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Vistorias prediais em pauta após desabamento de prédio em Fortaleza

Hoje, faz uma semana que o Edifício Andréa desabou em Fortaleza. O episódio ocasionou a morte de nove pessoas e reacendeu a discussão sobre a importância de vistorias nos imóveis. “A falha na construção já havia alcançado um nível que pessoas leigas, através de fotos e vídeos do prédio, podiam perceber que havia algo errado e que o prédio já estava seriamente prejudicado. Muitas vezes, o problema não começa grande, mas se agrava e pode chegar a uma situação de urgência ou, como aconteceu, sucumbir em uma tragédia”, afirma Enrico Dias, CEO da Rede Vistorias.

Para debater o tema, a Rede Vistorias fará um webinar com a participação do advogado Rodrigo Karpat, especialista em direito imobiliário e condominial, e mediação do editor do Imobi Report, Michel Prado. Serão abordadas as melhores práticas relacionadas à inspeção de imóveis, leis municipais e consequências que a falta de vistorias prediais pode acarretar para síndicos e administradores de condomínios. A transmissão ao vivo será no dia 31 de outubro, às 14h, e a inscrição para assistir pode ser feita gratuitamente aqui.

Um velho ditado diz: “quem casa, quer casa”. Pois alguns noivos estão levando a máxima a sério, deixando de lado presentes como fogão ou jogo de talheres, e apostando numa vaquinha entre os convidados para custear parte da compra de um imóvel. O Mude.me é uma plataforma que transforma cotas de presente de casamento na parcela de entrada. Já há 14 incorporadoras parceiras do site, que reúne mais de 160 imóveis em São Paulo.

Por falar na capital paulista, o prefeito da cidade, Bruno Covas, sancionou a Lei de Anistia Imobiliária, que entra em vigor em janeiro de 2020. A lei simplifica a regularização de imóveis que não têm alvará de obras ou estão em situação irregular. Espera-se que 750 mil imóveis de SP sejam abarcados pela medida. 

Ainda neste mês, o Governo Federal pretende lançar um edital para colocar à venda 42 imóveis da União localizados em alguns estados brasileiros, como São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia. A estimativa é arrecadar R$ 480 milhões com a venda.

Nos primeiros nove meses do ano, o preço médio do aluguel residencial subiu mais que a inflação. Já o valor de venda dos imóveis recuou, segundo o FipeZap

O Banco Central aprimorou a divulgação de informações sobre crédito imobiliário. Por meio de uma nova página no site, o BC passa a divulgar séries mensais detalhadas sobre fontes de recursos, direcionamento, valores contábeis, novas contratações e estoque de crédito. Há também detalhes dos imóveis financiados, como, por exemplo, seu tipo, número de dormitórios e formas de garantia.

O BC também quer estimular o crédito com garantia de imóvel no país. Entre as propostas estão a portabilidade e a chamada “garantia guarda-chuva”, que permite ao proprietário tomar mais de um empréstimo com um mesmo imóvel oferecido como lastro, no limite de crédito pré-aprovado no banco.

INCORPORADORAS

Com a queda nos juros, agora os bancos estão indo atrás das incorporadoras para oferecer empréstimo para a construção de novos empreendimentos. As informações são de Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP e presidente da comissão imobiliária da CBIC. “Os bancos têm procurado o incorporador”, afirmou para o Estadão/Broadcast.

A disputa pela menor taxa do crédito imobiliário tem um novo recorde. Já comentamos que Bradesco, Itaú e CAIXA reduziram suas faixas de juros. Agora, o Banco de Brasília baixou a taxa do financiamento imobiliário para 6,99%, a mais baixa entre outros bancos e a menor da história do Brasil.

Alguns representantes do setor se animaram com a novidade, como o presidente do Sinduscon-DF, Dionyzio Klavdianos. “Há uma faixa muito grande dos clientes que precisa do financiamento para efetivar o negócio. Essa taxa viabiliza a compra e estimula as vendas. Consequentemente, investe-se mais em lançamentos”, disse para o Correio.

O Santander armou-se para a briga e vai oferecer seis meses de carência para novos contratos de financiamento imobiliário

Ainda falando sobre crédito imobiliário, bancos privados estão investindo para atrair pessoas que fazem parte da faixa 3 do Minha Casa Minha Vida. Bradesco e Itaú já testaram a nova modalidade de financiamento para pessoas físicas, com renda de até R$ 7 mil. “Já estamos avançando para o nível 3. Queremos experimentar e entender o público-alvo e as características dessa base de clientes”, afirmou José Ramos Rocha Neto, diretor executivo do Bradesco, para o Terra.

