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[175] A ascensão dos microapartamentos

Os apartamentos studio voltaram à pauta e pelo visto não deixarão os holofotes tão cedo. Depois dos efeitos iniciais da pandemia, quando aumentou a procura por imóveis com mais espaço e contato com a natureza, os studios retomaram o protagonismo, desde o formato de microapartamentos até os compactos de luxo.

Foram 5.066 studios de até 30m² lançados na cidade de São Paulo nos primeiros cinco meses de 2022, contra apenas 30 colocados no mercado em 2016. Enquanto isso, o lançamento de apartamentos com área entre 30 m² e 45 m² saltou de 29% para 50,8% neste ano – ou seja, já representam a maior parte das unidades disponibilizadas no mercado.

Parte desta boa fase se deve ao aumento do número de pessoas que moram sozinhas no Brasil. A quantidade cresceu 43,7% nos últimos dez anos, de acordo com o IBGE, somando aproximadamente 11 milhões de pessoas. Neste cenário, os studios ganham relevância e afastam o rótulo de modismo.

Este segmento está sendo decisivo para movimentar as vendas. De acordo com o Secovi-SP, entre junho de 2021 e maio de 2022 foram negociados 69.614 novos imóveis, um aumento de 14,9% em relação ao mesmo período do ano anterior – alta creditada ao boom dos microapartamentos. O perfil das pessoas que procuram por esses imóveis é essencialmente de jovens, solteiros ou recém-casados que buscam um lugar próximo de onde trabalham e estudam. 

Também influencia neste perfil a movimentação da chamada geração canguru, formada por jovens de 25 a 34 anos que ainda moram com os pais. Por passarem pouco tempo em casa, na hora de buscar um teto para morar sozinhos, tendem a optar por opções econômicas, como os microapartamentos.

Imobiliárias

A imobiliária curitibana Apolar planeja expansão e mira até o interior de São Paulo. Até o fim do ano, cinco lojas franqueadas vão ser abertas em Londrina e cinco em Maringá, no interior paranaense. As dez novas unidades fazem parte do plano de crescimento das atuais 70 para 100 lojas até 2024 em três estados. 

Trata-se de mais um exemplo de um fenômeno que vem se tornando frequente no mercado: a expansão de imobiliárias regionais em redes interestaduais, com o objetivo de escalar o negócio. Outros exemplos são o da Crédito Real, que em 2022 rompeu as fronteiras do RS em busca de protagonismo nacional, tendo firmado inclusive parceria com a QuintoAndar; a Auxiliadora Predial – que também fez negócios com o unicórnio, no caso a Loft -, que possui operações em Santa Catarina e São Paulo; e a Guarida, que opera com o sistema de franchising. 

O aluguel em Florianópolis teve a maior alta do país em junho, segundo a pesquisa do Índice FipeZap+. A variação chega a 18,6% em 2022 entre as 25 cidades brasileiras. A capital catarinense teve o segundo maior aumento acumulado do ano no aluguel residencial, atrás apenas de Goiânia.

A prestação do financiamento da casa própria aumentou e boa parte das pessoas não entende porque está pagando mais caro. Um dos principais motivos é o indexador utilizado no contrato. Em 2019 e 2020, os bancos, liderados pela Caixa, lançaram linhas de financiamento indexadas ao IPCA ou à rentabilidade da poupança, o que gera confusão neste novo momento. 

Está em compasso de espera o projeto de lei que permite o uso do FGTS para compra de um segundo imóvel. O texto teve seu pedido de urgência aprovado pelos deputados federais, porém, existe expectativa de novidades apenas para o mês que vem – a depender, também, das movimentações do Congresso em virtude da corrida eleitoral. 

O Projeto de Lei 709/2022 ainda está dando o que falar. O PL aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado prevê a redução do Imposto de Renda sobre a locação, o que traria novas oportunidades para esse segmento. Lá no Imobi Report, Jaques Bushatsky traz o seu ponto de vista sobre os benefícios que o PL trará para o mercado de aluguel brasileiro. 

Em contrato de locação, é possível limitar o número de ocupantes no imóvel? Na CBN, Márcio Rachkorsky explica que essa cláusula é válida e orienta como controlar essa situação na prática. 

O golpe do falso aluguel se tornou uma prática muito comum entre estelionatários. Basicamente, os criminosos reservam apartamentos e casas de aplicativos por poucos dias, tiram fotos e depois criam anúncios de aluguel com preços atraentes em sites de locação de imóveis. Em seguida, recebem pessoalmente os interessados, pedem adiantamento para que eles possam garantir a oferta e desaparecem. 

Um bom posicionamento em pesquisas no Google é indispensável para reforçar a presença digital de uma imobiliária. Para estimular a geração de tráfego pago, uma das maneiras mais utilizadas é o Google Ads. O blog da CUPOLA trouxe uma explicação detalhada de como esse serviço pode aumentar a eficiência dos sites imobiliários.

