reportagens importante para o futuro do nosso setor. Fique de olho! E aproveite para participar da pesquisa promovida pela CUPOLA e pelo IBREP sobre formação continuada de corretores. A pesquisa é anônima e leva apenas 8 minutos. Participe, contribua para elevar o nosso ecossistema e – de quebra – receba um cupom de desconto para o CUPOLA Summit 2024. 

Vendas e Locação

Recorde na venda de imóveis. A Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) divulgou dados sobre a venda de imóveis em 2023. Foram comercializados mais de 163 mil imóveis novos no ano passado, o maior volume em uma década. O número também é 24% maior do que o recorde anterior, de 2021. O presidente da instituição, Luiz França, atribui o desempenho à ampliação das faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida, programa responsável por 42% do total das vendas. Já o Registro de Imóveis do Brasil (RIB) informou que Recife foi a capital que registrou o maior aumento na compra e venda de imóveis em 2023. 

A queda na Selic, a retomada de obras do MCMV e a implementação do FGTS futuro – que prevê que os depósitos futuros sirvam de garantia aos devedores na compra da casa própria – trazem uma perspectiva positiva para o mercado imobiliário em 2024. Entretanto, especialistas indicam que o preço dos imóveis deve permanecer elevado. Representantes do mercado reunidos no 89º Encontro da ABMI (Associação Brasileira do Mercado Imobiliário) também expressaram preocupação com os impactos da reforma tributária sobre o setor.

MCMV está no momento mais favorável. Essa é a avaliação do copresidente da MRV, Rafael Menin. A construtora é a que tem mais empreendimentos sob o guarda-chuva do programa desde que foi lançado, há 15 anos. Na última semana, a MRV atualizou suas projeções para 2024, com a expectativa de lucro líquido de até R$ 290 milhões.E também na última semana, o fundador e presidente do Conselho de Administração da MRV, Rubens Menin, estreou seu próprio podcast, “Brasil: uma oportunidade”. No primeiro episódio, ele recebe Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual e ex-chefe da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), vinculada ao Ministério da Fazenda.

Ainda sobre MRV, a construtora terá em Pirituba, na região norte de São Paulo, o maior projeto da sua história, com VGV estimado em R$ 3 bilhões. O Cidade Sete Sóis Pirituba será uma cidade sustentável que prevê acomodar uma população estimada em 30 mil moradores e trabalhadores da região. A operação de vendas desse projeto integra as imersões presenciais do treinamento “Gestão de Vendas Lançamentos”, que a CUPOLA e Sergio Langer realizam entre os dias 10 e 12 de junho.

No Modo Avião desta semana, Rodrigo Werneck e Kariny Martins, sócios na CUPOLA, recebem João Jornada, um dos primeiros franqueados da Auxiliadora Predial. João empreende no mercado imobiliário desde os 21 anos de idade, possuindo atualmente 5 unidades e planejando outras 3.  

A falta de atenção à documentação compromete as vendas. Resulta em negociações frustradas, desperdício de tempo e recursos, além de expor os envolvidos a implicações legais. No dia 27 de março, às 11h, o canal do Imobi Report no YouTube transmitirá a live “Documentação Imobiliária: da captação à venda do imóvel”. Ative o lembrete e junte-se a nós!

Construção e Incorporação

Redução no crédito para imóveis usados. O governo anunciou redução nos subsídios e ofertas de crédito destinados à aquisição de imóveis usados, em resposta à pressão do setor de construção civil. De acordo com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), cerca de 50% dos imóveis financiados pelo MCMV são usados. O governo propõe limitar a alocação de recursos para 8% do orçamento total previsto para 2024. Entretanto, a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, defende a política atual do banco, argumentando que a compra de imóveis usados estimula a construção de novos empreendimentos. Representantes da construção afirmam que os imóveis usados não geram empregos e, portanto, não trazem novas contribuições ao FGTS. 

Construção precisa reduzir em 37% consumo de energia. Conforme relatório das Nações Unidas, esse é o esforço necessário para que o setor contribua com a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Em 2022, o aumento de 1% nas emissões do setor representou o equivalente a mais de 10 milhões de carros circulando a linha do equador. Apesar da redução de 3,5% na intensidade energética, as emissões seguem significativas, refletindo a necessidade de transformações. Em paralelo, o Brasil observou um crescimento de 40% na construção de residências verdes.

O mercado imobiliário está em evidência, atraindo gestoras dos chamados “ativos estresados” em meio ao aumento de distratos – quando compradores desistem de imóveis na planta. Com o aumento de 15,2% no volume de distratos desde setembro, segundo a Abrainc, gestoras preveem nova onda de ativos disponíveis. Especialistas apontam que fatores como a mudança nas taxas de juros e os custos crescentes na construção civil estão impulsionando essa tendência. 

Techs

O maior edifício impresso em 3D da Europa foi construído em tempo recorde. O avanço dessa tecnologia atinge um novo marco com a conclusão do Wave House, um data center em Heidelberg, na Alemanha, construído em apenas 140 horas. Desenvolvido pela Peri 3D Construction e Kraus Gruppe, seu design ondulado traz um toque de estilo para os tradicionalmente sóbrios data centers. A técnica de impressão 3D também resultou em emissões de carbono significativamente menores em comparação com métodos de construção convencionais.

Atrasos no repasse. O QuintoAndar atrasou repasses de valores a proprietários de imóveis alugados em função de uma falha operacional em seu sistema de pagamentos terceirizado, na última terça-feira (12). A empresa declarou que o incidente foi causado por um problema pontual em um fornecedor externo. O QuintoAndar assegurou que a situação foi resolvida, e os pagamentos regularizados até quarta-feira (13).

Mundo

Negócios da China. Uma crise de confiança no país asiático surgiu quando as construtoras não entregaram os empreendimentos adquiridos no modelo de pré-venda, afirma um estudo da resseguradora Swiss Re. A situação tem afastado investidores, mas especialistas não acreditam no agravamento da crise. Na contramão, o comércio no mercado secundário prosperou, respondendo por mais de 50% do mercado.

Um prédio vendido a U$ 1,00 em Nova Iorque ilustra os desafios do mercado imobiliário norte-americano frente à tendência do trabalho remoto após a pandemia da COVID-19. A queda na demanda por escritórios pressiona os preços, produzindo um cenário de desvalorização.

Brasileiros sem-teto em Portugal. A disparada no valor das moradias no país europeu já deixou cerca de 11 mil pessoas em situação de rua, mais do que o dobro em relação a 2017. Aproximadamente 10% são estrangeiros, entre os quais se incluem brasileiros.

Estamos de olho

Morando em imóveis assinados por ícones do design. São Paulo inaugura uma nova fase no mercado imobiliário de luxo. Além de endereços prestigiados, consumidores de alta renda valorizam a estética dos empreendimentos. Essa também é a proposta da Refúgios Urbanos, imobiliária apaixonada por SP e especializada em comercializar obras de arquitetos renomados.

Cyrela diante de um 2024 desafiador. Uma das maiores preocupações é o custo da mão de obra, sem previsão de melhora nos valores dos imóveis. Apesar disso, a empresa mantém perspectivas positivas e planos para mais lançamentos imobiliários. Em 2023, registrou um aumento de 13% no VGV.