Neste ano, o MCMV completou 10 anos e o governo brasileiro fez um estudo para analisar o período. Alguns destaques: a CAIXA, sozinha, financiou 4,6 milhões de unidades, enquanto o Banco do Brasil fez pouco mais de 362 mil. Os bancos privados, somados, não passaram das 3 mil unidades financiadas. As regiões mais desenvolvidas, Sul e Sudeste, foram as que mais receberam novas habitações.

Enquanto isso, o futuro da habitação popular segue incógnito. O Ministério do Desenvolvimento Regional desistiu da ideia do aluguel social para a faixa 1 do programa. No lugar, agora fala em oferecer um voucher para ajudar essas famílias mais pobres, com recursos do Orçamento Geral da União. A proposta é vista com desconfiança pelo mercado. Oficialmente, o MDR limitou-se a dizer que “o programa MCMV será reformulado, que terá novo nome, novas diretrizes e faixas de renda distintas às que existem hoje”.

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Jorge Felipe Lemann investe em imóveis mobiliados para alugar. A JFL Realty atua em São Paulo desde 2015 e é especializada em aluguel de longa duração. Seus imóveis, que variam de 42m² a 128 m², contam com móveis, louças, roupa de cama, condomínio, wi-fi, serviços de faxina, lavanderia e em alguns casos, até café da manhã. Os valores variam de R$ 7.500 a R$ 30.000.

TECNOLOGIA

TECNOLOGIA
Para a Forbes, a renascença do mercado imobiliário tem nome – e aqui no Imobi a gente trata bastante sobre o assunto: iBuying. A prática assume que o imóvel será vendido mais rápido e com um preço abaixo do mercado, mas uma das preocupações que a Forbes levanta é com relação às taxas ocultas nas plataformas. Cálculos mostram que uma casa de 250 mil dólares vendida no formato iBuyer poderia custar 37.500 dólares em taxas para os proprietários.

Eric Wu, CEO da Opendoor, startup pioneira no formato de iBuyer, não se importa com comentários dos colegas do setor imobiliário. Em entrevista para o podcast Recode Decode, quando perguntado o que os corretores acham dele, afirma: “Acho que é bom ser odiado”. O The Real Estate analisou a entrevista e adicionou dados sobre a empresa nesta reportagem. Vale ler o conteúdo na íntegra, disponível em inglês.

A EmCasa pretende oferecer uma jornada de compra menos burocrática, com tempo médio de duração da compra do imóvel em 24 dias. Para isso, aposta numa política agressiva de valorização da experiência do cliente, vinculando a comissão dos corretores à avaliação dos compradores. Por enquanto, atua em São Paulo e Rio de Janeiro. Mas os próximos passos incluem, além da expansão nacional, também o investimento em uma ferramenta de iBuyer.

MUNDO

Quais imóveis você pode adquirir com 1 milhão de dólares no mercado imobiliário americano? Depende muito de qual região você procura. Em El Paso, no Texas, é possível encontrar mansões com mais de 2 mil m². Já em São Francisco, Califórnia, provavelmente um imóvel com cerca de 350m² e um só banheiro. Pode parecer uma casa pequena para o investimento, mas é a média de 87 das 100 cidades analisadas por esta reportagem da Forbes.

Uma obra de arte à venda com uma casa de brinde. Foi assim que um proprietário anunciou a venda de sua casa, que tinha no muro um Banksy original. Bansky é um dos principais artistas contemporâneos. Apesar de sua identidade secreta, estima-se ser inglês, por conta da maior parte de suas obras se encontrarem no Reino Unido e na Europa. No caso do mural à venda, infelizmente o vandalizaram com baldes de tinta e não é mais possível apreciar o desenho.

ESTAMOS DE OLHO

A Vitacon está diminuindo a cada dia o tamanho de seus imóveis. O mais recente lançamento é um quarto com (é sério) 2 m², que faz parte de um hotel cápsula que será inaugurado em São Paulo, chamado Pods. Seu custo será de R$ 25 por hora e tem como objetivo atrair pessoas que precisam de uma soneca rápida ou uma noite de sono em uma passagem na capital paulista.

Durante uma mostra de arquitetura em Curitiba, foi apresentado o ModuLar, uma solução sustentável para abrigar pessoas em situação de rua na cidade. O projeto consiste em uma construção parte hospedagem, parte serviço. No bloco de cima, localizam-se os quartos e instalações sanitárias. Já no térreo, encontram-se alimentação, comércio, salões de beleza – o que possibilitaria que as pessoas trabalhassem e utilizassem os serviços oferecidos.

Um engenheiro de Mariana quer transformar os sedimentos da lama presentes na cidade mineira em matéria-prima para a construção civil. Willy Ank de Moraes viu Mariana ser tomada pela lama em 2017 e, agora, voltou a sua cidade natal com o objetivo de reinventar o material. A pesquisa ainda está em desenvolvimento.

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