Você já ouviu falar em POPs? Os Procedimentos Operacionais Padrão – espécie de descrição do passo a passo de cada tarefa dentro de uma empresa – têm sido muito usados por imobiliárias para melhorar seus processos de gestão. Ao Imobi Report, Rodrigo Abreu e Clara Bandeira, da Guarida Imóveis, contam o case de uso dos POPs na gestão de uma das maiores imobiliárias de Porto Alegre.

Qual o segredo para se ter um atendimento de alta performance no imobiliário? Em artigo para o Imobi, Kariny Martins, sócia e diretora de atendimento da Agência CUPOLA, compartilha dicas preciosas de como abordar e conduzir um lead durante uma negociação e de como se relacionar com clientes.

Para melhorar os atendimentos de forma interna e externa, a CUPOLA criou um curso com técnicas de comunicação para um atendimento imobiliário de alta performance, usando a Comunicação Não-Violenta. Clique aqui para saber mais e se inscrever.

Nathalia Abnara, mentora imobiliária, é a entrevistada desta semana do podcast Vem pra Mesa, com Sergio Langer. Ela conta como, no início da pandemia, passou a utilizar o seu Instagram como ferramenta de negócios.

O Imobi Aluguel desta semana aborda as estratégias de comissionamento dentro da imobiliária: como estimular as equipes de forma assertiva e sem comprometer a margem de lucro da operação de locação, que já é bastante apertada. Conheça o Imobi Aluguel, principal canal de debates sobre locação do mercado imobiliário brasileiro.

Minimizar o risco de inadimplência em períodos de incerteza econômica é um dos desafios do setor imobiliário. No último episódio do podcast Imobi Aluguel, Rodrigo Elorza, responsável por riscos financeiros da Porto, fala sobre as estratégias do mercado diante da redução na aprovação de cadastros de inquilinos, em virtude da inflação em alta e renda média do trabalhador em queda.

Já pensou em vender, em dez dias, 800 imóveis? No episódio dessa semana do podcast Modo Avião, Rodrigo Werneck entrevista Jorge Santos, diretor da Cohab Premium, de Aracaju (SE), uma imobiliária com essa história peculiar. Antes de se tornar a maior imobiliária de Sergipe, ela quase fechou as portas porque o fundador queria se dedicar à advocacia. Quer saber como a virada de chave aconteceu? Clique aqui e ouça.

Incorporadoras

Começou a valer o aumento das faixas de renda para o programa Casa Verde e Amarela. Com isso, mutuários que ganham até R$ 8 mil por mês passarão a ter acesso aos financiamentos do CVA. Os juros da linha Pró-Cotista, destinados a pessoas de renda mais elevada, foram reduzidos. Isso beneficia os consumidores, mas também as construtoras e incorporadoras, que podem aumentar o preço das unidades comercializadas e aliviar os custos de produção. 

As mudanças no Casa Verde e Amarela trazem, inclusive, esperança a incorporadoras. Esse é o assunto do podcast Semana Imobi, do Imobi Report. Rodrigo Arend, jornalista do Imobi, recebeu Daniel Claudino e Denise Vieira, consultores da CUPOLA. Outros temas foram a importância do estudo sobre o VGV para construtoras e incorporadoras e a aplicação da Comunicação Não-Violenta no mercado imobiliário.

Mesmo com um cenário desafiador no âmbito macroeconômico, que inclui também a inflação de custos de construção, as taxas de juros imobiliárias continuam sob controle em relação aos níveis históricos, enquanto os distratos mantiveram níveis saudáveis. Esta é a informação presente no monitor de indicadores de mercado deste mês. 

E as vendas de imóveis novos não declinaram, apesar da alta dos juros e da inflação. Os lançamentos e as vendas das 15 maiores incorporadoras do país ficaram praticamente estáveis no segundo trimestre, após uma sequência de crescimento nas operações vista há cerca de três anos. 

Com a crise na China, o minério de ferro ficou mais barato por aqui. Com isso, as autopeças e a construção civil podem ter maior rentabilidade por meio da redução de custos da matéria-prima. No caso da construção, há a possibilidade de as companhias darem continuidade a lançamentos adiados por conta de custos com matéria-prima. 

Os preços dos materiais de construção fixaram-se nos 20,7% em junho de 2022, significando aumento de 3,9 pontos percentuais na comparação com o ano passado. Os dados são do IPMC. Especialistas acreditam na diminuição dos custos, pois as taxas mensais já estão em queda. 

Quatro grandes marcas se uniram em um projeto inédito de locação de moradia popular em São Paulo. Batizado de Soma (Sistema Organizado de Moradia Acessível), o programa prevê a compra de terrenos para a construção de edifícios de apartamentos para quem hoje habita ocupações e cortiços na região central da cidade. 

Com um novo posicionamento, voltado ao alto luxo, a Gafisa vem acelerando resultados. Com foco na média e alta renda, a gigante da incorporação vive uma nova fase e registrou aumento de 81% nas vendas no primeiro trimestre. Conversamos com o CEO da empresa, Guilherme Benevides, para entender a estratégia que está de vento em popa. 

