Volume de lançamentos imobiliários quase triplica em Goiânia e vendas superam a quantidade de unidades lançadas
Resumo
Apesar dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19, os números do mercado imobiliário de Goiânia são bastante positivos.
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Apesar dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19, os números do mercado imobiliário de Goiânia são bastante positivos. Se, de um lado, os incorporadores enfrentam o grande desafio da alta nos custos e falta de insumos, de outro o ritmo das vendas tem surpreendido os empresários de forma positiva e deixado clientes satisfeitos com os investimentos em imóveis, seja para morar ou para investir.
No primeiro semestre de 2021, a quantidade de unidades lançadas disparou mais de 50% em relação ao mesmo período de 2020: foram disponibilizadas 3.501 propriedades, contra 2.330 lançadas no ano anterior. Em Volume Geral de Vendas (VGV), o aumento chegou a 175%, saltando de R$ 785 milhões para R$ 2,156 bilhões, ou seja, quase o triplo.
Os dados referentes ao primeiro semestre fazem parte da pesquisa sobre o mercado imobiliário, divulgada pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). O levantamento é realizado pela Brain Inteligência Estratégica.
Uma das razões que impactam neste cenário é o volume de crédito e de financiamento imobiliário, que mais que duplicou em todo o país quando se compara o primeiro semestre de 2021 com o primeiro semestre de 2020, passando de R$ 43,35 bilhões para R$ 97,05 bilhões, crescimento de 123,9%, segundo os dados da Abecip “Nunca foi tão atraente financiar imóvel. Os financiamentos imobiliários estão no menor patamar de juros da história do país e o crédito continua abundante. É o momento ideal para a aquisição de imóveis”, destaca o presidente da Ademi-GO, Fernando Coe Razuk.
Em comparação mensal, junho registrou um volume de 741 unidades lançadas, que geraram um VGV de R$ 709 milhões, enquanto em maio foram lançadas 1.168 unidades e registrado um VGV de R$ 446 milhões. Numa confrontação trimestral, o segundo trimestre de 2021 registra 2.335 unidades lançadas e um VGV de R$ 1.355 milhões, enquanto no primeiro trimestre deste ano foram 1.168 unidades lançadas e R$ 801 milhões em VGV.
Sob a análise das vendas, o mercado imobiliário alcançou um crescimento de 35% nos negócios no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020, e com um aumento de 35% em número de unidades e de 79% em VGV. “No primeiro trimestre de 2021, mesmo diante do grande volume de lançamentos, 3.501, e venda de 4.076 unidades, a quantidade de unidades comercializadas superou o número de unidades lançadas no semestre”, compara Razuk. “Olhando para os últimos 12 meses, também nota-se que, mesmo com o grande número de lançamentos, as vendas continuam superando o volume lançado: lançamento de 9.050 novos imóveis e vendidas 9.513 unidades”, frisa.
Tipologia
Imóveis verticais com dois dormitórios estão entre os mais lançados e vendidos no segundo trimestre de 2021: 1.154 unidades lançadas e 1.099 vendidas contra 407 lançadas e 1.040 vendas registradas no primeiro trimestre deste ano. Em segundo lugar estão os apartamentos de três quartos, com 1.064 lançamentos e 899 unidades comercializadas.
Os estoques estão concentrados nos setores Bueno (1.360), Marista (920), Faiçalville (355) e Parque Veiga Jardim e Setor Oeste, empatados com 346 unidades cada. Na Capital, enquanto o preço médio do metro quadrado privativo gira em torno de R$ 5.865, o setor Marista lidera como o bairro com o valor do metro quadrado privativo mais alto, ao preço de R$ 7.408, seguido pelo Setor Oeste (R$ 6.910), Bueno (6.639) e Serrinha (5.754). Os bairros Setor Bueno e Setor Marista são responsáveis por 28,4% do total do estoque do mercado residencial vertical.
Desafios
Os incorporadores continuam enfrentando o desafio do aumento de custo da construção. “Neste momento, os incorporadores necessariamente precisam considerar a projeção de aumento dos custos em seu orçamento de construção, o que necessariamente terá impacto no preço de venda do produto”, complementa Razuk.
A alta do dólar, observa o presidente da Ademi-GO, tem peso forte na equação, com impacto no custo de matérias-primas. Nos últimos 12 meses, o aumento médio foi de 15% a 20%. As construtoras citam itens como cobre, que subiu mais de 200% no período, aço (com alta de 70%), cimento (45%) e bloco cerâmico (100%), entre outros.
A Ademi-GO alerta que a situação não é diferente em Goiânia e um dos impactos é o aumento do preço de venda dos imóveis aos clientes. Frente a este cenário, os preços de imóveis em Goiânia devem sofrer um reajuste entre 15% e 20% até o final deste ano. “O mercado imobiliário já vem aquecido desde 2020 e vai manter o ritmo neste ano, impulsionado pela baixa taxa de juros. Diante deste ritmo e como aumento dos preços dos materiais, o aumento no preço dos imóveis será inevitável. Quem comprar agora, vai se beneficiar do aumento nos preços dos imóveis nos próximos meses”, alerta.
Valorização
“O preço de venda continua com tendência de valorização, seja pelo aumento no custo dos materiais e bens e em função do aquecimento do mercado. A oferta de imóveis é a menor dos últimos 11 anos!”, destaca o presidente da Ademi-GO. “O momento para comprar imóveis não poderia ser melhor: condições de pagamento facilitadas, financiamento abundante e taxa de juros no patamar mais baixo da história. E quem comprar agora, vai ganhar com a valorização dos imóveis nos próximos meses”, conclui Razuk.
Projeção
Para o segundo semestre, a Ademi-GO prevê que mercado deve manter o ritmo de crescente de lançamentos, mantendo assim as vendas aquecidas. A expectativa é de que o setor encerre o ano de 2021 com um aumento em torno de 30% maior do que 2020.
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