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Startups imobiliárias: conheça o significado de cada tech

Construtech, proptech, realtech: os termos indicam a especialidade da startup imobiliária

Sim, o modelo de negócio das startups veio para ficar. Só no Brasil, existem mais de 10 mil empresas desse tipo, segundo levantamento da Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Com o mercado imobiliário não poderia ser diferente. Um levantamento da Construtech Ventures mostra que há mais de 560 iniciativas do setor no país — a maioria em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, onde estão alguns dos principais polos de inovação do ecossistema imobiliário.

Assim como outras áreas do universo dos negócios, o mundo startupeiro tem uma linguagem própria, que tem sido assimilada por outros segmentos, como o financeiro, com as fintechs, o jurídico, com as lawtechs, e o próprio marketing, com as martechs.

E é graças a esse vocabulário que é possível distinguir as diferentes startups imobiliárias, já que cada uma delas se especializa em uma parte da jornada do mercado de imóveis: na incorporação, na venda ou no aluguel, só para citar alguns exemplos. As empresas aliam o conhecimento que já têm na área ao que há de mais novo na tecnologia, muitas vezes incorporando o sufixo tech ao nome. É uma forma de se diferenciar e agregar valor de negócio através da tecnologia, o que tem mais apelo para investidores, interessados em empresas inovadoras.

Confira quais são os termos mais comuns usados para definir as startups imobiliárias.

Construtech

Empresa que utiliza tecnologias para facilitar processos e gerar valor para os agentes da cadeia da construção civil. A expressão nasceu nos Estados Unidos e se popularizou com o site Constructech.com, fundado nos anos 2000. Em português, foi retirada a letra “c” do termo.

Contechs

Termo mais usado nos Estados Unidos, refere-se a empresas especializadas no ambiente de obra, em especial no desenvolvimento de smart cities e smart buildings. Uma smart city, como o nome já diz, é uma cidade inteligente que une sustentabilidade, planejamento urbano e tecnologia para melhorar a qualidade de vida dos moradores. Já um smart building (edifício inteligente) é uma construção que alia sustentabilidade e automação. Pode ter um sistema de reutilização e captação de recursos naturais, como luz do sol e água da chuva, por exemplo.

Proptechs

Ligadas ao conceito de “propriedade”, essas startups têm como objetivo aprimorar os serviços que envolvem propriedades imobiliárias, como aluguel, gestão de condomínio e até reformas. O termo surgiu na década de 1980, com os primeiros softwares de análise de dados. Nos anos 2000, passou a se referir aos sites de compra e venda de imóveis.

Realtechs

Startups ligadas à área de Real Estate, que atendem ao mercado imobiliário como um todo, da elaboração do projeto, gestão do condomínio a investimentos em imóveis, como os Fundos Imobiliários (FIIs). O termo vem perdendo força nos últimos anos, pois é confundido com a expressão retail (varejo, em português).

Greentechs

O termo se refere a startups que aliam as últimas tecnologias à sustentabilidade. Atuam não apenas no setor imobiliário, mas também nos de mobilidade, energia e reciclagem.

Infratechs

São startups que trabalham com infraestrutura pesada, em especial na construção civil, com projetos de pontes e túneis, por exemplo. Também se especializaram no desenvolvimento de smart cities, oferecendo projetos de mobilidade urbana, construções sustentáveis, gestão de recursos hídricos e geração de energia.Tenha em mente que mais de um desses conceitos pode ser usado para definir uma startup imobiliária. Empresas podem fazer projetos e gerenciar a construção de um prédio usando meios amigáveis ao meio ambiente, o que pode classificá-las como contechs ou greentechs, por exemplo. No futuro, mais expressões acrescidas de tech podem surgir; afinal, o mercado imobiliário é dinâmico e tem se reinventado com as novas tecnologias.

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