O mercado imobiliário de luxo segue atraindo investidores, como artistas e jogadores de futebol. Exemplo disso são os empreendimentos de alto padrão que estão sendo construídos nas praias do Nordeste, apoiados por um time que tem nomes como o ator Rafael Zulu, o ex-meia da Seleção Fernandinho e o empresário Abílio Costa. Atualmente, são cinco condomínios em construção com entrega prevista entre julho e setembro de 2025.

O mercado de alto padrão também vem observando um novo movimento de negócios, o do luxo compartilhado. Trata-se de uma maneira de ter parte da posse e dos direitos sobre o uso de imóveis, carros, jatos e outros bens de alta renda, mas dividindo o uso com outros cotistas. No Imobi Alto Padrão desta semana, vamos conversar com a Prime You e a Resid, empresas que apostam neste nicho e falam sobre seus resultados e estratégias. Clique aqui para assinar o Imobi Alto Padrão gratuitamente por sete dias.

Para não perder as novidades e tendências do segmento de luxo e alto padrão, inscreva-se gratuitamente para participar do IC Alto Padrão. O evento, que acontece no dia 25 de agosto, está sendo concebido para profissionais que atuam ou desejam atuar com imóveis de alto padrão e luxo. Clique aqui para saber mais e garantir sua vaga. Quem indicar mais amigos para participar concorre a prêmios.

Techs

O metaverso vem chamando a atenção de profissionais do imobiliário de todo o Brasil. Além de vender imóveis virtuais, os corretores têm a oportunidade de negociar empreendimentos reais. Ariano Cavalcanti de Paula, presidente da Netimoveis, comentou o assunto em um artigo exclusivo para o Imobi. 

O mapa das construtechs e proptechs no Brasil aponta, que no fim do ano passado, o país somava 839 startups atuando em todas as etapas da construção civil. Isso significa um crescimento de 235% neste perfil de negócio nos últimos cinco anos.

Uma startup se especializou e virou referência em ativos residenciais estressados no Brasil. Com isso, em 2021, a Solv mapeou 2 mil obras de edifícios paradas pelo país e passou a aproveitar esse mercado, que ainda é pouco explorado.

Mundo

O setor imobiliário na China vive intensa crise. mundo está preocupado com isso, pois a inadimplência generalizada deve afetar em cheio a economia do país. Enquanto em 2021 o PIB chinês teve aceleração de 8,1%, a previsão é de um crescimento tímido em 2022 de apenas 3%. Por se tratar de um dos motores econômicos do planeta, as possíveis consequências estão sendo estudadas com cuidado mundo afora.

Os aluguéis de imóveis em Nova York têm batido recordes de valores. A média tem ficado em R$ 27,6 mil mensais, valor 29% superior ao equivalente ao registrado no mesmo período de 2021.

E as vendas de moradias usadas nos Estados Unidos caíram pelo quinto mês consecutivo em junho. A queda registrada é o nível mais baixo em dois anos, resultado de preços recordes e taxas de juros crescentes. O cenário de compra de uma casa fica desafiador demais para cada vez mais famílias norte-americanas.

Na Irlanda, brasileiros têm encontrado dificuldades para conseguir moradia. Diante da falta de opções, muitos estão tendo que dividir cama com estranhos ou comprometer praticamente todo o salário com aluguel.

A luxuosa mansão da atriz Sofía Vergara está à venda. Com mais de 11 mil metros quadrados, tetos elevados, detalhes em madeira escura e grandes candelabros, a casa tem até um ginásio, um cinema e uma adega com mais de 3 mil garrafas. O investimento para se tornar proprietário é de US$ 19 milhões

E por US$ 150 milhões é possível ficar com a mansão de George Raun, em Bel-Air, Los Angeles. O imóvel tem nove quartos, além de uma casa de hóspedes com piscina privativa. Veja algumas fotos da casa para ter uma ideia de até onde pode ir o luxo imobiliário.

Estamos de Olho

Com negócios aquecidos, plataformas de locação de imóveis de luxo têm buscado cada vez mais serviços para atrair quem busca fazer viagens mantendo a rotina familiar com privacidade e conforto. Com isso, cresce a procura de turistas por uma experiência em mansões luxuosas. Os preços variam de R$ 3 mil a R$ 100 mil a diária.

A casa do filme “O Poderoso Chefão” estará disponível para aluguel no Airbnb nesta semana e os hóspedes podem fazer parte de uma estadia prolongada por lá, pagando US$ 50 a diária. A mansão foi toda reformada e modernizada, mas a fachada continua a mesma do filme.

E tem mais casa gringa chamando atenção. Uma moradia com aparência “estufada” e jeitão de desenho animado tem gerado comentários divertidos nas redes sociais. Ela fica na Carolina do Sul (Estados Unidos) e está à venda por US$ 650 mil. Mas há um porém: ela está inacabada por dentro.

Um projeto de lei que cria orientações sobre compra de imóveis com criptomoedas está sendo analisado pelo Senado Federal. No Brasil, não é proibido negociar e adquirir bens com moedas digitais – que, apesar de não serem reconhecidas como dinheiro pelo governo, tem valor entre as pessoas. A ideia é discutir regras sobre o tema.