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[199] Como a crise das Americanas afeta o mercado imobiliário?

O rombo no caixa das Americanas, gigante do varejo brasileiro, segue gerando enorme repercussão. Com o mercado financeiro vivendo dias de grande ansiedade, o setor imobiliário também acabou afetado, direta e indiretamente.

Antes de explicar o lado positivo e negativo desta crise para o imobiliário, você precisa entender o que está acontecendo, mesmo com o caso ainda tendo muitos pontos nebulosos

As Americanas revelaram um rombo de R$ 20 bilhões em seu caixa, com potencial dívida que pode chegar a R$ 40 bilhões. Parte do mercado entrou em parafuso, abrindo espaço até mesmo para acusações de fraude.

O impacto inicial foi nos papéis da empresa, que despencaram. A desvalorização chegou a 75%. Só que isso reverberou não apenas no mercado de riscos, mas também no bolso de investidores cautelosos.

Alguns fundos de emergência, como do Nubank, tinham papéis das Americanas em seu lastro. Ou seja: nem mesmo fundos considerados de baixíssimo risco estão ilesos diante das oscilações do mercado financeiro. Vale ressaltar que a desvalorização repentina de uma empresa considerada confiável não é um episódio isolado.

E o imobiliário, como fica? O impacto negativo mais imediato foi a desvalorização de pelo menos oito fundos imobiliários que têm operações relacionadas com a empresa varejista. Em alguns casos, as Americanas respondem por 34% da receita por meio de contratos de locação – que, agora, correm o risco de não serem honrados.

Pelo lado positivo, argumentos de negociação renovados. Novamente, o imóvel sai com o cartaz de ativo resiliente e com segurança inabalável, especialmente quando falamos do mercado tradicional e de longo prazo. Cada vez mais, o tijolo entra como produto obrigatório na cesta de diversificação de investimentos.

Investidores fazem parte de sua carteira de clientes? A crise no mercado financeiro pode deixar muita gente órfã de um ativo sólido e confiável, e vale muito a pena aproveitar o timing para reforçar esta retórica.

Imobiliárias

Um ano de altas para o mercado imobiliário. É isso que diversos índices confirmam a respeito de 2022. Entre os números de destaque, estão o aumento de 11,9% nas vendas de imóveis novos, alta de 6,7% nos preços de venda e aluguéis acima da inflação em diferentes pesquisas. Saiba tudo no portal do Imobi Report.

A volta ao trabalho presencial ajudou a puxar os aluguéis para cima, de acordo com pesquisa do QuintoAndar. Segundo a proptech, o retorno aos escritórios e aos estudos presenciais valorizou imóveis em regiões de boa acessibilidade.

Barulhos provocados por vizinhos nem sempre têm uma solução prevista em cartilha. Quando, por exemplo, o incômodo é causado por uma condição especial dos moradores, até onde vai o papel da imobiliária e a figura do proprietário? Uma rescisão amigável pode ser o caminho mais saudável.

Já está na agenda de muitas imobiliárias de todo o país a participação no CUPOLA Summit. O grande encontro da comunidade imobiliária brasileira acontece nos dias 11, 12 e 13 de maio de 2023, em Curitiba (PR). Clique aqui para saber mais e participar de um evento criado para alavancar seu networking e proporcionar sua melhor experiência.

O WhatsApp Business é uma ferramenta que favorece a organização do modelo de negócios de imobiliárias e empresas. A edição desta semana do Imobi Vendas coleta impressões de especialistas do mercado sobre boas práticas envolvendo o aplicativo. Até que ponto ele é suficiente na operação de venda da imobiliária? Qual deve ser o ponto de partida para substituí-lo por um software de atendimento mais completo? Assine a principal série do País dedicada à venda de imóveis.

Imobi Aluguel desta semana discute a taxa de reserva – cobrança feita por algumas imobiliárias ao futuro inquilino para “segurar” o imóvel. Apesar de difundida no Brasil, há incerteza jurídica quanto à legalidade dessa prática. Vale a pena arriscar? Para saber, assine e de quebra faça parte da principal comunidade de debates sobre locação do País.

Incorporadoras

Relançamento do Minha Casa, Minha Vida deve ser adiado. De acordo com a Folha, a maioria das unidades está em situação de precariedade. A ideia inicial era retomar o MCMV na próxima sexta, durante visita do petista à Bahia. A Casa Civil, no entanto, disse que apenas 1.400 das 4.000 casas prontas podem ser entregues no momento.

