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Startup de aluguel com intenção de compra faz captação milionária

A startup imobiliária aMORA, que tem foco no aluguel com intenção de compra (ou rent to own), anunciou uma captação de R$ 40 milhões. O montante foi captado, em sua maior parte, na modalidade de dívida via Certificados de Recebíveis Imobiliários para a aquisição de imóveis.

De acordo com a proptech, o aporte será usado para o avanço das operações dentro do segmento de imóveis. O principal investidor do valor foi a Cy Capital, gestora de recursos independente pertencente ao Grupo Cyrela. Com atuação somente na cidade de São Paulo até o momento, a aMORA teve crescimento de 500% em 2022, segundo a empresa. 

“O modelo da aMORA foi criado para atender pessoas que não se encaixam nos modelos atuais [de financiamento] oferecidos pelo mercado. Hoje, inclusive, já trabalhamos com imobiliárias, incorporadores, financiadores e outras startups e esse ano queremos expandir e aprofundar essas parcerias ainda mais”, destaca o CEO e cofundador da proptech, Aram Apovian.

O modelo da startup, criada em 2021, consiste em uma entrada de 5% a ser paga pelo futuro comprador, que faz um contrato de aluguel durante três anos. Ao final do período parte do valor arrecadado da mensalidade retorna como um “cashback” que passa a ser a entrada da compra final. 

Aluguel com intenção de compra chama atenção de fundos

Para a captação dos R$ 40 milhões, foi realizada uma rodada adicional de equity com a participação de investidores atuais e com a entrada de um novo fundo, o Goodwater, fundo de VC especializado em consumer/B2C e investidor de outras empresas do modelo rent-to-own como a ZeroDown, com atuação na Califórnia. 

A aMORA tinha feito um Seed Round no início do ano passado, liderado pelo Global Founders Capital (GFC) e com a participação de outros fundos como Moore Strategic Ventures; Caravela; e Latitud.

Em 2022, a aMORA fez sua primeira rodada de investimentos institucional liderada pelo Global Founders Capital (GFC), fundo global de venture capital, no valor de 3,4 milhões de dólares.

Outras proptechs recebem aportes pelo mundo

Algumas iniciativas ligadas ao imobiliário, com soluções de modelos variados, estão recebendo aportes em outros países.

Na América do Norte, a REZI recebeu investimento de 100 milhões de dólares. A startup conecta proprietários de imóveis a inquilinos, atuando desde a seleção dos interessados até a gestão de contratos. A plataforma também trabalha com o pagamento de um aluguel fixo a cada mês para os proprietários, em troca de uma parte dos lucros gerados pela redução de custos.

Já a escocesa Desana, plataforma de aluguel flexível de escritórios que propõe reduzir em até 95% as despesas de um espaço corporativo, recebeu aporte de 7,4 milhões de dólares para expandir sua atuação, com foco nos Estados Unidos.

Outro lado da moeda

Enquanto algumas startups imobiliárias enchem os bolsos, outras seguem tomando medidas de contenção de despesas

A Loft anunciou na última semana o corte de cerca de 15% do quadro funcional da companhia. Foram dispensados 340 funcionários, de um total que era de 2,2 mil colaboradores. 

Esta foi a quarta rodada de demissões anunciada pela Loft em menos de 12 meses. Somente nessas ocasiões, foram dispensados 855 colaboradores. 

Segundo comunicado emitido pela empresa, os novos cortes têm por objetivo “adequar custos e despesas do Grupo num contexto econômico local e global mais desafiador para as empresas de tech do que poderia ter sido previsto”.

 “O movimento se concentra nas equipes administrativas ou focadas em projetos com prazo de maturação mais longo. Com este ajuste a Loft segue fortalecida no seu caminho de crescimento com sustentabilidade, buscando atingir o breakeven operacional até o final do ano”, divulgou a startup.

Matéria atualizada em 07/03, às 18h.