Por outro lado, a expectativa de condições mais favoráveis para o mercado de imóveis econômicos está levando as construtoras a reforçar as apostas para o segmento. A ADN, que atua no interior paulista, por exemplo, se prepara para acelerar o ritmo das operações em 2023. A empresa prevê lançar neste ano um total de 16 empreendimentos, o que corresponde a 4,7 mil residências.

A RBR Asset vendeu seis de dez andares de um edifício corporativo que está em construção na Faria Lima, coração do mercado financeiro de São Paulo, por R$ 60 milhões. O comprador é uma empresa de tecnologia que não teve o nome revelado. O projeto é um dos sete sob gestão do fundo RBR Desenvolvimento Comercial.

Um edifício de 37 pavimentos e 124 apartamentos localizado na Avenida Beira-Mar é agora o mais alto de Vitória (ES). Lançado na semana passada, o Una Residence é inspirado na arquitetura de cidades como Miami e Singapura e terá no topo um spa com piscina de borda infinita, dois sky lounges e espaços gourmet.

Techs

Ano novo, parceria nova. A Lello, administradora de condomínios, e a Housi, plataforma digital de moradia flexível, fecharam parceria para integrar os seus serviços em condomínios brasileiros. A ideia é apostar em uma sinergia de portfólio e na venda de serviços conjuntos, além do aporte de tecnologias e implantação de modelos de ocupação de espaço em empreendimentos novos e existentes

Depois de demitir mais de 300 funcionários em dezembro, a Loft abre operação em Campinas. No início, os anúncios de compra e venda de imóveis serão realizados em conjunto com quatro imobiliárias locais. A expectativa da startup imobiliária é encerrar o mês com 2.000 anúncios na região. Com a novidade, a Loft chega a nove cidades no estado e 30 no país.

Airbnb de luxo e em dobro? O V3rso, plataforma digital de hospedagens do Grupo Emiliano, projeta fechar contratos para sete novos empreendimentos neste ano, dobrando seu portfólio. O negócio funciona como um hotel de luxo, mas com quase todos os serviços feitos por meio de aplicativo, sem atendimento presencial, em um modelo que faz lembrar o Airbnb.

Mundo

Apartamento sem banheiro? O que para alguns pode parecer curioso e até inviável, vem se tornando a nova tendência imobiliária no Japão. Os imóveis, que incluem um vaso sanitário mas não têm chuveiro, estão se tornando populares especialmente entre os jovens, que usam banheiros públicos, de academias e de outros estabelecimentos para tomar banho.

Paraíso vira cidade-fantasma. Um bairro do Chipre com resorts à beira-mar, hotéis 5 estrelas e lojas “gringas” hoje faz lembrar cenário de filme de guerra. Na verdade, não só parece como foi. Em 1974, tropas do exército turco invadiram o Chipre depois de uma tentativa de golpe de estado. Desde então, a região foi esquecida.

O Banco Central chinês continuará permitindo que governos locais reduzam ou eliminem o piso de taxas de financiamento para compradores do primeiro imóvel se os preços de moradias caírem de forma persistente, em mais uma tentativa de reavivar o setor imobiliário do país. Com o mesmo objetivo, o país também anunciou a retomada dos fundos imobiliários.

Estamos de Olho

As práticas ESG no mercado imobiliário estão em ascensão e devem se consolidar como política obrigatória para empresas do setor em 2023. Segundo o estudo ESG na Prática, divulgado no final do ano passado, 71% das empresas do setor cumprem ações de ESG, enquanto as outras 29% estão em fase de implementação. Saiba mais sobre o assunto no Imobi Report.

PPP proposta pela Prefeitura para o centro de São Paulo permitirá o despejo de cerca de 400 pessoas que vivem em imóveis ocupados por movimentos de moradia. A proposta prevê a concessão dos espaços e outros do entorno do Largo do Paiçandu por 25 anos, com a transformação pela iniciativa privada dos ocupados em apartamentos de aluguel.

Pelo menos 34 pessoas foram vítimas do golpe do falso aluguel de imóvel no Litoral gaúcho, conforme a Polícia Civil. Ao todo, 24 casos foram no Litoral Norte e 10 em São Lourenço do Sul, na Região Sul. Os golpistas usam as redes sociais para enganar as pessoas.